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Os juros acompanharam o movimento do câmbio ao longo desta quarta-feira, 27, tendo altas mais firmes de manhã e desacelerando à tarde, na medida em que o dólar invertia o sinal positivo a partir da última hora de negócios. As medidas de ajuste fiscal e as supostas divergências entre os ministros da Fazenda e do Planejamento continuaram no radar.

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, o DI janeiro de 2016 subiu de 13,72% para 13,77%; o DI janeiro de 2017 passou de 13,28% no ajuste de terça-feira (26) para 13,33%; e o DI janeiro de 2021 ficou em 12,48%, de 12,40% ontem. No balcão, o dólar à vista terminou em R$ 3,145 (-0,22%).

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Após quatro sessões de ganhos, o dólar passou a maior parte da sessão em alta carregando junto a curva a termo, mas no meio da tarde a moeda atingiu níveis interessantes para uma realização de lucros, o que culminou na inversão do sinal positivo. Com isso, houve um arrefecimento no aumento dos juros, também depois que a presidente Dilma Rousseff negou haver conflito de posições entre Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Segundo ela, a posição de ambos no governo é "extremamente estável". "Nunca houve, desde o momento em que eles assumiram as suas funções, nenhum problema com eles", afirmou.

Mas, ao contrário do dólar, as taxas não chegaram migrar para o campo negativo, tanto por causa da cautela com as votações no Congresso quanto em razão do leilão de títulos prefixados do Tesouro amanhã.

Ontem, o Senado aprovou a Medida Provisória 665, que aperta regras para concessão de benefícios trabalhistas, como auxílio-desemprego e abono salarial.

Os juros futuros operam em alta desde a abertura, apesar da aprovação da Medida Provisória 665 ontem no Senado. Além da influência do avanço do dólar e dos juros dos Treasuries, o mercado continua a comentar sobre discordâncias entre os principais ministros da equipe econômica, que enfraqueceriam o titular da Fazenda, Joaquim Levy, no processo de ajuste fiscal.

Às 10 horas, o DI para janeiro de 2016 apontava 13,77%, ante 13,72% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017, 13,35%, máxima (13,28% no ajuste anterior) e o para janeiro de 2021, 12,49% (12,40%).

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Em Nova York, os juros dos Treasuries sobem, com investidores realizando lucros após o forte rali nos preços dos títulos ontem, que resultaram em recuo dos rendimentos. Além disso, os participantes do mercado de bônus se preparam para leilões de US$ 13 bilhões em notas de juro flutuante (FRN) e US$ 35 bilhões em T-notes de 5 anos, esta tarde. No mesmo horário acima, o juro da T-note de 2 anos subia para 0,6564% e o de 10 anos avançava para 2,1495%.

As atenções agora se voltam para as votações de mais duas medidas no Senado: a 664, que modifica as regras para a concessão de pensão por morte e deve ser votada na tarde de hoje; e a MP 668, que eleva tributos de importados e deve entrar na pauta amanhã. Ambas caducam no dia 1º de junho.

Depois de terem acompanhado a alta do dólar por quase toda a sessão, as taxas de juros futuras terminaram perto da estabilidade, à medida que os investidores desmontaram posições na reta final da negociação, ao avaliarem que o discurso do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante audiência no Congresso, repetiu declarações feitas anteriormente.

A exposição de Tombini foi acompanhada de perto pelos agentes mas teve pouco impacto nos juros futuros, visto que o discurso dele foi praticamente o mesmo apresentado na última sexta-feira, em evento no Rio de Janeiro. A autoridade afirmou que a economia brasileira passa por um período de transição e que a inflação voltará a convergir para o centro da meta no fim de 2016. "A política monetária está desenhada para que ajustes sobre inflação fiquem circunscritos ao curto prazo", ressaltou.

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Diante da falta de novidades no discurso de Tombini e sobre as votações das Medidas Provisórias que tratam dos ajuste fiscal, os investidores do mercado de juros, que tinham montado posições mais cedo apostando numa alta das taxas, desfizerem as apostas na reta final do pregão. Com isso, o avanço registrado na curva a termo desde cedo, que também recebia suporte do avanço do dólar, perdeu força na última hora da sessão e os juros terminaram perto da estabilidade.

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2015 projetava 13,465%, ante 13,453% no ajuste de ontem. A taxa para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,72%, ante 13,73% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 marcava 13,28%, ante 13,29%, enquanto o DI para janeiro de 2021 estava em 12,40%, de 12,36%.

