Tópicos | Tiranossauro Rex

Uma fundação de arte comprou um esqueleto de um tiranossauro rex, conhecido como Trinity, em um leilão na Suíça por US$ 6 milhões (R$ 30,2 milhões, na cotação atual) e o exibirá em Antuérpia, na Bélgica, informou a casa de leilões nesta sexta-feira (21).

O esqueleto, formado pelos ossos de três diferentes T-Rex e com idade estimada entre 65 e 67 milhões de anos, foi vendido na casa de leilões Koller, em Zurique (Suíça), por 5,5 milhões de francos suíços (6,1 milhões de dólares).

##RECOMENDA##

Inicialmente, foi revelado que o comprador era apenas um colecionador privado europeu, levantando temores de que o esqueleto pudesse permanecer escondido. Mas nesta sexta-feira Koller revelou que trata-se da Fundação Phoebus, uma fundação artística sem fins lucrativos.

"Phoebus anunciou sua intenção de mostrar Trinity ao público em seu projeto do centro cultural Boerentoren em Antuérpia", disse Koller em um comunicado.

O Boerentoren, ou Torre dos Camponeses, foi um dos primeiros arranha-céus da Europa quando foi concluído em 1931 e dois anos atrás foi comprado por Phoebus com planos de convertê-lo em um espaço público de exposições.

Trinity atraiu cerca de 35.000 visitantes durante as duas semanas e meia em que esteve em exibição em Zurique antes do leilão.

Um esqueleto de Tiranossauro rex, espécie que viveu há 67 milhões de anos, será leiloado em 18 de abril na Suíça, algo inédito na Europa, anunciou neste sábado (11) a casa de leilões Koller.

Chamado de "Trinity", o espécime completo de quase 3,9 metros de altura e 11,6 metros de comprimento tem valor estimado entre 6,5 e 8,65 milhões de dólares, segundo o catálogo da Koller, que tem sede em Zurique.

"É uma estimativa muito baixa", alertou o especialista em história natural da Koller, Christian Link.

Será "a terceira vez no mundo e a primeira vez na Europa" que um esqueleto de Tiranossauro rex é posto à venda, segundo a Koller. A maioria dos espécimes deste tipo encontram-se em museus.

Mais da metade do esqueleto de "Trinity" foi montado utilizando ossos de três diferentes espécimes de T-rex encontrados entre 2008 e 2013 nos estados de Montana e Wyoming, no noroeste dos Estados Unidos, segundo o catálogo.

No ano passado, a casa de leilões Christie’s teve que suspender a venda em Hong Kong de outro esqueleto de T-rex, também de Montana, pelas dúvidas que despertavam algumas partes do esqueleto.

Somente 32 esqueletos de T-rex adultos, entre os maiores predadores que viveram na Terra, foram encontrados no mundo, segundo um estudo publicado em 2021 pela revista científica Nature.

Um esqueleto completo de Gorgosaurus, uma espécie de dinossauro primo do T-rex que viveu há mais de 77 milhões de anos, foi vendido em julho pela Sotherby's em Nova York por 6,1 milhões de dólares.

Além de grandes e ferozes, os tiranossauros também eram muito inteligentes - e não estúpidos como se imaginava. A conclusão é da neurocientista e bióloga brasileira Suzana Herculano-Houzel, da Universidade de Vanderbilt (EUA), em estudo publicado na publicação científica Journal of Applied Neurology. Conforme o trabalho, os répteis gigantes tinham o mesmo número de neurônios no cérebro do que modernos primatas, como os babuínos. Eram capazes de resolver problemas, usar ferramentas e, até mesmo, estabelecer uma cultura.

Tecidos moles muito raramente são preservados, sobretudo no caso de fósseis pré-históricos. Para conseguir estimar o número de neurônios dos terópodes - um grupo de dinossauros que corre sobre duas patas, casos do T-Rex e do velociraptor -, Suzana se voltou para seus parentes mais próximos ainda vivos: as aves. A especialista comparou inicialmente o crânio dos dinossauros ao crânio de aves modernas, como emas e avestruzes.

##RECOMENDA##

Extrapolando o número de neurônios presentes nessas aves às dimensões do crânio dos animais extintos, a pesquisadora concluiu que o T-Rex teria cerca de três bilhões de neurônios - número similar ao presente no cérebro de babuínos. Se o dinossauro tivesse a mesma capacidade cognitiva do macaco, eles seriam capazes de agir em grupo, usar ferramentas e passar conhecimento para as novas gerações. Na análise de Suzana, os dinossauros eram "os primatas da sua época".

"Se você não acha isso muito impressionante, pense nos macaquinhos que conseguem te enganar e roubar comida da sua mão", disse a neurocientista. "Agora imagine uma criatura com essa inteligência maior do que um elefante, com garras enormes e dentes gigantescos capazes de te destroçar. Isso, para mim, é um pesadelo."

Com esse número de neurônios, é possível estimar que os dinossauros levavam cerca de cinco anos para alcançar sua maturidade sexual e viviam até os 40 anos, como os babuínos. Esse tempo é suficiente para aprender a confeccionar e usar ferramentas, e transmitir uma cultura.

Mas não só isso.

"Pior: um dinossauro capaz de descobrir como fazer a pré-digestão de sua comida antes de colocá-la na boca poderia, em tese, ter evoluído para chegar a ter tantos neurônios quanto os humanos, em um período de dois a três milhões de anos, desde que começamos a processar os alimentos, inicialmente com ferramentas e, posteriormente com fogo", explicou Suzana.

"Nunca mais vou olhar para os dinossauros da mesma forma. Obrigada, asteroide", brinca a pesquisadora, em referência à rocha que atingiu a Terra há 65 milhões de anos, uma das causas mais prováveis para a extinção dos dinossauros.

Estudos compararam cérebros

Em estudos anteriores, o grupo de Suzana já havia detalhado as diferenças entre o cérebro humano e o de outros primatas. Ao começar a comer alimentos cozidos, o homem passou a ingerir uma quantidade maior de calorias, o que nos permitiu ter um número maior de neurônios que os demais.

Quando ainda trabalhava na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2005, Suzana criou junto com Roberto Lent um método para contar os neurônios - fazendo uma espécie de sopa de cérebro - e chegou à conclusão que os homens têm 86 bilhões de neurônios, não 100 bilhões como se acreditava até então. A partir desse método, foi possível estimar o número de neurônios de vários animais.

Se o asteroide não tivesse exterminado os dinossauros, avalia Suzana, eles poderiam ter evoluído como aconteceu com os seres humanos. "O mundo hoje poderia ser presidido por tiranossauros que aprenderam a cozinhar", disse. "Está aí um filme que eu gostaria de ver."

Um novo estudo levou um grupo de especialistas a sugerir que pode haver três grupos diferentes de Tyrannosaurus rex, um dos dinossauros mais famosos. Até então, o animal era reconhecido como a única espécie de seu gênero.

A análise, publicada pela revista Evolutionary Biology e assinada por cientistas americanos, revelou diferenças físicas no fêmur, outros ossos e estruturas dentárias que poderiam sugerir que os espécimes de Tyrannosaurus rex deveriam ser novamente categorizados em três espécies diferentes. As duas novas foram chamadas de Tyrannosaurus imperator e Tyrannosaurus Regina.

##RECOMENDA##

A equipe liderada pelo paleontólogo Gregory Paul analisou os ossos e restos dentários de 37 espécimes de tiranossauros e comparou a robustez do fêmur em 24 deles. Eles também mediram o diâmetro da base dos dentes ou o espaço nas gengivas para avaliar se os animais tinham um ou dois dentes incisivos finos.

Os autores notaram que o fêmur variou entre os espécimes, alguns com ossos mais robustos e outros mais leves. Além disso, havia o dobro dos primeiros, sugerindo que não é uma diferença causada pelo sexo, o que provavelmente levaria a uma divisão mais uniforme.

Da mesma forma, eles consideram que a variação não está relacionada ao crescimento, visto que foram encontrados fêmures robustos em alguns espécimes juvenis com dois terços do tamanho de um adulto, assim como ossos menores em alguns animais mais velhos.

A estrutura dental também variou entre os espécimes, embora apenas doze deles tivessem restos tanto do fêmur quanto dos dentes. Especialistas viram que aqueles com um dente incisivo eram frequentemente correlacionados com um fêmur mais leve.

Do total de tiranossauros, 28 puderam ser identificados em camadas distintas de sedimentos (estratigrafia) nas formações superiores de Masstrichtianos, região na América do Norte entre 66 a 67,5 milhões de anos atrás. Os autores compararam os espécimes de Tyrannosaurus com outras espécies terópodes (subordem de dinossauros) encontradas em camadas inferiores de terra.

A variação na robustez do fêmur na camada inferior não foi diferente da de outras espécies de terópodes, indicando que provavelmente havia apenas uma espécie de Tyrannosaurus naquele ponto.

Somente um fêmur afilado de tiranossauro foi identificado na camada média com outros cinco na camada superior, ao lado de alguns robustos. A variação da robustez dos ossos na camada superior dos sedimentos foi maior do que a observada em alguns espécimes terópodes anteriores.

Isso sugere que os espécimes do Tyrannosaurus encontrados em camadas mais altas de sedimentos fisicamente se desenvolveram em formas mais distintas em comparação com espécimes de camadas inferiores, e outros dinossauros.

A equipe acredita que as mudanças no fêmur podem ter evoluído ao longo do tempo de um ancestral comum com fêmures mais robustos para se tornar mais gracioso em espécies posteriores.

As diferenças entre as camadas de sedimentos podem ser consideradas "distintas o suficiente para que os espécimes possam ser considerados espécies separadas", disse Paul.

Das duas possíveis novas espécies de tiranossauros, imperator refere-se a espécimes encontrados nas camadas inferior e média do sedimento, caracterizados por fêmures mais robustos e geralmente dois dentes incisivos.

Regina está ligada a restos das camadas superiores e possivelmente intermediárias do sedimento, caracterizadas por fêmures mais finos e um dente incisivo. A espécie reconhecida Tyrannosaurus rex foi identificada na camada superior e possivelmente na camada intermediária do sedimento, com restos que preservam fêmures mais robustos e que possuem apenas um incisivo.

Alguns espécimes analisados não puderam ser identificados a partir de seus restos, por isso não foram atribuídos a uma espécie. Os autores reconhecem que não podem descartar que a variação observada seja por causa de diferenças individuais extremas, ou dimorfismo sexual atípico, em vez de grupos separados, e também alertam que a localização nas camadas sedimentares de alguns espécimes não é conhecida.

Durante o painel da Warner Media na CCXP Worlds, foi apresentado o primeiro episódio de "Primal", nova animação de Genndy Tartakovsky, que estreia nesta segunda-feira (7), às 23h40, por meio do canal pago Warner.

Confira o trailer:

##RECOMENDA##

O novo desenho contará a história de um homem primata, que após perder a família para as leis de sobrevivência do mais forte, se uniu ao um Tiranossauro Rex, que viveu um trauma similar. A partir desse ponto, a dupla inicia uma jornada pela Pré-História.

No exterior, a série já foi renovada para a segunda temporada, que tem estreia programada para 2021.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando