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O arquiteto espanhol Santiago Calatrava inaugurou nesta quinta-feira a estação de trens do World Trade Center, afirmando que trata-se de uma "mensagem de amor" para Nova York.

Calatrava cortou a fita na entrada do Oculus, o emblemático e gigantesco salão que domina a estação.

"É um grande momento", disse Calatrava em inglês. "Espero que os nova-iorquinos apreciem e aproveitem e que (...) ela se converta em uma ferramenta de revitalização do baixo Manhattan".

Construída no entorno do local onde ficavam as Torres Gêmeas do WTC, área transformada em memorial depois dos atentados do 11 de Setembro, a estação conectará os trens suburbanos com destino a Nova Jersey (PATH) com 11 linhas de metrô.

O emblemático Oculus mede 111 metros de comprimento e é "coroado" por vigas que apontam para o céu. A ideia é evocar uma ave abrindo as asas para levantar voo.

A estação abrigará um amplo shopping, com quase 34.000 metros quadrados. Lojas e restaurantes abrem as portas em agosto.

O projeto começou em 2004 e foi muito criticado por sua estética, atrasos e custo.

Inicialmente estabelecido em US$ 2 bilhões, o orçamento chegou a US$ 3,85 bilhões, segundo o escritório do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, responsável pelo projeto.

Prevista para ser concluída em 2009, a obra foi entregue com sete anos de atraso.

Em nova denúncia contra executivos acusados de participarem do esquema do cartel nos trens apresentada à Justiça na semana passada, o Grupo de Atuação Especial de Combate pede pela segunda vez em menos de um ano a prisão de Cesar Ponce de Leon, que integrou no Brasil a direção da multinacional francesa Alstom Transport e estaria no exterior.

Ele é acusado de cartel para a licitação de 2009 da CPTM que previa a formação de uma Parceria-Público-Privada (PPP) para adquirir ao preço de R$ 1,8 bilhão uma frota de 288 novos carros de trens e realizar por 20 anos a manutenção preventiva, corretiva e revisão geral de toda a frota da linha 8-Diamante. Além disso, o executivo já é réu na Justiça desde junho do ano passado, quando foi denunciado por suspeita de participar da fraude na licitação de 98 trens das linhas 1 e 3 do Metrô. Naquela ocasião, O Ministério Público também pediu a prisão do executivo, que possui nacionalidade espanhola e não foi localizado ao longo da investigação do Ministério Público.

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A defesa de Leon informou na época que ele estaria na Espanha. A juíza responsável por aquela ação, Cynthia Maria Sabino Bezerra da Silva, da 8ª Vara Criminal da Barra Funda, negou o pedido e apontou que o fato de o executivo possuir nacionalidade estrangeira e estar no exterior "por si só não traz a presunção absoluta de que pretenda frustrar a aplicação da lei penal".

Na denúncia mais recente, também foi solicitada a prisão preventiva do ex-presidente da Alstom na Espanha, Antonio Oporto. Como tem ocorrido desde o início das investigações do cartel levadas a cabo pelo promotor Marcelo Mendroni, responsável pelas apurações que envolvem crimes financeiros dos empresários acusados de participar do esquema, o Ministério Público tenta deter os investigados que não são localizados ao longo dos procedimentos investigativos. Até o momento, contudo, a Justiça paulista não considerou necessárias as prisões.

Em fevereiro deste ano, em outra ação penal, o juiz Rodolfo Pellizari, da 11ª Vara Criminal da capital, rejeitou o pedido de prisão preventiva de quatro executivos alemães que atuaram na multinacional Siemens e estão no país europeu. Eles sequer apresentaram suas defesas perante a Justiça brasileira.

Com esta denúncia mais recente, já são oito acusações movidas por Marcelo Mendroni contra executivos e ex-executivos das empresas acusadas de envolvimento no cartel no Metrô e na CPTM. O promotor é responsável das investigações dos crimes financeiros do esquema. Em outras frentes, o Ministério Público Federal e o Ministério Público de São Paulo investigam os servidores públicos suspeitos de terem atuado em conluio com as empresas. Nenhum funcionário público foi denunciado ainda.

Defesa

A Alstom afirmou que "colabora com as autoridades sempre que solicitada e reafirma que opera de acordo com o Código de Ética e com todas as leis e regulamentos dos países onde atua. A prática de cartel ou de qualquer concorrência desleal não é permitida pelas regras da Alstom. A empresa não teve acesso à mencionada denúncia e portanto não fará comentários sobre a mesma."

Já a CAF "reitera que tem colaborado com as autoridades no fornecimento de todas as informações, quando solicitadas, e que atua estritamente dentro da legislação brasileira."

O criminalista Guilherme San Juan, que defende o executivo Cesar Ponce de Leon, afirmou: "não temos conhecimento ainda dos motivos que ensejaram mais esse pedido de prisão."

O Grupo de Atuação Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec) do Ministério Público paulista apresentou à Justiça de São Paulo nova denúncia contra cinco executivos da Alstom e dois da CAF acusados de cartel e fraude na licitação de 2009, durante o governo José Serra em São Paulo para a criação de uma Parceria-Público Privada para a manutenção preventiva, corretiva, revisão geral e aquisição de 192 carros novos para a frota da linha 8 - Diamante da CPTM no valor de R$ 1,8 bilhão.

