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No primeiro dia de trabalho legislativo, deputados recém-empossados protocolaram na Mesa Diretora da Câmara dois pedidos de instauração de comissões parlamentares de inquérito (CPIs). São solicitações de investigação sobre o rompimento da barragem de Brumadinho (MG); e contratos do BNDES.

Um dos pedidos foi registrado pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) com o objetivo de auditar contratos internacionais firmados pelo governo brasileiro nos últimos anos. “Queremos avaliar contratos feitos com Cuba, com ditaduras africanas e empréstimos do BNDES com a Venezuela que foram muito mal explicados. Quanto se gastou? Que tipo de benefício o Brasil teve?”, disse Macris.

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Brumadinho

Deputada de primeiro mandato, Joice Hasselmann (PSL-SP) protocolou pedido para criar uma CPI sobre o rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que causou a morte de 134 pessoas até o momento. “Trabalhei rapidamente e coletei mais de 200 assinaturas, mais do que as 171 necessárias”, disse.

Segundo ela, o objetivo é iniciar as investigações por Brumadinho e estendê-las a todas as regiões do País onde existam barragens do mesmo tipo. “É um tipo de crime que não pode mais acontecer”, finalizou.

Trâmite

Depois de protocolados os pedidos, o primeiro passo agora é conferir se não há duplicidade de assinaturas. São necessárias assinaturas de 171 deputados (1/3 do total de 513 parlamentares). A Constituição exige ainda que as comissões tenham fato determinado e prazo certo de funcionamento para serem instaladas.

*Da Agência Câmara

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai investigar a possibilidade de ter havido ilegalidades na edição de decretos de abertura de créditos pelo governo federal em 2014. Por economia processual, a fiscalização poderá ser executada pelo TCU dentro do processo que trata da prestação de contas da presidente Dilma Rousseff referente ao ano passado.

A fiscalização foi solicitada ao TCU pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados e está prevista na Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) 48/15, do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), aprovada no último dia 7 pelo colegiado.

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Macris questiona a legalidade de 11 decretos de abertura de crédito suplementar, em diferentes valores, em favor de diversos órgãos do governo. Ao Ministério da Saúde, por exemplo, foi aberto crédito de R$ 475,9 milhões. Segundo o deputado, pode ter havido desrespeito aos limites estabelecidos pela Lei Orçamentária de 2014 (LOA 2014), atentando contra a meta fiscal vigente.

O relator, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), apresentou relatório prévio pela implementação da proposta. Após a fiscalização, o parecer do TCU será analisado pela comissão, que votará um relatório final com recomendações sobre o assunto.

“Sob o aspecto jurídico, cabe verificar se houve violação, de forma premeditada ou não, da LOA 2014, o que poderia configurar crime de responsabilidade da presidente da República por infração a dispositivo da lei orçamentária”, observou Nilson Leitão.

Leitão lembrou que o TCU já teria adotado providências para examinar possível irregularidade na edição dos decretos presidenciais, com a abertura de novo prazo para a presidente se manifestar sobre as contas de governo, a pedido do Senado Federal.

*Da Câmara Notícias

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