Tópicos | vacina anti-Covid

O Vaticano ameaçou demitir funcionários que recusarem se vacinar contra o novo coronavírus sem apresentar comprovadas razões de saúde.

Um decreto editado recentemente pelo presidente da Pontifícia Comissão do Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Giuseppe Bertello, prevê uma linha dura contra os antivacinas.

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Segundo o documento, quem recusar a imunização contra a Covid-19 está sujeito a "consequências de diversos graus, que podem chegar até a interrupção da relação de trabalho". Já aqueles que tiverem razões de saúde para rejeitar a vacinação podem ser rebaixados de cargo, mas com a manutenção do salário.

A imunização contra a Covid-19 no Vaticano é, em teoria, voluntária, e a cidade-Estado fornece doses gratuitamente para seus funcionários.

No decreto, o cardeal Bertello afirma que tomar a vacina é uma "decisão responsável", já que recusar a imunização "pode constituir também um risco para os outros e aumentar seriamente os perigos para a saúde pública".

O texto remete a uma lei vaticana de 2011 que já previa punições, incluindo demissão, para funcionários que não se submetem a avaliações de saúde obrigatórias. Também foram estabelecidas multas de 25 euros por não usar máscaras de proteção e de 1,5 mil euros por violação da quarentena por infectados. 

Da Ansa

A vacina iraniana contra o novo coronavírus será batizada com o nome do cientista Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, um dos líderes do programa nuclear do país e morto em uma emboscada na última sexta-feira (27).

Segundo Alireza Zali, chefe da unidade de crise do governo contra a pandemia, o imunizante, que está na fase de ensaios clínicos, se chamará "Mártir Fakhrizadeh". "A vacina foi feita graças aos esforços do pesquisador nuclear Mohsen Fakhrizadeh e de seus colegas", disse Zali.

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Até o momento, o Irã tem cerca de 950 mil casos do novo coronavírus e quase 48 mil mortes, de acordo com o monitoramento da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.
    Funeral - O funeral de Fakhrizadeh foi realizado nesta segunda-feira (30) e ficou marcado por promessas de vingança.

"Como soldado, prometo que nenhum assassinato ficará sem resposta por parte do Irã", afirmou o ministro da Defesa da república islâmica, Amir Hatami, em um discurso fúnebre sobre o cientista.

"Caçaremos os criminosos até o fim e cumpriremos o comando do guia Ali Khamenei de puni-los", acrescentou. O Irã culpa Israel pelo assassinato e acusa o país rival de ter agido como "mercenário" dos EUA.

A emissora estatal iraniana PressTV, citando uma fonte anônima, divulgou nesta segunda-feira que as armas recuperadas no lugar da emboscada têm produção israelense.

Fakhrizadeh foi sepultado no santuário Imamzadeh Saleh, com a presença de membros de alto escalão das Forças Armadas, mas em cerimônia fechada ao público para evitar aglomerações.

Da Ansa

A Austrália acelerou a produção da S-Spike, uma nova vacina desenvolvida no país para combater a Covid-19, informou nesta terça-feira (14) o jornal "The Australian".

De acordo com o periódico, a empresa farmacêutica Commonwealth Serum Laboratories (CSL) está se preparando para produzir centenas de milhares de doses do medicamento.

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Os cientistas da Universidade de Queensland, liderados por Trent Munro, do Instituto Australiano de Bioengenharia e Nanotecnologia, estão prevendo que a vacina estará disponível para uso emergencial em janeiro.

O jornal também informou que o CSL produzirá "vários milhões" de doses do medicamento antes que os testes em humanos sejam concluídos, acreditando que a S-Spike será aprovada nas três etapas do processo até a certificação das autoridades de saúde.

A nova vacina australiana é baseada em uma tecnologia chamada "grampo molecular", que neutraliza as propriedades infecciosas do vírus e tem a vantagem de poder ser recalibrada para enfrentar possíveis futuras pandemias.

Apenas algumas das cerca de 180 vacinas contra o novo coronavírus que estão em desenvolvimento no mundo estão sendo submetidas a testes em humanos, o que coloca a S-Spike entre as mais promissoras.

Da Ansa

Com mais de 550 mil casos e 30 mil mortes, o Brasil entrou de vez na rota dos grandes estudos para o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2, com o anúncio de que uma candidata desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, será testada no país sob coordenação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A vacina ChAdOx1 nCoV-19 é considerada uma das mais promissoras para frear a pandemia e é fruto de uma parceria entre a instituição britânica e a empresa italiana de biotecnologia Advent-IRBM, que produziu as doses para os testes no Reino Unido.

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A candidata chega ao Brasil na fase 3 do estudo clínico, quando será avaliada principalmente sua eficácia para imunizar humanos contra o coronavírus. Em entrevista à ANSA, a professora Lily Yin Weckx, coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp, disse que as doses começarão a ser aplicadas em junho, provavelmente na segunda ou terceira semana do mês.

De acordo com Weckx, o estudo no Brasil envolverá pelo menos 2 mil adultos entre 18 e 55 anos, prioritariamente profissionais de saúde ou pessoas "com risco aumentado de exposição à Covid", como funcionários de limpeza e seguranças de hospitais ou motoristas de ambulâncias.

"Aqui no Brasil, nós vamos começar com 2 mil pessoas. Há a possibilidade até de aumentar esse número, mas vamos começar assim", disse a médica. Os participantes do estudo tomarão uma dose única e serão acompanhados "muito de perto" por pelo menos 12 meses.

"Entretanto, por se tratar de uma pandemia, às vezes, se você tem alguns resultados que já podem ser obtidos antes de o estudo acabar, isso pode interferir no licenciamento da vacina, se forem resultados efetivos, então a gente está esperando que isso pode ser em breve", explica Weckx.

O estudo começará em São Paulo e deve se expandir para outras cidades do Brasil. A pesquisa global é coordenada pelo professor Andrew Pollard, chefe do Grupo de Vacinas de Oxford.

Fundação Gates

A Unifesp entrou no radar de Oxford por intermédio da professora Sue Ann Costa Clemens, consultora da Fundação Bill e Melinda Gates e chefe do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena, na Itália.

Clemens entrou em contato com a Universidade Federal de São Paulo em maio, quando a instituição britânica decidiu ampliar a pesquisa para além do Reino Unido, que dá sinais de já ter superado o pico da pandemia.

"O Brasil é um país com grande circulação do coronavírus. É um lugar adequado para fazer estudos clínicos, por isso que veio para o Brasil. Nós estamos em uma explosão de casos, é uma população grande, então é um local identificado como adequado para conduzir essa fase do estudo", diz Weckx.

A vacina se baseia em um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células humanas. "Em vez de levar o coronavírus inteiro, você leva aquilo que interessa para provocar a resposta imune", diz a coordenadora do Crie-Unifesp.

Oxford já tem um acordo com a multinacional sueco-britânica AstraZeneca para a fabricação e distribuição da vacina em nível global. No fim de maio, a empresa disse ter obtido um financiamento de US$ 1 bilhão do governo dos Estados Unidos para a vacina e que já tem acordos que garantem a produção de pelo menos 400 milhões de doses, com os primeiros lotes previstos para setembro, caso os testes deem resultado positivo.

Da Ansa

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