Tópicos | taxas de juros

Os juros futuros encerraram a terça-feira, 25, em alta, em ajuste à ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou a ideia de que a Selic deve sofrer novo corte de 0,25 ponto porcentual em novembro, esfriando as apostas do mercado de aceleração do ritmo de queda para 0,50 ponto porcentual.

As taxas subiram desde a abertura e a ata acabou se sobrepondo a fatores como a queda do dólar para a casa de R$ 3,10 e a expectativa de sucesso do governo na votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos do governo, na Câmara, que poderiam em tese, aliviar prêmios nas taxas. Em Brasília, o plenário da Câmara dos Deputados atingiu no período da tarde o quórum necessário para retomar a apreciação da PEC, após a expiração do prazo regimental de quatro horas de uma sessão extraordinária.

##RECOMENDA##

No final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) que vence em janeiro de 2017 fechou com taxa de 13,729%, ante 13,720% no ajuste de segunda-feira. O DI janeiro de 2018 encerrou com taxa de 12,24%, ante 12,16%. A taxa do DI janeiro de 2021 subiu de 11,10% para 11,18%.

Entre os indícios na ata de que o Banco Central deve seguir cauteloso na condução do ciclo de distensão monetária, os analistas destacaram por exemplo a afirmação de que "a convergência da inflação para a meta para 2017 e 2018 é compatível com uma flexibilização moderada e gradual das condições monetárias". Além disso, os diretores ressaltam que "as projeções no cenário de mercado sugerem haver limites para a magnitude dessa flexibilização nesse mesmo horizonte". Para 2017 e 2018, no cenário de mercado, a expectativa é de inflação de 4,9% e de 4,7%, portanto, acima do centro da meta de 4,5%.

Houve ainda, por parte do BC, demonstração de preocupação com a inflação de serviços, a partir dos "sinais de uma pausa recente no processo de desinflação de componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária". Segundo os diretores do BC, isso pode sinalizar uma convergência mais lenta da inflação à meta.

Os juros futuros encerraram em queda nos vencimentos curtos e longos nesta quarta-feira, 28, enquanto os de médio prazo fecharam perto da estabilidade. O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado ontem, seguiu repercutindo sobre as taxas, que refletiram ainda a melhora da expectativa em relação ao ajuste fiscal e o ambiente externo mais propício à tomada de risco.

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 (177.735 contratos) caiu de 13,775% no ajuste de ontem para 13,750%. O DI janeiro de 2018 (149.480 contratos) fechou em 12,16%, de 12,15% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2019 (226.800 contratos) encerrou em 11,58%, de 11,56%. O DI janeiro de 2021, com 203.715 contratos, terminou em 11,53%, de 11,58%.

##RECOMENDA##

Diante da percepção de que, entre os três fatores listados pelo Banco Central para uma possível flexibilização da Selic, a questão fiscal é a que traz as maiores dúvidas, foi bem recebida pelo mercado a sinalização do governo de que a Câmara deve votar entre os dias 10 e 11 de outubro a PEC do teto dos gastos, considerada "o Plano Real" do governo Temer. O prazo foi definido em reunião realizada na noite de ontem entre o presidente Michel Temer, ministros e líderes da base aliada para discutir uma estratégia para a aprovação do texto.

Hoje, o relator da proposta, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), confirmou tal expectativa. "Depois vêm alguns feriados, mas queremos fechar o segundo turno na segunda quinzena de outubro e mandar para o Senado na última semana de outubro", disse, após reunião com o ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento).

Ainda sob o impacto do RTI "considerado dovish", e com reforço de uma inflação baixa trazida hoje pelo monitor da Fundação Getulio Vargas (FGV), os vencimentos curtos também recuaram, com avanço das apostas de que o ciclo de afrouxamento monetário será inaugurado em outubro com queda de 0,50 ponto da Selic atualmente em 14,25%.

Ao mesmo tempo, o aumento do apetite pelo risco no exterior à tarde ajudou a colocar a ponta longa nas mínimas, faltando em torno de meia hora para o final da etapa regular. O desfecho da reunião dos produtores de petróleo, que chegaram a um acordo para reduzir a produção, foi o gatilho para uma melhora generalizada nos ativos, com aceleração da alta das cotações da commodity e das ações, além da inversão do avanço do dólar ante o real.

Os juros futuros mantiveram o sinal de alta nesta sexta-feira, 22, mas, ao contrário de ontem, hoje os contratos longos é que foram destaque. Após o Comitê de Política Monetária (Copom) listar em seu comunicado "incertezas quanto à aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia" no balanço de riscos para a inflação, os juros hoje subiram amparados no noticiário que eleva preocupações com a área fiscal. No exterior, a despeito da alta das ações, o dia foi pesado para ativos de países emergentes, como moedas e títulos, após um dado fraco da economia do Reino Unido.

