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O mercado de juros passou o dia com as atenções voltadas aos preparativos para a sessão da comissão especial da Câmara na tarde desta terça-feira, 2, antes da leitura do voto complementar do relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP). As negociações em torno do texto resultaram em certa volatilidade para as taxas ao longo do dia e um pouco de correção à forte queda recente nos prêmios. Com isso, os juros terminaram a sessão regular com alta moderada nos principais contratos. Com a questão política prevalecendo, ficaram em segundo plano os dados da produção industrial e o exterior.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 subiu de 5,808% para 5,840% e a do DI para janeiro de 2023, de 6,59% para 6,65%. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou a sessão regular em 7,10%, de 7,05%.

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"O mercado 'andou' bastante nos últimos dias e hoje ficou mais de lado, aguardando a leitura do voto. Estávamos vendo mínimas atrás de mínimas, então esse ambiente de espera é propício mesmo para alguma realização", disse o trader de renda fixa da Quantitas Asset, Matheus Gallina.

As taxas começaram a terça-feira em baixa, mas ainda pela manhã passaram a subir, dadas as dificuldades em se chegar a um acordo para recolocar Estados e municípios no relatório, apesar dos esforços do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de líderes de partidos, em reunião com governadores. Até o momento, não se tem uma posição oficial, mas sim indicações de que os governos regionais devem mesmo ficar de fora, até porque os governadores que se opunham à reforma não participaram da reunião.

Em boa medida, já não se contava com essa reinserção no âmbito da comissão especial, somente no plenário, mas diante da demora na definição do assunto durante o dia, havia risco de um impasse inviabilizar a leitura do voto ainda hoje e comprometer as demais etapas do cronograma. "Ao longo da sessão, houve estresse com a possibilidade de o voto não ser lido hoje", disse Gallina. No começo da tarde, as taxas reduziram a alta e passaram a rondar os ajustes anteriores, depois do relator confirmar que leria o voto complementar ainda hoje. A expectativa é de que a votação seja amanhã.

Os números da produção industrial não chegaram a influenciar diretamente as taxas, na medida em que mostraram "mais do mesmo", ou seja atividade enfraquecida e risco de o País voltar à recessão. O fato de a queda de maio ante abril, de 0,2%, ter vindo melhor do que apontava a mediana das estimativas (-0,35%) não serviu de alívio. "Apesar do registro superar as expectativas para o mês, ainda não existe uma retomada em curso, apenas a manutenção de um quadro já bastante negativo. Esse dado já dá indícios de que podemos esperar pela estabilidade ou até uma contração da atividade econômica no 2º trimestre", disseram os economistas da Guide, em relatório.

Os juros futuros operam em queda na manhã desta segunda-feira (17) alinhados ao dólar, e refletindo a percepção de que o Banco Central deverá adotar uma política de afrouxamento monetário em meio à inflação comportada e fraqueza da economia, com risco de recessão, segundo profissionais de renda fixa.

A pesquisa Focus mostrou nesta manhã nova revisão para baixo para o produto Interno Bruto (PIB) deste ano e do próximo. As projeções para o PIB de 2019 recuaram de 1,00% para 0,93%, enquanto para 2020 passaram de 2,23% para 2,20%.

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Outra mudança foi a redução da estimativa para Selic de 6,50% para 5,75% em 2019 e para 2020, de 7,00% para 2020.

Às 10h55, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 5,98%, de 6,01% no ajuste de sexta-feira.

O DI para janeiro de 2023 exibia 6,93%, de 6,96%, enquanto o vencimento para janeiro de 2025 estava em 7,48%, de 7,51% no ajuste de sexta-feira.

O mercado de juros finalmente realizou parte dos lucros e as taxas fecharam a etapa regular em alta, após recuarem, no caso das taxas longas, por sete sessões consecutivas. O investidor teve nesta quarta-feira, 5, um terreno fértil no cenário político para justificar o ajuste, em especial no período da tarde, quando as taxas ampliaram o avanço. O adiamento da sessão da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para votar o pedido de crédito extra do governo ao Congresso, informações sobre possível flexibilização na regra do teto dos gastos e expectativa quanto ao julgamento sobre as privatizações no Supremo Tribunal Federal (STF) formaram os principais argumentos do dia a ampararem a trajetória ascendente. No entanto, a avaliação nas mesas de renda fixa é de que trata-se apenas de uma correção e não de mudança de tendência, tanto que na sessão estendida o movimento de realização já perdia força.

Todas as principais taxas futuras encerraram a etapa regular nas máximas. A do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 6,280%, de 6,229% na terça no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 subiu de 6,380% para 6,480%. A taxa para janeiro de 2023 encerrou em 7,44%, de 7,301%, e a do DI para janeiro de 2025 avançou de 7,841% para 8,01%.

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As taxas chegaram a oscilar em queda no início do dia, mas se firmaram em alta junto com o dólar ainda pela manhã, em meio aos sinais vindos de Brasília e a uma esperada realização de lucros. "As curvas no mundo fecharam bastante recentemente e, aqui, a parte política está melhor, mas ainda existe possibilidade de ruído", disse o trader da Sicredi Asset Cassio Andrade Xavier.

Há dúvidas sobre até que ponto o mercado não está se antecipando exageradamente a um cenário benigno. "O próximo passo é ver como ficará a questão dos Estados Unidos", disse Xavier, ressaltando a mudança drástica no desenho da curva dos Treasuries nas últimas semanas.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, em meio à crescente aposta de cortes de juros pelo Federal Reserve, voltaram a cair, o que ajudou a limitar a influência do câmbio sobre a curva doméstica durante parte do dia, mas no fim da sessão fatores locais prevaleceram, levando as taxas às máximas. O mercado reagiu mal a informações publicadas pela agência Bloomberg de que integrantes do governo discutem mudanças para flexibilizar a regra do teto dos gastos públicos após a aprovação da reforma da Previdência.

