Tópicos | Tony Revolori

O Grande Hotel Budapeste fez sua estreia no Brasil na 18ª edição do Cine PE deste ano em abril. Agora é a vez dos cinemas multiplex receberem a película a partir desta quinta (3). O filme conta a história de um lendário concierge em um famoso hotel da Europa e sua amizade com um jovem empregado, que se torna seu protegido. A trama envolve o roubo e a recuperação de uma pintura renascentista, além da batalha por uma fortuna de família e as vagarosas e súbitas mudanças que atingiram a Europa durante a primeira metade do século 20, durante as duas grandes guerras.

Dirigido pelo cineasta americano Wes Anderson (Os Excêntricos Tennenbaums, 2001 e Moonrise Kingdom, 2012), O Grande Hotel Budapeste gira em torno de um velho escritor (Tom Wilkinson) que decide contar a história do tempo que passou no hotel, oportunidade em que conheceu o proprietário do lugar (F. Murray Abraham). No jantar, ele contou ao escritor como se tornou dono do local que, mesmo em declínio, transbordava em história. 

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A trama é centrada na amizade entre M. Gustave (Ralph Fiennes), concierge do hotel, e Zero (Tony Revolori), o jovem mensageiro do lugar. Tudo se intensifica quando Gustave recebe um quadro de herança de uma senhora rica recém-falecida, incomodando os familiares da vítima, que fazem de tudo para acusar o concierge do assassinato. Preso inocentemente, M. Gustave, com a ajuda de Zero e de sua namorada Agatha (Saoirse Ronan), tenta provar sua inocência.

Nesse aspecto, o filme consegue dá profundidade moral ao roteiro, mostrando até que ponto o ser humano chega quando o dinheiro está em jogo. Os crimes hediondos e o desenrolar da história são passados ao público com humor que deriva para ironia e para sátira.

Como em Moonrise Kingdom, todas as sequências fluem. São longas e difíceis cenas de fuga e perseguição. A imaginação de Wes Anderson dá vida a um design de produção impecável, com destaque aos seus típicos travellings de câmera com paredes, figurinos e objetos na decoração que, apesar de remeterem ao início do século 20, parecem existir apenas dentro do filme, como numa fábula.

Não é à toa que o narrador que inicia a produção está enquadrado numa janela scope e a história do passado é sempre mostrada em uma janela quadrada no formato 4:3. O filme ainda é dividido em capítulos, como em um livro, cujas capas apresentam estilo próprio. Mais um recurso utilizado para remeter à literatura.

O roteiro lúdico pintado em cores pastéis traz vilões caricatos, que na maior parte das cenas são engraçados. O Grande Hotel Budapeste é uma obra belíssima, inspirada em textos de Stefan Zweig, poeta e dramaturgo austríaco que faleceu em Petrópolis/RJ na década de 1940. A trilha sonora de Alexandre Desplat conduz a história com delicadeza e confere humor às cenas.

Serviço

Recife DeLux 3 (R. Padre Carapuceiro, 777 -  Boa Viagem)

Sextas, sábados e domingos l 22h 

RioMar 11 (3D) (Av. República do Líbano, 251 – Pina)

Quarta l 20h40 

Rosa e Silva 1 (Av. Conselheiro Rosa e Silva, 1460 – Aflitos) 

Sextas, sábados e domingos l 20h40 

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