Ao término da negociação normal da BM&FBovespa, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (97.880 contratos) fechou estável ante o ajuste anterior, em 13,945%. O DI janeiro de 2018 (126.472 contratos) subiu de 12,78% para 12,84%. O DI janeiro de 2021 (107.180 contratos) encerrou em 12,07%, de 11,97%.

##RECOMENDA##

Entre as notícias que pesaram sobre a curva longa está a que o governo confirmou que encaminhará ao Congresso propostas de reajuste salarial a 14 categorias do funcionalismo público e também declarações do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, contrárias ao contingenciamento do Orçamento.

Para evitar um novo contingenciamento, o governo decidiu usar efetivamente R$ 16,5 bilhões do espaço fiscal que havia estabelecido para absorver riscos fiscais, como aponta o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, divulgado hoje pelo Ministério do Planejamento.

Lá fora, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Reino Unido, que mede a atividade nos setores industrial e de serviços, caiu para 47,7 em julho, de 52,4 em junho, indicando contração da economia e atingindo o menor nível desde abril de 2009, segundo dados preliminares publicados hoje pela Markit Economics. O número acentua as preocupações sobre o ritmo da economia global, mas amplia a expectativa de aumento de estímulos de liquidez.

O aumento do estresse no quadro político provocou realização de lucros no mercado de juros e as taxas fecharam a sessão em alta nos vencimentos de médio e longo prazos, enquanto os curtos subiram reagindo à fala de Ilan Goldfjan, indicado à presidência do Banco Central, sabatinado nesta terça-feira, 7, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 (154.260 contratos) projetava 13,600%, de 13,565% no ajuste da véspera.

O DI janeiro de 2018 (171.730 contratos) encerrou em 12,56%, de 12,51% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2019 (172.355 contratos) subiu de 12,29% para 12,34%, e o DI janeiro de 2021 fechou em 12,39%, de 12,31%, com 123.370 contratos.

##RECOMENDA##

O sinal de alta foi determinado já na abertura dos negócios, em reação aos pedidos de prisão feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Teori Zavascki, ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi ministro do Planejamento do governo do presidente em exercício, Michel Temer. O trio aparece em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que, para os investigadores, contêm indícios de conspiração para derrubar todas as apurações em curso sobre o esquema de corrupção da Petrobras.

Renan divulgou nota em que diz que o pedido de prisão foi "desproporcional e abusivo". "Toda vez que há exagero, extravagância, excesso, desproporcionalidade, expressões como democracia, Constituição, liberdade de opinião e presunção de inocência perdem prestígio. Não vamos colaborar com isso", disse Renan após informar que é preciso aguardar a decisão do STF.

Na sabatina, Ilan afirmou à CAE que à frente da autoridade monetária retribuirá confiança depositada em sua indicação atingindo meta de inflação e disse que vai mirar o centro da meta. "Bandas de tolerância servem para acomodar choques", disse. Segundo ele, a manutenção de nível baixo e estável de inflação reduz incertezas e torna a sociedade mais justa. Sua indicação foi aprovada pela CAE por 19 votos a 8. Na ótica do mercado, as afirmações sugerem que o ciclo de cortes da Selic pode demorar um pouco mais do que se espera.

Os juros futuros encerraram esta quarta-feira, 25, em alta expressiva, refletindo o aumento das preocupações com o cenário político doméstico, após a divulgação da conversa gravada pelo ex-presidente do Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), sobre uma mudança na lei de delação premiada. Os receios foram potencializados pelo fato de que hoje é véspera de feriado prolongado de Corpus Christi. Amanhã, o mercado doméstico estará fechado, enquanto no exterior tudo funciona normalmente. Na sexta-feira a emenda do feriado vai tirar muitos players das mesas de operações, enquanto a agenda de eventos e indicadores nos EUA será forte.

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 estava em 13,690%, de 13,685% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2018 marcava 12,93%, de 12,87% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 subia de 12,68% para 12,78%. Nos longos, o DI janeiro de 2021 subiu de 12,61% para 12,74%.

##RECOMENDA##

"O mais relevante do dia foi a preocupação com o quadro político. O mercado se assustou com o áudio do Renan e o que pode vir adiante", disse Leonardo Monoli, sócio-diretor da Jive Asset. "Tem todo o sentido essa postura mais cautelosa numa véspera do feriado", afirmou. Na sexta-feira, nos EUA sai o resultado da segunda estimativa para o PIB do primeiro trimestre e haverá discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen.

Em diálogo divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, Renan diz a Machado que é preciso impedir que alguém preso se torne delator. "Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso", disse. Uma vez que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada de Sérgio Machado, há preocupação de que novas denúncias atinjam mais membros do governo que acaba de assumir.

