Tópicos | viaduto

[@#galeria#@]

Os ativistas do movimento Ocupe Estelita, desde a quinta-feira (10), não estão mais dormindo sob o Viaduto Capitão Temudo, na Zona Sul do Recife. A decisão foi tomada após os ocupantes sofrerem atos de violência no local.

##RECOMENDA##

De acordo com um dos líderes do movimento, Sérgio Urt, na última terça-feira (8) um grupo de pessoas passou no acampamento arremessando pedras. Duas bombas também teriam sido jogadas contra os ativistas. 

“O movimento não vai cessar. Continuaremos oferecendo atividades culturais e oficinas para as crianças”, minimiza Urt, apesar de afirmar que o movimento deve mudar o local de permanência para outras áreas do Recife. Na manhã da quinta, a ocupação já estava praticamente vazia, contando apenas com a presença de jovens da área.

Em nota publicada na página oficial do movimento no Facebook, os ativistas divulgaram que sofreram um novo ataque por volta das 20h de ontem, enquanto preparavam a reestruturação do local. De acordo com o informe, pedras foram novamente atiradas contra os ocupantes, atingindo até um ônibus que passava. O movimento acredita que a agressão tenha sido estrategicamente direcionada para acuar e desmobilizar o Ocupe Estelita.

Nesta sexta-feira (11), as barracas foram completamente tiradas, mas o grupo não caracteriza a ação como desocupação. “O que está havendo aqui é uma reorganização e reocupação do espaço. No caso, estamos reocupando com outros moldes”, esclarece a ativista Ivana Driele, que participou da retirada das barracas.

Os ocupantes estavam embaixo do Viaduto Capitão Temudo desde o dia 17 de junho, após terem sido retirados do terreno do Cais José Estelita. Além dos eventos de violência ocorridos na terça e na quinta, tentativas de assalto já vinham ocorrendo no espaço.

Técnicos da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) de Belo Horizonte vão fazer nesta sexta-feira (11) nova vistoria nos imóveis vizinhos ao Viaduto Guararapes, que desabou na semana passada. O objetivo é verificar a necessidade de retirada de moradores do local para a demolição de parte da estrutura que foi preservada para a realização de perícia da Polícia Civil.

Vistorias já realizadas no Conjunto Antares descartaram a possibilidade de os prédios ruírem. Mas, segundo o coordenador de operações da Comdec, coronel Waldir Figueiredo, serão adotadas "todas as ações que forem necessárias para garantir a segurança das pessoas", tanto das que trabalham na recuperação da pista da avenida Pedro I destruída pelo desabamento do viaduto, ocorrido na quinta-feira, 3, quando daquelas que moram ao lado da obra.

##RECOMENDA##

A maior parte da estrutura já foi demolida e retirada da pista, mas outra foi preservada por ordem da Justiça para que sejam realizadas análises por peritos da Polícia Civil para tentar confirmar a causa do desabamento que matou duas pessoas e feriu 23. A perícia vai verificar o pilar central do viaduto que teria afundado seis metros, mas é necessário que parte da estrutura seja demolida para a realização dos trabalhos.

Segundo o engenheiro Eduardo Pedersoli, da Comdec, ao contrário do que foi feito para a desobstrução da avenida, a demolição da parte restante do viaduto será feita com equipamento que usa "fio diamantado" para cortar a parte superior da estrutura, que deve ser retirada com um guincho. De acordo com o engenheiro, a técnica produz menos barulho e poeira ao "serrar os pedaços de concreto". A estratégia foi definida em reunião entre representantes da Comdec, da Polícia Civil, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e da Construtora Cowan, responsável pela obra que incluía o viaduto, encerrada na noite de hoje, 10

Um viaduto em construção na Rodovia Anchieta, na altura de Cubatão (SP), desabou na manhã desta quinta-feira (10), por volta das 10h40. Segundo o Corpo de Bombeiros ninguém ficou ferido e uma das possibilidades para o acidente é a de que uma viga que era instalada tenha se soltado e derrubado outras duas.

Segundo a Ecovias, concessionária que administra a Rodovia Anchieta, as causas da queda do viaduto serão investigadas. De acordo com informações do Twiiter oficial da prefeitura de Cubatão, a administração municipal cobrou da Ecovias que seja feita uma investigação das causas do desabamento, além de ter solicitado explicações oficiais sobre o acidente.