Os investidores continuarão a monitorar a pauta de hoje do Senado, que inclui a votação das Medidas Provisórias 664, 665 e 668, relativas ao ajuste fiscal. A previsão é de que a primeira MP a ser apreciada será a 665, que restringe acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, e depois a 664. Por fim, deve entrar para votação a MP 668, que trata entre outras coisas, do aumento das alíquotas de PIS/Cofins de produtos importados.

Os juros futuros apresentam viés de alta na manhã desta quinta-feira, 21, influenciados pelo avanço do dólar e pela percepção de que há muitos obstáculos no caminho do ajuste fiscal e de que a economia está muito fragilizada, conforme mostrou o IBC-Br de março e do primeiro trimestre. As taxas são influenciadas ainda pelo leilão de títulos que o Tesouro realiza nesta quinta. Operadores observam ainda que os ativos passam por correção, após o recuo de ontem.

Às 9h46, O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 13,40%, de 13,34% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 exibia taxa de 12,54%, ante 12,47% no ajuste anterior. o dólar à vista no balcão subia 0,57%, a R$ 3,0220, na máxima. O dólar para junho subia 0,51%, a R$ 3,0305.

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Com relação ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), o dado de março mostrou queda de 1,07%, após a alta de 0,36% em fevereiro, na margem. O índice ficou em 144,48 pontos, o menor nível desde novembro de 2012, quando estava em 143,93 pontos. Segundo analistas do Bradesco, o resultado de março reforça a expectativa de retração do PIB no período no primeiro trimestre.

No cenário fiscal, a votação do projeto da desoneração da folha de pagamentos na Câmara ficou para junho. E a votação da Medida Provisória 665, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, foi adiada para a próxima semana, sob o risco de o texto perder a validade no dia 1º de junho. Já o corte no Orçamento de 2015 deve ser anunciado nesta sexta-feira.

Os juros futuros intermediários e longos mostram volatilidade na manhã desta terça-feira, 19, acompanhando o movimento do dólar ante o real, mas também são influenciados pelos juros dos Treasuries. O dólar passou a subir após a divulgação do dado de moradias nos Estados Unidos, voltou a cair e há pouco estava de novo no terreno positivo, renovando as máximas.

As construções de moradias iniciadas nos Estados Unidos em abril subiram 20,2%, de uma estimativa de aumento de 10,2%. Além disso, as permissões para novas obras subiram 10,1%, de previsão de 1,7%. Os juros futuros mostram viés de alta, seguindo o dólar e influenciados pelos Treasuries.

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No radar do investidor local estão ainda as negociações em torno do ajuste fiscal. Hoje, o Senado pode votar a MP 665, que faz mudanças nos benefícios trabalhistas e ontem o governo fechou acordo com o PMDB para a manutenção do fim das desonerações na folha de pagamento, um dos pontos principais do programa de aperto do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Às 9h56, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,86%, na máxima, ante 13,82% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 13,53%, de 13,49% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,66%, de 12,61% no ajuste de ontem.

Entre as taxas mais curtas o viés é de leve alta e, no horário acima, o DI para julho de 2015 tinha taxa de 13,409%, ante 13,396% no ajuste de ontem. A curva mais curta é influenciada ainda por declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu, que reafirmou a postura vigilante do BC com a inflação, reforçando as apostas de mais uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião de junho.

Mais cedo, foi divulgado que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,41% na segunda prévia de maio, ante avanço de 1,16% na segunda prévia do mesmo índice de abril, dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam alta entre 0,32% a 0,59%, e abaixo da mediana das expectativas, que era positiva em 0,47%. Na primeira prévia deste mês, o índice havia subido 0,51%. O dado, no entanto, não influencia os negócios com juros futuros.

O recuo do dólar no Brasil, na maior parte do dia, somado à baixa dos yields dos Treasuries, pesou sobre as taxas dos contratos futuros de juros, que cederam na ponta mais longa hoje. As taxas curtas, no entanto, terminaram próximas dos ajustes de quinta-feira, 14.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2016 marcou 13,76%, ante 13,78% de ontem; o DI para janeiro de 2017 ficou com taxa de 13,39%, ante 13,46%. Já o contrato para janeiro de 2021 marcou 12,50%, ante 12,61%.

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O dólar fechou pelo segundo dia consecutivo abaixo dos R$ 3,00, tendo recuado durante a maior parte da sessão. A moeda americana chegou a subir no início do dia, à espera de dados importantes nos EUA. Mas quando os números saíram, piores que o esperado, o dólar perdeu força ao redor do mundo e, no Brasil, saltou para o terreno negativo. No fim, porém, desacelerou novamente e terminou no mesmo nível de ontem, aos R$ 2,9960 no balcão.

Se por um lado os investidores em renda fixa reagiram a estes movimentos do dólar e ao recuo dos yields dos Treasuries, por outro eles praticamente ignoraram o único dado de inflação no dia, o IGP-10. O indicador da FGV mostrou alta de 0,52% em maio, numa desaceleração ante os 1,27% de abril. No ano, acumula 3,52% e, em 12 meses, 3,86%.

À tarde, destaque para a divulgação do Boletim Regional do Banco Central. O documento deu conta, entre outras coisas, de que o índice de Atividade Econômica do Banco Central - Sudeste (IBCR-SE) desacelerou para 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, em comparação ao período de três meses finalizado em novembro, quando a alta havia sido de 0,7%.

No evento de divulgação, o diretor de Política Econômica, Luiz Awazu, afirmou que a política monetária deve seguir vigilante para assegurar convergência da inflação a 4,5%. Segundo ele, 2015 é um ano de transição e é objetivo do governo circunscrever impacto do ajuste dos administrados a este ano. Awazu disse ainda que o País deve se preparar para a normalização das condições monetárias nos EUA e que os sinais de melhora por lá estão sendo acompanhados com atenção.

Para os investidores, ficou a percepção de que Awazu reafirma o conteúdo da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e reforça a expectativa de que, no início de junho, a Selic subirá mais 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

A queda do dólar e dos rendimentos dos Treasuries favoreceu uma devolução de prêmios na curva de juros futuros, nesta quinta-feira (14), e as taxas terminaram o dia em queda.

As taxas de juros futuras abriram a sessão em alta, reagindo à notícia de que, para aprovar a MP 664, que trata de redução de benefícios previdenciários, ontem, o governo precisou aceitar duas alterações na proposta. As mudanças incluíram a flexibilização do fator previdenciário e a supressão de um artigo que visava a alterar as regras de concessão do auxílio-doença.

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No entanto, no meio da manhã, a curva a termo sofreu uma inversão de sinal, influenciada pela queda do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, que reagiram ao resultado do índices de preços ao produtor (PPI) dos EUA, e também por declarações do vice-presidente Michel Temer, que minimizou as mudanças sofridas pela MP 664. Temer afirmou que o governo "não tem nada contra" mudanças no fator previdenciário, cálculo criado em 1999 para desestimular aposentadorias precoces.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta tarde, durante rápida entrevista após participar do Global Summity Women, em São Paulo, que o fator previdenciário não acabou. O ministro fez esta afirmação ao ser perguntado sobre a votação na Câmara ontem. "O fator previdenciário não acabou. Como disse muito bem (o vice-presidente Michel) Temer, este é um tema que a presidente (Dilma) já havia posto, como outros temas relativos ao trabalho e à atividade sociais, para ser discutido", disse Levy.

Um leilão de títulos pré-fixados do Tesouro ajudou a limitar as perdas na primeira parte da sessão, mas o declínio ganhou força ao longo da tarde, à medida que os investidores zeraram posições tomadas por conta do leilão. O movimento levou as taxas para as mínimas no dia. No fechamento do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2016 projetava 13,78%, ante 13,82% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 apontava 13,46%, de 13,53%. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,61%, ante 12,75% no ajuste da véspera.

O firme recuo do dólar ante o real foi um dos principais fatores para a baixa das taxas dos contratos futuros de juros com prazos mais longos hoje. Do exterior, houve ainda a contribuição dos Treasuries. "Os yields dos Treasuries voltaram bastante da máxima de ontem até agora. Na quinta-feira (7), o T-Note de 10 anos chegou a marcar 2,32% e, há pouco (durante a tarde), ele estava em 2,11%. É muita coisa", destacou o trader de renda fixa Klaus Nery Teixeira, da Quantitas Asset. "O mercado também bate forte no dólar hoje e há o raciocínio de que, se o Banco Central elevar a Selic tanto agora (nos próximos meses), em algum momento a inflação vai ceder e, lá na frente, a taxa básica poderá cair", acrescentou o profissional.

Entre os contratos de prazos curtos, os movimentos das taxas foram mais contidos, com os investidores visualizando a tendência de o Copom, de fato, continuar elevando a Selic nos próximos dois encontros, em junho e julho, já que a inflação segue alta. Os números de hoje, no entanto, não são necessariamente ruins. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril indicou inflação de 0,71% - um porcentual alto, mas abaixo da mediana de 0,75% esperada pelo mercado. No acumulado de 12 meses, porém, a inflação oficial está em 8,17% e, nos quatro primeiros meses de 2015, em 4,56% (já acima do centro da meta de 4,5% do governo).