Pela manhã, prevaleceu um viés de baixa nas taxas, em reação à aprovação da mudança da meta fiscal 2016 para um déficit primário de R$ 170,5 bilhões do Governo Central, pelo Congresso Nacional, hoje. Mas o sinal foi abalado posteriormente pela pressão das operações de proteção relacionadas ao leilão de papéis prefixados do Tesouro, e as taxas passaram a ter leve alta. Passado o leilão, as taxas, que normalmente devolvem o avanço depois da oferta do Tesouro, ampliaram a alta, primeiramente com as máximas do dólar e depois com o aumento do receio com o quadro político.

O Tesouro Nacional vendeu todo o lote de 10,5 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) em três vencimentos, com volume financeiro total de R$ 8,195 bilhões.

Nesta tarde, o Ministério do Trabalho informou que o saldo líquido do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em abril ficou negativo em 62.844 vagas. O dado veio dentro do esperado pelos analistas consultados pelo AE Projeções, que era de fechamento de 2 mil a 149,4 mil postos, mas pior do que apontava a mediana de corte de 51,4 mil vagas.

A cautela com o cenário interno, principalmente a questão política após a divulgação do diálogo entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-dirigente da Transpetro Sérgio Machado, puxou para cima os juros futuros, a exemplo do dólar. As preocupações com a inflação no curto prazo e um certo desconforto com a nova meta de resultado primário de 2016 divulgada na sexta-feira, após o fechamento do mercado, também influenciaram o comportamento das taxas.

Ao término da negociação regular da BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 subia de 13,675%% para 13,695%. O DI para janeiro de 2018 fechou em 12,83%, de 12,72% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 12,63%, de 12,46% no ajuste anterior. E o DI janeiro de 2021 terminou em 12,62%, de 12,36%.

##RECOMENDA##

Profissionais consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, viram com preocupação a conversa entre Jucá e Machado, uma vez que o ministro está na base de sustentação do novo governo e também compõe a equipe econômica. A depender da evolução do caso, há riscos para a aprovação das medidas fiscais necessárias para a retomada da economia, na percepção dos analistas.

A gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo revela que o ministro teria sugerido pacto para deter o avanço da Lava Jato. "Tem que mudar o governo para estancar essa sangria", afirmou Jucá a Machado. Em entrevista nesta tarde, o ministro se defendeu, alegando que se referia à situação da economia e reafirmou o apoio às investigações da Polícia Federal.

Além disso, as pressões inflacionárias de curto prazo têm trazido incômodo e podem adiar o início do ciclo de cortes da Selic. Segundo profissionais nas mesas de renda fixa, as coletas diárias de inflação pelo monitor da Fundação Getulio Vargas (FGV) têm mostrado aceleração da alta dos preços. E, nesta manhã, a pesquisa Focus do Banco Central apontou avanço na mediana das estimativas para o IPCA de 2016, de 7,00% para 7,04%, enquanto a mediana para 2017 - horizonte para onde está voltada a política monetária - permaneceu em 5,50%.

Por fim, a nova meta fiscal proposta pelo governo, de déficit primário de R$ 170,5 bilhões para o Governo Central (Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central), apesar de não ser exatamente uma surpresa para o mercado, gerou incômodo por ter superado parte das estimativas, de algo em torno de R$ 150 bilhões. De todo modo, o mercado acredita que a estratégia do governo embute um excesso de zelo.

Os juros futuros de curto prazo encerraram a quinta-feira, 5, com ligeiro viés de alta, após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmar indicação dada anteriormente pelo BC de que não há espaço para um corte da Selic na próxima reunião do colegiado, em junho. Houve uma redução das apostas nessa possibilidade, segundo operadores. As taxas curtas, contudo, ainda mostram chance de afrouxamento monetário a partir do segundo semestre. Já os juros de longo prazo caíram, numa reação clássica à resistência dos curtos. A volatilidade do dólar chegou a influenciar o mercado vários momentos.

Ao término da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 indicou 13,680%, ante 13,665% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2018, 12,78% (12,80% no ajuste anterior). O DI para janeiro de 2021 apontou 12,53%, na mínima, ante 12,63% no ajuste da véspera.

##RECOMENDA##

De acordo com um operador, a ata "enfraqueceu as apostas de queda na próxima reunião". O economista-sênior do banco Haitong, Flávio Serrano, concordou que a ata indica estabilidade de curto prazo. "Mas o BC não se compromete quanto ao tempo", ponderou, acrescentando que o mercado se antecipa, precificando cortes da Selic a partir do segundo semestre, por prever uma evolução favorável do cenário de inflação.

Na ata, o Copom reiterou que "adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas, ou seja, circunscrever a inflação aos limites estabelecidos pelo CMN, em 2016, e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017". "Nesse contexto, ressalta que o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias", continuou o texto. A projeção de inflação pelo IPCA em 2017 caiu no cenário de referência e está ao redor da meta de 4,5%, segundo o BC.

