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Nesta terça-feira (24), começou a mostra do fotógrafo japonês Hiromi Nagakura “Até a Amazônia”, com curadoria do escritor e líder indigena Ailton Krenak (Ideias para adiar o fim do mundo), no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo (SP). A exibição ficará em cartaz até fevereiro do ano que vem; de terça a domingo, das 11h às 19h.

A exposição traz os registros da viagem de Nagakura e Krenak ao território amazônico, entre 1993 a 1998, na companhia da produtora e intérprete Eliza Otsuka. Com visitas a aldeias e comunidades, por exemplo: Ashaninka, Xavante, Krikati, Gavião, Yawanawá, Huni Kuin e ribeirinhas no Rio Juruá e região do lavrado em Roraima; nos estados do Acre, Mato Grosso, Maranhão, São Paulo e Amazonas. A curadoria adjunta é de Otsuka, Priscyla Gomes e Angela Pappiani.

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No dia 27 de outubro, haverá o lançamento da versão brasileira do livro “Um rio, um pássaro”, no instituto, das 18h às 20h, com sessões de autógrafos. A obra foi feita em conjunto pela dupla. 

“Nagakura-san é um samurai. Sua espada é uma câmera que ele maneja com a segurança de quem já passou por campos de refugiados e esteve no centro das praças de guerra, por lugares como África do Sul, Palestina, El Salvador e Afeganistão. Depois desse mergulho no inferno global, quando sentiu de perto a loucura dos seres humanos, o samurai da câmera descobriu a floresta amazônica e seus povos nativos”, descreve Krenak.

Os dois já trabalharam anteriormente em livros, exposições e documentários para a NHK, no Japão. Eles se conheceram na sede da Aliança dos Povos da Floresta, localizada no bairro do Butantã, em São Paulo. 

Serviço - Até a Amazônia com Ailton Krenak

Data: 24 de outubro de 2023 a 4 de fevereiro de 2024

Horário: Terça a domingo,  das 11h às 19h

Local: Instituto Tomie Ohtake

Endereço: Rua Coropé, número 88 - Pinheiros, São Paulo/SP

Entrada gratuita

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e o Instituto Tomie Ohtake recebem a exposição "Histórias Afro-Atlânticas" sobre as mudanças de fluxo na África, Américas, Caribe e Europa. São apresentados 450 trabalhos de 214 artistas, do século 16 a 21. As exposições acontecem até 21 de outubro.

As mostras são divididas em oito partes temáticas. No Masp é possível ver temas como Mapas e Margens, Cotidianos, Ritos e Ritmos e Retratos (no primeiro andar), Modernismos afro-atlânticos (no primeiro subsolo) e Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia (no segundo subsolo). Já no Tomie Ohtake, são expostos os temas Emancipações e Resistências e ativismos.

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“É uma exposição que mostra aspectos importantes, não só da história brasileira, mas da história de todos esses territórios atlânticos desde o sul dos Estados Unidos, passando pelo Caribe até a América do Sul, que foram territórios e países que se transformaram de forma bastante significativa a partir da vinda forçada dos africanos escravizados para este lado do atlântico. A exposição mostra o impacto das culturas africanas nessas sociedades e o impacto da presença africana nessas culturas”, afirma o curador assistente Tomás Toledo.

Serviço:

Histórias afro-atlânticas

Data: 29 de junho a 21 de outubro de 2018

Masp - Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP (Metrô mais próximo – Estação Trianon Masp / Linha 3 – Verde)

Horários: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)

Ingressos: R$ 35 (entrada); R$ 17 (meia-entrada)

O Masp tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo.

 Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima, 201 – Pinheiros, São Paulo (Metrô mais próximo – Estação Faria Lima / Linha 4 – Amarela)

De terça à domingo, das 11h às 20h

Entrada Gratuita

O Instituto Tomie Ohtake apresenta "Alucinações Parciais: Exposição-escola”, com obras-primas modernas do Brasil e do Centre Pompidou, museu francês.

O conceito de exposição-escola promove a experiência de estar próximo de obras de artistas consagrados e debater sobre o significado do que está sendo visto. O espaço terá obras de artistas estrangeiros e brasileiros e ficará aberta para visitação até o dia 10 de junho.

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Além de poder apreciar de perto as obras dos artistas o público poderá participar de diversas atividades que visam aproximar público e obras.

Serão 150 atividades, incluindo ateliês, visitas experimentais, rodas de conversa e até atividades para bebês de até 18 meses.

“Alucinações Parciais” é o nome de uma obra de Salvador Dalí, que também estará na exposição.

 

Alucinações Parciais: Exposição-escola com obras-primas modernas do Brasil e do Centre Pompidou

Visitação: 6 de abril até 10 de junho, de terça a domingo, das 11h às 20h

 

Instituto Tomie Ohtake: Rua Coropés, 88, São Paulo.