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No fim da sessão regular da BM&FBovespa, a taxa do DI para julho marcava 13,341%, ante 13,339% do ajuste de ontem, enquanto o contrato para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,77%, ante 13,79%. Entre os intermediários e longos, o DI para janeiro de 2017 marcava 13,52%, na mínima, ante 13,63%, e o contrato para janeiro de 2021 indicou 12,68%, também na mínima, ante 12,86%. Em Nova York, o T-Note de 10 anos tinha há pouco taxa de 2,1399%, ante 2,181%.

Na área de câmbio, os investidores, em especial os estrangeiros, deram continuidade ao movimento mais recente de redução de posições compradas em dólar no mercado futuro brasileiro. O gatilho para isso foram os dados decepcionantes do mercado de trabalho norte-americano, que pesaram sobre a moeda americana em todo o mundo. No Brasil, o dólar recuou de forma consistente ante o real, pela quarta sessão consecutiva, e acabou em baixa de 1,39% no balcão, a R$ 2,9820.

Pela manhã, os EUA informaram a criação de 223 mil vagas de emprego em abril, pouco abaixo dos 228 mil esperados. No entanto, o total de março foi revisado de 126 mil para 85 mil vagas, o que foi mal visto pelo mercado. A avaliação é de que a economia americana ainda está em fase de recuperação e, por isso, a alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode se dar mais tarde.

O dólar em queda se contrapôs à pressão de alta do rendimento dos Treasuries e os juros futuros encerraram entre a estabilidade e leve alta, mas perto dos ajustes anteriores, na BM&FBovespa, em meio à expectativa com a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira (7), e o desenrolar das votações das medidas provisórias do ajuste fiscal no Congresso.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI janeiro de 2016 estava em 13,70%, de 13,68% no ajuste de terça-feira (5); o DI janeiro de 2017, em 13,50%, de 13,51% ontem; e o DI janeiro de 2021, em 12,91%, de 12,87% no ajuste de ontem. O dólar à vista fechou em baixa de 0,94%, para R$ 3,044, no balcão. A moeda esticou o movimento de queda ante o real iniciado ontem, ainda na esteira da tendência verificada no exterior.

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A oscilação das taxas domésticas foi limitada ainda pela espera da ata do Copom amanhã e pela movimentação em Brasília para a votação da MP 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, que havia sido adiada ontem e deve ser votada nesta quarta-feira.

Os juros futuros iniciam a sessão desta segunda-feira, 04, em viés de alta, acompanhando o movimento do dólar, enquanto os agentes aguardam a ata do Copom referente à última reunião de política monetária, principalmente depois de o Banco Central ter replicado sem qualquer alteração o comunicado que acompanhou a decisão de elevar a taxa básica de juros em 0,50 pp, para 13,25% ao ano, na semana passada.

Às 9h27, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,70%, ante 13,67% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2017 exibia taxa de 13,51%, na mínima, ante 13,46% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021 tinha taxa de 12,81%, também na mínima, ante 12,74% na quinta-feira. Nos Estados Unidos, o juro da T-note de 10 anos subia a 2,103%, ante 2,129% no fim da tarde de sexta-feira.

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Mais cedo, a pesquisa Focus mostrou, pela terceira semana consecutiva, elevação na previsão dos analistas para o IPCA deste ano, para 8,26%, ante 8,25% na semana anterior. Para o fim de 2016, a mediana foi mantida em 5,60%. Já a expectativa de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 passou de 1,10% para 1,18%, e a estimativa para a Selic no fim deste ano, de 13,25% para 13,50%.

No exterior, as principais bolsas europeias e os índices futuros em Nova York retornam do feriado do Dia do Trabalho em alta, sustentadas por dados de atividade da zona do euro. Embora os números tenham mostrado queda da indústria, eles vieram acima da expectativa e se seguraram acima do nível de 50, o que representa expansão. A notícia de que autoridades da União Europeia e da Grécia relataram progresso nas negociações sobre a ajuda financeira em Atenas também contribui para os ganhos.

Os juros futuros seguiram centrados na política monetária brasileira, que deve seguir mais restrita nos próximos meses, e as taxas terminaram em alta nesta sexta-feira (24) a despeito de um novo alívio do câmbio. O dólar confirmou, no fechamento dos negócios o sinal de queda que prevaleceu desde o começo da semana, acumulando perda de 2,86%.

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, o DI janeiro de 2016 fechou em 13,58%, na máxima, ante ajuste anterior de 13,54%. O DI janeiro de 2017 subiu de 13,36% no ajuste de ontem para 13,42%, e o DI janeiro de 2021 terminou em 12,66%, de 12,60% no ajuste anterior. O dólar à vista acabou na mínima do dia, em baixa de 0,71%, a R$ 2,9570 no balcão, menor patamar desde 3 de março (R$ 2,9190). Na máxima, chegou a R$ 2,9890 (+0,37%).

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Houve uma certa rigidez do mercado de juros ao apetite ao risco que pautou os demais ativos e as taxas oscilaram em alta ao longo do dia, com os investidores apostando na ideia de que a Selic vai subir nas próximas reuniões e manter-se elevada por um bom tempo, como forma de tentar forçar que a inflação, como quer o Banco Central, convirja à meta central de 4,5% até o final do ano que vem.

Os juros futuros começaram a semana descolados do movimento de queda do dólar ante o real e as taxas subiram ao longo de toda a curva, com mais força na parte intermediária, nesta segunda-feira (20). O mercado consolidou a ideia de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai repetir a alta de 0,50 ponto porcentual da Selic em abril e também passou a trabalhar com a possibilidade de a política monetária manter-se "vigilante" por mais tempo do que o esperado, nublando o cenário de um possível corte da Selic no médio prazo.

Ao término da sessão regular na BM&F, o DI janeiro de 2016 fechou em 13,53%, de 13,43% no ajuste de sexta-feira; o DI janeiro de 2017 subiu de 13,17% para 13,33%; e o DI janeiro de 2021 encerrou a 12,64%, de 12,60% no ajuste de sexta-feira. Já o dólar à vista no balcão caiu 0,66%, a R$ 3,024.

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Em encontros com investidores em Washington realizados durante sua participação da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), que terminou neste domingo, o presidente do BC, Alexandre Tombini, teria reforçado que o Brasil está dando continuidade ao fortalecimento do arcabouço de políticas econômicas na preparação para o momento em que os Estados Unidos elevarem os juros. Um dos pontos para o fortalecimento do arcabouço de política econômica é a ancoragem das expectativas de inflação, ressaltou o BC, segundo divulgou ontem sua assessoria de imprensa. Tombini também deixou claro nos encontros que a intenção é que a inflação possa convergir para a meta oficial de 4,5% em dezembro de 2016.

Já o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, nesta segunda-feira, que o BC precisa seguir vigilante e conduzindo ajustes para que a inflação caia e a expectativa seja ancorada em 4,5%. "O BC tem de continuar vigilante e especialmente tem de passar por ajustes, de forma que as expectativas sejam ancoradas", disse, durante o Bloomberg Americas Monetary Summit, em Nova York.

As taxas de juros futuros passaram o dia em queda, em sintonia com o comportamento do dólar, mas na reta final dos negócios nesta segunda-feira (6) se reaproximaram dos níveis de quinta-feira, na medida em que a moeda norte-americana reduzia as perdas diante do real.

A trajetória de baixa das taxas foi determinada logo no início dos negócios, quando os DIs se ajustavam ao payroll. Na sexta-feira, dia em que o dado do mercado de trabalho dos EUA foi divulgado, os yields (rendimentos) dos Treasuries caíram ao menor patamar em dois meses devido ao resultado muito abaixo do esperado. O payroll mostrou a criação de 126 mil vagas no mês passado, bem menos que as 248 mil vagas previstas por analistas.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 apontava 13,34% (186.130 contratos), de 13,37% no ajuste de quinta-feira. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 indicava 13,18%, na máxima (171.290 contratos), ante 13,23%. Por fim, o DI para janeiro de 2021 projetava 12,71%, na máxima, de 12,78% no ajuste anterior.

Já no exterior, o juro da T-note de 10 anos avançava a 1,902%, de 1,840%, no mesmo horário. O dólar à vista terminou o dia em R$ 3,1250, com desvalorização de 0,06%, na máxima do dia, marcando a quinta sessão em baixa.

Após terem passado a manhã em trajetória positiva, na contramão do dólar, as taxas de juros futuros mudaram de direção refletindo as mínimas da moeda norte-americana, mas, no fim, encerraram a sessão perto dos ajustes de ontem. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 ficou em 13,37% (164.915 contratos), ante 13,36% no ajuste de quarta-feira. O DI para janeiro de 2017 marcou de taxa 13,23% (225.595 contratos), estável em relação ao ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 exibia taxa de 12,78% (181.135 contratos), ante 12,76% no ajuste anterior.

No exterior, o juro da T-Note de 10 anos subia a 1,912%, de 1,866%, e o da T-Note de 2 anos se elevava a 0,535%, de 0,531%. No mercado de balcão, após oscilar entre altas e baixas pela manhã, o dólar firmou-se no território negativo à tarde para terminar em baixa de 1,45% ante o real, negociado a R$ 3,1270 no balcão.

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A queda do dólar exerceu pressão sobre as taxas de juros futuras, que fecharam em baixa, nesta terça-feira (31), com o mercado registrando forte fluxo de estrangeiros na ponta mais longa da curva a termo.