Já na etapa estendida, o Ministério da Economia se manifestou e negou as mudanças. Fontes ouvidas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, afirmaram que tal possibilidade chegou a ser aventada pela equipe econômica, mas depois foi descartada.

O mercado de juros começou junho com taxas em queda, mais pronunciada na ponta longa da curva, nesta segunda-feira, 3, refletindo bastante o cenário internacional. As taxas já recuavam desde manhã, ampliando o recuo e renovando mínimas à tarde, após um dirigente do Federal Reserve (Fed) - James Bullard (St. Louis) - sinalizar que os juros norte-americanos podem ser reduzidos no curto prazo. Internamente, a agenda de indicadores foi fraca e o mercado manteve as atenções em Brasília, com grande expectativa em relação à votação da Medida Provisória (MP) 871, de combate a fraudes no INSS, no Senado.

Na ponta curta, as taxas chegaram a reduzir o ímpeto de queda e bateram máximas pontuais pouco antes do fechamento da etapa regular, na esteira de declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. De todo modo, a crescente perspectiva de queda da Selic já leva a curva a termo a precificar 100% de chance de corte no fim de 2019, sendo majoritária a aposta de queda de 0,50 ponto porcentual no atual nível de 6,50%.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)para janeiro de 2020 bateu máxima de 6,280% pouco antes do fechamento, mas voltou um pouco para terminar em 6,265%, de 6,279% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2021 recuou de 6,490% para 6,440%. A do DI para janeiro de 2025 já fechou a jornada regular abaixo da marca de 8%, em 7,99%, de 8,161% no ajuste de sexta-feira. A do DI para janeiro de 2023 ficou em 7,41%, de 7,561% no ajuste anterior.

"As declarações de Bullard sobre queda de juros acentuaram a queda do dólar no mercado internacional e isso está favorecendo o fechamento maior da curva", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, afirmando que, ao mesmo tempo, o mercado manteve um olho em Brasília. "Tem também a questão do governo formar quórum para votar a MP do pente fino do INSS", afirmou.

A aprovação da MP pode gerar economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões apenas no primeiro ano de vigência, segundo o governo, o que seria de grande ajuda nos atuais tempos de aperto fiscal. A demora em formar quórum no plenário do Senado para a votação trouxe um pouco de apreensão durante a tarde no mercado, mas por volta das 17 horas a Casa já tinha 42 senadores, um a mais do que o mínimo para abrir a votação, o que levou as taxas longas a bater novas mínimas na etapa estendida.

No Brasil, a aposta num afrouxamento da Selic em função da grande abertura do hiato do produto vai ganhando força, mesmo tendo o Banco Central dado sinais de que resiste à ideia. O presidente Campos Neto já disse várias vezes recentemente que a política monetária pode ajudar o crescimento ao manter a inflação baixa e nesta segunda voltou a sinalizar pouca disposição para reduzir o juro. Em evento em São Paulo, ele indicou que os canais de transmissão dos efeitos da Selic a 6,5% não estão apropriados em função de problemas da microeconomia.

Mesmo com a forte queda vista na segunda-feira, 20, os juros futuros renovaram o fôlego e voltaram a cair de forma expressiva nesta terça-feira, 21, dada a percepção do investidor de que, nos últimos dias, houve melhora no cenário político, em especial nas relações entre o Congresso e o Executivo, o que é visto como fundamental para a tramitação da reforma da Previdência. A perspectiva de que o texto a ser trabalhado pela Câmara mantenha a potência fiscal do projeto original perto de R$ 1 trilhão em dez anos, a mobilização dos parlamentares para votar rapidamente as Medidas Provisórias (MPs) de interesse do governo que vencem no dia 3 e a decisão do presidente Jair Bolsonaro de não participar dos atos em favor do governo no domingo, 26, foram alguns dos principais fatores a conduzir as taxas.

Com o rali das taxas entre a segunda-feira e a terça, está praticamente zerada na curva a precificação de alta da Selic este ano, com apenas 2 pontos-base, ante 16 pontos na sexta-feira, segundo cálculos do Haitong Banco de Investimentos.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 encerrou a sessão regular em 8,95%, de 9,131% no ajuste anterior. A do DI para janeiro de 2025 caiu de 8,792% para 8,63%. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou em 8,05%, de 8,192%. Nas curtas, o DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 6,87%, mínima, de 6,971% no ajuste anterior.

Para o estrategista de Mercado da Harrison Investimentos Renan Sujii, o mercado de juros foi "do inferno ao céu" nos últimos dias em cima dos eventos políticos.

A notícia de que a Câmara buscava um projeto da Previdência com seu "DNA" assustou inicialmente por sugerir acirramento da disputa com o Executivo, mas as tensões foram se amenizando principalmente após o relator Samuel Moreira (PSDB-SP) afirmar que a espinha dorsal não mudará no seu parecer.

A percepção de melhora na articulação e o fato de se voltar a tratar de datas na tramitação da Previdência é algo bem recebido pelo mercado, pois ajuda a orientar as expectativas. O presidente da comissão especial Marcelo Ramos (PR-AM) garantiu a manutenção do calendário, com apresentação do relatório até dia 15 de junho.

As mínimas do dia foram renovadas na reta final da sessão regular, com a informação de que, de acordo com o próprio presidente, Bolsonaro não vai participar das manifestações do domingo. A notícia é vista como um alívio, já que sua presença nos atos poderia inflamar ainda mais a crise política. "Poderia colocar até mesmo em risco as MPs", disse Renan.

A expectativa pelas MPs nesta semana é grande, pois as votações são tidas como termômetro do apoio à Previdência.

A Câmara deve votar nesta terça a MP que trata da abertura total do setor aéreo para capital estrangeiro, pois o texto corre o risco de perder a validade na quarta-feira.

Já para a MP 870, que trata da reforma administrativa que organizou os ministérios da gestão Bolsonaro, a expectativa é de que seja votada nesta quarta.

Os juros futuros de longo prazo terminaram a terça-feira, 19, em queda, alguns deles renovando pisos históricos, enquanto a ponta curta ficou estável, configurando um movimento de desinclinação da curva a termo. Mais uma vez, o otimismo sobre a tramitação da reforma da Previdência, embora o noticiário não tenha trazido grande novidade sobre o assunto, ajudou as taxas longas a fecharem, num dia positivo para boa parte dos ativos de economias emergentes. Já as curtas oscilaram de forma moderada, refletindo o compasso de espera pela reunião do Copom nesta quarta. Permanece o consenso de que a Selic será mantida em 6,50% - a maior expectativa é pelo comunicado e alguma possível sinalização sobre futuros cortes na Selic depois da recente safra de indicadores fracos da atividade.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 6,360%, de 6,355% no ajuste de segunda, e o DI para janeiro de 2021 encerrou com taxa de 6,90%, de 6,921% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 renovou sua mínima histórica ao fechar em 7,96%, de 8,002% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2025 encerrou em 8,49%, também novo piso histórico, de 8,541% na segunda no ajuste.

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O mercado está na expectativa sobre como será a primeira reunião de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central. Para alguns analistas, o comunicado não deve trazer novidades em relação ao anterior. Parte do mercado, porém, não descarta que o texto possa indicar redução do nível de assimetria do balanço de riscos para a inflação registrado no encontro anterior. "Há um debate sobre se o comunicado vai dar peso maior para a atividade e é isso o que o mercado vai olhar como sinalização, se a assimetria está menor. É um cenário bem plausível dada a abertura do hiato do produto", disse o trader de renda fixa do Banco Sicredi, Getúlio Ost.

Nos longos, o alívio vem da melhora da percepção sobre o risco fiscal após membros do Executivo terem elevado o esforço junto aos parlamentares para defender a reforma da Previdência. "Os recentes discursos, principalmente o de Paulo Guedes (ministro da Economia) e Onyx (ministro da Casa Civil), sinalizam que a articulação está sendo afinada", disse Ost.

Há, ainda, confiança de que a proposta para a aposentadoria dos militares, a ser apresentada quarta no Congresso, fique alinhada às convicções da equipe econômica, de forma a não prejudicar o potencial de economia de R$ 1,1 trilhão estimado na Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Outro fator que ajudou a ponta longa foi o exterior, onde o movimento de "risk on" alimentou a queda do dólar ante a maioria das moedas e a venda de Treasuries.

Os juros futuros terminaram o dia perto da estabilidade, com viés de baixa, definido na reta final da sessão regular. Ao longo da segunda-feira, 11, porém, davam sequência ao movimento recente, com avanço nas taxas, mas o volume de contratos negociado na B3 esteve abaixo do padrão.

As máximas foram atingidas na parte da manhã, no caso dos contratos curtos e, nos longos, no começo da tarde. No fechamento, porém, a pressão altista se esvaiu.

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Na ausência de notícias ou agenda local relevantes, a trajetória ao longo da segunda-feira foi atribuída basicamente ao mercado de moedas, onde o dólar se fortaleceu ante divisas principais e de economias emergentes.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 estava em 6,505%, de 6,521% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2021 encerrou com taxa de 7,23%, de 7,252% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 8,362% para 8,34% e a do DI para janeiro de 2025, de 8,882% para 8,86%. O dólar à vista avançava 0,87%, aos R$ 3,7603, às 16h30.

"Na ausência de algo relevante por aqui, o DI esteve ligado à movimentação global do dólar. O gráfico desses dois ativos 'andou' junto", afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

Os investidores optam nesta segunda por busca pela segurança na moeda norte-americana, diante das dúvidas sobre as negociações comerciais entre China e Estados Unidos e das articulações políticas americanas em torno de uma possível nova paralisação parcial da máquina pública do governo e a partir de sábado.

Por aqui, há compasso de espera pela reforma da Previdência. O governador de São Paulo, João Doria, após visita ao presidente Jair Bolsonaro, internado no Hospital Albert Einstein desde 28 de janeiro, disse que ele enviará o texto ao Congresso na semana que vem.

Doria afirmou ainda que na sexta-feira o presidente deve se encontrar com Paulo Guedes, ministro da Economia, para fechar a proposta.

Os juros futuros mostram viés de baixa na manhã desta terça-feira (29) sintonizados com o dólar fraco ante o real e outras divisas de países emergentes exportadores de commodities em meio ao avanço de commodities no exterior. A expectativa entre operadores de renda fixa é de que a sessão pode ser novamente de oscilações limitadas, com o investidor em compasso de espera pelas eleições no Congresso e detalhes da reforma da Previdência. Na segunda-feira, as taxas futuras fecharam perto da estabilidade, com alta moderada nos vencimentos mais longos.

