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Em mensagem de WhatsApp enviada a dirigentes do PT no início desta semana, o coordenador da tendência Articulação de Esquerda do partido, Valter Pomar, disse considerar "muito grave" a informação de que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega possuía uma conta não declarada à Receita Federal, na Suíça, e previu novos problemas para o partido.

"(...) Minha impressão é que isto é um detalhe perto do que está por vir nos próximos dias. Motivo pelo qual - sem prejuízo de tudo o que eu escrevi antes - temos que manter a calma e segurar mais esta onda", afirmou Pomar no texto.

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Na mensagem, o dirigente petista afirmou que Mantega deveria ter percebido "há bastante tempo" que a existência da conta na Suíça seria usada contra todo o PT. "O Guido foi ministro da Fazenda. Dele se esperaria um comportamento tributário exemplar. Guardadas as devidas proporções, seria como descobrirmos um ministro do Trabalho que publicamente defende a PEC das Domésticas, mas que na sua própria casa não registra!!!", disse.

As comparações não pararam por aí. "Ou um ministro de Direitos Humanos que faz belos discursos, mas no cotidiano é machista, racista e homofóbico. Ou um ministro do Desenvolvimento Agrário que é dono de terras griladas", completou.

Na segunda-feira passada, Mantega disse, em petição enviada ao juiz Sérgio Moro, que o saldo de US$ 600 mil existente na conta era proveniente da venda de um imóvel herdado do pai. O dinheiro teria sido recebido ainda em 2006, antes de ele assumir a Fazenda.

Ao observar que Mantega deveria ter legalizado a situação, pagando o que devia, Pomar concluiu a mensagem com um tom pessimista sobre o que estava por vir contra o PT e recomendou "calma" aos dirigentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Candidato à Presidência Nacional do PT pela corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar alerta o partido a trabalhar na possibilidade das eleições nacionais de 2014 irem para o segundo turno. Na avaliação do petista, a disputa do próximo ano não deve ser diferente dos últimos pleitos.  

“Tem setores do PT que acham que vamos ganhar no primeiro turno. Não existe isso. As disputas em 2002, 2006 e 2010 foram no segundo turno. Claro que existe a chance de ganhar no primeiro turno em 2014, mas nós devemos trabalhar com a ideia do segundo turno. Temos 30 e poucos por cento do nosso lado, 30 e poucos do lado do PSDB e outros 30 por cento na disputa e é absolutamente normal e legítimo ter uma disputa dessa clareza”, avaliou Pomar, durante entrevista ao Portal LeiaJá, nesta quarta-feira (21).

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De acordo com o petista, a chance do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorrer novamente ao cargo de Presidente da República é nula. “Eu penso o seguinte: se a Dilma (Rousseff – PT) fez um bom governo porque ela tem que ser substituída? E se ela fez um mau governo quem disse que substituir resolve? Se o próprio partido admitir essa troca como é que o povo vai aprovar isso”, disse. 

Valter Pomar também frisou que a campanha eleitoral de 2014 será muito dura. Para ele, com a candidatura de Eduardo Campos (PSB) ou de Marina Silva (PSB) a tendência é que o PSDB substitua o senador Aécio Neves (PSDB) pelo ex-ministro José Serra (PSDB) no pleito. 

“Vimos o que Serra fez em 2010, ele não tem limites. Além disso, tanto Marina quanto Eduardo são movidos hoje por uma decisão de disputa”, ressaltou o petista.  “Existem setores da mídia e do empresariado que assumiram o tom contra o PT além do normal. Caso a oposição ganhe vão tratar o tempo que tivemos no poder como retrocesso. Isso significa que o confronto de 2014 vai ser mais agudo”, completou. 

O primeiro candidato ao Processo de Eleição Direta (PED) nacional do PT a vir ao Recife, Valter Pomar, conversou com a equipe do LeiaJá, nesta quarta-feira (23), ao lado do ex-vereador Múcio Magalhães (PT) e apresentou suas propostas. Representante da corrente Articulação de Esquerda (AE), o petista pontuou as estratégias e ações que pretende seguir e não poupou críticas ao atual presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e alguns outros nomes da sigla.

Expondo sua visão em relação à liderança do PT, o postulante que está apontado como terceiro lugar nas pesquisas para disputar a legenda em 2014, - perdendo apenas para Falcão e Paulo Teixeira -, descreveu seu ponto de vista e elencou três principais pontos:

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“Vários candidatos defendem da boca para fora, que a luta por reformas estruturais é tarefa central do PT, mas é preciso uma nova estratégia que trabalhe as reformas tributárias, do PT e agrária, entre outras. Um segundo ponto é a reeleição de Dilma. O segundo mandato precisa ser melhor que o primeiro e precisamos ter política de aliança coerente com isso, criando condições táticas para um segundo mandato melhor e elegendo mais senadores e governos”, pontuou o candidato.