Segundo profissionais do mercado, apesar dos dados ruins das contas do governo, divulgados hoje, a cotação elevada do dólar e das taxas de juros brasileiras atraiu forte demanda de investidores estrangeiros para os DIs mais longos.

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O Tesouro informou que o Governo Central registrou em fevereiro o pior resultado para o mês desde 1997, com um déficit de R$ 7,357 bilhões, maior que o piso do intervalo das estimativas. Já o setor público consolidado apresentou déficit primário de R$ 2,3 bilhões em fevereiro, marcando o pior resultado para o mês desde 2013, conforme dados do Banco Central.

Durante a audiência no Senado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o diálogo com Estados e municípios é muito importante e continuou defendendo que o ajuste fiscal é necessário para reverter a deterioração fiscal e das contas externas. "A presidente Dilma tem feito um trabalho incansável de explicar razões do governo", afirmou. "Se não fizermos ajuste, ainda existe risco de perder o grau de investimento. O custo será altíssimo para o governo, para as empresas e para o trabalhador", declarou, entre outras considerações.

No fim do pregão regular, na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2015 (45.370 contratos) mostrava taxa de 13,020%, na mínima, ante 13,049% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (176.745 contratos) indicava 13,50%, de 13,59% no ajuste anterior. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (176.745 contratos) indicava 13,38%, na mínima, de 13,47% no ajuste de ontem, e o com vencimento em janeiro de 2021 marcava 12,94%, ante 13,06% no ajuste anterior.

No fim dos negócios, o dólar à vista caiu 0,59%, a R$ 3,200. O volume de negócios totalizava US$ 2,737 bilhões por volta das 16h30. No mercado futuro, o dólar para maio, o mais líquido, recuava 1,14%, a R$ 3,2205.

Apesar da queda do dólar, as taxas de juros futuras terminaram perto dos ajustes nesta terça-feira (24) reduzindo as perdas à tarde, em meio à decepção dos investidores com a falta de sinalização do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no Senado, sobre o futuro do programa de swaps e sobre um possível fim do aperto monetário, diante dos dados da atividade fracos divulgados recentemente.

O dólar abriu a sessão em queda, reagindo à manutenção do grau de investimento do Brasil, anunciada ontem pela agência de classificação de risco Standard & Poor's. No entanto, a moeda passou a oscilar, à medida que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, dava início a sua audiência no Senado. Os sinais mistos do dólar ante outras divisas internacionais, após indicadores econômicos dos EUA desencadearem leituras divergentes, também contribuíram para a volatilidade da moeda norte-americana no Brasil.

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As declarações do presidente do BC alimentaram as dúvidas sobre a continuidade do programa de leilões de swaps cambiais, a partir de abril, uma vez que provocaram interpretações variadas dos participantes do mercado. Parte deles avaliou que, ao reforçar a importância dos leilões, Tombini indicou que a instituição poderá continuar a realizá-los, enquanto alguns agentes afirmaram o contrário, dizendo que Tombini não deu sinal nenhum sobre como ficará o programa mais para frente.

Apesar de o dólar ter se firmado no negativo durante a tarde, as taxas de juros futuras, que até então seguiam de perto o movimento da moeda, se descolaram um pouco e acabaram fechando perto da estabilidade, na sua maioria. Segundo profissionais do mercado, o movimento refletiu a decepção dos agentes com a fala de Tombini, uma vez que havia expectativas no mercado de que ele pudesse fornecer alguma indicação sobre um fim do aperto monetário, depois que dados mostraram enfraquecimento da atividade recentemente.

O presidente do BC reforçou apenas o compromisso do governo com as medidas de ajuste, afirmando que "caso haja desvio, o ministro da Fazenda vai procurar ajustes para cumprir a meta fiscal". Tombini afirmou também que é preciso mostrar austeridade neste momento de ajuste e que passos dados pelo governo para cumprir suas metas já começam a dar resultados. "Não estamos enxugando gelo, já tem algum resultado para mostrar", ressaltou.

Os dados da arrecadação de fevereiro, divulgados pela Receita Federal nesta tarde, foram apenas monitorados, sem provocar reação na curva a termo. Segundo o órgão, a arrecadação de tributos e contribuições federais somou R$ 89,982 bilhões no mês passado, uma alta real de 0,49% em relação ao mesmo período de 2014.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em junho de 2015 (8.600 contratos) apontava 12,850%, na mínima, ante 12,845% no ajuste de ontem. O DI para vencimento em julho deste ano registrava 13,060%, com 63.165 contratos, de 13,069% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (180.850 contratos) tinha taxa de 13,56%, ante 13,60% no ajuste da véspera. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (355.180 contratos) indicava 13,44%, de 13,45%. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,97%, ante 12,99% ontem.