Os juros futuros de longo prazo voltaram a fechar em alta nesta quarta-feira, 4, enquanto os curtos mantiveram-se perto dos ajustes anteriores. O avanço foi determinado por um movimento de realização de lucros em meio às incertezas do quadro político doméstico e da cautela no exterior, após um indicador do mercado de trabalho privado nos Estados Unidos abaixo do esperado.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 13,665%, de 13,655% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 subiu de 12,75% para 12,80%. O DI janeiro de 2021 avançou de 12,49% para 12,63%.

##RECOMENDA##

Os juros futuros subiram apesar do dólar em queda. A alta refletiu a opção de investidores vendidos em taxas de reduzirem sua exposição ao risco prefixado, diante das dúvidas que ainda cercam o eventual governo de Michel Temer, tanto quanto à equipe quanto às medidas para tirar o País da crise. Ontem, por exemplo, Temer disse que "há grande dificuldade" para reduzir o número de ministérios, em entrevista ao Blog do jornalista Gerson Camarotti.

Flávio Serrano, economista-sênior do banco Haitong, explicou que "o mercado está corrigindo as quedas fortes vistas a partir da evolução do cenário político e já tinha incorporado toda as 'noticias boas'". E, desde ontem, o mercado já vem trabalhando com a possibilidade de não haver mudanças no comando do Banco Central.

A ponta curta oscilou sob um viés de alta, mas não houve espaço para grandes movimentos, já que amanhã será divulgada a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada. "Talvez o mercado esteja um pouco conservador pelo risco de uma ata 'hawkish'", disse Serrano.

Nos EUA, a pesquisa ADP mostrou que o setor privado gerou 156 mil vagas em abril, abaixo das 196 mil previstas, o que traz insegurança em relação ao relatório oficial de emprego (payroll) que será conhecido na sexta-feira e sobre a saúde da economia norte-americana. No entanto, o pessimismo foi limitado por indicadores que superaram as previsões, como a alta de 1,1% da encomendas à indústria em março, acima da expectativa de +0,8%.

Os juros futuros confirmaram no fechamento o sinal de queda com que passaram a operar na parte da tarde, passada a leve pressão de alta imposta pelo leilão de prefixados do Tesouro e diante da melhora no apetite pelo risco vista no exterior. Também na etapa vespertina veio a informação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a decisão sobre a posse do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil, sem nova data prevista. O adiamento foi solicitado pelo ministro Teori Zavascki. O ministro argumentou que é relator de duas ações que também questionam a posse do ex-presidente.

O mercado, que acredita que uma mudança de governo será capaz de recolocar o País em trajetória de crescimento, vê algum risco de que a presidente Dilma Rousseff possa virar o jogo do impeachment aprovado na Câmara se, eventualmente, o STF confirmar a posse do ex-presidente Lula, dada sua grande capacidade de articulação. Nesse sentido, o adiamento da decisão abriu espaço para a devolução de prêmios.

##RECOMENDA##

No exterior, o petróleo, após dados apontando queda da produção nos EUA, inverteu o sinal de baixa no início da tarde, mostrando altas entre 3% e 4%. Com isso, os investidores passaram a demandar ativos de países emergentes e ações, favorecendo ainda alívio na parte longa da curva a termo.

Pela manhã, as taxas oscilaram perto dos ajustes anteriores, mas com viés de alta, refletindo as operações de proteção contra o risco prefixado normalmente montadas pelos participantes dos leilões do Tesouro, além do IPCA-15. A oferta hoje foi de 8,5 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), vendida integralmente, e de 1,5 milhão de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) - vendida parcialmente (1,120 milhão). Quanto ao índice de inflação, a taxa de 0,51% ficou acima da mediana de 0,47% das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de 0,38% a 0,58%.

Ao término da negociação regular, o DI janeiro de 2017 estava na mínima de 13,495%, ante 13,520% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2018 projetava 12,76%, de 12,80%. O DI janeiro de 2021 caiu de 12,90% para 12,88%.

As taxas de juros negociadas no mercado futuro subiram nesta quinta-feira, 7, pela quarta sessão consecutiva, refletindo principalmente o enfraquecimento das apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com isso, indicadores econômicos ou pronunciamentos de membros da equipe econômica acabaram por ficar em segundo plano.

Após a saída do PMDB da base governista, as articulações do governo junto a partidos pequenos trouxeram dúvidas aos investidores quanto a uma rápida troca de governo, como se imaginava. A estimativa antes do desembarque do PMDB era de que outros partidos da base aliada seguissem a legenda e abandonassem o governo, o que não aconteceu. O PP, por exemplo, confirmou nesta semana a permanência no grupo de apoio.