Na acusação, o promotor Marcelo Mendroni - que já denunciou mais de 35 executivos de alto escalão das empresas acusadas de envolvimento no esquema de cartel metroferroviário nos governos do PSDB em São Paulo - também pede a prisão preventiva de Cesar Ponce de Leon, que integrou no Brasil a direção da multinacional francesa Alstom Transport, e do ex-presidente da Alstom na Espanha, Antonio Oporto.

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A denúncia tem por base as investigações do Ministério Público de São Paulo e o acordo de leniência da multinacional alemã Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2013.

Cesar Ponce já é réu na Justiça paulista devido a outra denúncia apresentada no ano passado. Na ocasião, Mendroni também pediu a prisão do executivo, que possui nacionalidade espanhola e não foi localizado ao longo da investigação do Ministério Público. A defesa do executivo informou que ele estaria na Espanha. A juíza Cynthia Maria Sabino Bezerra da Silva, da 8ª Vara Criminal da Barra Funda, negou o pedido e apontou que o fato de o executivo estar no exterior "por si só não traz a presunção absoluta de que pretenda frustrar a aplicação da lei penal".

Com esta nova denúncia, já são oito acusações movidas por Marcelo Mendroni contra executivos e ex-executivos das empresas acusadas de envolvimento no cartel no Metrô e na CPTM. O promotor é responsável das investigações dos crimes financeiros do esquema. Em outras frentes, o Ministério Público Federal e o Ministério Público de São Paulo investigam os servidores públicos suspeitos de terem atuado em conluio com as empresas. Nenhum funcionário público foi denunciado ainda.

O juiz Rodolfo Pellizari, da 11ª Vara Criminal de São Paulo, rejeitou na quinta-feira, 18, o pedido de prisão preventiva de quatro executivos alemães que atuaram na multinacional Siemens e são acusados de participar do esquema de cartel e fraude em duas licitações internacionais da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante o governo José Serra (PSDB) no Estado de São Paulo que levaram à aquisição de 384 carros, em 2007 e 2008.

Este é o segundo pedido de prisão do Ministério Público de São Paulo contra Friederich Smaxvill, Lothar Dill, Lothar Muller e Jochen Wiebner, que estariam vivendo no exterior e ainda não foram localizados pelo Grupo Especial de Delitos Econômico (Gedec) do MP paulista, responsável pelas investigações dos crimes financeiros do cartel no setor metroferroviário de São Paulo.

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O esquema foi revelado pela Siemens em seu acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em maio de 2013 e deu origem a investigações no Ministério Público Estadual e no Ministério Público Federal em São Paulo. O primeiro pedido de prisão do grupo foi feito pelo promotor Marcelo Mendroni ainda em 2014 no primeiro bloco de cinco denúncias contra 30 executivos acusados de cartel e fraude em diferentes licitações do Metrô e da CPTM durante as gestões do PSDB no Estado de São Paulo.

O pedido foi rejeitado na época, e dois anos depois, em janeiro deste ano, diante da dificuldade de localizar os executivos no exterior, Mendroni reiterou a solicitação. O juiz Pellizari já havia rejeitado e mandado desmembrar a denúncia em três - uma para um denunciado coreano, uma para os alemães e outra para Marco Missawa, que também era da Siemens.

O MP paulista recorreu da decisão de rejeitar a denúncia e já obteve uma vitória no Tribunal de Justiça de São Paulo que mandou o juiz abrir a ação penal contra Missawa sob argumento de que não deve ocorrer "absolvição prematura". A Corte ainda analisa os outros dois casos. Enquanto isso, ao mesmo tempo em que rejeitou a prisão dos executivos alemães, o juiz Pellizari acatou a solicitação do Ministério Público e determinou que seja nomeado um defensor público para cuidar da defesa dos quatro. Dois anos após a denúncia eles ainda não se manifestaram sobre a acusação que pesa contra eles Justiça.

‘Fraude’

Nesta denúncia, o Ministério Público entendeu, com base em trocas de e-mails e reuniões relatadas pela Siemens ao Cade, que os executivos das empresas participaram de um conluio para tentar fraudar a licitação e oferecer propostas de cobertura. Na primeira licitação, para contratar 320 carros, a empresa espanhola CAF saiu vencedora e ainda assim o MP paulista entendeu que houve crime, pois os executivos das outras empresas concorrentes - Siemens, Hyundai e Alstom - teriam formado um cartel para tentar fraudar o certame.

Além da própria Siemens ter admitido ao Cade que sua proposta estava propositalmente acima do preço, para servir de cobertura, a multinacional alemã já havia planejado, conforme trocas de e-mails dos executivos, recorrer do resultado para tentar desqualificar a CAF. A iniciativa, contudo, foi frustrada, pois a Comissão de Licitação da CPTM negou o recurso administrativo movido pela Siemens que depois desistiu de participar da licitação seguinte, de 64 carros.

Na denúncia, o MP aponta ainda que os executivos fizeram acertos para a licitação de 64 carros, o que configuraria crime mesmo com a desistência da Siemens. "Assim é que, conluiadas, estas empresas, por intermédio dos seus representantes ora denunciados, fraudaram o procedimento licitatório e estabeleceram regras próprias do cartel. Reuniam-se e/ou comunicavam-se de forma a fixar os valores, apresentar proposta pró-forma de modo que a empresa/consórcio que deveria vencer (fosse definida), violando assim, criminosamente, as leis naturais da economia, especialmente a da livre concorrência", afirma a denúncia.

Após o primeiro bloco de cinco denúncias feitas em março de 2014, o Ministério Público apresentou em junho um aditamento a uma das acusações incluindo mais quatro executivos e, posteriormente, em abril e maio de 2015, foram apresentadas mais duas denúncias contra executivos por suspeitas de fraude em licitações do Metrô e da CPTM.

Siemens

"Com base em sua política de compliance, a Siemens compartilhou de maneira proativa com o Cade e com as autoridades públicas os resultados de suas auditorias internas, os quais levaram às atuais investigações sobre a existência de um possível cartel no setor de metrô e de trem. A atitude colaborativa e transparente da empresa mostra-se pelo acordo de leniência assinado com o Cade, o Ministério Público Estadual e Federal, e também pela assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério Público do Estado de São Paulo, o primeiro neste sentido no Brasil", afirmou a Siemens.

O choque de dois trens na semana passada no sul da Alemanha foi provocado por falha humana de um manobrista, informou nesta terça-feira (16) a procuradoria. "Não há qualquer indício relacionado com um problema técnico. Trata-se de um erro humano", afirmou o promotor de Traunstein (sudoeste), que investiga o acidente.

Segundo ele, o manobrista foi indiciado. Onze pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas no choque entre dois trens regionais no sul da Alemanha no último dia 9, em um dos acidentes ferroviários mais graves dos últimos anos no país.

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O acidente ocorreu próximo da localidade de Bad Aibling, no estado da Baviera, cerca de 60 quilômetros ao sudeste de Munique, no sul da Alemanha. O choque aconteceu na linha que liga Rosenheim e Holzkirchen. De acordo com a companhia ferroviária, os dois trens ficaram "encaixados" um com o outro e "descarrilaram parcialmente".

O choque foi "frontal" e ocorreu em uma linha de uma única via. Nos últimos anos ocorreram vários acidentes na Alemanha, mas não tão graves quanto o de Bad Aibling. Em abril de 2012, três pessoas morreram e 13 ficaram feridas em Offenbach (Hesse, centro).

Em 1998, um InterCity Express, um trem de alta velocidade que ia de Munique (sul) a Hamburgo (norte) descarrilou e 101 pessoas morreram em Eschede (norte). Este foi o mais grave acidente na Alemanha desde 1945, quando 102 pessoas morreram perto de Munique.

Morreu nesta quinta-feira no hospital a décima primeira vítima da colisão entre dois trens no estado alemão da Baviera (sul), anunciou a polícia em um comunicado.

"Infelizmente, uma vítima do acidente, um homem de 47 anos, originário de Munique, morreu nesta quinta-feira no hospital", informou a polícia, destacando que todas as vítimas fatais foram identificadas.

O número de feridos graves passou de 17 na quarta-feira para 20 nesta quinta, enquanto o de pessoas com ferimentos leves caiu para 62 (eram 63 na véspera). "Muitos feridos graves ainda se encontram em estado crítico no hospital", destacou a polícia. A colisão frontal ocorreu em uma linha de via única e foi um dos acidentes ferroviários mais graves dos últimos anos na Alemanha.

Os trens se chocaram perto da estância hidromineral de Bad Aibling, 60 km a sudeste de Munique. A polícia acredita que a causa do acidente foi erro humano.

Dois trens da Supervia, concessionária que administra o transporte ferroviário na região metropolitana do Rio, bateram perto da estação Santa Cruz, na zona oeste, na tarde desta quarta-feira, 4. Até as 18h40 os bombeiros não tinham registro de pessoas feridas, e a própria concessionária afirmou que não houve vítimas.

A causa da colisão ainda é desconhecida e será investigada pela Agetransp, a agência estadual reguladora de transportes. Os passageiros tiveram que desembarcar fora da plataforma e caminhar pelos trilhos até a estação.

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Por causa do acidente, os trens do ramal Santa Cruz passaram a circular somente entre as estações Central do Brasil e Paciência, sem chegar até Santa Cruz. A Secretaria Estadual de Transportes determinou o reforço da frota de ônibus no trecho onde a Supervia deixou de circular, para garantir atendimento aos passageiros.

Uma falha na rede de energia paralisou 13 estações da Linha 7 - Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na tarde desta sexta-feira, 18. As estações ficaram fechadas entre 15h40 e 18h30. Os trens ainda circulavam com intervalos maiores às 19 horas.

De acordo com a empresa, a falha começou por volta de 15 horas na estação Perus e se espalhou por boa parte da linha. Por causa do problema, a CPTM fechou todas as estações entre a Luz e a Francisco Morato.

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O Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado pouco depois das 16 horas, informou a SPTrans. Ônibus foram direcionados ao local para levar os passageiros que não puderam embarcar.

Os trens ainda circulam com velocidade reduzida. Entre as estações Jaraguá e Caieiras, só passa um veículo por vez. Nas redes sociais, diversos passageiros reclamaram do atraso das viagens.

A Linha 10 - Turquesa também apresentou problemas no começo da noite desta sexta. Segundo a CPTM, um trem parou perto de Rio Grande da Serra, na Estação Utinga. Os passageiros tiveram que fazer baldeação pela própria via.

A companhia informou que o trem foi recolhido. A circulação de trens, no entanto, ainda está com intervalos maiores.

O Ministério Público Estadual afirma em nova ação no âmbito do cartel de trens que a população de São Paulo 'sofre' com o cartel dos trens - grupos empresariais do setor metroferroviário que teriam agido em conluio para se apossar de contratos bilionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

"Quem mais sofreu e ainda sofre com os desmandos decorrentes da divisão premeditada das fatias desse mercado é a população de baixa renda que depende dos trens para se locomover e, assim, ter acesso ao trabalho e, em última análise, garantir a própria subsistência", aponta a ação.

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Na ação protocolada na Justiça nesta quinta-feira (10), em que pede dissolução de nove empresas, entre elas as multinacionais Siemens, Alstom, CAF e Bombardier, e a devolução de quase R$ 1 bilhão ao Tesouro, promotores que integram os quadros da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social - braço do Ministério Público que investiga improbidade e corrupção -afirmam que 'os fatos deixam evidente que toda a sociedade paulista, sobretudo a população da Grande São Paulo, foi e continua sendo lesada de forma difusa pelas práticas anticompetitivas instituídas e operadas pelas demandadas'.

"Não bastasse a premente necessidade de reparação ao erário pelo prejuízos materiais diretos decorrentes da cartelização do setor ferroviário, no caso vertente também se afigura premente a responsabilização civil das empresas requeridas, com a consequente indenização à coletividade pelos evidentes gravames que causaram", aponta a ação. "Frustraram, por conta de tais condutas, no espírito do brasileiro, a esperança de um País melhor."

Na ação, os promotores afirmam que houve formação de cartel em contratos de manutenção de 88 trens das séries 2000, 2100 e 3000 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), firmados em outubro e novembro de 2007 (governo José Serra, do PSDB) e com aditamentos em 2011 e 2012 (governo Geraldo Alckmin, PSDB).

"Coube à sociedade suportar o ônus financeiro pela prática criminosa do cartel", afirmam os promotores. "A população ordeira, cumpridora de seus deveres tributários, teve que pagar mais caro em razão das condutas anticompetitivas. Em contrapartida, recebeu serviços de qualidade inferior àqueles que receberia se tivesse havido competição. Portanto, além do prejuízo financeiro, houve manifesto prejuízo social, com dispêndio excessivo e indevido de gastos suportados pela CPTM."

Defesa

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não foi notificada sobre essa ação. A Companhia colabora com todos os níveis de investigação dos contratos e a Procuradoria Geral do Estado já ingressou com ação na Justiça contra 19 empresas para exigir ressarcimento aos cofres públicos.

A CAF informou que não se manifestará sobre o assunto. A Alstom destacou que apresentará sua defesa 'às autoridades competentes, reafirmando o cumprimento de seus negócios à legislação brasileira'. A MPE afirmou que "não tem nada a esconder e sempre colaborou com a Justiça." "A nossa resposta será dada nos autos do processo para que tudo fique esclarecido a bom termo."

A Tejofran anotou que não foi notificada dos termos da ação, mas reiterou que participou de consórcio conforme permitido pela legislação. "A empresa obedeceu exatamente às disposições do edital e realizou todos os serviços previstos em contrato, com preços competitivos, razão pela qual venceu a disputa."

A Tejofran esclareceu, ainda, que se trata do mesmo tema que tramita no Cade,no qual a empresa já apresentou defesa, ainda não julgada. "Conforme sua postura de seguir os mais rigorosos padrões éticos, se coloca à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários."

A Siemens assinalou que, por iniciativa própria, "compartilhou com o CADE e demais autoridades informações que deram origem às atuais investigações quanto às possíveis práticas de formação de um cartel em contratos do setor metroferroviário."

"O compromisso contínuo da Siemens com negócios limpos é exemplificado pela sua colaboração proativa com as autoridades brasileiras, no contexto do acordo de leniência assinado com o CADE, Ministério Público Federal e do Estado de São Paulo, bem como pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) preliminar firmado com o Ministério Público do Estado de São Paulo, respectivamente em 2013 e 2014. A Siemens colabora com as investigações atuais, apoiando as autoridades brasileiras em seus esforços investigativos."

O Ministério Público de São Paulo requereu à Justiça na quinta-feira, 10, a dissolução de nove grupos empresariais do setor metroferroviário por suposta formação de cartel em contratos de manutenção de 88 trens das séries 2000, 2100 e 3000 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), firmados em outubro e novembro de 2007 (governo José Serra, do PSDB) e com aditamentos em 2011 e 2012 (governo Geraldo Alckmin, também do PSDB).

Por meio de ação civil ajuizada no Fórum da Fazenda da Capital, quatro promotores pedem que as empresas, entre elas as multinacionais Siemens, Alstom e CAF do Brasil, restituam os cofres públicos em quase R$ 1 bilhão - R$ 706,5 milhões por dano material e R$ 211,9 milhões por danos morais ao Tesouro.

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A Promotoria pede à Justiça que decrete a nulidade dos três procedimentos de licitação da CPTM que resultaram nos contratos com as empresas. Nenhum dirigente da CPTM ou agentes das gestões Serra e Alckmin são mencionados na ação.

A ação praticamente anula a possibilidade de eventuais acordos das empresas com o Ministério Público de São Paulo. Negociações estavam em curso, mas a ação proposta na quinta-feira, se recebida pela Justiça, coloca as companhias na condição de rés.

O cartel metroferroviário de São Paulo foi revelado pela Siemens, em acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão antitruste do governo federal, em 2013. A alemã admitiu conluio em contratos da CPTM e do Metrô, de 1998 a 2008 (governos Mário Covas, Serra e Alckmin, todos do PSDB).

O argumento central para o pedido de dissolução dos grupos empresariais é que eles não teriam atuado de acordo com suas próprias constituições, "formando cartel para fraudar licitações". "Está bastante claro que as empresas, por intermédio de seus representantes, adotaram procedimento que inviabiliza sua própria existência. A finalidade lícita é pressuposto para o seu reconhecimento como entidade moral dotada de capacidade na órbita civil", afirmam os promotores Marcelo Milani, Nelson Luís Sampaio de Andrade, Daniele Volpato Sordi de Carvalho Campos e Otávio Ferreira Garcia.

Defesas

A CPTM não se manifestou na quinta-feira. A CAF informou que não comentará o assunto. A Alstom afirmou que apresentará sua defesa "às autoridades, reafirmando o cumprimento de seus negócios à legislação brasileira". A Siemens disse que, por iniciativa própria, "compartilhou com o Cade e demais autoridades informações que deram origem às atuais investigações quanto às possíveis práticas de formação de cartel" no setor metroferroviário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Países europeus vão aumentar as medidas de segurança para viagens de trem após o ataque ocorrido na França na semana passada. Segundo o ministro do Interior francês, será reforçada a análise de documentos de identificação e também os controles de bagagem em trens internacionais, "sempre que necessário". Ele se encontrou neste sábado com autoridades de outros nove países e da União Europeia.

O suspeito de ter promovido o ataque na semana passada já estava sendo monitorado pelas autoridades há anos, mas comprou sua passagem de trem em dinheiro e não apresentou nenhum documento de identificação. Ele entrou no vagão com um rifle e uma pistola, sem ser notado.

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O grupo que se reuniu neste sábado quer que os bilhetes de trem tenham o nome do passageiro impresso e também levantaram a possibilidade de permitir que a polícia ferroviária consulte bases de dados internacionais. Entretanto, as medidas teriam de ser implementadas com cuidado, já que os tratados da União Europeia não permitem controle de fronteira.

"Nós não podemos e não queremos promover vistorias completas em passageiros e bagagens nos trens da Alemanha e da Europa", afirmou o ministro alemão do Interior, Thomas de Maiziere. A comissária de Transporte da UE, Violeta Bulc, disse que o direito de livre circulação na Europa "é uma das nossas maiores conquistas". "Eu acredito que nós vamos encontrar a solução adequada que não coloque em risco esses direitos fundamentais e ao mesmo tempo garanta que a segurança na Europa esteja no nível mais elevado", comentou. Fonte: Associated Press.

Levantamento no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) sobre mortes por atropelamento na cidade de São Paulo mostra que, nos últimos dez anos, 29 pessoas foram mortas por ciclistas em acidentes de trânsito. É o tipo de transporte menos letal entre todos os listados no Datasus. Os trens mataram, por exemplo seis vezes mais no período: 183 pessoas.

A listagem do Datasus é feita pelo Ministério da Saúde a partir de informações hospitalares passadas pela Prefeitura e pelo governo do Estado. No caso dos trens, a listagem não detalha se as mortes foram causadas por trens do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ou das empresas de transporte de carga, que compartilham as linhas férreas usadas por passageiros.

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No caso da CPTM, só em 2010 é que foi concluída uma política voltara para isolar completamente as seis linhas do sistema de pedestres, com muros e grades. Já no caso do Metrô, também em 2010, o Estado tentou executar um programa de instalação de portas de plataforma. A Estação Vila Matilde, na zona leste, chegou a receber esses equipamentos - mas o programa não foi para frente, segundo o Metrô informou na época, por dificuldades da empresa contratada para o serviço. Por outro lado, as estações inauguradas após aquele ano, nas Linhas 2-Verde e 4-Amarela, já foram concebidas com essas portas de proteção.

O governo do Estado foi questionado sobre o número de mortes. mas limitou-se a informar, em nota, que "que tanto o Metrô quanto a CPTM não dispõem desses números", sem fazer mais comentários.

Em São Paulo, o veículo mais letal para o pedestre, segundo as informações do Datasus, é também a de maior frota. Entre 2005 e 2014, intervalo do levantamento, 2.468 pessoas foram atropeladas e mortas por automóveis, picapes e caminhonetes. Ou seja: os carros matam 85 vezes mais do que as magrelas que deslizam pela capital - na ciclovia ou fora dela.

Em números absolutos, os ônibus aparecem em segundo lugar no ranking de letalidade, sendo os veículos responsáveis por 1.549 atropelamentos na última década, seguidos de motocicletas e triciclos, que mataram 1.040 pedestres.

Ao todo, no período levantado, houve 6.804 mortes de pedestres na cidade. A capital vinha em uma tendência de franca redução no total de mortes por esse motivo. Houve 823 ocorrências em 2005, número que caiu até atingir 530 registros em 2013. No ano passado, a tendência se inverteu: o número aumentou para 585 casos.

O zelador aposentado Florisvaldo Rocha, de 78 anos, morto na segunda-feira por um ciclista na Avenida General Olímpio da Silveira, no centro, sob o Minhocão, encaixa-se no perfil, que ainda segundo o Datasus, concentra o maior número de pedestres. Dos 29 mortos, 20, como ele, eram homens. 12 tinham mais de 65 anos de idade (faixa etária com mais casos) e oito também foram atropelados na segunda-feira, dia mais letal da semana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Recife divulgou o esquema de trens para os jogos deste final de semana na Arena Pernambuco. A operação especial ocorre três horas antes do início da partida e duas horas após o término do jogo. Podem acontecer variações de estratégia de acordo com o aumento da demanda de cada evento, mas sempre dentro dos limites conforme especificado acima.

No jogo de sábado (1°), Náutico x Macaé, torcedores do Náutico deverão desembarcar na estação Cosme e Damião e torcedores do time visitante desembarcarão na estação Rodoviária. No jogo de domingo (2), Sport x Cruzeiro, torcedores rubro-negros deverão desembarcar na estação Cosmo e Damião e torcedores visitantes desembarcarão na estação Rodoviária.

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De acordo com a CBTU, a circulação padrão que a capital pernambucana adotará para dias de jogos a partir de agora será a seguinte: a linha do centro circulará com um mínimo de 9 trens, podendo chegar a 14 trens, com intervalos variando de 5 a 8 minutos. Já a linha sul circulará com um mínimo de 6 trens, podendo chegar a 9 trens, com intervalos entre 6,5 a 8,5 minutos.

A exemplo do que vem ocorrendo maciçamente no âmbito da Operação Lava Jato, que já conta pelo menos 15 delações premiadas, o PT em São Paulo quer o uso do mesmo instrumento nas investigações sobre o cartel dos trens que, segundo investigação do Ministério Público do Estado, operou entre 1998 e 2008 (governos do PSDB em São Paulo).

O deputado estadual José Américo, secretário nacional de Comunicação do PT, informou que os parlamentares do seu partido pretendem marcar uma audiência com a Procuradoria-Geral de Justiça "para questionar por que o recurso (da colaboração) não foi adotado na investigação do cartel".

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"O Ministério Público de São Paulo deve oferecer o instrumento (da delação)", declarou José Américo, segundo nota distribuída por sua assessoria.

Na Lava Jato a investigação descobriu esquema de corrupção e propinas na Petrobras, entre 2003 e 2014. A operação já levou para a prisão o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

As delações representam uma etapa crucial da Lava Jato. Ex-dirigentes da Petrobras, empreiteiros, doleiro e outros acusados por desvios que podem chegar a R$ 6,2 bilhões, em troca de pena mais branda, revelaram os bastidores do esquema. A defesa de Vaccari nega taxativamente a prática de atos ilícitos. O PT afirma que todas as doações que recebe são lícitas.

O cartel metroferroviário operou entre 1998 e 2008 (governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB) fraudando licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), segundo acordo de leniência firmado em maio de 2013 pela multinacional alemã Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão antitruste do governo federal.

O Metrô e a CPTM negam reiteradamente que dirigentes seus tenham participado do conluio e que colaboram com as investigações. O PSDB afirma que a legenda não pactua com práticas de irregularidades.

O Ministério Público Estadual já entregou à Justiça um lote de sete denúncias criminais contra mais de 30 executivos de multinacionais e de empresas brasileiras por formação de cartel. A sétima acusação foi protocolada na sexta feira, 22, contra dirigentes de quatro empresas, por suposta fraude em licitação de R$ 1,75 bilhão para modernização de 98 trens do Metrô.

Por seu lado, a Polícia Federal indiciou 33 alvos de inquérito criminal levado à Justiça Federal. Ainda não há condenados no caso do cartel, nem da Lava Jato.

Na PF dois antigos executivos da Siemens fizeram delação premiada e confirmaram o ajuste entre as empresas do setor metroferroviário. A PF pediu à Justiça perdão aos delatores.

Os depoimentos dos dois colaboradores foram usados pelo Ministério Público Estadual em suas investigações. Mas os deputados do PT afirmam que não houve nenhuma delação realizada exclusivamente no âmbito das investigações do Ministério Publico paulista.

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A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife divulgou, nesta quinta-feira (14), dados referentes a atos de vandalismos em estações de metrô. Houve um aumento nos casos entre terça-feira (12) e hoje, o que tem preocupado a CBTU.

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Segundo a Companhia, neste período foram quebrados 20 vidros, sendo 18 deles de janelas e oito de portas. Foi necessário tirar cinco trens de circulação para manutenção – o serviço vai custar R$ 22 mil, gastos em apenas três dias.

Em 2013 os prejuízos somaram R$ 500 mil, enquanto no ano passado o investimento em manutenções saltou para R$ 700 mil. As situações mais comuns flagradas nas estações são apedrejamentos e chutes. 

Gerente de Material Rodante da Companhia, Adalberto Nunes lembra que o tipo de material usado para consertar os trens é de difícil aquisição.  “A CBTU ainda está desenvolvendo fornecedores para esses tipos de janelas e portas”. 

A média é que cada trem fique um dia parado para a troca de itens danificados. A CBTU alerta que um veículo parado por oito horas, tempo médio para troca de janelas e portas, significa 8.400 lugares a menos para a população.

A Companhia pede ajuda dos passageiros para que denunciem casos de vandalismo para ouvidoria, pelos números 2102.8556/8580.

Com informações da assessoria

A Justiça recebeu o aditamento do Ministério Público Estadual na ação em que a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social pede a dissolução de dez empresas supostamente envolvidas com o cartel de trens de São Paulo.

O esquema operou no Estado entre 1998 e 2008, nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB de São Paulo. O juiz Marcos Pimentel Tamassia, da 4.ª Vara da Fazenda Pública da capital, mandou notificar a Fazenda do Estado para ingressar como parte interessada na ação. Tamassia vai mandar citar as empresas para que se manifestem na ação civil do Ministério Público. A Promotoria pede ressarcimento de R$ 418,3 milhões aos cofres públicos - valor do suposto prejuízo causado pelas empresas em três contratos de manutenção de trens com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre 2001 e 2002.

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A ação foi proposta em novembro de 2014, mas o juiz Marcos Tamassia, em dezembro, deu prazo de dez dias para que o Ministério Público Estadual apresentasse "fatos e fundamentos jurídicos" que embasassem o pedido de dissolução das empresas. Agora, o aditamento do Ministério Público à petição inicial foi acolhido pelo juiz, em decisão do dia 3 de março.

Na ação, o Ministério Público pede que as empresas sejam dissolvidas porque haveria "vício em suas constituições, ausente objeto lícito e porque não agiam com probidade e boa-fé na consecução dos contratos". A Promotoria sustenta ter havido "prejuízo social e dano moral causado a milhares de pessoas, sobretudo aos menos favorecidos, aqueles que dependem do transporte por trens".

'moral'

Os promotores pedem a dissolução da Siemens, Alstom Brasil, CAF Brasil Indústria e Comércio, Trans Sistemas de Transporte, Bombardier Transportation, MGE Manutenção de Motores e Geradores Elétricos, Mitsui CO Brasil, Temoinsa do Brasil, Tejofran de Saneamento e Serviços e MPE Projetos Especiais. "Se é pressuposto para a constituição de qualquer sociedade empresária a existência de objeto não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes, e tendo em vista a demonstração cabal de que as empresas demandadas atuaram em cartel, causando dano material ao Estado e moral à sociedade, seus respectivos atos constitutivos registrados devem ser anulados", pede a Promotoria.

Todas as empresas citadas pela Promotoria negam cartel no setor metroferroviário. Por meio de suas assessorias de comunicação ou por seus advogados as multinacionais e as empresas brasileiras que sofrem a ação de dissolução afirmam que os contratos seguiram rigorosamente a legislação relativa a licitações. A CPTM não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A frota de metrô da linha Centro terá um acréscimo de três veículos a partir das 12h deste domingo (11). O reforço será realizado devido ao grande fluxo de pessoas que seguem para a Arena Pernambuco, onde ocorrem os shows dos padres Fábio de Melo e Reginaldo Manzotti, em comemoração ao aniversário de 25 anos da Comunidade Católica Obra de Maria.

De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o aumento da circulação dos trens dependerá da demanda de passageiros que se deslocarão ao local das apresentações. O intervalo das viagens será reduzido de nove para seis minutos.

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A estratégia operacional seguirá até o término do evento para facilitar a ida e volta dos passageiros. A festa está programa para começar às 15h; a expectativa é que 46 mil pessoas compareçam ao estádio.

Sob o risco de retomada dos protestos que marcaram 2013, o valor das tarifas de ônibus, metrô e trem de São Paulo será reajustado hoje (6) de R$ 3 para R$ 3,50. É o maior aumento em cinco anos. Desde o início do bilhete único, em 2004, essa variação, de 16,6%, é a maior no sistema sobre trilhos e a segunda mais alta nos coletivos da capital - em 2010, houve reajuste de 17,4%. O Movimento Passe Livre (MPL) e outras entidades prometem grandes mobilizações para tentar, como em 2013, reverter o aumento - por 22 dias, entre 2 e 24 de junho, a tarifa ficou unificada em R$ 3,20.

As gestões Alckmin e Haddad destacaram, em notas, que o reajuste de hoje está abaixo dos 27% da inflação acumulada desde janeiro de 2011. Documentos da São Paulo Transporte (SPTrans) apontam que a correção simples levaria a tarifa a ficar entre R$ 3,65 e R$ 3,81". A corrida dos táxis de São Paulo também ficará mais cara a partir de hoje. A bandeirada passa de R$ 4,10 para R$ 4,50. "Estrategicamente, os governantes anteciparam o reajuste para pegar o pessoal de férias e reduzir manifestações", disse o consultor de Transportes Flamínio Fichmann, para quem a decisão do aumento "é política" e poderia ser evitada. "Essa é a lógica da administração pública, infelizmente: quanto mais arrecadar, melhor."