Na renda fixa, os juros futuros terminaram a sessão desta quinta-feira, 19, em alta, na esteira da disparada do dólar e em meio ao avanço dos juros dos Treasuries, que voltaram a subir após reagirem em forte baixa ao comunicado do Fed (banco central dos EUA), na véspera.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 (426.930 contratos) indicava 13,77%, de 13,21% no ajuste de quarta-feira. O DI para janeiro de 2017 (543.775 contratos) apontava 13,65%, de 13,02% no ajuste anterior. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 (155.385 contratos) projetava 13,21%, ante 12,53% de ontem. No fim da tarde, o juro da T-note de 10 anos estava em 1,948%, de 1,915% no fim da tarde de ontem.

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Já o dólar à vista terminou o dia em alta de 2,49%, negociado a R$ 3,2950, o maior preço desde 1º de abril de 2003 (R$ 3,3130). A moeda ultrapassou o patamar dos R$ 3,30 influenciada pelo forte viés de alta para a moeda norte-americana no exterior. Internamente, a demanda pela divisa foi estimulada principalmente pela cautela em meio às tensões políticas entre governo e base aliada e também diante das incertezas sobre a continuidade do programa de swap cambial.

A despressurização do câmbio aliviou prêmios na curva de juros em boa parte desta segunda-feira (16) mas, como no término da sessão regular o dólar perdeu força de queda, as taxas futuras também reduziram o declínio para ficar perto dos ajustes anteriores. De todo modo, os principais contratos seguem precificando um aumento de 0,75 ponto porcentual da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em abril.

O DI com vencimento em janeiro de 2016 movimentou 127.510 contratos, terminando a sessão regular em 13,86%, mesma taxa do ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 (182.375 contratos) terminou em 13,80%, de 13,79% no ajuste da sexta-feira. O DI janeiro de 2021, com 41.645 contratos, terminou em 13,30%, na máxima, de 13,28% no ajuste anterior.

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Tanto o dólar quanto os juros tiveram influência importante da tendência externa, que acabaram se sobrepondo a eventuais reações do mercado às manifestações contra o governo ontem, com milhares de pessoas nas ruas pelo País. Nos EUA, indicadores fracos da economia norte-americana amenizaram a expectativa sobre a sinalização sobre o timing para a alta das taxas dos Fed Funds, às vésperas do encontro do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), na quarta-feira. O dólar à vista encerrou na máxima de R$ 3,246 (-0,43%) no balcão.

A produção industrial norte-americana (+0,1%) subiu abaixo do esperado (+0,2%) em fevereiro e o índice Empire State de atividade industrial na região de Nova York caiu para 6,90 em março, aquém da expectativa de alta para 8,30, ante 7,78 em fevereiro. Já a confiança das construtoras do país recuou para 53 em março, quando a previsão era 55. Diante dos números, a percepção é de que o Fed pode esperar um pouco mais para começar a retirar a política monetária do modo acomodatício.

Quando o dólar desacelerou a baixa no final da sessão, os juros acompanharam, para encerrar nos ajustes, de olho também no movimento dos Treasuries. Em Wall Street, os yields (retornos) também foram influenciados pela perspectiva para a política monetária dos EUA. Perto das 16h30, a T-Note de dez anos estava em 2,092%, de 2,119% na sexta-feira.

Segundo operadores, o espaço para queda dos prêmios, que em boa medida depende do dólar, não é muito grande diante das preocupações com a economia doméstica e da crise política. Após as manifestações de ontem, o governo, via ministros, afirmou estar disposto a dialogar com a sociedade para tentar atender às demandas, a começar pela implantação de um plano de combate à corrupção.

Ao longo do dia o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reuniu-se com vários empresários em São Paulo para falar sobre o ajuste fiscal e reforçou a necessidade de um acerto com o Congresso. "Política anticíclica permanente é insustentável do ponto de vista fiscal, mas é claro que algumas medidas precisam consultar o sócio do governo, o Congresso", disse, acrescentando que o governo está dialogando com os parlamentares sobre algumas medidas. "Quando o jogo é claro, todo mundo vai à luta e as coisas mudam", afirmou. "Estamos trabalhando para evitar cenários de 'downgrade' e inflação alta", completou, aos empresários na Associação Comercial de São Paulo.

A curva de juros continua precificando uma aceleração do ritmo de alta da Selic na reunião do Copom de abril, mesmo com o número fraco do IBC-Br de janeiro. O dado teve baixa de 0,11% em janeiro ante dezembro do ano passado com ajuste sazonal, abaixo da mediana das estimativas dos 35 analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (+0,20%), mas dentro do intervalo de -0,14% a +0,90%. Na comparação entre os meses de janeiro de 2015 e 2014, houve retração de 1,75% na série sem ajustes sazonais, uma retração maior do que a apontada pela mediana (-1,10%) e que ficou perto do piso das previsões (-1,80% a +0,80%).

As taxas dos contratos futuros de juros acompanharam nesta sexta-feira (13) a disparada do dólar e subiram de forma consistente. Do meio da tarde para frente, as taxas futuras até desaceleraram um pouco, com os agentes reconhecendo os exageros vistos mais cedo e também diante da possibilidade limitada de um choque de juros diante da situação da atividade. Ainda assim, notícias e comentários envolvendo a Petrobras, a não atuação direta do Banco Central no câmbio e as tensões sobre as manifestações contra e a favor do governo Dilma Rousseff acabaram pesando nos negócios.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI para julho de 2015 marcava 13,17%, de 13,129% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 apontava 13,86%, ante 13,78% ontem. O DI para janeiro de 2017 mostrava taxa de 13,79%, de 13,78% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 indicava 13,28%, ante 13,27% na véspera.

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No mercado de câmbio, o dólar disparou ante o real e atingiu o maior valor em quase 12 anos. As preocupações com a economia brasileira e com a crise política somou-se ao firme avanço do dólar no exterior, em meio à avaliação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) está próximo de elevar sua taxa de juros. No pior momento do dia, o dólar chegou a se aproximar dos R$ 3,28, para depois encerrar em patamar um pouco menor, aos R$ 3,260, com alta de 3,36% no balcão. Este é o maior valor para a moeda desde 2 de abril de 2003.

Fontes do governo se movimentaram após o encerramento dos negócios à vista, citando inclusive "claro exagero" na alta do dólar. A avaliação foi de que há muito gordura no câmbio e isso impacta a curva de juros, adicionando prêmios.

Após os comentários de fontes do governo ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, já na sessão estendida, os juros futuros devolveram parte dos prêmios acumulados ao longo do dia, na esteira da desaceleração da alta do dólar no mercado futuro.

A ideia do choque de juros parece mesmo não fazer sentido neste momento, porque os indicadores econômicos reiteram a percepção de atividade enfraquecida. Nem quando mostram alguma melhora os números são capazes de animar o mercado, como foi o caso dos dados do varejo de janeiro divulgados esta manhã, que ficaram em segundo plano em termos de impacto na curva de juros. As altas de 0,8% e 0,6% do varejo restrito e ampliado na margem, respectivamente, bem melhores do que as medianas negativas de -0,40% e -1,20%, segundo pesquisa do AE Projeções, foram relativizadas, porque o desempenho se deu em cima da fraca base de comparação de dezembro.

Na esteira da disparada do dólar e em meio à continuidade da deterioração das expectativas dos investidores diante da tensão política, os juros futuros marcaram a quarta alta consecutiva nesta quinta-feira (5) A crise instalada entre Planalto e Congresso segue contaminando o humor dos mercados domésticos e fez o dólar à vista ultrapassar os R$ 3,00 na sessão de hoje, levando junto as taxas dos DIs.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 (228.365 contratos) indicava 13,33%, de 13,21% no ajuste de quarta-feira. O DI para janeiro de 2017 (284.310 contratos) apontava 13,17%, de 13,02% no ajuste anterior. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 (103.915 contratos) projetava 12,69%, ante 12,53% de ontem. O dólar à vista terminou o dia em alta de 1,01%, aos R$ 3,0090, o maior preço desde 13 de agosto de 2004 (R$ 3,021).

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A crise instalada entre Planalto e Congresso ganhou um novo capítulo hoje, na primeira sessão da CPI da Petrobras. Isso porque a comissão é presidida por Hugo Motta (PMDB-PB), que é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos nomes que vazaram da Lista de Janot. Em represália, Cunha estaria por trás das medidas aprovadas nesta manhã durante a CPI, todas desfavoráveis ao PT e ao governo federal.

Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebeu representantes da Standard & Poor's. Ele tentou convencer os integrantes da agência de que, apesar da falta de apoio da base aliada, a meta de superávit primário de 1,2% do PIB este ano será entregue e que os riscos relacionados à Petrobras e ao abastecimento de energia estão controlados.

Segundo fontes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra cerca de 45 parlamentares com mandato, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Na última quarta-feira, a PGR enviou ao Supremo 28 pedidos de abertura de inquérito envolvendo 54 investigados com ou sem foro. Da lista de pedidos de abertura de inquérito vazaram os nomes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ); Gleisi Hoffmann (PT-PR); Romero Jucá (PMDB-RR); Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL).

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