##RECOMENDA##

A última atualização do levantamento realizado pelo Grupo Estado mostra que o número de votos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff está em 271, enquanto os votos contrários subiram para 111. Neste momento, há ainda 67 indecisos e 64 não responderam. O deputado Aelton Freitas (PR-MG), que estava indeciso, se manifestou contra.

Entre os poucos indicadores econômicos, o destaque do dia foi o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que avançou 0,43% em março, após subir 0,79% em fevereiro. A taxa ficou dentro do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam um avanço de 0,32% a 0,60%, e abaixo da mediana de +0,48%, de acordo com as instituições ouvidas pelo AE Projeções.

Já o presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini, reafirmou que o balanço de riscos atual para a inflação "não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias".

Com as atenções do mercado focadas no cenário político, no entanto, nem o IGP-DI nem Tombini tiveram influência significativa sobre as taxas de juros. As expectativas neste final de dia estão concentradas no discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, às 18h30 (de Brasília). Ontem, a ata da reunião do Fed mostrou diferentes pontos de vista dos diretores da instituição, mas com o consenso de que os juros daquele país não devem ser elevados no curto prazo.

Nos negócios do período regular da BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 teve taxa de 13,88%, contra 13,84% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2018 ficou em 13,77%, contra 13,67%. O DI para janeiro de 2021 projetou 14,16%, ante 14,12% do ajuste da véspera.

O mercado de juros futuros absorve na manhã desta sexta-feira, 8, a inflação de 10,67% no fechamento de 2015, que representa a maior taxa anual desde 2002 (12,53%). Em dezembro, ela ficou em 0,96%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma inflação de dois dígitos no ano passado, no entanto, já era esperada. Além disso, ambos os números vieram perto do piso das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções (de 10,66% e 0,95%, respectivamente). Por isso, os juros futuros reagem em baixa. O movimento das taxas futuras também é determinado pela queda do dólar nos primeiros negócios do dia, em meio à diminuição da tensão no exterior.

Os dados do IBGE confirmam o rompimento do teto do intervalo da meta de inflação perseguida pelo governo (4,5%, com tolerância de 2,0 pontos porcentuais para mais ou menos). A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando o IPCA fechou o ano em 9,30%. O Banco Central, presidido por Alexandre Tombini, terá que escrever uma carta pública ao Ministério da Fazenda, cujo titular é Nelson Barbosa, na qual deverá listar os motivos pelos quais a inflação ultrapassou o limite estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

##RECOMENDA##

Às 9h33, o DI para abril de 2016 indicava 14,625%, ante 14,638% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,48%, de 15,54% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 apontava 16,19%, de 16,28% no ajuste da véspera.

As taxas de juros futuros dispararam nesta sexta-feira, 27, refletindo o aumento da aversão ao risco com o quadro político doméstico, antes do final de semana e dos eventos da semana que vem. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI julho de 2016 projetava 15,110%, de 15,035% no ajuste anterior; o DI janeiro de 2017 subia de 15,54% no ajuste para 15,66% (máxima); e o DI janeiro de 2021 também encerrou na máxima, a 15,91%, bem acima do ajuste de 15,62%.

As taxas já começaram o dia sob estresse, em meio ao risco de paralisação das contas públicas na próxima semana, após o adiamento da votação da mudança da meta fiscal de 2015, que teria de ser aprovada até o dia 30. O Congresso só deve votar a matéria no dia 1º, o que pode obrigar a presidente Dilma a ter de cortar drasticamente o orçamento. O que está valendo é a meta de superávit primário de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) até que o Congresso aprove o projeto que prevê um déficit de até 2%.

##RECOMENDA##

Segundo fontes, Dilma Rousseff vai assinar um decreto para bloquear recursos orçamentários e evitar o descumprimento da Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF) e da recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). A equipe econômica ainda trabalha para determinar o tamanho do contingenciamento. Em tese, o governo seria obrigado a cortar R$ 107,1 bilhões para garantir o cumprimento dos 1,1% do PIB. Mas há somente R$ 10,7 bilhões à disposição para cortes.

Diante do aumento do risco fiscal, o mercado colocou mais fichas na probabilidade de um novo rebaixamento do rating soberano, sobretudo após a informação de que na próxima semana chegará ao País uma missão da Standard & Poor's.

Ao longo do dia, outras notícias foram impulsionando as taxas, que passaram a renovar as máximas à tarde. Entre elas, a de que o presidente da Andrade Guitierrez, Otávio Azevedo, fechou acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato e deve apontar os nomes de pelo menos dois senadores que teriam recebido propinas no esquema Petrobras.

Ainda, segundo rumores nas mesas de operação, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), pode confirmar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma na semana que vem.

