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O Reino Unido está registrando casos diários da varíola do macaco, os quais não têm relação com qualquer viagem à África Ocidental, onde a doença é endêmica - disse a assessora médica-chefe da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), Susan Hopkins, neste domingo (22).

"Estamos encontrando casos que não têm contato identificado com um indivíduo da África Ocidental, que é o que vimos anteriormente neste país", afirmou Susan.

"Estamos detectando mais casos diariamente", acrescentou a especialista, em entrevista à emissora BBC.

De acordo com a UKHSA, os novos números serão divulgados segunda-feira (23), após o boletim de sexta-feira (20), relatando a ocorrência de 20 casos.

A médica-chefe se negou a confirmar a informação de que uma pessoa estava em terapia intensiva, mas disse que o surto se concentra em áreas urbanas, entre homens homo, ou bissexuais.

"O risco para a população em geral continua sendo extremamente baixo neste momento, mas acho que as pessoas têm de estar alertas", completou Susan.

Segundo ela, para a maioria dos adultos, os sintomas seriam "relativamente leves".

O Reino Unido deu o alarme em 7 de maio, com uma pessoa que havia estado na Nigéria recentemente.

Israel e Suíça confirmaram casos no sábado

Ontem (21), Israel e Suíça confirmaram suas primeiras infecções da varíola do macaco, depois que Estados Unidos e vários países europeus - entre eles, França, Alemanha, Suécia e Espanha - detectaram casos dessa doença endêmica nas Áfricas Central e Ocidental.

Em Israel, um porta-voz do hospital Ichilov de Tel Aviv declarou à AFP que um homem de 30 anos, que havia voltado recentemente da Europa Ocidental, está infectado.

Na sexta-feira (20), o Ministério da Saúde informou que o homem esteve em contato com uma pessoa doente no exterior. Ele apresenta sintomas leves.

No caso da Suíça, a pessoa infectada, que mora em Berna, também esteve em contato com o vírus no exterior, informou a direção de saúde deste cantão. No momento, a pessoa se encontra em isolamento domiciliar, e todos os seus contatos foram informados, acrescentaram as autoridades locais.

Na Grécia, suspeita-se de que um turista britânico tenha contraído a doença, informou o organismo grego de saúde pública, acrescentando que o cidadão britânico foi transferido para um quarto de isolamento no hospital, junto com sua companheira, assintomática.

Análises de laboratório confirmarão na segunda-feira (23) se ele está, de fato, infectado com a doença.

A varíola do macaco, ou "ortopoxvirosis simia", é uma doença rara, cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa.

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas nos primeiros cinco dias. Em seguida, surgem erupções (no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés), lesões, pústulas e, finalmente, crostas.

Não existem tratamentos específicos, ou vacinas, contra a varíola do macaco, mas as crises podem ser contidas, explica a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença geralmente se cura por conta própria, com sintomas que duram de 14 a 21 dias.

A transmissão de pessoa a pessoa ocorre através de contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões cutâneas de uma pessoa infectada, ou de objetos contaminados recentemente com fluidos biológicos, ou com materiais procedentes das lesões de um paciente.

A maioria dos casos registrados nos últimos dias ocorreu em homens que mantêm relações sexuais com outros homens, informou a OMS na sexta-feira.

A Austrália registrou, neste domingo (11), a primeira morte por Covid-19 após contaminação local. Além disso, também foram confirmados 77 novos casos da doença, um novo recorde, no estado de Nova Gales do Sul, que enfrenta a veloz disseminação da variante Delta, considerada altamente infecciosa.

De acordo com a rede de televisão ABC, a vítima foi uma mulher de 90 anos que morreu em Sydney no sábado (10). A cidade, a segunda mais populosa do país, e adjacentes entraram em lockdown no dia 26 de junho. A expectativa era abrandar as restrições aos mais de 5 milhões de moradores na próxima sexta mas, em meio aos recordes diários, o isolamento deverá ser prorrogado, disse a premiê estadual Gladys Berejiklian. "Eu ficaria chocada se, a esta hora do dia de amanhã, tivermos menos de 100 novos casos confirmados", afirmou.

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Apesar de ser conseguido resultados relativamente melhores do que outros países de primeiro mundo no que diz respeito ao controle da pandemia, a Austrália tropeça no ritmo da vacinação: apenas 10% da população está totalmente imunizada, enquanto 8,4 milhões já receberam ao menos uma dose da vacina, disponível, por enquanto, apenas a maiores de 40 anos e grupos de risco. O país tem, no total, mais de 31 mil casos da doença e 911 mortos.

Dos hospitalizados em Sydney, 11 tem menos de 35 anos e mais de três quartos dos pacientes não tomaram nenhuma dose do imunizante.

A primeira morte pela doença no país aconteceu em abril. A vítima, porém, havia sido contaminada nas Filipinas e diagnosticada durante a quarentena obrigatória ao entrar na Austrália.

A crise vivida em Sydney fez com que o estado vizinho de Victoria, onde fica Melbourne, a cidade mais populosa, decretasse a partir da meia-noite de segunda-feira o fechamento da fronteira com Nova Gales do Sul. Horas antes do anúncio, o premiê estadual de Victoria, Daniel Andrews, pediu aos moradores do estado que estivessem em Sydney que voltassem às suas casas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Um segundo caso do vírus da zika possivelmente por transmissão local está sendo investigado no estado americano da Flórida, dias após o anúncio, em Miami, da descoberta do primeiro caso potencial - disseram as autoridades nesta quinta-feira (21).

Até o momento foram registrados centenas de casos de zika na Flórida, mas todos eles em pessoas infectadas durante viagens para áreas afetadas pelo mosquito. O vírus foi associado a más-formações graves e irreversíveis, como a microcefalia, que prejudica o desenvolvimento cerebral e afeta bebês de mulheres que foram infectadas pelo zika durante a gravidez.

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"O Departamento de Saúde da Flórida anunciou que está realizando uma investigação epidemiológica sobre um possível caso de zika no condado de Broward não relacionado com uma viagem", disse o órgão em declaração divulgada nesta quinta, referindo-se a um condado no norte de Miami, que inclui Fort Lauderdale e Hollywood.

Funcionários de Saúde estão trabalhando para "controlar o mosquito, reduzi-lo e prevenir o contágio por meio de pesquisas", acrescentou o Departamento de Saúde.

O órgão pediu à população da área e aos visitantes que respondam às solicitações de exames de urina e de sangue, afirmando que "os resultados ajudarão o Departamento a determinar o número de pessoas afetadas".

Em meados de julho, havia 1.306 casos de zika nos Estados Unidos, quase todos relacionados com pessoas que viajaram para a América Latina e o Caribe, regiões afetadas pela epidemia atual. Catorze desses casos foram transmitidos por contato sexual entre pessoas que viajaram para fora dos Estados Unidos e seus parceiros.

O vírus da zika pode causar erupções cutâneas e dores musculares e nas articulações, mas com frequência não apresenta sintomas. Em 80% dos casos, a infecção passa despercebida e raramente é mortal.

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