 

Entrada gratuita

 

 

Um dos últimos desejos da artista plástica Tomie Ohtake será, enfim, realizado: a instalação de uma escultura sua em um espaço público na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. A obra, cujo esboço Tomie deixou pronto antes de morrer - em fevereiro deste ano, aos 101 anos -, ficará na altura do número 1.111 da via, entre as Alamedas Pamplona e Campinas, conforme publicado na terça-feira no Diário Oficial do Município. A ideia inicial era colocá-la na Praça do Ciclista, mas o pedido, como revelou o jornal O Estado de S.Paulo em 11 de julho, foi indeferido pela Prefeitura por razões técnicas.

A instalação deve ocorrer no início de dezembro, segundo o Citibank, patrocinador da escultura. Como costumava fazer, Tomie esculpiu a obra em uma escala reduzida, com cerca de 20 centímetros de altura. Até o fim do ano, ela será moldada por uma metalúrgica de acordo com especificações e medidas deixadas pela artista - e vai alcançar 8 metros de altura.

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A Associação Paulista Viva, envolvida com o projeto desde 2013 e encarregada da viabilização do desejo da artista, comemorou a aprovação pela Prefeitura. "Esse novo local foi escolhido pela Prefeitura porque viram que não traria problemas à região. Será um presente para a cidade", afirmou o vice-presidente da entidade, Antonio Carlos Franchini Ribeiro.

Em reunião no dia 5 de agosto, a Comissão de Gestão de Obras e Monumentos Artísticos em Espaços Públicos, do Departamento de Patrimônio Histórico, órgão da Secretaria Municipal da Cultura, decidiu que a escultura poderia ser instalada "em cima da jardineira" no número 1.111 da avenida, "local que permite o uso dos espaços de circulação para fruição da obra sem obstruir a passagem de pedestres e outros elementos de sinalização urbana".

A comissão também considera que a obra "compõe um positivo contraste com o seu entorno, tanto do ponto de vista cromático como formal". A escultura, seguindo o padrão da produção de Tomie, apresenta uma cor marcante - neste caso, o vermelho.

No indeferimento, em 19 de junho, a mesma comissão havia desaprovado a instalação na Praça do Ciclista por, entre outros argumentos, "haver incompatibilidade entre a implementação da escultura e o traçado da ciclovia proposta para o local". A justificativa afirmava ainda que "a escultura era desproporcional à dimensão do traçado urbano existente, prejudicando a leitura do eixo visual" da Paulista.

Legado

Um dos motivos para o patrocínio do Citibank é a comemoração de cem anos da instituição no Brasil. "A doação dessa bela obra faz parte da celebração desta data. É um legado que queremos deixar para a cidade e para a avenida onde está a sede do banco no País", afirma Priscilla Cortezze, superintendente executiva de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade.

Coincidentemente ou não, a escultura será posicionada na frente da sede do banco. A remoção das plantas que se encontram no canteiro onde ela ficará será tratada entre a Associação Paulista Viva e a Subprefeitura da Sé. A instituição ainda terá de apresentar à Prefeitura uma proposta, por meio do Programa Adote uma Obra Artística, para a conservação e a manutenção da escultura.

Origem

A história começou em setembro de 2013, quando a artista, então com 99 anos de idade, viu ser inaugurada uma de suas obras, com 12 metros de altura, no Paço Municipal de Santo André, município no ABC paulista. Na ocasião, quando alguém lhe perguntou onde mais ela ainda queria ter uma escultura pública, Tomie respondeu prontamente: na Avenida Paulista.

Ela deixou o croqui pronto e aos cuidados da Associação Paulista Viva antes de morrer.

Vale ressaltar que, entre as cerca de cinco dezenas de obras públicas da artista, já há uma instalada na Paulista, desde 2007. Trata-se de uma escultura em tubo de aço localizada na frente do Edifício Santa Catarina, projetado por seu filho Ruy Ohtake. Entretanto, apesar de às vistas do público e em espaço aberto, a escultura está em terreno privado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A vida e a obra da artista plástica Tomie Ohtake, falecida em fevereiro de 2015, são retratadas no livro Tomie Ohtake, escrito pelas autoras Lígia Rego e Lígia Santos. A publicação integra a Coleção Mestres das Artes no Brasil, série que fala sobre grandes expoentes da arte brasileira, como Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Burle Marx, entre outros. 

Tomi Ohtake é um dos principais nomes da arte contemporânea brasileira. O livro debruça-se sobre sua trajetória trazendo mais de quarenta reproduções de obras autorais e conta, ainda, detalhes da vida da artista como sua vida no Japão, antes de vir para o Brasil, suas primeiras obras e influências artísticas. 

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Tomie Ohtake completa 100 anos nesta quinta-feira (21). Mais de metade de seu tempo de vida foi dedicada à pintura, atividade que só começou depois de ver os filhos formados. Mãe dos conhecidos arquitetos Ruy e Ricardo Ohtake, ela passou igualmente pela experiência de organizar o espaço para depois descontruir a forma e se tornar um dos principais nomes do abstracionismo informal.

Hoje, o instituto que leva seu nome inaugura uma grande retrospectiva com mais de 60 obras, desde as paisagens que marcaram o começo de sua carreira até as mais recentes pinturas, obras de grandes dimensões que expandem o território da tela e já não dependem de uma forma para existir, elegendo a cor como sinônimo de conteúdo.

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O Museu de Arte do Rio (MAR) abriu na terça (19) outra mostra em homenagem à artista, também com curadoria do crítico Paulo Herkenhoff. Nela estão algumas raras telas chamadas "pinturas cegas", série realizada entre 1959 e 1962. Como o próprio nome indica, essa pequena série foi feita com os olhos vendados. Foi um rito de passagem da pintora, então ligada à construção geométrica, para o território informal. Tomie já pintava havia sete anos quando começou a série, tendo como primeiro incentivador o pintor japonês Keisuke Sugano, que, em 1952, estava no Brasil de passagem para uma exposição no MAM de São Paulo.

Nascida em Kyoto, Tomie desembarcou aqui em 1936. Veio visitar um irmão e, devido à guerra entre Japão e China, acabou ficando. As primeiras paisagens foram feitas na Mooca, onde morava. Nos anos 1960, com a ascensão do movimento concreto, Tomie conheceu artistas como Hércules Barsotti e Willys de Castro. Seu contato com a linguagem abstrata foi decisiva. A figuração ficou para trás e ela passou a produzir o que o que convencionalmente se chama de "geometria sensível", ou geometria lírica - por incorporar a emoção do artista no processo construtivo. São dessa época suas melhores pinturas, como se pode ver na mostra retrospectiva do Instituto Tomie Ohtake.

A exposição chama-se Gesto e Razão Geométrica também porque a associação de Tomie com a geometria sensível praticada na América Latina não impediu que ela conservasse o vínculo com a cultura oriental, em particular com o gesto expressionista zen e, especificamente, com o círculo perfeito perseguido pela pintura zen budista - o enso, que simboliza o círculo, a iluminação espiritual, aparece de forma explícita nas telas dos últimos anos.

TOMIE OHTAKE - GESTO E RAZÃO GEOMÉTRICA - Instituto Tomie Ohtake.

Av. Faria Lima, 201, Pinheiros, 2245-1900. 3ª a dom., 11h/ 20h. Grátis. Até 2/2.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os 100 anos de nascimento da pintora Tomie Ohtake são comemorados não só com suas 15 exposições individuais pelo País, mas na 20ª. edição do Salão de Arte de São Paulo, que será aberto nesta segunda-feira, 12, no salão Marc Chagall do clube A Hebraica. Tomie é a artista com mais obras à venda no salão, que tem curadoria e organização de Vera Lúcia Chaccur Chadad desde o seu primeiro ano de realização.

São pelo menos seis telas da pintora de origem japonesa, radicada no Brasil desde 1936, a mais antiga datada de 1968 e a mais recente pintada no ano passado. Além de Tomie Ohtake, o grande destaque do salão é o escultor barroco Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), que tem quatro obras (atribuídas a ele) à venda no salão: São José das Botas, Nossa Senhora do Carmo, Santa Luzia e São Sebastião.

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Diversificado, o salão reúne antiquários e galerias que trabalham com modernos e contemporâneos. Ele abriga este ano, pela primeira vez, uma sala especial dedicada ao graffiti e um mural pintado pelo grafiteiro Eduardo Kobra, atuante em São Paulo desde 1987 e autor da primeira pintura anamórfica em 3D sobre pavimento no Brasil.

A legitimação da manifestação artística das ruas num salão conhecido por vender obras raras a colecionadores é justificada por Vera Chadad como um "reconhecimento natural do graffiti pelo mercado de arte", citando o exemplo brasileiro de Os Gêmeos e o internacional de Bansky. O artista de rua britânico, cujo nome verdadeiro é mantido em segredo, teve recentemente uma obra em estêncil - que representa aposentados jogando boliche com bombas - vendida por US$ 200 mil.

Além da sala especial reservada aos grafiteiros, que tem trabalhos de Evol, Mauro, Mundano, Paulo Ito e Sliks, o leiloeiro James Lisboa colocou à venda um obra em grandes dimensões (250 x 300cm) dos Gêmeos, trabalho em técnica mista (spray, óleo, acrílica, massa e instalações luminosas) que participou de uma exposição na Suíça, em 2007. Embora aberto à arte contemporânea, o Salão de Arte de São Paulo é identificado como um espaço expositivo em que se destacam as peças de mobiliário, joias e antiguidades.

SALÃO DE ARTE DE SÃO PAULO - Clube A Hebraica. Rua Doutor Alberto Cardoso de Melo Neto, 115, Pinheiros. De 3ª a 6ª, das 15 às 22 h; sáb., das 13 h às 21 h; dom., das 13 h às 20 h. R$ 30. Até 18/8. Abertura hoje, às 19h (convite a R$ 180).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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