Já o terceiro tema defendido pelo petista refere-se ao funcionamento do PT, no entanto, dentro dos três aspectos apresentados, ele enumerou ainda cindo ações relevantes: autofinanciamento, política de formação massiva, comunicação, necessidade de mudar a relação com movimentos sociais e mudar o funcionamento das instâncias partidárias. 

Dentre as propostas citadas, o pretendente à liderança nacional do PT, comentou uma a uma. No âmbito do financiamento, ele abordou a atual composição orçamentária do partido. “No site do Supremo Tribunal Federal, você verá que, em 2011, as contas do PT chegaram a R$ 107 milhões, sendo R$ 7 milhões de filiados, 50% de fundo público e 50% do setor empresarial” expôs, questionamento em seguida o próprio partido por receber tantos recursos de empresas, em vez dos militantes. “Se cada filiado doar mensalmente apenas R$ 5, teremos mais que isso, porque hoje temos 1 milhão e 200 mil filiados”, argumentou.

No que concerne à política de formação massiva, Pomar pontuou o repasse de informações aos filiados e a importância do diálogo. Já sobre a comunicação às críticas foram feitas sobre a falta de uma equipe específica para atualizar as informações, inclusive nas redes sociais. “A tarefa de casa o PT não fez”, disparou. Ele comentou ainda o distanciamento do PT aos movimentos socais, por isso, defende a mudança de relação da legenda e o envolvimento cultural, além do diálogo constante. “O ponto de divergência é que a última palavra deveria ser do PT e não de alguns petistas. Considero a importância de Lula e de Dilma, mas as decisões devem ser adotadas pelas instâncias que precisam de agilidades para debater temas como as manifestações de junho, que não foram discutidas a tempo hábil dentro partido”, contou.

Rui Falcão- Depois de apresentar suas propostas e apontar o que pode ser melhorado dentro do PT, Pomar foi indagado sobre a postura de Rui Falcão. Relembrando que ele é presidente ‘interino’ por ter assumido a presidência no lugar de José Eduardo Dutra, - que renunciou ao cargo por motivo de saúde - e não através do PED, o candidato disparou alfinetadas. “A gente precisa de uma presidência mais audaciosa, que tenha mais arrojo, que cumpra o quesito de renovação (...). O Rui é um candidato da renovação conservadora. Ele está mais para a candidatura de ministro de Dilma e de Lula do que para presidente do partido”, soltou.

Debate – Único candidato ao PED nacional que veio ao Recife até agora, Valter Pomar realizará um debate na noite desta quarta-feira (23), na capital pernambucana. Antes do evento, ele conversará com jornalistas e com filiados do partido. “Faremos um contato com a imprensa, com a militância e apresentaremos as proposições da chapa Esperança Vermelha que fazemos parte”, antecipou a visita. 

A discussão da noite ocorrerá no Sindicato dos Servidores Federais, no bairro da Boa Vista, a partir das 19h.

Durante entrevista ao portal LeiaJá, nesta quarta-feira (23), o candidato à presidência nacional do PT, Valter Pomar, não evitou críticas a união entre a Rede da ex-senadora Marina Silva e o governador Eduardo Campos. Além de avaliar o cenário eleitoral com a nova composição de alianças partidárias, o petista alfinetou as articulações em prol das assinaturas para a criação do partido da ex-parlamentar.

Segundo Pomar, o não registro do partido de Mariana ocorreu por falta de capacidade. “Por incompetência deles, porque na verdade foi isso, eles não conseguiram legalizar o partido. Essa incompetência não é casual, ela é produto de uma visão etérea de que eles têm do que é partido político, essa ênfase na ideia da Rede, acaba como tendo como consequência prática, um desprezo pelos aspectos organizativos de um partido. Por isso é que eles não conseguiram as assinaturas necessárias”, disparou o postulante ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT.

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Para o petista, os organizadores da Rede pecaram por achar que seria muito fácil a obtenção do registro e esse foi um dos motivos de não conseguir êxito. “Eles subestimaram um apoio orgânico e não perceberam que uma parte deste apoio, que existe da Martina, é inflado por alguns meios de comunicação. Eles acharam que seria muito facial e tiveram essa derrota no Tribunal Superior Eleitoral”, avaliou.

Em passagem por Recife para participar de um debate nesta quarta-feira (23), o candidato ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT a nível nacional, Valter Pomar, concedeu entrevista ao portal LeiaJá e avaliou o cenário Eduardo Campos (PSB) e Marina (PSB). Entre as análises, o petista afirmou já esperar a reação dos socialistas diante do cenário eleitoral de 2014, fez críticas ao governador e mandou um recado: “Não vai ter refresco”, caso a disputa presidencial siga para o segundo turno.

Para Pomar, desde o término das eleições presidências de 2010 a Articulação Esquerda (AE) do PT, a qual faz parte, já previa que dentro da própria base do governo surgiria um setor de oposição no Brasil. “A gente já dizia que se equivocam aqueles que acham que a oposição no Brasil foi liquidada pelo fato de termos eleito pela terceira vez, o presidente da República. O que vai acontecer entre outras coisas, é que o enfraquecimento relativo do PSDB vai estimular um setor da base do governo a se jogar contra o PT”, esperavam a tendência da AE, antecipou.

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Neste cenário, o candidato à presidência nacional do PT alegou já cogitar a possibilidade da conjuntura política atual, que inclusive, se resume para ele com o desejo de Campos em acabar com o PT. “A gente estava trabalhando desde 2010 com a certeza que setores da base do governo iam se distanciar do governo e iam se transformar em vanguarda da oposição contra nós, e um dos que fez isso é Eduardo Campos. O PSB hoje se movimenta neste sentido, não apenas o com um objetivo de disputar com o PT, mas sim, se movimenta com o objetivo de derrotar o PT tendo como uma dessas derrotas ganhar contras nós as eleições de 2014 e 2018”, avalia.

Valter Pomar também criticou a postural atual de Eduardo Campos e de Marina Silva. Para ele, os discursos dos dois políticos são cópias do diálogo do PSDB. “Se, por exemplo, você ler ou ouvir as declarações do Eduardo Campos ou da Marina, eles estão na verdade copiando, reproduzindo o discurso do tucanato”, disparou o petista.

Questionado sobre a postura do PT em relação aos passos do PSB, e principalmente, considerando um ar mais folgado visando uma possível composição de chapa para o segundo turno, ele respondeu mandando um recado para o governador: “Eduardo Campos não vai ter refresco. O adversário perigoso para nós é ele”, cravou Pomar. "O eleitorado que o acompanha tende a se dividir no segundo turno, qualquer que seja a orientação que ele dê. Este mesmo eleitorado, pelo menos uma grande medida dele, é por obra e graça de Dilma e Lula", completou.

*Com colaboração de Alex Ribeiro

 

 

 

O ex-vereador Múcio Magalhães (PT) é um crítico ferrenho das alas petitas que ainda pretendem estar ao lado do governador Eduardo Campos (PSB). Para ele, o PT foi a legenda que fez mais por Pernambuco e o presidente do PSB era uma pessoa desconhecida antes de ser convocado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Ministério de Ciência e Tecnologia. 

“Pernambuco cresceu graças ao ao PT. Nenhum partido tem o legado que PT tem em Pernambuco (...) Eduardo (Campos) era um cara que andava na rua antes de Lula chamá-lo para ser ministro”, ironizou o petista, em entrevista ao Portal Leia Já. 

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De acordo com Múcio, não existe uma união do PT com o PTB em Pernambuco para o pleito de 2014 e sim “uma possibilidade”. Para ele, o Partido dos Trabalhadores tem dois caminhos nas eleições do Estado no próximo ano. “Podemos construir o nosso próprio palanque, que é o mais correto. É melhor para Pernambuco ter um palanque do PT, outro do PTB e outro do PSB. Também podemos cumprir logo uma aliança com o PT, mas isso devemos conversar com calma”, disse. 

Para o candidato à Presidência Nacional do PT, Valter Pomar, é importante que as eleições de Pernambuco tenham segundo turno.  “Além disso como a eleição nacional vai ter dois turnos ter dois turnos aqui é importante, até para resolver os problemas que temos aqui (em Pernambuco)”, analisou o petista. 

Membro do Diretório Nacional do PT, Valter Pomar, relatou que o governador Eduardo Campos (PSB) precisa se decidir se vai ser oposição ou vai estar ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições do próximo ano. O líder socialista despista sobre sua candidatura ao Palácio do Planalto no pleito, mas vários membros do PSB já afirmam que o seu nome na disputa já é certo.

“Não sei das conversas recentes dele (Eduardo Campos) com o presidente Lula ou com a presidente Dilma. Mas posso opinar que ele deve tomar uma posição se vai ficar com a gente ou vai para o outro lado”, afirmou o petista.

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Além de Valter Pomar, outros membros da Executiva estão desconfiados com a postura do presidente do PSB. Muitos não veem com bons olhos as conversas de Eduardo Campos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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