Sobre as eleições na Câmara e Senado que ocorrem na sexta-feira, dia 1º, as candidaturas serão formalizadas no dia da eleição, mas até agora estão colocados no Senado pelo menos outros sete nomes, sendo um deles do MDB. Além de Renan Calheiros (AL) - que ainda disputa no MDB a vaga com Simone Tebet - são candidatos Tasso Jereissati (PSDB-CE), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Alvaro Dias (Podemos-PR), Esperidião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP) e Angelo Coronel (PSD-BA).

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Na segunda, os candidatos adversários de Renan se reuniram e definiram estratégias conjuntas anti Renan, que tenta presidir o Senado pela quinta vez.

No radar local, está ainda a Vale, embora o peso dos desdobramentos da tragédia em Brumadinho seja maior no mercado de ações. A ação da Polícia Federal, Ministério Público, Polícias Civil e Militar que apura a responsabilidade sobre o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) prendeu dois funcionários da mineradora e três engenheiros terceirizados nesta terça-feira.

Às 9h48, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 recuava a 7,17%, de 7,20% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2023 caía a 8,32%, de 8,36% no ajuste de segunda. No câmbio, o dólar à vista caía 0,53%, a R$ 3,7477. O dólar futuro para fevereiro recuava 0,40%, a R$ 3,7465.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) melhorou em janeiro em relação a dezembro, com alta de 2,6 pontos, para 98,2 pontos, representando a segunda elevação consecutiva, após ligeira expansão de 0,2 ponto em dezembro.

A primeira sessão de negócios de 2019 foi de baixa das taxas futuras de juros em toda a curva, resultado de um conjunto de fatores domésticos, relacionados sobretudo à expectativa com o novo governo. A liquidez nesta quarta-feira, 2, foi reduzida durante todo o dia - o que chegou a favorecer a elevação dos prêmios no início dos negócios - mas a visão otimista quanto ao andamento de reformas estruturais acabou por consolidar o viés de baixa final.

O ajuste em baixa ocorreu em sintonia com a queda do dólar para o patamar dos R$ 3,80 - o menor desde 21 de novembro -, na contramão da tendência de apreciação que predominou no mercado internacional. No mercado de ações, a disparada do índice Bovespa também simbolizou o bom humor do investidor diante de perspectivas internas. Segundo Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da Coinvalores, foi observado maior fluxo de investidores estrangeiros no mercado brasileiro, especialmente na ponta longa da curva.

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No fechamento da sessão regular na B3, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2020 ficou em 6,45%, na mínima do dia, ante 6,55% do ajuste de 28 de dezembro. O DI para janeiro de 2021 projetou 7,22%, ante 7,36% do ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2023 ficou com 8,39%, de 8,53%. Na sessão estendida, os vencimentos de 2021 e 2023 reduziram mais os prêmios, para 7,19% e 8,36%, nesta ordem.

O principal evento do período da tarde foi a cerimônia de transmissão de cargo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, cujo discurso não teve influência sobre os negócios, a não ser por reforçar conceitos da nova administração. Guedes atacou a questão do excesso de gastos públicos e voltou a priorizar as reformas da Previdência e Tributária, além de um programa de privatizações.

"O viés sinalizado pelo novo governo vai na direção da responsabilidade fiscal e do controle do gasto público. E com a inflação bem ancorada, o que se vê é a redução das chances de uma elevação de juros neste ano", diz Nepomuceno, observando também a questão do ponto de vista internacional, com possibilidade de interrupção dos aumentos de juros nos Estados Unidos, embora por um fator negativo - a desaceleração da economia local. Nesta quarta-feira, os juros dos Treasuries tiveram nova sessão de baixa.

Para Josian Teixeira, diretor da Lifetime Asset, um dos pontos que influenciaram o mercado foi o decreto presidencial fixando o valor do salário mínimo em R$ 998, abaixo dos R$ 1.006 aprovados pelo Congresso. "A fixação de um valor um pouco menor que o projetado significa menor pressão sobre a inflação, que já está confortável. Com isso, a chance de elevação de juros no segundo semestre diminui", disse.

Os juros futuros terminaram a penúltima sessão de 2018 em queda firme no trecho intermediário e longo da curva a termo, refletindo essencialmente a perspectiva otimista do investidor com o novo governo que toma posse na próxima semana. O alívio de prêmios, porém, não teve respaldo de volume nesta quinta-feira, 27, pois o giro de contratos, a exemplo da quarta-feira, ficou abaixo do padrão, já com vários players na folga das festas de fim de ano. As taxas curtas fecharam perto da estabilidade, mas com viés de queda.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou a sessão estendida em 6,58%, de 6,601% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 terminou em 7,40%, de 7,422% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 8,632% para 8,59% e a do DI para janeiro de 2025, de 9,212% para 9,14%.

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Pela manhã, as taxas tiveram oscilação restrita, com sinal de baixa, mesmo diante da pressão no câmbio que, à tarde, se esvaiu. Com isso, os juros passaram a jornada vespertina renovando mínimas e alguns contratos, como o de janeiro de 2020 e janeiro de 2023, terminaram a quinta-feira com taxas nas mínimas do ano.

Profissionais da área de renda fixa destacaram o desempenho da ponta longa, que nos últimos dias vêm se comportando bem mesmo diante do aumento do estresse no exterior e alta do dólar.

Para o Diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados, Rogério Braga, na medida em que vai se aproximando o novo governo o mercado tem renovado sua confiança na evolução das reformas e medidas na área microeconômica que podem ajudar no crescimento do País e resultar em taxas de juros estruturais mais baixas. "Essa narrativa tem tido apelo e tirado prêmio da ponta longa", disse.