##RECOMENDA##

A Defesa Civil de Belo Horizonte recebeu neste domingo (6), da Polícia Civil de Minas Gerais, um ofício impedindo a demolição do viaduto Batalha dos Guararapes, na região da Pampulha, que desabou sobre a Avenida Pedro I na última quinta-feira (3). Conforme a assessoria de imprensa do órgão, está "tudo pronto" para iniciar a demolição quando ela for autorizada, inclusive com a liberação de duas vias para trânsito da população entre a capital e o aeroporto. A operação estava prevista para acontecer hoje, às 8h.

"O TJ-MG mediante provocação do Ministério Público Estadual determinou que o local dos fatos permaneça inalterado e a conservação do cenário se estabeleça", informa o conteúdo da nota recebida pela Defesa Civil Municipal, segundo sua assessoria de imprensa.

##RECOMENDA##

O ofício foi enviado pelo delegado regional da Polícia Civil, Hugo e Silva, que está à frente do inquérito policial destinado a apurar as circunstâncias que envolveram a queda do viaduto em construção. No acidente morreram duas pessoas e 22 ficaram feridas. Quando a demolição acontecer, não haverá explosões, ela será feita mecanicamente.

Na noite desse sábado (5), a construtora Cowan, responsável pela obra, havia informado que tinha recebido a autorização para a demolição do viaduto e que o mesmo iria ser feito das 8h às 22h. Procurada pela reportagem, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o assunto.

Uma força-tarefa montada para demolir o viaduto que desabou em Belo Horizonte aguarda autorização da Polícia Civil mineira para iniciar os trabalhos para retirada da estrutura da avenida Pedro I, na região da Pampulha. O Viaduto Guararapes ruiu na quinta-feira (3) causando as mortes de duas pessoas, deixando 22 feridas e interditando completamente a avenida, uma das mais movimentadas da cidade. Até o início da noite deste sábado (5), porém, a polícia não havia autorizado a demolição exigindo uma série de medidas para que os trabalhos sejam realizados, além da preservação de partes da obra para a conclusão da perícia já iniciada no local.

Desde o início da manhã de hoje máquinas já estavam a postos para iniciar a demolição da estrutura, que será feita inclusive com uso de máquinas da Construtora Cowan, responsável pela obra. Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), a estrutura poderá ser demolida em 24 horas, de forma mecânica - com o uso de maquinário ao invés de explosivos para cortar o concreto. O uso de explosivos foi descartado por causa da possibilidade de desabamento da outra alça do viaduto, que foi escorada por exigência da polícia para reduzir o risco de colapso, mas que também deverá ser demolida.

##RECOMENDA##

Segundo o coordenador da Comdec, coronel Alexandre Lucas, mesmo com a autorização da Polícia Civil o trabalho não será feito "às pressas" nem será realizado à noite para evitar "incômodo" aos moradores do entorno do viaduto. Os imóveis próximos passaram por vistoria, que descartou a possibilidade de desabamento das residências.

Uma das exigências da Polícia Civil é a preservação da área onde foi constatado um afundamento de seis metros de um dos três pilares de sustentação do viaduto. De acordo com Alexandre Lucas, o local está preservado em um raio de dez metros e ficará cercado por tapumes para que apenas os peritos tenham acesso à área.

Para a conclusão da perícia técnica ainda serão necessárias sondagens e análises do solo para tentar confirmar o que levou o pilar a afundar. A estrutura de sete metros era sustentada por cinco estacas de cada lado, com 22 metros cada. Parte dos trabalhos dos peritos é feito com uma espécie de scanner que reproduz a área em três dimensões para facilitar a compreensão do laudo que será elaborado.

Há urgência na demolição do viaduto por causa da necessidade de liberação da avenida Pedro I. Na terça-feira (8), o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, localizado na mesma região onde ocorreu o desabamento, receberá a partida entre Brasil e Alemanha e a avenida é uma das duas únicas vias de ligação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, com o centro da capital.

Ao desabar, o viaduto atingiu um micro-ônibus, um Fiat Uno e dois caminhões. A motorista do coletivo, Hanna Cristina, de 26 anos, e o condutor do Uno, Charlys Frederico Moreira do Nascimento, de 25, morreram na hora.

Os moradores dos condomínios Antares e Savana formaram neste sábado (5), uma comissão para acompanhar os trabalhos de perícia e de demolição do viaduto Guararapes. Os condomínios ficam ao lado da construção que desabou na última quinta-feira (3). A decisão foi tomada após uma reunião entre a advogada do condomínio Antares, Ana Cristina Campos Dumont, e representantes da Defesa Civil.

As autoridades e a representante dos moradores acordaram que tudo o que for feito será repassado à comissão. "Está sendo garantido a nós que vão quebrar o viaduto que caiu para que seja liberado o tráfego. Só que queremos garantia de que o condomínio não vai ser afetado e não vamos ter mais uma viga de ferro caída lá dentro. Tudo será registrado em atas que nós vamos assinar", afirmou a advogada. Para garantir o acordo, ela fará um termo de compromisso e pedirá que representantes da Defesa Civil e da Sudecap, que o prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda e que o governador de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho assinem o documento.

##RECOMENDA##

Nos dois condomínios há 12 blocos com 132 apartamentos. Os moradores temem que a estrutura dos prédios tenha sido abalada. "Temos algumas rachaduras no chão que apareceram depois que o viaduto desabou. No meu apartamento não houve nenhuma rachadura. Mas a olho nu, a gente não pode assegurar nada", contou o representante comercial Natanael Arley, de 37 anos, que mora com a esposa e um filho. Ele explicou que antes do início da obra, os moradores reclamaram do projeto. "Nós ficamos preocupados na época porque o viaduto era muito próximo do condomínio", contou.

Essa também era uma preocupação da pedagoga Adma Campos Saldanha, de 42 anos. "Nós achávamos que alguma coisa iria acontecer, só não sabíamos se seria antes ou depois de concluída a obra. A gente achou que depois da conclusão pudesse cair algum carro ou moto aqui dentro, porque a curvatura invadia bastante o terreno do nosso condomínio", afirmou a pedagoga. Ela relatou que os operários trabalhavam 24 horas. "Diziam que tinham prazo e que tinham que trabalhar a qualquer hora".

Outra moradora do condomínio Antares, Ermelinda da Silva Lobo, 63 anos, contou que chegou a informar aos funcionários da obra que algo estava estranho no viaduto. "Eu passei nele menos de 24 horas antes e comentei com o funcionário 'Eu não estou gostando disso, isso vai cair'. Ele me disse: 'que isso, dona, isso não vai cair, não", contou a aposentada. O alerta feito por ela foi às 16h30 de quarta-feira, véspera do desabamento. "Sabia que tinha algo errado porque enquanto eles mexiam a gente escutava trincar", complementou.

A seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ofereceu o apoio de profissionais da entidade para as famílias das vítimas do desabamento do Viaduto Guararapes, ocorrido na quinta-feira (3), em Belo Horizonte. Duas pessoas morreram e 22 ficaram feridas. A entidade também aguarda o resultado das investigações em torno do colapso da estrutura, incluindo o laudo da perícia feita pela Polícia Civil, para avaliar a possibilidade de organizar as famílias das vítimas para ingressar com uma ação judicial coletiva contra os responsáveis pelo caso.

Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, William Santos, a entidade está "à disposição" das famílias das vítimas para ingressar com ações para reparação de danos morais ou materiais. Entre os alvos das ações está o município, pois seria da responsabilidade da prefeitura de Belo Horizonte fiscalizar o andamento da obra, assim como do projeto que deu suporte aos trabalhos.

##RECOMENDA##

O advogado ressaltou, porém, que a OAB-MG só deve se manifestar oficialmente a respeito do caso após a conclusão das investigações oficiais, quando já tiver sido divulgado o laudo da perícia feita pela Polícia Civil. "Essa questão terá que ser analisada pelo conselho da Ordem", observou Santos.

Fiscalização

Nesta sexta-feira, o secretário de obras da Prefeitura de Belo Horizonte e presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Lauro Nogueira, afirmou que o viaduto não era uma obra da Copa do Mundo e, por isso, não havia pressa para a sua conclusão. Mas reconheceu descaso na fiscalização e enfatizou que o governo é responsável pela queda de uma das alças do elevado. "A prefeitura tem responsabilidade, assim como a construtora e os técnicos contratados para a fiscalização."

