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Apesar da condenação em 2ª instância, proferida na tarde desta quarta-feira, 24, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que pretende ser candidato à Presidência da República nas eleições gerais de outubro.

"Eu nem precisava voltar, já estava aprovado, mas agora percebo que eles estão fazendo isso para evitar que eu seja candidato", afirmou. "Esta provocação é de tal envergadura que me deu uma coceirinha. Agora, eu quero ser candidato à Presidência da República", declarou o ex-mandatário, em ato realizado na Praça da República por movimentos populares e sindicais.

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A decisão de hoje do TRF-4, reclamou o ex-presidente, foi baseada em mentiras. "Quero que peçam desculpas pela quantidade de mentiras sobre mim. Fui condenado por um apartamento que não é meu", disse Lula, que voltou a desafiar membros do Ministério Público Federal e da Justiça a apresentar provas contra ele. "Se cometi um crime, me apresentem este crime que eu desisto da candidatura. Este processo está subordinado à grande mídia", afirmou.

O ex-presidente comentou que não esperava outro resultado no julgamento do recurso que não a confirmação da condenação. "Nunca tive ilusão com a decisão do Tribunal. Houve um pacto para acabar com o PT, pois eles não suportavam a ascensão social", argumentou Lula, citando política implementadas durante a gestão petista, como o Financiamento Estudantil (Fies), Minha Casa Minha Vida e a ampliação do acesso ao crédito por bancos públicos. Lula também citou a atuação diplomática de seu governo, com aumento das relações no Mercosul e com países africanos.

O continente africano, inclusive, é o destino de sua próxima viagem, afirmou Lula. "Amanhã à noite estou embarcando para a Etiópia para debater o combate à fome."

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) também expôs sua opinião sobre a condenação em segunda instância do processo envolvendo o ex-presidente Lula. Jarbas falou que Lula pode recorrer, mas que é preciso se cumprir a decisão da Justiça. “Vivemos num Estado Democrático de Direito, onde as instituições estão funcionando e precisam ser respeitadas. Decisão da Justiça é para se cumprir. Os desembargadores se ativeram aos autos para decidir pela condenação do ex-presidente. Caso ele, o ex-presidente Lula, queira recorrer disso, que recorra”, disse.

 

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O parlamentar ainda destacou os efeitos da condenação do petista para a eleição de outubro. “É preciso enfrentar as consequências em todos os cenários, ou seja, com o ex-presidente Lula sendo candidato, sendo candidato sub judicie ou não sendo candidato”, destacou.

 

No exercício da Presidência da República, já que Michel Temer está na Suíça, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, contrariou a recomendação do governo de manter "silêncio" sobre o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva e nesta quarta-feira, 24, divulgou uma nota oficial para comentar a condenação. Apesar de na assinatura Maia se colocar como presidente da Câmara, o documento foi divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

"Construí minha carreira combatendo, no campo da política, as teses defendidas pelo ex-presidente Lula e pelo PT. Ainda assim, quem tem responsabilidade pública, em qualquer Nação, não pode estar celebrando o dia de hoje", disse.

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Tido como pré-candidato à eleição presidencial, Maia afirmou ainda que apesar da condenação ter sido confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, "na política, o melhor foro de enfrentamento de teses diferentes é a campanha eleitoral". "Nela, o veredicto é dado pelas urnas. Mas a campanha não começou, e quem se pronunciou hoje foi o Poder Judiciário. É necessário ouvi-lo e respeitá-lo", afirmou.

Maia destacou ainda que o resultado do julgamento mostra que o Brasil é uma democracia madura onde as instituições funcionam plenamente. "Toda e qualquer manifestação em relação à sentença proferida hoje, em Porto Alegre, deve respeitar a ordem institucional. Tenho certeza que o Brasil seguirá pacificamente rumo à superação", completou.

Durante todo o dia, auxiliares próximos do presidente Michel Temer diziam que a ordem era não comentar o julgamento e que não havia sentido o governo se posicionar sobre o caso.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 24, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incendiaria o Brasil. "Eu duvido que o façam, porque não é a ordem jurídica constitucional. E, em segundo lugar, no pico de uma crise, um ato deste poderá incendiar o País", afirmou o ministro logo após a manutenção da condenação de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4).

Caso Lula seja preso, explica Marco Aurélio, se estaria acionando a nova jurisprudência do STF sobre a possibilidade de execução de pena após condenação em segundo grau. O ministro, no entanto, defende a revisão do entendimento. "Se não for preso é porque essa jurisprudência realmente não encontra base na Constituição Federal, e tem que ser revista", disse.

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Marco Aurélio é relator de duas ações nas quais o STF firmou, em outubro de 2016, o entendimento de que é possível iniciar o cumprimento de pena após a condenação em segunda instância. O ministro foi voto vencido na época.

Agora, as ações estão liberadas para serem julgadas no mérito pelo plenário da Corte. Marco Aurélio lembrou do placar "apertado" em 2016. "Foi 6 a 5, será que nós outros cinco estávamos tão errados?", indagou o ministro nesta quarta-feira.

"E se o Tribunal evoluir, vai evoluir em boa hora", disse o ministro, que considera melhor que o STF decida o "quanto antes" sobre essas ações, que agora têm como pano de fundo o destino do petista.

"Para os cidadãos em geral, (prisão após segunda instância) é o que vem ocorrendo, agora eu quero ver, é uma prova dos nove dessa nova jurisprudência, como eu disse, se forem determinar a prisão do ex-presidente. Eu não acredito", completou.

O advogado Cristiano Zanin, que lidera a equipe de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu nesta quarta-feira, 24, que vai tomar todas as medidas legalmente cabíveis para tentar reverter a decisão da turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou o petista a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá.

"Vamos esperar a publicação do acórdão, vamos analisar e tomar as medidas legalmente cabíveis, com a expectativa de reverter a decisão, mostrando incongruências presentes nos votos apresentados e que não afastaram a garantia da presunção de inocência, e garantia só pode ser afastada através de exame racional que mostre provas da prática de um crime, o que não aconteceu hoje", disse.

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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, avaliou nesta quarta-feira, 24, que a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aumenta a chance de o petista não se viabilizar nas eleições deste ano. Para Lupi, o resultado dificultará o deferimento da candidatura de Lula pela Justiça Eleitoral e, com isso, o apoio político de outros partidos ao petista.

Em julgamento realizado nesta quarta-feira em Porto Alegre, o TRF-4 manteve, por 3 votos a 0, a condenação de Lula no caso do triplex no Guarujá (SP), decidida em julho de 2017 pelo juiz federal Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato na 1ª instância. Os desembargadores do tribunal não só mantiveram a condenação, como aumentaram a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês - ante 9 anos e meio determinado por Moro.

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"Lula poderá ter a solidariedade da população por ter sido condenado. Mas o maior risco eleitoral é a população mais humilde não votar nele por achar que o voto dela não vale. Ninguém gosta de jogar voto fora", afirmou o dirigente à reportagem. Para Lupi, essa dúvida da população, aliada à incerteza sobre se Lula conseguirá de fato o registro da candidatura, deve afastar partidos que pensavam em apoiá-lo no pleito, como o PR, que passarão a procurar outros candidatos.

Como foi condenado por unanimidade, o ex-presidente petista terá direito a menos recursos no TRF, o que aumenta as chances de ele ter o registro de candidatura rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Sancionada em 2010 pelo próprio Lula, essa lei impede pessoas condenadas por um tribunal colegiado de disputarem eleições.

Lupi acredita que, apesar da condenação, Lula insistirá na candidatura até o fim. "Acho que ele mais do que nunca continuará candidato. Ele não pode se esconder. Para se defender, ele tem que ser candidato", afirmou, ressaltando que considera o resultado do julgamento "injusto". "Não vejo base concreta, real para essa condenação", disse. "Agora, decisão da Justiça não se discute, se recorre", ponderou.

O presidente nacional do PDT ressaltou ainda que a condenação do ex-presidente petista pelo TRF não mudará o "caminho" do partido, que tem o ex-ministro Ciro Gomes como pré-candidato à Presidência da República. "Isso tudo não muda nosso caminho. O Ciro é candidato", afirmou. Segundo Lupi, o partido marcou para 8 de março o lançamento oficial da pré-candidatura de Ciro ao Palácio do Planalto.

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por unanimidade foi comemorada como uma final de jogo de futebol em Davos (Suíça). À mesa do jantar oficial do Forum Econômico Mundial, no hotel Derby, a comitiva brasileira acompanhava à distância o resultado. O presidente Michel Temer e seus principais ministros, como Henrique Meirelles (Fazenda) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência), eram informados a cada voto.

Com celular na mão, alguns anunciavam, quase aos gritos "3 a zero! 3 a zero!".

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O jantar, em Davos, estava bastante concorrido. Presentes Luis Carlos Trabuco (Bradesco), Pedro Parente (Petrobras), Candido Bracher (Itaú), entre outros. Na hora em que o desembargador Victor Laus proferiu seu voto, encerrando o julgamento no TRF4, foi um sem-parar de toques de celular.

Aliado histórico do PT, o PCdoB divulgou nota nesta quarta-feira, 24, na qual critica a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atribui a condenação do petista em segunda instância a um "processo de exceção".

"A condenação do ex-presidente Lula em segunda instância pelo TRF-4 nesta quarta-feira (24) é um arbítrio, o ponto culminante de um verdadeiro processo de exceção. Desde a primeira instância, o processo foi conduzido sem levar em conta o princípio básico do juiz natural; em nenhum momento foram apresentadas provas de qualquer tipo de que o tal tríplex é de propriedade ou esteve em posse do ex-presidente. Não há qualquer ato de ofício que demonstre que ele beneficiou a empresa em questão, dentre muitas outras inconsistências largamente demonstradas pela defesa", afirma o texto, assinado pela presidente da legenda, a deputada Luciana Santos (PE), e pela pré-candidata do partido à Presidência, Manuela D'ávila.

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"No momento em que é cometida essa violência contra o Estado Democrático Direito, o PCdoB abraça Lula e a militância do PT, e reafirma a convicção de que deve prosseguir a luta para que as próximas instâncias do Judiciário revertam este arbítrio, permitindo que o ex-presidente dispute livremente as eleições, garantindo que todos os brasileiros e brasileiras tenham assegurado seu direito de votar livremente", diz o texto.

O partido mantém a defesa pelo direito do petista ser candidato, embora tenha lançado Manuela como alternativa do campo de esquerda. Segundo a líder do partido na Câmara, a deputada federal Alice Portugal (BA), não há o que se falar sobre a possibilidade de uma eleição sem Lula enquanto houver a possibilidade de recursos. "O PCdoB tem a sua candidata, mas foi ponta de lança de que o ex-presidente possa se candidatar", disse. "O PCdoB precisa efetivamente se colocar com o seu perfil, mas sempre de olho na unidade. Nós temos lado."

Pré-candidato ao Planalto, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou nesta quarta-feira, 24, que a confirmação da sentença contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda instância vai gerar 'indecisão' no processo eleitoral. Segundo ele, mesmo que justa, a condenação prejudica a credibilidade da disputa.

"A primeira consequência (para as eleições) é a indecisão. Vamos participar sem saber quem são os candidatos, quais vão chegar até o final, quais candidatos serão cassados ou não. A segunda é a credibilidade. É óbvio que gera uma perda de credibilidade no processo eleitoral se o candidato que tem mais prestígio neste momento nas pesquisas, e até pela sua história, sai por razões jurídicas, mesmo que em um julgamento justo", disse Cristovam após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidir por manter a condenação do ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro.

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Questionado se considerava a decisão justa, Cristovam disse ser preciso respeitar a decisão. "Não cabe a mim dizer se foi justo ou não. A hora que nós não respeitarmos a Justiça, dizendo que não foi justo, a democracia é colocada em xeque", afirmou.

Buarque também defendeu o direito de o ex-presidente recorrer a instâncias superiores para se manter na disputa pelo Planalto. "É direito dele ser candidato sub judice. Se eu respeito a Justiça, tenho que respeitar que o ex-presidente Lula entre na Justiça e peça para continuar como candidato mesmo depois de condenado. A lei permite", disse.

PPS

Na Câmara, o líder do partido, Arnaldo Jordy (PPS-PA), defendeu a decisão do tribunal e negou perseguição política ao petista.

"O ex-presidente foi julgado como qualquer outro cidadão, em um processo onde foi respeitado o devido processo legal, foi dado o direito à ampla defesa e agora o condenado precisa respeitar a decisão. Os votos foram técnicos e zelosos e proferidos por magistrados de alto gabarito. Esta condenação de um ex-presidente da República mostra a maturidade democrática pelo qual passa o país", disse o líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jordy (PA).

Os principais veículos de comunicação da Europa, da Ásia e da América Latina estão repercutindo o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com alguns sites afirmando que a confirmação da condenação do petista lança o Brasil em um período de incerteza política em pleno ano eleitoral, uma vez que ele é favorito nas pesquisas de opinião.

O britânico The Guardian traz o assunto na capa, com a notícia sendo a 9ª mais lida do portal. A reportagem diz que a decisão unânime da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de manter a condenação do ex-presidente, "complica os planos de Lula para um terceiro mandato e marca um revés extraordinário na sorte do líder mais popular da história moderna do Brasil".

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Também no Reino Unido, o site da BBC destaca a condenação de Lula em sua página principal, lembra que ele ainda pode recorrer da decisão, e diz que o Partido dos Trabalhadores não tem uma plano B para as eleições de outubro. Já o Financial Times chama atenção para o fato de os ativos brasileiros terem ampliado os ganhos no mercado financeiro após a condenação e diz que apoiadores de Lula estão se manifestando em várias cidades do País.

Na França, o Le Monde chama Lula de "figura mítica" da política brasileira e diz que, com a condenação, o futuro do ex-presidente está comprometido. A notícia virou manchete na versão espanhola do El País, que chama atenção para o fato de a pena de Lula ter sido estendida para 12 anos de prisão.

O site do jornal argentino Clarín transmitiu ao vivo o julgamento em sua página principal, com informações atualizadas sobre as etapas do processo. Com a manchete "duro revés para Lula", o Clarín destaca que o petista é apontado como favorito na corrida presidencial em "todos os levantamentos". No Peru, o El Comercio também destaca que o petista é o favorito na disputa eleitoral.

A rede árabe Al Jazeera deu grande destaque ao julgamento, com a manchete "Corte brasileira mantém condenação de ex-presidente por corrupção". A reportagem afirma que Lula foi impedido de se candidatar às eleições e também observa que a maioria das pesquisas mostra que o petista sairia vitorioso na disputa eleitoral. O site ainda disponibiliza um perfil do ex-presidente com o título "Lula da Silva: o ex-presidente irreprimível do Brasil".

Entre os veículos asiáticos, a versão em português do site Xinhua News, da China, também deu destaque para o julgamento, dizendo que o julgamento "lança incerteza sobre as eleições". O Xinhua ainda afirma que "as eleições provavelmente serão disputadas ferozmente a partir de quarta-feira, quando são esperados protestos a favor e contra Lula".

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, rejeitou dois habeas corpus impetrados por "acadêmicos de direito" que pediam a concessão de medida liminar para suspender a execução de pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes do esgotamento de todos os recursos.

Os habeas corpus foram impetrados no STF antes de a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manter por unanimidade a condenação a Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e ampliar a pena do petista de 9 anos e seis meses para 12 anos e 1 mês. Ainda cabe recurso por parte da defesa do ex-presidente.

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"No rol constitucionalmente definido não se inclui a atribuição deste Supremo Tribunal para processar e julgar originariamente habeas corpus no qual figure como autoridade coatora juiz federal e Tribunal Regional Federal. A matéria não admite discussão mínima por se cuidar de norma de competência constitucional expressa, a impossibilitar interpretação extensiva", escreveu Cármen Lúcia.

As decisões da ministra foram assinadas nas últimas segunda-feira, 22, e terça-feira, 23, e divulgadas nesta quarta-feira, 24, no sistema eletrônico do STF.

Os habeas corpus foram impetrados por Paulo Cesar de Souza, de Ibirité (MG), e por Benedito Silva Junior, de Rolândia (PR), que se identificaram como "acadêmicos de direito".

Aos gritos de "Fora, Lula" e "Viva Sérgio Moro", cerca de 30 manifestantes estiveram concentrados durante todo do dia em frente ao Edifício Solaris, em Guarujá (SP), onde fica o triplex apontado como propriedade do ex-presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além dos protestos, muitos dos presentes gritavam palavras de apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro e ao regime militar.

As ações em frente ao apartamento localizado na praia das Astúrias iniciaram às 10 horas da manhã, quando membros do Movimento Brasil Livre (MBL), da Direita de Praia Grande e do Ativistas Independentes instalaram o boneco Pixuleco, que possui mais de 10 metros de altura e simboliza o ex-presidente Lula vestido de presidiário. O boneco virou atração por quem passava a pé ou com seu veículo pela Avenida General Monteiro de Barros.

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"Trouxemos este boneco de São Paulo, em parceria com o ator Alexandre Frota, que é um dos fundadores do MBL, para mostrar nosso repúdio ao ex-presidente e apoio ao TRF-4, que neste momento faz justiça ao nosso país", destacou o empresário Welton Fernandes de Alcântara, que é ex-militar e um dos donos do boneco junto ao ator.

Além deste protesto, outras duas manifestações contra o petista foram feitas em frente ao edifício de 14 andares, uma com carros de som e outra com um luau organizado por moradores de Guarujá. A assistente social Rosana Marques era uma das que guardavam o boneco e ostentava uma bandeira brasileira em suas mãos. "Nosso movimento quis mostrar a nossa indignação ao ex-presidente Lula e apoiar o juiz Sérgio Moro, que vem fazendo um trabalho de limpeza no Brasil", pontuou Rosana.

Apesar da manifestação contra Lula, algumas pessoas se mantinham contrárias ao ato que acontecia em frente ao Edifício Solaris. Uma delas foi a professora Maria Regina Batista, que possui um apartamento em Guarujá, mas é moradora de Fernandópolis, no interior de São Paulo. "Acho ridículo ter apoio para algo que não apresentaram provas contra e mesmo assim estão querendo sustentar uma condenação. Este povo participa de um golpe, estão querendo tirar o Lula das eleições deste ano", afirmou.

O governador de São Paulo e principal nome do PSDB para disputar a vaga ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano, Geraldo Alckmin, chamou nesta quarta-feira, 24, de 'novela' o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

"Talvez não termine hoje essa novela, porque cabe recurso", apontou o governador em publicação no seu perfil no Twitter.

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Já em tom de campanha, Alckmin declarou que o foco, entretanto, não deve ser a impugnação ou não de uma eventual candidatura de Lula pela Lei da Ficha Limpa. "O importante não é se preocupar com adversário, é se preocupar com eleitor. Quem vai decidir a eleição é o povo", afirmou o tucano.

Mais cedo, o governador usou as redes sociais para dizer que a decisão sobre o ex-presidente "cabia à Justiça" e que "ninguém estava acima da lei". Se Lula disputar o Palácio do Planalto, deve enfrentar o tucano nas urnas em outubro.

O deputado José Guimarães (PT-CE) subiu nesta quarta-feira, 24, no carro de som na Praça da República, em São Paulo, e disse que acabou de chegar de Porto Alegre, onde esteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Guimarães, Lula está "sentido", porém também "alegre e otimista" com o apoio dos militantes.

"A imprensa estava me perguntando quais são os nossos planos A, B e C. O PT não tem plano B. É Lula candidato à Presidência da República. Precisamos mobilizar o País para dizer que não aceitamos essa condenação injusta contra o presidente Lula. A eleição é com Lula. Se eles querem nos derrotar, que venham pra rua, como nós, pra disputar o voto do povo."

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O revisor do caso do triplex do Guarujá no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Leandro Paulsen, saiu em defesa do juiz Sérgio Moro durante o seu voto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao rebater alegações da acusação contra o magistrado, Paulsen disse que não considerou que Moro tenha sido severo ao decidir pela condenação em primeira instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo contrário. "70 crimes estavam sendo imputados ao ex-presidente, e o magistrado (Moro) acolheu apenas dois", afirmou.

Ele destacou que a 8ª Turma, assim como Moro, está sendo "extremamente criteriosa" com o caso.

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Paulsen decidiu pela manutenção da condenação de Lula pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, como já havia decidido na primeira instância o juiz Sérgio Moro. Até agora, dois desembargadores já votaram contra Lula e a favor da sentença de Moro, com acréscimo de pena.

O desembargador lembrou que, na peça de acusação, o Ministério Público Federal (MPF) tinha pedido a condenação do petista por três crimes. Paulsen admitiu que há elementos que baseiam a visão dos procuradores, mas decidiu seguir o entendimento de Moro e restringir a aplicação da pena a apenas dois crimes.

Segundo o magistrado, que é presidente do TRF-4, os principais executivos da OAS cuidavam "pessoalmente" das operações envolvendo o triplex destinado a Lula no Guarujá (SP).

"O triplex jamais esteve entre apartamentos à venda e foi reformado para Lula. (triplex) torna evidente benefício pessoal e que se sabia da conta de propina", explicou. O desembargador ainda citou as visitas de Lula ao empreendimento para concordar com a sentença.

Após mais de oito horas de sessão, dois dos três desembargadores que compõem a turma votaram pelo aumento da pena decretada por Moro. Neste momento, o desembargador Victor Laus realiza a leitura do seu voto. Uma decisão unânime contra Lula prejudica as possibilidades de recurso do petista.

No voto de Paulsen, ele acompanhou o relator do caso e defendeu que a pena de reclusão em regime fechado só seja cumprida após todos os recursos serem exauridos na segunda instância, ou seja, no TRF4. Ainda assim, Lula poderia recorrer às instâncias superiores posteriormente.

Duas faixas da Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo, foram interditadas pela chegada de manifestantes da União Nacional por Moradia Popular (UNMP) e de outros grupos militantes de habitação.

Um carro de som está montado em frente ao prédio da Secretaria Estadual de Educação. Os militantes aguardam a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Praça da República, no centro de São Paulo, por volta das 19 horas.

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Carros da Tropa de Choque da Polícia Militar chegaram nesta tarde à Praça da República, onde manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) já se concentram para ato em defesa de Lula. Policiais militares e guardas-civis metropolitanos também estão no local.

O desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, também votou nesta quarta-feira, 24, pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, em julgamento que ocorre em Porto Alegre. A Corte tem maioria para condenar o petista.

"Mantenho uma única condenação por corrupção e uma única condenação por lavagem de dinheiro", afirmou.

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O desembargador João Pedro Gebran Neto, primeiro a votar, aumentou a condenação do ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro para 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado no caso triplex - em 1.ª instância, Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão.

Gebran Neto impôs ao petista 8 anos e 4 meses de reclusão por corrupção passiva e mais três anos e nove meses por lavagem de dinheiro. A execução da pena só ocorrerá depois de esgotados todos os recursos ainda no âmbito do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), Corte de apelação da Lava Jato.

Leandro Paulsen começou a ler seu voto por volta das 15h. Durante sua fala, o magistrado afirmou que "a lei é para todos".

"O julgamento é realizado por juízes togados, com formação e experiência para atuar equidistância e imparcialidade e orientado pela estrita do Direito ao caso concreto, mediante criteriosa análise dos fatos. As práticas de compadrio, de barganha, de arregimentação de apoios e de ameaças de retaliações são estranhas ao ambiente judicial. E se houver, serão criminosas. A linguagem, a lógica, o encaminhamento, não são os do tráfico de influência, da camaradagem, do tapinha nas costas. Aqui, ninguém pode ser condenado por ter costas largas e ser absolvido por ter costas quentes."

Ainda falta votar o terceiro magistrado do colegiado, desembargador Victor Laus.

Esta é a 24.ª apelação julgada pela Corte federal contra sentenças da Operação Lava Jato. A condenação de Lula chegou ao Tribunal em 23 de agosto do ano passado.

Além de Lula, recorreram da sentença de Moro o ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho - condenado a 10 anos e 8 meses de prisão -, o ex-diretor da empreiteira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros (6 anos), e o ex-presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, absolvido em primeira instância, mas que requer troca dos fundamentos da sentença.

O Ministério Público Federal recorreu da absolvição em primeira instância de três executivos da OAS: Paulo Roberto Valente Gordilho, Roberto Moreira Ferreira e Fábio Hori Yonamine.

A denúncia da força-tarefa da Lava Jato atribui a Lula a lavagem de R$ 2,2 milhões. O valor corresponde ao triplex e suas respectivas reformas no condomínio Solaris, no Guarujá, supostamente custeadas pela empreiteira OAS. O processo envolve o suposto favorecimento da construtora em contratos com a Petrobras.

Lula nega que tenha aceitado o imóvel da empreiteira e apela por sua absolvição.

O Ministério Público Federal, no Paraná, sustenta que a empreiteira pagou propina de R$ 3,7 milhões ao PT e ao ex-presidente, por meio do apartamento triplex do Guarujá e do depósito do acervo presidencial. Lula foi absolvido por Moro do crime de lavagem de dinheiro ligado a suas "tralhas" - como o próprio ex-presidente chamou as lembranças e os mimos que ganhou durante os oito anos em que ocupou o Palácio do Planalto.

Se a sentença for confirmada pelo Tribunal da Lava Jato, a determinação de execução provisória da pena pelo TRF4 só ocorrerá após o julgamento de todos os recursos do segundo grau.

Os recursos possíveis, em caso de condenação, são os embargos de declaração, utilizados pela parte com pedido de esclarecimento da decisão, e os embargos infringentes - este último recurso só pode ser pleiteado quando a decisão for por maioria e "tenha prevalecido o voto mais gravoso ao réu".

Por meio deste recurso o réu pode pedir a prevalência do voto mais favorável.

Os embargos infringentes são julgados pela 4.ª Seção do TRF4, formada pelas 7.ª e 8.ª Turmas, especializadas em Direito Penal, e presidida pela vice-presidente da Corte.

Contrariando a orientação inicial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC antes do término do julgamento no Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) e foi pra casa. O alongamento da sessão fez com que a maior parte dos simpatizantes do líder petista também deixassem o local em direção à Praça da República, em São Paulo, de onde deve sair o ato em defesa de Lula.

Segundo a assessoria do sindicato, cerca de dez ônibus foram disponibilizados para os manifestantes que quiserem participar do ato na capital paulista. Os dirigentes petistas que deixavam o local, no entanto, disseram rumar para a sede nacional do PT. Segundo o senador Jorge Viana (AC), Lula quis ir para casa descansar e tomar um banho antes de seguir para o ato da República.

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O revisor da Operação Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), desembargador Leandro Paulsen, vota pela manutenção da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo crime de corrupção passiva no caso triplex no histórico julgamento da apelação da defesa do petista, nesta quarta-feira, 24.

"A autoria e os vínculos de casualidade entre sua (Lula) conduta e atos praticados é inequívoco. Agiu pessoalmente para tanto. Bancou queda de braços com a diretoria da Petrobras e ameaçou substituir diretores da Petrobras para facilitar contratações", afirmou o desembargador, que ainda não concluiu a leitura de seu voto. "Há elemento que (Lula) concorreu de modo livre e consciente para os crimes."

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Com o voto, que precisa ser encerrado pelo desembargador, serão dois votos na 8.ª Turma Penal do TRF-4 - falta apenas o voto do desembargador Victor Laus - pela manutenção da pena de prisão dada a Lula por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

"A corrupção cometida por um presidente torna vil o exercício da autoridade. Aqui, ninguém pode ser condenado por ter costas largas, nem absolvido por ter costas quentes", afirmou Paulsen, que votou na sequência do relator do processo, desembargador João Pedro Gebran Neto.

A denúncia da força-tarefa da Lava Jato atribui a Lula a lavagem de R$ 2,2 milhões. O valor corresponde ao triplex no condomínio Solaris, no Guarujá, e suas respectivas reformas, supostamente custeadas pela empreiteira OAS. O processo envolve o suposto favorecimento da construtora em contratos com a Petrobras.

Lula nega que tenha aceitado o imóvel da empreiteira e apela por sua absolvição.

O primeiro a votar no processo de revisão manteve a condenação de Moro, negando absolvição pedido pela defesa de Lula, e aumento a pena de 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês de prisão.

Paulsen rebateu qualquer ilegalidade levantada pela defesa do ex-presidente Lula no pedido de recursos, como suspeição do juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, em Curitiba, incompetência da 13.ª Vara Federal para julgar o petista, cerceamento de defesa entre outros. "Adiro ao voto do relator."

Presidente da 8.ª Turma e revisor dos processo, o desembargador lembrou os primórdios da Lava Jato, iniciada de uma investigação de lavagem de dinheiro de doleiros em um posto de gasolina e citou o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que morreu em janeiro de 2017, e era relator dos processo na Corte.

"Dizia o saudoso Teori: puxa-se uma pena e vem uma galinha. Não se tinha ideia de onde isso chegaria."

Paulsen mencionou, ao abrir a leitura de seu voto, que Lula é acusado por crimes com base em leis promulgadas em governos de seu partido. Mencionou, por exemplo a aprovação das leis Anticorrupção, de tipificação de organização criminosa e das delações premiadas, todas aprovadas e sancionadas durante o governo Dilma Rousseff.

"Tal qual ocorreu com o presidente americano Richard Nixon no caso Watergate cujas investigações se viabilizaram com a aplicação de leis que ampliaram as possibilidades de investigação criminal por ele próprio promulgadas agora vemos um presidente se deparar com acusações baseadas em leis que sobrevieram durante os governos de seu partido. Mas a lei é para todos."

Em seu voto, Paulsen citou o mensalão, que já apontava um amplo esquema de compra de apoio político no governo. "Na Operação Lava Jato, por sua vez, denominada por sua vez de Petrolão, passou a funcionar o cartel de empreiteiras que cotizaram contratos na estatal" que funcionavam no governo Lula

Para o desembargador, ficou comprovado em outros processos o cartel de empreiteiras que o cartel pagava propinas a dirigentes de estatal para obter seus contratos, que repassavam valores a políticos e legendas para "emprestar apoio político" para que permanecessem nos cargos.

"Mudam-se os nomes mas a estrutura criminosa continua", afirmou Paulsen. "Não é uma mero relato de fatos, mas situação já comprovado acima de dúvida razoável, como diz o relator Gebran."

Para o revisor, "na Lava Jato não há vitimas nem vilões". "Não há como se definir de quem foi a iniciativa, das empresas ou do governo, tampouco importa."

Paulsen manteve a absolvição de Lula dos crimes de corrupção e lavagem no caso do custeio do armazenamento dos bens presidenciais pela OAS, pedido pelo Ministério Público Federal. O revisor ainda não concluir seu voto.

Várias cidades do País realizaram manifestações contrárias e a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 24, dia do julgamento do petista no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

PORTO ALEGRE

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Na manhã desta quarta-feira, uma embarcação com um grande 'Pixuleco', boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário, foi abordada no Rio Guaíba. O barco estava posicionado na mesma direção do Tribunal Regional da 4ª Região e do Anfiteatro Pôr do Sol, onde estão os acampamentos dos movimentos sociais pró-Lula.

Ainda em Porto Alegre, um ato de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconteceu, por volta das 10h desta quarta-feira, no acampamento onde estão concentrados os simpatizantes petistas que se deslocaram ao Rio Grande do Sul para acompanhar o julgamento que ocorre no TRF-4. O acampamento reúne pessoas de todo o Brasil e até simpatizantes de outros países da América Latina.

SÃO PAULO

Sob calor de 36°C, dois grupos anti-PT fizeram uma manifestação na Avenida Paulista, região central de São Paulo, defendendo a condenação e a prisão do ex-presidente. Com um caminhão de som e um pixuleco inflado em frente ao vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), manifestantes do grupo Revoltados On Line fizeram um show com músicas que satirizam os processos envolvendo Lula, como o do triplex no Guarujá, para um ainda pequeno grupo de simpatizantes que se aglomeram no local.

RIBEIRÃO PRETO

Um boneco gigante chamou a atenção em protesto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Ribeirão Preto (SP). Com 13 metros de altura, o pixuleco de Lula foi colocado no cruzamento das Avenidas Presidente Vargas e Professor João Fiusa para alertar sobre o julgamento do ex-presidente da República.

BELO HORIZONTE

A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG) realizou vigília em frente ao prédio da Justiça Federal na capital de Minas Gerais, em apoio ao petista.

VITÓRIA

A capital capixaba também realizou ato em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira na Praça Costa Pereira, no centro de Vitória (ES).

CUIABÁ

Militantes de movimentos populares e sindicalistas que apoiam o petista chegaram cedo, às 6 horas, em frente ao prédio da Justiça Federal em Mato Grosso, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça. Eles realizaram vigília em defesa do ex-presidente. "Defendemos o direito de o Lula participar do processo eleitoral em 2018" disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores em MT (CUT/MT), João Dourado. As polícias Federal e Militar acompanharam a manifestação.

SALVADOR

Manifestações em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tiveram início nesta madrugada de quarta-feira. Um pequeno grupo se encontrou em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, no centro da capital baiana, para acompanhar a sessão. Houve manifestação também na Avenida Caribé, de acesso ao Aeroporto de Salvador, com bloqueio da pista, impedindo o tráfego dos veículos que se dirigiam ao terminal aéreo.

SÃO LUÍS

Integrantes do PT e PCdoB, assim como as Centrais Sindicais CUT e CTB ao lado da FETAEMA (Federação dos Trabalhadores Agrários do Maranhão) realizaram um grande ato em defesa do petista em frente à sede da Justiça Federal no bairro da Areinha.

JOÃO PESSOA

Um protesto terminou em confronto com a Polícia Militar um ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capital da Paraíba. Um grupo ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) teria tentado invadir o prédio da Justiça Federal, causando a reação da Polícia Militar, que disparou balas de borracha e bombas de efeito moral contra os manifestantes. Um policial e ao menos três manifestantes ficaram feridos.

FORTALEZA

Manifestantes contrários à condenação do ex-presidente Lula se reuniram nesta quarta-feira na Praça General Murilo Borges, no centro da cidade, onde fica o fórum da Justiça Federal no Ceará. No interior do Estado, militantes do MST bloquearam a BR-402, no trecho próximo à Itapipoca. Os manifestantes atearam fogo em pneus.

RECIFE

Segundo os organizadores da mobilização, 1,5 mil pessoas acompanharam o julgamento do ex-presidente na Praça Tiradentes, no bairro do Recife, em frente à sede do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Boa parte dos manifestantes dormiu no local. O clima foi de tranquilidade. Bandeiras, cartazes e panfletos com palavras de apoio a Lula e críticas ao Judiciário e ao governo federal marcaram presença no local.

PORTO VELHO

Manifestantes organizaram círculo de orações em apoio ao ex-presidente Lula. O ato ocorreu em frente à sede da Justiça Federal, na manhã desta quarta-feira. Com leituras, discursos, faixas e cartazes, os manifestantes declararam acreditar que esse não é o último dia e sim apenas uma fase do processo para fortalecer a luta política.

GOIÂNIA

Militantes, integrantes de sindicatos e movimento sociais participaram na manhã desta quarta-feira de ato a favor da absolvição do ex-presidente Lula nas ruas do centro da cidade. A concentração foi em frente ao prédio da Justiça Federal, no centro da capital, de onde os participantes saíram em passeata.

MANAUS

Um grupo de aproximadamente 150 pessoas estava reunido nesta manhã em frente à sede da Justiça Federal em Manaus para protestar contra o julgamento do ex-presidente Lula. Uma parte dos militantes pernoitou em frente ao local. Orações e músicas, além de cartazes e frases de efeito fizeram parte da manifestação.

MOVIMENTOS AGRÁRIOS

Integrantes do Movimento Social de Luta (MSL) voltaram a ocupar a Fazenda Espinheiro Preto, na madrugada desta quarta-feira, em Dracena, interior de São Paulo. Antes de entrar na área, cerca de 50 militantes bloquearam a rodovia vicinal Noritaro Murata. A fazenda já havia sido ocupada na semana passada. Os manifestantes protestaram contra a condenação do ex-presidente Lula e pediram a retomada da reforma agrária.

No sul da Bahia, integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) bloquearam a rodovia BR-101, em Teixeira de Freitas, em defesa do ex-presidente Lula e para reivindicar a reforma agrária. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deslocou viaturas para o local.

Em Mato Grosso do Sul, militantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), movimento dirigido por José Rainha Junior, bloquearam a entrada da unidade da empresa JBS, na Vila Popular, em Campo Grande (MS), na manhã desta quarta-feira. Os manifestantes pediram o direito do ex-presidente Lula de concorrer à eleição presidencial deste ano. A Polícia Militar acompanhou o protesto.

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