Além do que pode vir no front político, a próxima semana é de agenda econômica carregada. Na segunda-feira, dia 30, o Banco Central vai divulgar os dados do setor público consolidado de outubro e, na terça-feira, o IBGE informa o PIB do terceiro trimestre.

O mercado futuro de juros promoveu cortes expressivos nas taxas nesta quinta-feira, 19, motivado por fatores internos e externos. Contribuíram para a redução dos prêmios o arrefecimento da crise política, a inflação dentro do esperado e o tom "dovish" da ata da reunião do Federal Reserve, divulgada na véspera. Diante do cenário mais favorável, o dólar perdeu força no Brasil e no exterior, levando as taxas a fechar nas mínimas do dia.

O desarme dos principais itens da pauta-bomba do Congresso fortaleceu o governo e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, cuja permanência no cargo foi confirmada no início da semana pela presidente Dilma Rousseff. Entre os itens explosivos estavam os vetos ao reajuste a funcionários do Judiciário e à indexação das aposentadorias ao salário mínimo - ambos mantidos pelos parlamentares. Em Nova York, Levy se disse hoje "confortável" no governo.

##RECOMENDA##

A ata do Fed, divulgada no final da tarde de quarta-feira, continuou a produzir efeitos nos negócios no Brasil. Segundo operadores, apesar de admitir condições para a elevação dos juros nos EUA em dezembro, o documento manteve um tom suave, compatível com uma elevação gradual e cautelosa das taxas dos Fed Funds.

Analistas também apontam a inflação do IPCA-15 de novembro como fator que ajudou a aliviar as taxas. O índice teve alta de 0,85%, acima do 0,66% de outubro, mas levemente abaixo da mediana de expectativas do mercado, de 0,87%. Nesse ambiente, os investidores aproveitaram o gancho para zerar o resto das apostas em alta da Selic na próxima semana.

Pela manhã, o Tesouro vendeu 12,5 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), títulos prefixados com vencimentos entre 2016 e 2019, num total de R$ 10,289 bilhões. Após o leilão, investidores reduziram posições no mercado futuro, o que também contribuiu para o aprofundamento da queda das taxas no período da tarde.

Ao final dos negócios no horário regular da BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2016 teve taxa de 14,167%, frente a 14,186% do ajuste da véspera. O DI de janeiro de 2017, o mais negociado, fechou a 15,21%, de 15,45% do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2019 ficou com taxa de 15,44%, contra 15,69% de ontem. Na ponta mais longa, o DI com vencimento em janeiro de 2021 fechou em 15,27%, de 15,51%.

Os juros futuros iniciaram a sessão desta sexta-feira (30) com um ligeiro viés de alta. Há alguns ajustes de fim de mês e antes do fim de semana prolongado. O mercado também acompanha com atenção as oscilações do dólar no mercado de câmbio e o ganho de força da moeda depois da primeira meia hora de sessão ampliou o fôlego das taxas futuras.

Às 9h39, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 15,47%, ante 15,38% no ajuste de ontem. O para janeiro de 2021 projetava 15,99%, de 15,95% no ajuste anterior. O dólar à vista desacelerava a queda e estava estável no horário mencionado, a R$ 3,8538. Na abertura, foi negociado a R$ 3,8390, em baixa de 0,38%. No câmbio, a disputa pela formação da Ptax do fim de outubro gera volatilidade.

##RECOMENDA##

Depois da agenda forte de ontem, quando foram divulgados a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e dados fiscais, não há eventos de destaque previstos. Hoje, a diretoria do Banco Central está de folga, por causa do Dia do Servidor Público, que foi no dia 28.

Em uma sessão de liquidez bastante reduzida, o mercado futuro de juros ajustou as taxas ligeiramente para baixo nesta segunda-feira (26) com as atenções dos investidores concentradas na questão fiscal e na reunião do Federal Reserve, que na quarta-feira decide sobre os juros básicos dos EUA. Na reta final, vale notar, o recuo das taxas futuras diminuiu, na medida em que o dólar ganhou um pouco mais de força diante do real e também com a desmontagem de posições por parte de investidores que operaram no 'day trade'.

As taxas dos DIs iniciaram o dia em baixa, acompanhando a trajetória do dólar no início do pregão, mas chegaram a subir pontualmente, em meio às preocupações em torno da meta fiscal de 2015, cuja revisão era esperada para a sexta-feira passada (23). Segundo o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Berzoini, ainda não há definição sobre o tamanho do déficit das contas públicas neste ano. O prazo final para envio do novo número ao Congresso é 22 de novembro.

##RECOMENDA##

Os prêmios voltaram a cair com a indicação do Tesouro sobre as mudanças na emissão de títulos de longo prazo. Segundo o coordenador-geral de operações da dívida pública do Tesouro, José Franco, as taxas de papéis longos estão "um pouco elevadas". Ele informou que, no caso das NTN-Bs, o Tesouro está disposto a ofertar mais títulos com vencimento em 2023, em detrimento dos que vencem em 2035 e 2055. O coordenador afirmou ainda que o Tesouro tomou a decisão estratégica de não pressionar o mercado, o que significa emitir menos papéis prefixados e eventualmente mais Letras Financeiras do Tesouro (LFT), que são pós-fixadas.

Apesar da sinalização do Tesouro, houve pouca alteração na curva de juros, que ainda mostra inclinação significativa entre os vencimentos intermediários e longos, num sinal de cautela do investidor. Nos negócios na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 terminou o horário regular com taxa de 14,260%, ante 14,263% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2017 fechou em 15,32%, de 15,35%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 teve taxa de 15,92%, ante 15,96% no ajuste anterior.

A expectativa em torno da reunião do Fed, na quarta-feira, também trouxe influência para os negócios. Diante dos sinais de fraqueza da economia mundial, prevalecem as apostas de que o BC dos EUA vai adiar para 2016 o início da normalização dos juros. Essa percepção favoreceu a queda do dólar ante algumas divisas e dos juros dos Treasuries.

Esta segunda-feira (19) foi um dia misto de alívio e cautela no mercados de câmbio e juros, que dividiram as atenções entre fatores nacionais e internacionais. As declarações de ontem da presidente Dilma Rousseff reforçando a permanência de Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda foram bem recebidas no mercado, que encerrou a semana passada com alto grau de desconfiança quanto ao futuro do ministro.

Os rumores em torno de uma suposta carta de demissão no final da tarde de sexta-feira pareciam fazer sentido, uma vez que a política econômica de Levy vinha sofrendo críticas dentro do PT e, principalmente, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Estocolmo (Suíça), Dilma foi enfática ao garantir que Levy não está saindo do governo e classificou como especulação os questionamentos quanto a esse assunto.

##RECOMENDA##

O mercado respondeu com alívio, mas não deixou de lado a cautela com a questão política. Isso porque a percepção é de que o "fogo amigo" em torno de Levy deve continuar nos próximos dias, uma vez que há assumida discordância em setores do PT em relação à condução da política econômica do governo.

Outro fator que manteve a cautela do investidor foi o cenário internacional, que teve na divulgação de indicadores econômicos na China a sua principal influência. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 6,9% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado veio abaixo dos 7% registrados nos dois primeiros trimestres do ano. Esta foi a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 7% desde 2009. Os dados sugerem que as medidas do governo para apoiar a atividade econômica não foram suficientes para evitar a desaceleração da economia. As incertezas quanto à capacidade da China de voltar a crescer levaram à valorização do dólar frente à maioria das moedas ao redor do mundo, com reflexos também no Brasil.

Nos negócios na BM&FBovespa, as taxas se ajustaram para cima na comparação com o ajuste de sexta-feira - antes da intensificação dos boatos sobre Levy - e para baixo na comparação com as taxas do fechamento do horário estendido. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,304%, contra 14,314% do ajuste de sexta-feira e 14,350% do fechamento no horário estendido. O DI de janeiro de 2017 terminou hoje com taxa de 15,42%, de 15,38% do ajuste (15,56% no horário estendido de sexta-feira). O vencimento de janeiro de 2021 ficou com taxa de 15,82%, ante 15,76% do ajuste anterior (16,03% no estendido).

O avanço do dólar ante o real e, em especial, a preocupação com uma possível saída do governo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foram o principal motivo para o avanço das taxas futuras de juros. Elas se mantiveram em alta durante a maior parte do tempo, mas na reta final da sessão regular se reaproximaram dos ajustes de ontem, ainda que tenham registrado pequeno avanço.

Isso ocorreu após a notícia de que Levy participaria nesta tarde de uma reunião da Junta Orçamentária, juntamente com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. A presidente Dilma Rousseff também participaria, embora não tenha ocorrido uma confirmação oficial. Para o mercado de juros, a informação sobre o encontro da Junta foi um alívio porque, antes dela, esperava-se um encontro apenas entre Levy e Dilma - o que abriu espaço para uma série de especulações.

##RECOMENDA##

A taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2016 terminou nos 14,314%, ante 14,285% de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2017 marcou 15,38%, ante 15,37%. No contrato para janeiro de 2021, a taxa ficou em 15,76%, ante 15,71%. No mercado de balcão, o dólar subiu 1,05% ante o real, aos R$ 3,8400.

Com a política no centro das atenções, os dados econômicos divulgados hoje acabaram ficando em segundo plano. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) avançou 1,88% em outubro, após subir 0,61% em setembro. O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das estimativas do mercado financeiro, segundo levantamento AE Projeções, que ia de avanço de 1,32% a alta de 1,91%, com mediana de 1,70%.

Já o Banco Central anunciou seu índice de atividade (IBC-Br) para agosto. Houve queda de 0,76% ante julho, na série com ajuste. Foi o terceiro recuo consecutivo na margem. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

No mercado de juros futuros, o recuo do dólar influenciou a ponta curta da curva a termo, da mesma forma que os dados do varejo conhecidos pela manhã. A parte longa, no entanto, registrou elevação na maior parte do dia, em meio ao cenário político turbulento e fiscal incerto, mas voltou nos ajustes.

No fechamento da sessão regular desta quarta-feira (14), o DI para janeiro de 2016 terminou a 14,35%, de 14,37% na véspera. O DI para janeiro de 2017 acabou em 15,59%, de 15,80% ontem; o DI para janeiro de 2019 marcou 16,10%, de 16,14%; e o DI para janeiro de 2021 encerrou a 15,94%, igual ao ajuste da véspera.

##RECOMENDA##

O dólar terminou a sessão em baixa de 1,39%, a R$ 3,8180.

Pela manhã, o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista restrito caíram 0,9% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado coincidiu com o piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 0,30% até um recuo de 0,90%, com mediana negativa em 0,60%. Na comparação com agosto do ano passado, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram queda de 6,9% em agosto deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre recuo de 3,00% e queda de 6,60%, com mediana negativa de 5,70%.

A cautela com a questão política acabou contendo um pouco o recuo das taxas curtas e, na ponta longa, o viés foi de alta em grande parte da sessão. Durante a tarde, os agentes monitoraram a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em audiência na Câmara. Na ocasião, como previsto, ele reforçou a importância das medidas de ajuste e foi bastante político ao não polemizar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem criticou as medidas de ajuste do atual governo.

O mercado futuro de juros voltou a dar sinais de estresse e ajustou as taxas para cima nesta terça-feira (13), acompanhando a trajetória do dólar em meio a incertezas no cenário interno e no externo.

No exterior, pesaram os números da balança comercial da China, que registrou queda de 20,4% nas importações do país, acima da expectativa dos analistas, de queda de 16,5%. O número ruim das importações chinesas sinalizou desaceleração da segunda maior economia do mundo, com reflexos em diversos mercados, inclusive os de câmbio, com valorização do dólar frente a moedas de diversos países emergentes, entre elas o real.

##RECOMENDA##

No cenário interno, as atenções estiveram focadas nos desdobramentos da disputa em torno da possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O foco central da batalha é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem em suas mãos os pedidos de impeachment da presidente e, ao mesmo tempo, se vê encurralado pelas evidências de que recebeu propina em negócios envolvendo a Petrobras.

Dentro da disputa em torno do impeachment, três mandados de segurança obtidos pela base governista dificultam as estratégias de Cunha de fazer avançar o processo na Câmara. Com as liminares obtidas no STF, deputados ficam impedidos de recorrer quando houver rejeição de pedido de impeachment feito por Cunha. Na prática, a decisão de levar à frente um processo de impeachment fica somente nas mãos do presidente da Câmara.

Com as indefinições no governo e sem esperanças de avanços nas medidas de ajuste fiscal necessárias para combater o déficit do orçamento em 2016, os investidores voltaram a buscar posição defensiva. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,37%, contra 14,32% do ajuste de sexta-feira. O vencimento de janeiro de 2017, o mais negociado, ficou com taxa de 15,80%, ante 15,56% do ajuste anterior. O DI de janeiro de 2021 teve a taxa elevada de 15,65% para 15,94%.

As taxas dos contratos futuros de juros subiram nesta sexta-feira (9) em meio a ajustes técnicos após os recuos recentes. O movimento ocorreu a despeito de, no segmento de câmbio, o dólar à vista ter recuado 1,55% ante o real, aos R$ 3,7510.

Ainda pela manhã, quando não tinham uma direção firme, as taxas dos contratos futuros de juros foram impulsionadas por um equívoco de negociação de uma corretora local, que levou as taxas para cima (houve compra de taxa e venda de PU). Estrangeiros viram o movimento e aproveitaram para zerar algumas posições na renda fixa brasileira, o que amplificou a pressão.

##RECOMENDA##

Passado este momento, as taxas ainda se mantiveram em alta na maior parte dos vencimentos, mesmo porque já haviam recuado bastante nos últimos dias, o que sugeria certa recomposição de prêmios.

No fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 marcou 14,32%, ante 14,321% do ajuste de ontem, enquanto o vencimento para janeiro de 2017 indicou 15,56%, ante 15,23%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2021 marcou 15,65%, ante 15,32%.

Pela manhã, destaque para a divulgação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) da primeira prévia de outubro. O indicador mostrou alta de preços de 1,64%, ante 0,56% da primeira leitura de setembro. No ano, o IGP-M acumula ganhos de 8,09% e, em 12 meses, avanço de 9,82%.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando