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O pastor Edson Alberto Queiroz da Silva, conhecido como Edy de Jesus, foi preso na manhã desta quarta-feira (16) através de mandado de prisão temporária. Ele é suspeito de violência física e psicológica contra nove mulheres e três crianças que ele mantinha em uma casa de recuperação irregular no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Edy de Jesus já está no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, na RMR. Antes de seguir para a prisão, o pastor foi ouvido na delegacia e encaminhado para exames de praxe no Instituto de Medicina Legal (IML).

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A fiscalização na Casa de Recuperação Feminina Jovens Resgate foi realizada na segunda-feira (14) pelo Conselho Tutelar e Prefeitura do Cabo com apoio da polícia e da Guarda Municipal. O pastor chegou a ser conduzido para a delegacia, mas havia sido liberado durante a madrugada da terça-feira (15) pela ausência de flagrante.

O abrigo recebia jovens e adultas do sexo feminino usuárias de drogas. As acolhidas e familiares denunciaram que no local havia violência física, psicológica e cárcere privado. Segundo as denúncias, elas ficavam presas sem comida em um quarto, eram acorrentadas e algemadas, e agredidas com mangueira e fios.

As vítimas contaram também que, quando ficavam presas no quarto, o pastor jogava cobras no local como forma de castigo. Uma cobra teria ficado presa no braço de uma adolescente de 12 anos por mais de dez minutos.

À imprensa local, Edy de Jesus rebateu as acusações, dizendo não haver agressões de qualquer tipo e ser vítima de provável perseguição. Sobre as cobras, o religioso disse que em duas ocasiões os répteis entraram no quarto por se tratar de uma área de mata.

O Conselho Tutelar descarta se tratar de uma armação contra o pastor, tanto pela riqueza de detalhes, convergência dos relatos, hematomas nas vítimas e da denúncia ter sido feita pela família de uma das acolhidas, visto que o acolhimento gratuito para um usuário de droga é bem visto pelo seu parente. Maiores detalhes da prisão serão repassados pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira.

A Casa de Recuperação Feminina Jovens Resgate funcionava em uma chácara. Era uma casa colorida, com vasta área verde, área para culto evangélico e piscina. Quem via o local à distância, não poderia imaginar que lá funcionava uma verdadeira casa dos horrores. Tortura, agressão, abuso e violência das mais diversas seriam praticadas por um pastor evangélico que administrava o abrigo, localizado em Engenho Novo, Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. O fato foi constatado em uma fiscalização realizada na segunda-feira (14) envolvendo prefeitura, conselho tutelar, polícia e Guarda Municipal

Segundo a conselheira tutelar Vanessa Roberta, que esteve no local, a casa abrigava três adolescentes, oito adultas e uma criança de cinco anos filha de uma das mulheres. As vítimas estavam lá por serem usuárias de drogas. A denúncia foi feita na sexta-feira (11) pela família de uma das adolescentes. No mesmo dia, conselheiros tutelares foram averiguar de perto. O pastor, identificado pela Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho como Edy de Jesus, demonstrou nervosismo na ocasião, não permitindo que os conselheiros tivessem acesso às acolhidas.

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O grupo se organizou e, na segunda-feira, voltou ao local com a prefeitura e a polícia. Lá, as vítimas estavam apavoradas, chorando e com hematomas. Uma das denúncias mais graves feitas pelas jovens é de que elas eram colocadas em um quarto escuro, onde ficavam sem comida por dias. Além disso, como o abrigo fica em uma área de mata, o pastor capturava cobras e jogava dentro do quarto.

De acordo com Vanessa Roberta, uma adolescente de 12 anos teria sido mordida pela cobra, que ficou com os dentes cravados no braço da jovem por mais de dez minutos. Outra vítima estava com o nariz quebrado por um soco e já estaria com sangramento nasal há três dias.

As abrigadas também eram agredidas com golpes de mangueiras e fios, deixadas algemadas e acorrentadas. No local, os fiscais foram informados que o pastor teria engravidado uma adolescente. "Recebemos essa informação no local, de que ele engravidou uma jovem. Disseram que ele a retirou da casa, pois já estava com muita divulgação no local. Vamos analisar melhor essa denúncia em uma reunião que realizaremos nesta manhã", explica Vanessa.

A casa, que já estaria funcionando há cinco anos, era administrada apenas pelo pastor. Em uma postagem do Facebook, ele pede a doação de um freezer para armazenar as frutas que são em abundância na área. A chácara não possuía regularização para funcionar como casa de recuperação.

O Conselho Tutelar descarta se tratar de uma armação contra o pastor, tanto pela riqueza de detalhes, convergência dos relatos, hematomas nas vítimas e da denúncia ter sido feita pela família de uma das acolhidas, visto que o acolhimento gratuito para um usuário de droga é bem visto pelo seu parente.

Tanto o pastor quanto as vítimas foram encaminhadas para a Delegacia do Cabo de Santo Agostinho. As adolescentes estão recebendo atendimento do conselho tutelar, enquanto as adultas, do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS). Após o boletim de ocorrência e exame traumatológico, uma jovem voltou para casa da família e outras duas foram encaminhadas a um abrigo municipal. As mulheres foram conduzidas aos seus respectivos municípios. Uma mulher que possui medida protetiva por ser ameaçada pelo ex-companheiro foi direcionada também para um abrigo municipal.

"Era crueldade mesmo", resume a conselheira tutelar. O LeiaJá tentou entrar em contato com Edy de Jesus, mas ele não atendeu aos telefonemas. Durante a operação, ele permaneceu em silêncio. Em uma entrevista concedida para uma imprensa comunitária, ele explica a rotina do local. Conforme Edy de Jesus, elas acordavam às 5h30, iam para a consagração às 6h e ficam até as 8h. Depois, iam para o café da manhã e seguiam para as atividades da casa. Ele acrescentou: "Não usamos medicamento. O medicamento aqui é Jesus Cristo. São seis meses de tratamento, mas o tratamento é espiritual. Nós temos 75% de aproveitamento dentro dessa casa".

Uma usuária do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Campus Recife, denunciou, no dia 7 deste mês, que encontrou uma lagartixa numa refeição do estabelecimento. A foto da comida foi postada em um grupo de alunos e professores da Federal no Facebook.

A imagem repercute bastante na rede social. Segundo a internauta que fez o post, a amiga dela, que não teve a identidade revelada, foi quem encontrou o suposto bicho na refeição.

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A coordenadora do RU, Edlene Freitas, confirmou que tomou conhecimento do caso. Porém, ela ainda está aguardando a formalização da denúncia da usuária para dar entrada em um processo de investigação. Segundo a coordenadora, o bicho foi mostrado a profissional de nutrição do RU. O material está congelado para a ação investigatória.

 

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