Outro gestor vê um pouco dessa confiança com o novo governo mais o movimento global de queda de juros como responsáveis pela redução da inclinação da curva. "A curva longa não para de cair. Talvez seja fluxo por alocação de estrangeiro. Mas é só no DI longo por ora, a NTN-B 2050 andou bem menos", afirmou. "O pré tem bastante notícia boa sobre o novo governo embutida. Se não vier, podemos ter um 'barata voa'", complementou.

No exterior, a taxa da T-Note de dez anos, que é o melhor referencial para a curva doméstica, está em níveis bem mais comportados, na casa dos 2,75%, após ter rompido os 3% no começo do mês.

A desaceleração da alta do dólar ante o real na manhã desta quinta-feira ( )provocou ajustes nos juros futuros, que reduziram a alta exibida desde a abertura. Ainda assim, as taxas precificam alguma cautela com o cenário fiscal no Brasil, especialmente nos prazos mais longos.

Segundo o sócio da Leme Investimentos Paulo Petrassi, o mercado não gostou da notícia de que a Câmara aprovou nesta quarta-feira (5) projeto de lei que afrouxa a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para municípios e permite que as administrações regionais ultrapassem o limite de gastos com pessoal sem sofrer punições. "Isso é muito ruim. Parece que o Congresso não está nem aí para o Brasil", disse.

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Petrassi ressalta que também nutre um incômodo o quadro de indefinição com relação à reforma da Previdência.

Lá fora, há temores renovados de piora na relação entre Estados Unidos e China, além da queda forte do petróleo com o receio de corte menor que o esperado da oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). Uma entrevista da Opep é esperada nesta manhã.

Às 9h53 desta quinta-feira, o DI para janeiro de 2020 subia a 6,96%, na mínima, de 6,94% no ajuste de quarta-feira. O DI para janeiro de 2021 subia a 8,00%, de 7,97%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 avançava a 9,26%, de 9,18% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 marcava 9,84%, de 9,77% no ajuste de quarta.

Os juros futuros terminaram esta quarta-feira, 21, em queda, mais firme nos vencimentos de longo prazo, na contramão da alta do dólar e do recuo da bolsa, que na última hora continuaram se ajustando ao dia negativo de terça-feira para os mercados em Nova York, onde as ações tiveram fortes perdas e o petróleo caiu quase 7%. O otimismo com próximo governo é apontado como principal fator a evitar que as taxas acompanhassem correção vista nos demais ativos locais.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 terminou com taxa de 6,900%, de 6,934% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 7,976% para 7,90%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,11%, de 9,195% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2025 recuou de 9,734% para 9,63%.

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Após percorrerem a manhã de lado, com pressão pontual do câmbio a levar as taxas longas para máximas em alta, os juros descolaram do dólar e passaram a cair e a renovar mínimas no fim do período, com entrada de fluxo de venda, mas sem um gatilho definido.

Para alguns profissionais, um fator que pode ter ajudado na melhora do humor é a volta da perspectiva de votação do projeto sobre a cessão onerosa das áreas do pré-sal, após a informação de que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), confirmou que se reunirá com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir a melhor forma de garantir o repasse de recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal para Estados e municípios.

"No aspecto político, as coisas estão se encaminhando, não temos nada soando negativo nesse sentido, o que ajuda as taxas a fecharem", afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, lembrando da série de notícias favoráveis dos últimos dias, como a definição dos nomes para a presidência do Banco Central, da Petrobras e a lapidação do projeto de autonomia do BC, que já está pronto para ser enviado ao plenário da Câmara. Agradaram ao mercado as indicações tanto de Roberto Campos Neto para o BC quanto a de Roberto Castello Branco para comandar a estatal.

Nesta quarta-feira, o banco JPMorgan divulgou relatório pessimista sobre o Brasil em 2019, alertando que o País pode ser o emergente de maior risco por causa da dinâmica fiscal. A instituição elevou sua projeção para o dólar para R$ 4,10 no fim do ano que vem. No segmento à vista, o dólar era cotado em R$ 3,7887 (+0,79%), às 16h36. Nas ações, o Ibovespa tinha desvalorização de 1,07%, aos 86.964,10 pontos.

Nesta véspera de decisão de política monetária no Brasil, os juros tiveram nesta terça-feira, 30, nova rodada de queda em meio a um conjunto de notícias domésticas positivas, com destaque para declarações do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a reforma da Previdência e a proposta de tornar o Banco Central independente, e o ambiente externo não atrapalhou. Quanto ao Copom de quarta-feira, o mercado está bem posicionado para a manutenção da Selic em 6,50% e aguarda a mensagem do comunicado para ajustar seus prognósticos para a trajetória dos juros em 2019.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou na mínima de 7,19%, ante 7,293% na segunda-feira no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021, também na mínima, encerrou em 8,12%, de 8,223% na segunda no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 9,333% para 9,25% e a do DI para janeiro de 2025, de 9,892% para 9,78%.

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Mesmo com o dólar tendo passado boa parte do dia em alta, as taxas futuras, após uma manhã de volatilidade, se firmaram em queda no fim da primeira etapa até o fechamento da sessão regular, reduzindo prêmios com a melhora da perspectiva para a economia. Guedes defendeu, no fim da manhã, a aprovação da proposta de reforma da Previdência que está no Congresso ainda este ano, com possibilidade de novos ajustes mais adiante. À tarde, contemporizou, dizendo que "quanto mais rápido" reformar a Previdência, melhor, porém é preciso levar em conta fatores políticos antes de trabalhar pela aprovação neste ano ainda. De todo modo, o mercado se animou, assim como gostou da afirmação de Guedes de que mandará um projeto para dar independência ao BC.

O economista Breno Martins, da Mongeral Aegon Investimentos, lembra ainda que o fato de Guedes ter desautorizado o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que será o ministro-chefe da Casa Civil, também teve efeito positivo sobre as taxas. Lorenzoni fez recentemente comentários sobre política cambial e reforma da Previdência que foram na direção contrária à linha adotada por Guedes e que desagradaram ao mercado. "Estão assustados por quê? É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou Guedes.

A agenda da inflação foi favorável, mas não chegou a fazer preço, assim como o desemprego na Pnad Contínua. O IGP-M desacelerou de 1,52% em setembro para 0,89% em outubro, e ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas, de 0,91%. A taxa de desemprego ficou em 11,9% no trimestre encerrado em setembro, igual à mediana das projeções.

A despeito da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), divulgada na tarde desta quarta-feira, 17 , ter sido considerada um pouco mais conservadora, os juros futuros sustentaram-se em queda até o fechamento da sessão regular, alinhados ao recuo do dólar e à perspectiva positiva sobre o governo de Jair Bolsonaro (PSL), que a precificação dos ativos já aponta como o presidente eleito no segundo turno. A exceção foram os contratos de curto prazo, cujas taxas terminaram de lado, com viés de alta.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou a 7,52%, de 7,504% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,454% para 8,41%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,45%, de 9,633%. A taxa do DI para janeiro de 2025 encerrou em 9,99% (10,182% no ajuste anterior) e a do DI para janeiro de 2027 em 10,32%, de 10,522%.

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À exceção da Bolsa, os ativos domésticos estão na contramão do exterior. O dólar tem queda de mais de 1% ante o real, enquanto se fortalece ante a maior parte das moedas, assim como os juros vão na direção oposta à curva americana, que mostra alta no rendimento dos títulos do Tesouro.

Após a divulgação da ata do Fed, as apostas de que a instituição deve elevar os juros novamente em junho do próximo ano subiram levemente, de 42,5% para 43,0%, mas as apostas para novembro e dezembro não oscilaram, com 98% prevendo manutenção dos juros no próximo mês e 78,1% prevendo alta para a faixa entre 2,25% e 2,50% em dezembro.

O documento apontou que poucos dirigentes esperam que a política da instituição teria que se tornar "modestamente restritiva por um tempo" e alguns deles julgaram que seria necessário "aumentar temporariamente os juros acima da taxa neutra", a fim de atingir a meta de 2% de inflação.

O comportamento das taxas domésticas chama a atenção na medida em que os juros vêm caindo de maneira consistente desde segunda-feira. Houve uma tentativa de realização de lucros em alguns vértices nesta quarta-feira, mas que não prosperou, diante do fluxo firme de recursos para o câmbio e a renda fixa, amparadas no alívio do risco político. Às 16h30, o dólar à vista caía 1,03%, aos R$ 3,6835.

Nas ações, o Ibovespa chegou a ensaiar melhora, mas que se dissipou pela pressão negativa das bolsas americanas após a ata do Fed, que estimulou um realização de lucros. Na terça, a Bolsa subiu quase 3%. Às 16h36, o Ibovespa caía 0,29%, aos 85.466,59 pontos. Em Nova York, Dow Jones cedia 0,44%; Nasdaq, -0,09%; e S&P 500, -0,12%. O yield da T-Note de dez anos estava na máxima de 3,177%.

Os juros futuros zeraram a alta e passaram a recuar na última hora da sessão regular, enquanto o dólar desacelerava o avanço ante o real, e a Bolsa, reduzia as perdas. Com isso, as taxas, que estiveram em alta durante a maior parte do dia, em linha com a pressão no câmbio e o avanço do rendimento dos Treasuries, acabaram fechando em baixa. No caso dos trechos intermediários e longos, nas mínimas. Profissionais da área de renda fixa explicam a virada a partir de especulações em torno da pesquisa Datafolha prevista para a noite desta quinta-feira, 4, e, ainda, notícias sobre propostas econômicas em um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), em especial na área de infraestrutura.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 8,15%, de 8,166% no ajuste de quarta, e a do DI para janeiro de 2021 encerrou na mínima de 9,31%, de 9,345% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou na mínima de 10,65%, de 10,734% no ajuste de quarta. A taxa do DI para janeiro de 2025 terminou em 11,24% (mínima), de 11,333% no ajuste anterior.

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Os ativos tiveram melhora generalizada no período da tarde, diante da expectativa de que os números do Datafolha sejam favoráveis a Bolsonaro. Os dados consolidados da pesquisa, que ainda está em andamento e não foi finalizada, serão conhecidos no período da noite.

Outra notícia positiva para a candidatura do capitão foi o apoio anunciado pelo candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf. Ele afirmou que "não seria ruim que ele fosse presidente" e se a eleição terminasse já no primeiro turno. "Eu não ficarei neutro em hipótese nenhuma, não há hipótese de eu apoiar o candidato do PT e meu apoio será a Jair Bolsonaro", afirmou Skaf.

Além disso, segundo o general Oswaldo de Jesus Ferreira, braço direito do candidato do PSL na área de infraestrutura, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, um eventual governo Bolsonaro aceleraria o processo de concessão de projetos de infraestrutura e levaria adiante a privatização da Eletrobras, mas manteria sob as rédeas do governo a Petrobras e "tudo o que for estratégico".

Nos demais ativos, o Ibovespa recuava 0,54%, aos 82.826,36 pontos, e o dólar à vista diminuía os ganhos ante ao real a 0,32%, aos R$ 3,8926.

Os juros futuros seguiram em queda firme até o fechamento da sessão regular desta quarta-feira, 12, ainda tendo como principal vetor a pesquisa Ibope sobre a eleição presidencial divulgada na terça, que trouxe alívio aos prêmios da curva desde a abertura dos negócios. Ajudou também no movimento de baixa das taxas o bom desempenho das moedas de economias emergentes, com o dólar no Brasil sendo cotado abaixo dos R$ 4,15 durante todo o dia, embora tenha renovado máximas na última hora.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 8,47%, de 8,537% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,856% para 9,77%. A taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 11,635% para 11,57% e a do DI para janeiro de 2025 encerrou na máxima de 12,38%, ante 12,424%.

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A pesquisa repercutiu bem entre os investidores, ao mostrar avanço mais firme do candidato Jair Bolsonaro (PSL) após ter sido esfaqueado na última quinta-feira e contrariando o que trouxe o levantamento do Datafolha na segunda-feira - oscilação positiva, mas dentro da margem de erro.

Contra o risco de vitória de um candidato de esquerda, Bolsonaro é visto como opção ao nome de Geraldo Alckmin (PSDB), que é o preferido do mercado mas tem dificuldade de decolar nas pesquisas. Desse modo, o mercado devolveu boa parte da alta registrada nesta terça-feira em reação ao Datafolha.

No Ibope de terça , Bolsonaro passou a 26%, de 22% no levantamento do dia 5, no cenário de primeiro turno. Ao mesmo tempo, seus principais concorrentes oscilaram bem menos ou para baixo.

Em segundo lugar, aparecem em situação de empate técnico Ciro Gomes (PDT), de 12% para 11%; Marina Silva (Rede) de 12% para 9%; e Alckmin, que permaneceu com 9%. Fernando Haddad (PT), confirmado como candidato do PT ao Planalto, foi de 6% para 8%. Além disso, Bolsonaro encostou em adversários que antes o superavam em cenários de segundo turno. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05221/2018.

Nos contratos de curto prazo, a redução das apostas de alta da Selic continuou sustentando as taxas em baixa, sendo crescente a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 6,50% na reunião da na semana que vem.

Já o dólar tem queda generalizada ante as demais moedas, incluindo emergentes, mas no Brasil reduzia as perdas neste fim de tarde. Às 16h29, aqui, a moeda era negociada no segmento à vista em R$ 4,1487 (-0,16%), logo após bater a máxima de R$ 4,1512 (-0,10%).

Na mínima, mais cedo, chegou a R$ 4,1106. Nas ações, o Ibovespa, que mais cedo subia mais de 1%, diminuía os ganhos para 0,82%, aos 75.265,51 pontos.

Os juros futuros inverteram para alta, após iniciarem a sessão desta terça-feira (28), na estabilidade, pressionados pelo fortalecimento do dólar ante o real.

Profissionais do mercado de câmbio afirmam que o sentimento de cautela dos investidores pode estar sendo apoiado pelo déficit nas transações correntes do Brasil em julho, após quatro meses de superávits. Segundo o Banco Central, o Brasil registrou déficit de US$ 4,43 bilhões no mês passado em suas relações com o exterior. Foi o pior resultado para um mês de julho desde 2015, quando houve déficit de US$ 5,69 bilhões. Com o resultado de julho, o déficit em transações correntes acumulado no ano atingiu US$ 8 bilhões.

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Além disso, o mercado estaria incomodado porque tem lote grande de empréstimos de linha vencendo no inicio de setembro (cerca de US$ 2,5 bilhões), que o BC ainda não sinalizou para renovação, além de um vencimento de swap cambial de outubro, de cerca de US$ 9,8 bilhões.

Nesta terça, está no radar o julgamento do deputado Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência, na Primeira Turma do STF, podendo torná-lo réu pela segunda vez. Bolsonaro dará entrevista ao Jornal Nacional nesta terça à noite. Além disso, o MP de São Paulo denunciou o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

Às 10h07, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 estava a 8,48%, de 8,45% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2021 indicava 9,64%, de 9,61% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2023 estava a 11,18%, de 11,18% no ajuste. No câmbio, o dólar à vista subia 0,49%, a R$ 4,1009. O dólar futuro de setembro estava em alta de 0,47%, a R$ 4,1025.

Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 22, em queda, refletindo a melhora no mercado de moedas de países emergentes depois da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no período da tarde, que produziu desaceleração também do dólar ante o real. Até então, o tom, a exemplo dos últimos dias, era de cautela com o cenário eleitoral, o que mantinha as taxas em alta moderada.

As principais taxas fecharam nas mínimas do dia. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 encerrou a 8,41%, de 8,52% no ajuste de terça, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,66% para 9,56%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 11,21%, de 11,35%, e a do DI para janeiro de 2025 recuou de 12,12% para 11,96%.

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Logo após a divulgação da ata, os juros inverteram o sinal de alta, passaram a cair e a renovar mínimas, acompanhando a recuperação das moedas de economias emergentes.

No Brasil, o dólar perdeu força ante o real, mas a moeda brasileira ainda continuava em queda ante a divisa americana, que se enfraqueceu também diante das moedas principais. "O Fed parece mais preocupado com a guerra comercial e seu impacto nos mercados e não tão otimista com a atividade", disse Breno Martins, economista da Mongeral Aegon Investimentos.

Entre outros pontos, a ata apontou que PIB dos Estados Unidos do segundo trimestre foi impulsionado por fatores transitórios, como o aumento das exportações, e para o segundo semestre, dirigentes esperam uma desaceleração, devido aos fortes números do indicador no segundo trimestre. Apontaram que, entre os riscos das tarifas impostas pelo governo americano e as de retaliação de alguns parceiros comerciais, estão uma "severa" desaceleração dos mercados emergentes, o aumento nos preços do petróleo e o enfraquecimento do setor de moradias, com a diminuição do poder de compra das famílias.

Pela manhã, a pesquisa Datafolha não somente endossou as preocupações do mercado com a possibilidade de um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e um candidato do PT, como mostrou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva vencendo qualquer um de seus adversários nas simulações de segundo turno.

Na agenda de indicadores, o mercado ficou sabendo dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O Brasil encerrou o mês de julho com a abertura de 47.319 vagas de emprego com carteira assinada. Os números ainda não foram divulgados pelo Ministério do Trabalho, mas já constam do banco de dados do Caged. Esse foi o melhor resultado para o mês de julho desde 2013 e o dado ficou dentro das previsões, que estavam entre fechamento de 8,8 mil e abertura de 65 mil, superando com folga a mediana, que apontava geração de 24.250 postos.

Às 16h29, o dólar à vista subia 0,41%, aos R$ 4,0579. Nas ações, o Ibovespa renovou máximas nesta tarde, em movimento de correção das perdas recentes.

Entre os destaques, estão as ações da Petrobras, que avançavam 3,27% (PN) e 2,91% (ON), sustentadas pelos ganhos de 3% nas cotações do petróleo.

A escalada da crise na Turquia espalhou aversão ao risco nos mercados, mantendo pressionadas as moedas de economias emergentes e puxando para cima os juros futuros. As taxas dispararam na ponta longa, levando à forte inclinação da curva. No cenário doméstico, a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e a repercussão do debate entre os presidenciáveis ontem à noite ficaram em segundo plano nesta sexta-feira, 10.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou a 8,42%, de 8,09% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2021 subiu de 9,16% para 9,52%. O DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 11,00%, ante 10,63% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 11,66%, de 11,31%.

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Os receios com Turquia já afetavam o mercado de juros desde ontem, mas hoje cresceram com as novidades do noticiário relacionado ao país. A desconfiança de ingerência política do governo sobre o banco central aumentou depois que o presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou que seu país não elevará os juros, mesmo com a escalada da inflação. Erdogan também pediu para todos os cidadãos que troquem dólares, euros e ouro por liras. O dólar voltou a renovar máximas históricas ante a lira, com avanço de 15% durante a tarde. A crise contaminou moedas de economias emergentes em geral e, no Brasil, o dólar subiu 1,75%, para R$ 3,8681.

Ainda, a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de dobrar tarifas sobre aço e alumínio da Turquia contribuiu para o estresse, que ainda foi acentuado pelo temor de contágio na Europa, depois que britânico Financial Times informou que o Banco Central Europeu (BCE) estaria preocupado com a exposição de alguns dos principais bancos europeus ao país euro-asiático.

O mercado doméstico esteve mais cauteloso na última hora de negócios nesta quarta-feira, 8, com a bolsa ampliando a queda e batendo mínimas e o dólar zerando as perdas ante o real. Os juros futuros de longo prazo se firmaram em alta e fecharam nas máximas, enquanto as taxas curtas encerraram estáveis. Não houve novidades no noticiário da tarde para justificar a postura mais defensiva dos agentes, a não ser mesmo as incertezas do cenário eleitoral que inibem posições mais arriscadas. O cenário externo é mais tranquilo, com exceção dos preços do petróleo, que tombaram.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 6,645%, de 6,663% na terça no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 7,99% para 8,03%. A do DI para janeiro de 2021 encerrou a 9,03%, de 9,01% na terça no ajuste. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou na máxima, de 10,48%, de 10,38% na terça no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 fechou na máxima de 11,15%, de 11,03%.

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No caso dos juros, as taxas oscilaram sem firmar tendência ao longo do dia e sem se distanciar dos ajustes. A pesquisa CNT/MDA não confirmou o cenário negativo para o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que o mercado antecipava na terça-feira, ao contrário, mostrou o tucano bem posicionado, mas isso não serviu de alento para o investidor. "O tucano não obteve a preferência dos votos dos paulistanos, onde governou por anos e reúne a maior parte do eleitorado do País", salientou a equipe de economistas da Guide Investimentos, em relatório.

Num cenário sem a presença do ex-presidente Lula, o ex-governador de São Paulo tem 15% das intenções de voto, contra 18,9% de Jair Bolsonaro (PSL). Como a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para cima e para baixo, a situação é de empate técnico. Esse é o primeiro levantamento CNT/MDA para o Estado de São Paulo, o que impede comparações diretas, e está registrado no TSE sob o número SP-04729/2018.

"Embora seja só em São Paulo, a pesquisa trouxe cautela, com Alckmin um pouco atrás do Bolsonaro", afirmou a economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Helena Veronese. Para ela, a pesquisa e os dois indicadores de inflação acima da mediana das estimativas divulgados pela manhã responderam nesta quarta pela volatilidade. O IPCA de julho ficou em 0,33%, pouco superior à mediana das previsões, de 0,27%, da pesquisa do Projeções Broadcast. Já o IGP-DI também de julho mostrou inflação de 0,44%, quando a mediana do mercado apontava 0,36%.

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