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O fato de o Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT), criado após os protestos de 2013, não ter sido consultado sobre o aumento provocou uma crise. Sete integrantes do conselho divulgaram uma carta de repúdio à atuação do governo municipal.

Já Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), diz que o aumento é inevitável. "O restaurante onde você come fica com o mesmo preço por quatro anos? Não."

Ainda para reduzir protestos, os governos estadual e municipal anunciaram o aumento conjuntamente com a concessão do passe livre estudantil - embora o benefício não comece a valer hoje. A ideia é beneficiar estudantes de escolas públicas e alunos de baixa renda ou cotistas de instituições privadas, mas a vantagem estará limitada a 48 viagens por mês. Haddad ainda tentará aproveitar o reajuste para ampliar a viabilidade dos cartões temporais. O valor dos bilhetes diário (R$ 10), semanal (R$ 38) e mensal (R$ 140) permanecerá congelado. No caso do bilhete único mensal integrado (transporte sobre trilhos e ônibus), que vai permanecer em R$ 230 por mês, o benefício compensará para quem fizer mais que 21 integrações por mês.

A Prefeitura e o governo do Estado esperam uma migração de cerca de 860 mil pessoas para os cartões temporais. A chefe da cozinheira Maria José Pereira, de 55 anos, já decidiu que os funcionários passarão a usar o bilhete único mensal. Moradora de São Miguel Paulista, na zona leste, Maria José pega em média 12 conduções por dia. "Por mês, esperamos ter uma economia de uns R$ 22 com o bilhete mensal integrado." O MPL fez ontem uma aula pública para falar sobre a passagem, no Vale do Anhangabaú, na frente da Prefeitura. Cerca de 350 pessoas, segundo a Polícia Militar, acompanharam a fala do ex-secretário municipal de transportes Lúcio Gregori. Ele cunhou o termo "tarifa zero" para o transporte público quando propôs, em 1990, que as pessoas pudessem locomover-se gratuitamente pela cidade de São Paulo. O filho do prefeito Fernando Haddad, Frederico Haddad, foi até o ato no Vale do Anhangabaú mas, reconhecido por jornalistas, ficou irritado e foi embora. "Só estou observando." Frederico disse ainda que não participará de atos contra a tarifa.

Para sexta-feira, o movimento já marcou o primeiro protesto contra a tarifa - até ontem, havia 27 mil adesões na internet. A ação terá apoio de outras entidades, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). "Vamos dialogar para fazermos algo que seja sincronizado", disse Guilherme Boulos, da coordenação nacional do MTST, que já planeja ações em Campo Limpo, zona sul, e Guaianases, zona leste. "Vamos partir de bairros mais afastados desta vez", admitiu Andreza Delgado, do MPL. Segundo ela, outro ato já foi marcado para o dia 16. (Colaboraram Rafael Italiani, Sérgio Quintella e Mônica Reolom). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os maquinistas de trens alemães estenderam sua greve nacional sem precedentes para os serviços de passageiros, causando caos e desconforto para milhões de viajantes e duras críticas. A paralisação convocada pelo sindicato GDL atinge trens de longa distância e serviços regionais, bem como as redes metropolitanas S-Bahn.

A greve começou com os serviços de frete na quarta-feira e se seguiu com a paralisação dos serviços de trens de passageiros nesta quinta-feira (6). O movimento deve continuar até segunda-feira, mas a empresa Deutsche Bahn anunciou que entrou com uma ação para acabar com a greve e disse que fará "tudo o possível" para restabelecer os serviços.

Segundo um plano de contingência da empresa, um terço dos trens estão circulando entre as cidades, enquanto os serviços de trens regionais e metropolitanos do S-Bahn circulam entre 15% e 40%, dependendo da região.

O Grande Recife Consórcio de Transportes montou um esquema especial para a partida entre Santa Cruz x América-RN, realizado neste sábado (1º), às 16h, na Arena Pernambuco. Os torcedores que vão assistir a disputa pela 33ª rodada do Brasileiro da série B contarão com 30 veículos da linha especial Cosme e Damião/Arena.

A opção para chegar até o local é utilizar a linha Centro do metrô com destino a Camaragibe e desembarcar no Terminal Integrado Cosme e Damião.  A partir das 13h30, os coletivos estarão disponíveis no TI, onde realizarão 229 viagens, com intervalos de 8 a 10 minutos entre um ônibus e outro.

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A partir das 18h, quem volta para casa também terá o reforço para seguir de volta ao TI Cosme e Damião. A compra antecipada da pulseira, que pode ser adquirida antes da partida custa R$ 2,15. Quem tiver o VEM também pode utilizá-lo para fazer a compra no próprio terminal.  Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone 0800 081 0158.

CBTU - A Companhia Brasileira de Trens Urbanos também montou um esquema para o jogo. Serão 15 trens disponíveis a partir das 13h30 para atender a demanda dos torcedores até o início do jogo. Por volta das 18h, a CBTU volta a disponibilizar o reforço de trens para saída dos torcedores na Linha Centro até às 20h.

O intervalo médio na Estação Cosme Damião será de 8 min. Depois, o reforço dos seis metrôs serão recolhidos. O encerramento das estações de metrô será realizado, como de costume, às 23h.

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