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A leitura do técnico Lisca após a vitória do Náutico por 2 a 1 sobre o Vitória-BA foi de que os alvirrubros se adaptaram melhor às expulsões. Ainda no primeiro tempo, aos 29 minutos, o lateral esquerdo Gastón e o atacante Élton foram expulsos. Naquele momento, os rubro-negros já venciam por 1 a 0, mas o Timbu era superior em campo. Mas não se trata apenas de uma questão de adaptação. O triunfo, que viria apenas na etapa complementar, teve participação fundamental de Lisca na montagem da estratégia e dos jogadores na execução. A versatilidade dos atletas colocou em prática as ideias do treinador.

Antes, porém, vamos às formações iniciais das duas equipes. O Náutico no tradicional 4-4-2 trouxe como única novidade Gil Mineiro aberto na segunda linha de quatro pelo lado direito. Marcação forte no meio-campo e saída rápida pelos lados. O Vitória, de Vágner Mancini, é ofensivo e veloz no 4-1-4-1. Amaral entre as linhas se desdobra. Rhayner dá velocidade pela direita e Escudero mais cadência com qualidade no passe, junto com Flávio e Pedro Ken. Time ofensivo e marcando a saída de bola. Assim aconteceu o gol rubro-negro. João Ananias errou o passe no meio, a bola sobrou para Escudero. O camisa 11 lançou Rhayner, que chutou cruzado e abriu o placar aos cinco minutos.

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Embora estivesse atrás no marcador, a equipe do técnico Lisca não se desesperou e acumulou chances desperdiçadas. Até Gastón e Élton serem expulsos. A primeira atitude do treinador do Náutico foi deslocar João Ananias para lateral esquerda quando o time estava sem a bola, com a posse o meio-campista voltava à sua posição de origem e Hiltinho virou um ala. Pedro Carmona já havia entrado na vaga de Rogerinho, machucado, e assumiu a ponta direita. Vágner Mancini deu mais liberdade para Rhayner e Escudero revezarem na referência do ataque. Tudo isto até o intervalo.

No segundo tempo, sem substituições, não houve mudanças no posicionamento dos jogadores. O comandante alvirrubro apostou no bom momento dos atletas e o gol de empate saiu nos primeiros dez minutos. O empate era bom, mas não o suficiente. Por isso, Lisca apostou ainda mais na versatilidade de seus jogadores. Colocou Josimar no lugar de Guilherme, Douglas deixou de ser referência para ocupar o lado esquerdo do campo e Gil Mineiro foi para a lateral direita. Desgastado, não aguentou muito tempo e logo foi substituído.

Rafael Pereira, que viria a ser o herói da partida, alternou entre lateral direito e zagueiro. Na primeira função, foi ao ataque, se infiltrou na área e marcou o gol da vitória ao dominar e chutar de pé esquerdo no canto do goleiro. Devido à força do Leão baiano no meio-campo, João Ananias voltou para sua posição de origem. O Náutico retomou a linha de quatro na defesa com Rafael Pereira pela direita e Hiltinho na esquerda, mais um a mudar de posicionamento e cumprir bem o que foi pedido.

Crédito: Reprodução/TV Globo

Ainda houve tempo para Rafael Pereira atuar como terceiro zagueiro, com Ronaldo Alves centralizado e Fabiano Eller pela esquerda. Mais uma alternativa para as próximas partidas que o técnico alvirrubro ganhou. Foram poucos minutos e já na pressão rubro-negra em busca do empate, porém, sem sucesso. 

Crédito: Reprodução/TV Globo

O confronto comprovou mais do que a força do Náutico na Arena Pernambuco nesta Série B. Lisca mostrou conhecer bem seu elenco e o que pode fazer nas mais determinadas situações de jogo. Afinal, foram pelo menos quatro improvisações ou variações diante do Vitória. João Ananias e Hiltinho na lateral esquerda, além de Rafael Pereira na zaga e na lateral direita - este ainda pode jogar como volante. Sem perder força ofensiva e mantendo a consistência defensiva. 

De volta ao Sport, após uma negociação complicada com o América-MG, o lateral Danilo iniciou a pré-temporada em boa condição física. O jogador se cuidou durante as férias para disputar uma vaga na equipe titular. Em 2014, como meia, Danilo foi titular em algumas partidas e tinha a confiança de Eduardo Baptista. Nesta temporada, o atleta se coloca à disposição também para a lateral esquerda.

“Vou brigar pelo que o professor precisar. Me tornei um jogador versátil, que pode ajudar em mais de uma posição. É uma característica minha e, se puder ajudar, vai ser bom. Quero ajudar o Sport e é uma felicidade imensa poder estar aqui ajudando”, enfatizou o atleta rubro-negro.

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Depois dessa nova negociação, os direitos econômicos de Danilo ficaram divididos da seguinte forma: 10% do Sport, 20% do jogador e do empresário e 70% do América-MG. E mesmo durante esta novela que se criou em torno da renovação, o lateral procurou manter a forma e confiando no retorno ao Leão.

“A minha expectativa de voltar é a melhor possível. Vou manter o meu discurso.Antes de sair, meu desejo era permanecer. Treinei minhas férias todas e, Graças a Deus, deu tudo certo. Tenho certeza que 2015 será um grande ano”, afirmou Danilo.

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