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil informou que a demolição do viaduto dos Guarapés, que desabou na última quinta-feira, 03, na avenida Pedro I, na capital mineira, pode começar ainda neste sábado, 05. Porém, os peritos da Polícia Civil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) ainda estão trabalhando no local, quase 48 horas depois da tragédia. Em função disso, o trânsito na área continua interrompido.

A expectativa do secretário municipal de Obras, José Lauro Terror, que concedeu entrevista na última sexta-feira, é a de que após ser iniciada, a demolição deve durar 24 horas. A alça que ficou de pé também será demolida. Todo o trabalho de demolição será feito de forma mecânica, sem o uso de qualquer tipo de explosivo. Serão usados apenas equipamentos como o rompedor hidráulico, trator com uma broca para perfurar rochas e concreto.

##RECOMENDA##

Inconformados com a tragédia, cerca de 50 moradores da região também estiveram no local nesta manhã para protestar. Eles chegaram a fechar o trânsito na avenida João Samaha, na esquina com a rua Álvaro Camargos por volta das 10h e, às 11h30, eles dispersaram. Segundo a Polícia Militar (PM), os manifestantes chegaram a tentar quebrar um ônibus que tentou furar o bloqueio feito durante o protesto, no entanto ninguém foi preso.

O secretário de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte (PMBH) e presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Lauro Nogueira, reconheceu que houve descaso na fiscalização da obra do viaduto que desabou nesta quinta-feira (3), em Belo Horizonte, e disse que a prefeitura é corresponsável pela queda de uma das alças do elevado. "A prefeitura tem responsabilidade, assim como a construtora e os técnicos contratos para a fiscalização", afirmou.

Enquanto funcionários que trabalhavam no local garantem que a obra seguia a toque de caixa, o secretário afirma que o viaduto não era uma obra da Copa do Mundo e, por isso mesmo, não havia pressa na sua entrega. As causas do desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, que matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na capital mineira, só serão conhecidas em 30 dias, após um verdadeiro "conclave" de perícias.

##RECOMENDA##

Além dos especialistas do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia (Ibape) de Minas Gerais e do grupo técnico indicado pelo Conselho Regional de Engenharia (CREA), um terceiro laudo será produzido por peritos contratados pela Cowan, empresa que realizava a obra. As primeiras análises sinalizam que um afundamento de seis metros do pilar principal, após a retirada das escoras, pode ter causado o desabamento.

A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais informou que o inquérito policial destinado a apurar as circunstâncias que envolveram a queda do viaduto já está em andamento na 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. Segundo a polícia, a primeira providência adotada foi acionar a perícia técnica e colher informações de pessoas que estavam no local. Foram realizados os trabalhos periciais, sem os quais os corpos não poderiam ser liberados para as providências de sepultamento.

A perícia de engenharia legal do Instituto de Criminalística prosseguiu com os procedimentos, visando a elaboração do laudo pericial, que deve ser concluído no prazo de 30 dias. Segundo o delegado que preside os autos, a coleta de provas técnicas é importante nesta fase inicial da investigação, assim como a formalização das declarações de envolvidos e depoimentos das testemunhas.

O Ministério Público mineiro também investiga, há dois anos, indícios de superfaturamento no projeto, orçado em R$ 154 milhões, detectados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Risco

O temor, agora, se direciona para outras obras em andamento. A demolição da alça do viaduto que permanece de pé, por exemplo, não está descartada e a Câmara Municipal de Belo Horizonte cancelou seu recesso, para "dar um retorno à sociedade mineira", como disse em nota. Evitar o alarmismo neste momento, três dias antes de Belo Horizonte receber uma das semifinais da Copa do Mundo, é a maior preocupação das autoridades.

Enquanto uma das vítimas do desabamento era velada, o secretário de saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, afirmou que foi criado um serviço de acompanhamento psicossocial para vítimas da tragédia e parentes. Os familiares de Hanna Cristina dos Santos, motorista morta no acidente, disseram, porém que os responsáveis pela obra não manifestaram apoio à família.

"Vai para a parte de traseira do ônibus", teria dito a motorista Hanna Cristina, 24 anos, segundo testemunhas, à filha, pouco antes de morrer com a queda do viaduto que matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na capital mineira, na tarde de quinta-feira (3). No enterro, que foi realizado nesta sexta-feira (4), o clima era de muita revolta entre familiares e amigos. Hanna Cristina foi sepultada às 17h30, sob aplausos, no cemitério Bosque da Esperança, próximo ao local do acidente.

O motorista do Fiat Uno que ficou preso sob a estrutura, Charlys Frederico Moreira do Nascimento, foi enterrado por volta das 17h40, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, onde morava. Em ambos os funerais o clima era de revolta com as autoridades e a construtora Cowan, que, segundo familiares de Hanna, não haviam entrado em contato com a família até momentos antes do sepultamento. Hanna trabalhava como motorista há um ano. O ônibus pertencia à família.

##RECOMENDA##

Durante o enterro, os familiares não quiserem falar com a imprensa. A filha de 5 anos da motorista, que estava no ônibus na hora do acidente e sofreu ferimentos leves, não quis ver o corpo da mãe sendo enterrado. Mais cedo, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, foi dispensado pela família da Hanna depois de avisar que iria ao funeral.

No enterro de Charlys, sepultado com a bandeira do grupo de cavalgada que participava, o clima também era de revolta. Em especial com a declaração inicial de Lacerda, de que "acidentes acontecem". Segundo familiares da vítima, um advogado já foi contratado para acionar as autoridades. A Cowan, também não entrou em contato com a família.

Responsável pela coordenação do comitê gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui a obra do viaduto Guararapes, que desabou nesta quinta-feira (3) em Belo Horizonte, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta sexta-feira (4), que a fiscalização da obra é de responsabilidade da Prefeitura, sob o comando de Márcio Lacerda. "Nós, aqui de Brasília, não temos condição de saber como foi o desenvolvimento da obra", afirmou a ministra.

Em entrevista ao Broadcast Político, Miriam disse que a responsabilidade do governo federal é garantir os recursos necessários para a execução da obra. "A elaboração do projeto de engenharia, a licitação, a contratação e a sua fiscalização são tarefas de quem está executando a obra, que no caso é a prefeitura", disse. A ministra ponderou, entretanto, que ainda é cedo para apontar qualquer responsável pela queda.

##RECOMENDA##

O viaduto, que faz parte do projeto de implantação do BRT (Bus Rapid Transit) na avenida Pedro I, um dos acessos ao estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, está entre as obras planejadas para a Copa do Mundo, mas não ficou pronto a tempo. Além de deixar dois mortos, o colapso do viaduto resultou em 22 pessoas feridas - três continuam internadas.

Nos empreendimentos do PAC, a liberação de recursos é feita em etapas. Ao fim de cada uma delas, engenheiros da Caixa Econômica Federal visitam o canteiro de obras para verificar o andamento da obra e autorizar a próxima remessa de verba. Questionada sobre qual foi a última vistoria dos técnicos na obra, a ministra do Planejamento disse que pode buscar a informação, mas ressaltou que não é responsabilidade da Caixa fiscalizar a segurança no local, por exemplo. "A presença dos engenheiros da Caixa se refere a certificar que aquilo que está na nota de medição foi realizado. Não é uma fiscalização de obra", disse.

Sobre o impacto negativo que o acidente poderia causar à imagem do País, Míriam afirmou que o importante no momento é atender os feridos e apoiar os familiares dos mortos. "A presidente entrou em contato com o prefeito, ofereceu ajuda tanto para as famílias quando para a desobstrução da avenida. Essa é a questão a se preocupar hoje, e não fazer algum tipo de avaliação sobre o que isso representa para a Copa do Mundo", afirmou. A ministra informou que está esperando que a prefeitura de Belo Horizonte acione o governo federal para que o apoio seja disponibilizado. "Assim que tiver essa solicitação, será atendido imediatamente", completou.

A Construtora Cowan, responsável pela obra do viaduto que estava em construção há seis meses e que caiu nesta quinta-feira (3), na região da Pampulha de Belo Horizonte, informou, por meio de comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira (4), que contratou uma perícia para avaliar as causas do acidente.  Os resultados, segundo a construtora, devem sair em 30 dias.

A companhia ainda esclareceu que o viaduto será totalmente destruído para liberação das pistas e que a obra atendeu a "todos os procedimentos e materiais utilizados passaram pelos testes obrigatórios e atendendo as normas vigentes, sem apresentarem qualquer problema". "A empresa mantém uma equipe composta por psicólogos, médicos e assistentes sociais à disposição das vítimas e familiares", finaliza a nota.

##RECOMENDA##

Polícia

Na manhã desta sexta, a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais informou que abriu um inquérito policial para apurar o desabamento do viaduto, que deixou duas pessoas mortas. O inquérito corre na 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. "A primeira providência adotada pelo delegado regional Hugo e Silva, ainda ontem, no dia do ocorrido, foi acionar a perícia técnica da Polícia Civil e colher informações de pessoas que estavam no local", diz a nota da Polícia, que ainda informa que a perícia de engenharia legal do Instituto de Criminalística continua na elaboração de um laudo pericial, que também deve ser concluído no prazo de 30 dias.

O secretário de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, anunciou, nesta sexta-feira (4) que a secretaria vai criar um serviço de acompanhamento psicossocial para vítimas e parentes de vítimas do desabamento do viaduto, ocorrido nesta quinta-feira (3).

A grande preocupação é evitar o alarmismo entre a população e turistas, já que a capital mineira recebe uma das semifinais da Copa do Mundo, na próxima terça-feira, 08, e a avenida onde o viaduto desabou era uma das principais vias de acesso ao Mineirão.

##RECOMENDA##

A queda do viaduto deixou dois mortos e 22 pessoas feridas. Duas vítimas continuam internadas em hospitais da capital mineira - uma no Pronto Socorro Risoleta Neves e outra no João XXIII. Na tarde de ontem, os feridos foram levados para três hospitais, entre eles uma menina de 5 anos, filha da motorista Hanna Cristina, de 26 anos, que morreu na tragédia.

A mulher dirigia o ônibus suplementar da linha suplementar S70, que foi atingido pela estrutura de concreto. A criança deu entrada na unidade de saúde com um hematoma do lado esquerdo da cabeça, cefaleia e perda de consciência. Depois de passar por um exame de raio X, ela permaneceu em observação na ala de pediatria. A garota recebeu alta, nesta sexta-feira, por volta das 9h.

Um dia depois da queda de parte do Viaduto Guararapes que matou duas pessoas, a prefeitura de Belo Horizonte anunciou a formação de um grupo técnico independente, formado por engenheiros indicados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) e por empresas referências do setor. Os nomes dos integrantes do grupo não foram revelados, mas segundo o secretário de Obras do município, José Lauro Nogueira, o trabalho já começou.

Além de levantar as causas do acidente, o grupo também vai ampliar a fiscalização em outros dois viadutos que integram o complexo de obras de mobilidade urbana. Outro elevado que está sendo construído na avenida Dom Pedro I já foi interditado pela prefeitura. Funcionários da obra que não querem se identificar alegam que os suportes de sustentação não são suficientes para aguentar o peso da construção.

##RECOMENDA##

Apesar das denúncias dos funcionários, a prefeitura descarta qualquer risco de queda no viaduto. Além disso, afirma que "a empresa responsável pela obra continua trabalhando para corrigir um deslocamento lateral ocorrido na estrutura da obra". Até que isso seja feito, o trânsito no local continuará interditado.

CPI.

O vereador Iran Barbosa (PMDB) vai pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o acidente. Ele tem nas mãos um laudo que aponta falhas na construção da Estação São Gabriel, já em uso pelo público. O documento de quase 60 páginas aponta irregularidades graves na execução da obra, como colunas de sustentação curtas amparadas por menos parafusos do que o indicado, parafusos e porcas frouxos e folgas expressivas nas flanges, que são peças que vedam a conexão das estruturas. A prefeitura descarta risco de acidente no local.

O secretário de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte, José Lauro Nogueira, disse, nesta sexta-feira, 4, que vai ampliar a vistoria em mais dois viadutos que fazem parte do complexo de obras de mobilidade urbana, orçado em R$ 154 milhões. Nogueira não quis falar em novo risco de desabamento, mas afirmou que, em fevereiro, os pilares de outro viaduto na mesma região apresentaram afundamento de 27 centímetros.

Na quinta-feira, 3, parte do Viaduto Guararapes, que faz parte do complexo, desabou, provocando a morte de duas pessoas e deixando outras 22 feridas. As obras do complexo estão sob suspeita de superfaturamento. Em 2012, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou indícios de sobrepreço de R$ 6 milhões, e o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) deu início à investigação. Segundo o secretário de Obras, a responsabilidade pela tragédia é "solidária". "A responsabilidade é da prefeitura, da construtora e dos técnicos contratados para fazer a vistoria das obras", disse.

##RECOMENDA##

Assim que o trabalho de perícia, que está sendo feito neste momento, estiver concluído, o local será liberado para que a Construtora Cowan, responsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros, disse Nogueira. O trabalho será mecânico, sem explosões. "Nossa expectativa é a de que, em 24 horas, a pista esteja liberada para o trânsito", afirmou o secretário.

O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia de Minas (Ibape), Frederico Correa, disse, nesta sexta-feira, 4, que uma das possíveis causas da queda de parte do Viaduto Guararapes, ocorrida na quinta-feira, 3, em Belo Horizonte, seria o afundamento do pilar principal após a retirada das escoras da obra.

O especialista participou das primeiras vistorias feitas pela entidade no local da tragédia. Segundo Correa, o plano de retirada das escoras é um item obrigatório no projeto da obra. Porém, o momento e como isso deve ocorrer dependem de algumas variáveis, como tempo de cura do concreto e a distribuição de cargas na edificação. "Quando a estrutura é retirada, o peso antes distribuído entre os pilares e as escoras é direcionado para o pilar principal. Nesse momento, acreditamos ter havido o afundamento", disse.

##RECOMENDA##

Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas), da Defesa Civil, das polícia Civil e Federal estão no local do desabamento. Após o fim dos trabalhos, a via será liberada para que a Construtora Cowan, responsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros. Conforme a polícia, o laudo pericial deve ser concluído em 30 dias.

O corpo de Charlys Frederico Moreira do Nascimento, de 25 anos, motorista do Fiat Uno que foi atingido pelo desabamento de parte um viaduto em Belo Horizonte na tarde desta quinta-feira (3) foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros por volta das 5h30 desta sexta-feira (4). Charlys estava sozinho no carro.

O acidente causou a morte de duas pessoas - além de Charlys, morreu a motorista de um ônibus - e deixou 22 feridos, segundo os bombeiros. Após a estrutura ruir por volta das 15h, a queda do viaduto atingiu quatro veículos: dois caminhões, um Fiat Uno e um coletivo, que teve a frente esmagada. A alça do Viaduto Guararapes caiu sobre a Avenida Pedro I, na altura do bairro São João Batista, na Pampulha.

##RECOMENDA##

A via é uma das mais movimentadas da cidade e a construção do viaduto fazia parte do alargamento das pistas para adequação ao Move, nome dado pela prefeitura de Belo Horizonte ao sistema de Bus Rapid Transit (BRT). Inicialmente, a obra fazia parte dos projetos de mobilidade para a Copa do Mundo, mas não foi concluída a tempo. O desabamento parou completamente o trânsito na região da Pampulha, onde está localizado o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, que, na próxima terça-feira, 08, receberá uma das semifinais do torneio.

A maior parte das vítimas estava em um micro-ônibus da linha suplementar 70. O veículo era dirigido por Hanna Cristina dos Santos, de 25 anos, que morreu no local. A filha da motorista, de 5 anos, também estava no veículo e foi encaminhada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de Venda Nova, sem risco de morrer. "Esse acidente foi muito chocante. A gente viu o viaduto caindo. Bati a cabeça e ficou muita gente ferida no chão lá", contou Enilson Luiz, de 36 anos, que estava no micro-ônibus e também precisou de atendimento médico.

A queda de um viaduto matando duas pessoas e ferindo outras 21, em Belo Horizonte, deixou a cúpula da Fifa preocupada, até por causa da repercussão para a imagem da Copa. A obra era parte dos projetos de mobilidade para o torneio mundial. Momentos depois do acidente, cartolas vieram procurar a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no Copacabana Palace no Rio para saber de detalhes. A principal pergunta era se a obra tinha alguma relação com os projetos da Copa do Mundo.

Um dos mais preocupados era Sunil Gulati, presidente da Federação Americana de Futebol e membro do Comitê Executivo da Fifa. Além de querer saber o número de vítimas, o cartola procurava informações sobre a obra, sobre os atrasos e sobre o motivo do desabamento. "Isso é terrível", disse. Segundo o presidente da Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Villar, os jogos de hoje devem ter um minuto de silêncio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

A presidenta Dilma Rousseff lamentou nesta quinta-feira (3) o desabamento de um viaduto de obras em Belo Horizonte. Além de prestar solidariedade às famílias das vítimas, ela colocou o governo federal à disposição para o que for necessário. Após o acidente, o prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda, decretou três dias de luto oficial.

“Foi com tristeza que soube do desabamento do viaduto em Belo Horizonte. O governo se coloca à disposição da prefeitura e das autoridades de Belo Horizonte no que for necessário. Neste momento de dor, presto minha solidariedade às famílias das vítimas”, escreveu a presidenta em sua conta pessoal no Twitter.

##RECOMENDA##

De acordo com a Secretaria de Saúde do estado, uma pessoa morreu e 20 estão feridas. A secretaria também considera uma segunda morte, presumida, do motorista do carro que foi esmagado. Segundo a prefeitura, são 19 os feridos. A estrutura despencou na tarde de hoje e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões.

Nesta noite, o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, divulgou nota: "Neste momento de profunda tristeza pela tragédia ocorrida nesta tarde em Belo Horizonte, apresento, em nome do povo mineiro, meu pesar, apoio e solidariedade às vítimas, seus familiares e amigos. Determinei aos profissionais do Sistema Estadual de Saúde e de Defesa Social que não meçam esforços para prestar toda a assistência que se fizer necessária".

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), também divulgou nota lamentando o ocorrido. "Com muita tristeza, recebo as notícias da tragédia ocorrida hoje em Belo Horizonte. É muito importante que as causas e as responsabilidades sejam apuradas. Neste momento, no entanto, minhas palavras são de solidariedade aos feridos e às famílias daqueles que perderam a vida. Que Deus as conforte nesta hora tão difícil".

O viaduto que ruiu estava em fase de acabamento e seria entregue no final do mês. No início de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo de obras para a instalação do sistema de transporte rápido por ônibus, o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural – parte do viaduto em construção se deslocou, lateralmente, cerca de 30 centímetros em relação à estrutura. O sistema de Bus Rapid Train (BRT) faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana.

O viaduto é uma das vias de acesso ao Estádio Mineirão, que fica a cerca de 4 quilômetros do local do acidente e é uma das sedes da Copa do Mundo.

[@#galeria#@]

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais registrou 23 vítimas no desabamento do Viaduto Guararapes, em Belo Horizonte, sendo duas mortes (uma confirmada e uma presumida). As informações estão em nota divulgada nesta noite (3) pelo órgão.

##RECOMENDA##

O viaduto localizado na Avenida Pedro I, região da Pampulha, ainda estava em obras. A estrutura despencou e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões. A morte confirmada é da motorista do micro-ônibus. A morte presumida trata-se de um motorista do carro. O veículo está preso debaixo do viaduto.

Foram 21 feridos: 12 pacientes foram encaminhados para o Hospital Risoleta Neves; três trabalhadores da obra, foram encaminhados para o Hospital Odilon Behrens. Todos estão estáveis, sem risco de morrer. Entre os feridos, está uma menina de 5 anos.

Além deles, mais dois pacientes foram encaminhados para as unidades de Pronto Atendimento (UPA) Pampulha e dois para a de Venda Nova. Três feridos foram atendidos e liberados no local.

O viaduto que ruiu estava em fase de acabamento e seria entregue no final do mês. No início de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo de obras para a instalação do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT), o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural – parte do viaduto em construção se deslocou, lateralmente, cerca de 30 centímetros em relação à estrutura. O BRT faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana.

O viaduto passa sobre a Avenida Pedro I, que é uma das vias de acesso ao Aeroporto de Confins e ao Estádio Mineirão. Veja abaixo a lista com os nomes dos pacientes. A secretaria informa que os nomes das vítimas que estão nas UPAs serão divulgados posteriormente.

Hospital Risoleta Neves

Maria Gomes da Silva

Gerson Sandre Lopes

José Hilton Ribeiro

Penélope de Fátima Ferreia

Débora Nuner Reigada

Ana Clara dos Santos (criança)

Erica Alves Moreira

Maria Célia da Silva

Rosilene Fernandes Costa

Ana Paula Evangelista Berlino dos Santos

Vanderci Martins de Oliveira

Cristina Cassimira de Oliveira

Hospital Municipal Odilon Behrens

Fábio Júnior Silva

Carlos Margem Silva

Marcelo Rodrigues

* O paciente Fábio Junior Silva foi transferido para o João XXIII tendo em vista a necessidade de fazer um exame nas vias aéreas.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando