Tópicos | acampamento

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lamentou neste domingo, 10, o incêndio em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que deixou nove mortos no Pará. Ele aproveitou a publicação na rede social X, o antigo Twitter, para afirmar que o governo está "trabalhando para avançar na retomada da reforma agrária".

"Meus sentimentos e solidariedade aos técnicos e aos acampados do Terra e Liberdade, em Paraupebas, Pará, pelo acidente em uma linha de transmissão seguido de um incêndio no acampamento que deixou mortos e feridos. Estamos trabalhando para avançar na retomada da reforma agrária, com a identificação de terras públicas disponíveis, para, após anos de paralisação, dar oportunidade de trabalho e produção para famílias do campo", escreveu o presidente.

##RECOMENDA##

Mais cedo, Lula já havia pedido que o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, viajasse ainda neste domingo ao Estado para acompanhar o caso do incêndio, que aconteceu no Acampamento Terra e Liberdade em Parauapebas (PA).

De acordo com o governo, a tragédia teria sido ocasionada por causa da eletrificação da fiação de internet no local, na noite deste sábado, 9.

Segundo o MST, após um erro na operação da instalação, uma descarga de energia de alta tensão atingiu os barracos do acampamento, provocando um incêndio.

"Dentre as vítimas estão 6 acampados e 3 trabalhadores da empresa G5 de Internet. Neste momento de dor precisamos de toda solidariedade com os familiares e acampados", afirmou o movimento em nota nas redes sociais.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, viaja neste domingo, 10, ao Pará, para acompanhar o caso do incêndio no Acampamento Terra e Liberdade em Parauapebas (PA), do Movimento dos Sem Terra (MST). De acordo com a pasta, a tragédia teria sido ocasionada por causa da eletrificação da fiação de internet no local, na noite do sábado, 9.

Teixeira irá acompanhado do presidente do Incra, César Aldrighi.

##RECOMENDA##

Em nota, o Ministério Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) disse se solidarizar com familiares e amigos das vítimas do acidente, mas não informou quantas pessoas foram afetadas pelo incêndio.

"A pedido do presidente Lula, o ministro Paulo Teixeira, e o presidente do Incra, César Aldrighi, vão hoje para o Estado, acompanhar o caso de perto e levar todo o apoio do Governo Federal às famílias das vítimas dessa tragédia", disse a pasta.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lamentou a morte trágica, neste domingo (10), de 9 pessoas no acampamento Terra e Liberdade, localizado em Parauapebas, no Sul do Pará, durante incêndio provocado por um curto-circuito na rede elétrica.

Segundo a assessoria do movimento, uma empresa estava instalando internet no acampamento e a antena colidiu com a rede de alta-tensão de energia: “essa descarga elétrica produziu incêndio e entrou na casa das pessoas através da rede de eletricidade e da cerca que dividia o acampamento”.

##RECOMENDA##

Das nove vítimas, seis são acampados e três são servidores da empresa de internet. O número das vítimas, entretanto, pode aumentar.

“Com muita tristeza que neste dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos, venho comunicar essa tragédia que se abateu sobre o acampamento do MST no sul do Pará, que vitimou companheiros do movimento, fruto de um incidente”, disse João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST.

Em nome da direção do MST, Rodrigues se solidarizou com as famílias das vítimas. O diretor anunciou que amanhã (11) haverá o enterro coletivo das vítimas.

“Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que é um momento para celebrar os avanços conquistados e refletir sobre ações concretas dos Estados para a sociedades, no sentido de garantir para todos os direitos civis, políticos, sociais e ambientais à população mundial, estamos em LUTO. Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta! Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!”, diz nota do MST do Pará.

[@#video#@]

Começa na próxima quarta-feira (5), a temporada dos acampamentos educativos promovidos pela Cia do Lazer. A primeira temporada do acampamento de inverno começa no dia 5 e segue até o dia 9 de julho e é voltada para crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos.

A segunda temporada acontece entre os dias 17 e 21 de julho. O acampamento Teen, direcionado para adolescentes entre 15 e 18 anos, será realizado nos dias 24, 25 e 26 de julho. A última temporada ocorre nos dias 29 e 30 de julho e é voltada para atividades que envolvem toda a família.

##RECOMENDA##

Ao todo, são 160 vagas para o público até 14 anos e 40 vagas para a o acampamento Teen.

Para participar os valores variam entre R$ 900 e R$ 1.595 e inclui a estadia, atividades monitoradas, além de seis refeições diárias. As reservas podem ser feitas por meio do site: www.companhiadolazer.com.br ou pelos telefones: (81) 99127.9530 e (81) 99242.7435

A Casa Marielle Franco, localizada em frente à Praça do Derby, no Recife, é onde cerca de 200 mulheres e suas famílias se reúnem em um acampamento provisório realizado pelo Movimento Sem Terra (MST) desde a última segunda-feira (6). A concentração foi montada para que hoje, 8 de março, elas participem do ato do 8M, caminhada pelo Dia Internacional da Mulher.

De acordo com a coordenação de comunicação do MST, nos últimos dias chegaram ônibus de quase todas as regionais do estado com assentadas para participarem da passeata, que sai do Parque 13 de Maio, no centro do Recife, até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. O intuito é entregar à governadora Raquel Lyra (PSDB) as reivindicações de moradia digna para os integrantes do movimento.

##RECOMENDA##

Uma das participantes é Mauriceia Matias, vinda do assentamento Normandia, localizado em Caruaru, no Agreste do estado. “Entre outros pontos, pontuamos a condição de produção. Como é que a mulher consegue se empoderar a partir, inclusive, de sua economia, da sua geração de renda? E a partir daí gerar todas as suas condições”, ela explicou ao LeiaJá.

[@#galeria#@]

Além disso, Mauriceia menciona outro ponto crucial dentro dos pedidos do movimento, em relação ao acesso à alimentação. Políticas públicas já existentes, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que são iniciativas do governo federal, precisam chegar com mais eficiência a essas populações. “Para que as mulheres camponesas possam produzir em uma larga escala para que possa ser entregue na merenda escolar dos municípios e do estado”, ela defende.

Na terça-feira (7) foram realizadas rodas de debate e oficinas, em que foram elaboradas as pautas inseridas nas reivindicações para o governo do estado. “O campo, infelizmente, não tem a mesma visibilidade do que a capital, mas imaginar que a gente pode fortalecer o campo é uma forma de organização para a gente contribuir para os municípios onde residimos”, concluiu Mauriceia.

A Polícia Civil de Minas Gerais realiza, na manhã desta quarta-feira (15), uma operação para prender bolsonaristas suspeitos de agredir jornalistas durante atos na avenida Raja Gabaglia, na região centro-sul de Belo Horizonte, entre os dias 5 e 6 de janeiro. Durante a cobertura, pelo menos nove jornalistas foram agredidos ou hostilizados, de acordo com o Sindicato de Jornalistas em Minas.

O acampamento citado, em frente à 4ª Região Militar do Exército, é o mesmo que teve vídeos virais na internet, no último mês, após um manifestante ser filmado chorando, de joelhos, pedindo socorro a Deus, durante a desmobilização do local.

A operação cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do empresário Esdras Jonatas dos Santos, no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha. Ele é acusado de participar das agressões contra jornalistas e também é apontado como organizador do acampamento. Esdras é alvo de um mandado de prisão por roubar um dos profissionais da imprensa.

Ao chegar no local, a polícia foi informada que o imóvel foi alugado para um casal. O empresário não foi localizado e já é considerado foragido. Segundo a Civil, há informações de que o empresário está em Miami, nos Estados Unidos. A polícia tenta confirmar essa informação. Dos Santos teve o passaporte suspenso pelo Ministro Alexandre de Moraes após os ataques do dia 6 de janeiro.

Além do empresário, são cumpridos outros dois mandados de busca e apreensão contra duas mulheres: Edilane Aparecida de Oliveira Sales e Maria Coely de Matos. No dia 5 de janeiro, um jornalista foi agredido pelos manifestantes. A agressão motivou, no dia seguinte, a desmobilização do acampamento em frente à 4ª Região Militar por parte do prefeito Fuad Noman (PSD).

No dia 6 de janeiro, jornalistas foram agredidos por manifestantes que eram retirados da avenida Raja Gabaglia. Profissionais foram acuados por um grupo na calçada e um repórter e um cinegrafista foram agredidos e tiveram os equipamentos danificados.

LeiaJá também

- - > ‘Durante desmonte, bolsonaristas agridem imprensa com socos’ 

##RECOMENDA##

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta sexta-feira, 27, mais 150 pessoas por envolvimento nos atos golpistas que aconteceram em Brasília no dia 8 de janeiro. Os denunciados foram presos em flagrante no dia seguinte, no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, e continuam detidos.

Eles são acusados de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais. Cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), analisar as denúncias.

##RECOMENDA##

As cotas são assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, chefe do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado na PGR para coordenar as investigações sobre os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.

Além de condenação, ele pede que os denunciados sejam obrigados a pagar indenização por danos morais coletivos à sociedade.

É o quinto bloco de denúncias apresentadas na investigação sobre a invasão aos prédios do Congresso, STF e Planalto. Outras 54 pessoas já haviam sido denunciadas por envolvimento no acampamento.

'Estrutura'

A denúncia afirma que o acampamento funcionou como uma 'evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência' dos manifestantes que pregavam intervenção das Forças Armadas contra o resultado das eleições.

A PGR descreve a estrutura como uma espécie de 'vila', com áreas para refeições e reuniões, feira, transporte, atendimento médico, massoterapia, carregamento de aparelhos eletrônicos, recebimento de doações e até teatro de fantoches para crianças.

Terrorismo

Assim como nas denúncias anteriores, a PGR defende que os presos não podem ser enquadrados no crime de terrorismo, que segundo o subprocurador precisa ser motivado por xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. "Não faz parte dos tipos penais o cometimento de crimes, por mais graves que possam ser, por razões políticas", escreveu.

Santos também descartou a possibilidade de oferecer acordo de não persecução penal aos denunciados, por causa da natureza dos crimes. "Não pode o Ministério Público Federal transigir com bem jurídico de tamanha envergadura", assinalou.

Continuidade

O chefe do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos sinalizou que as investigações continuam e que novas cotas podem ser oferecidas, inclusive contra pessoas já denunciadas. "Não há arquivamento explícito ou implícito em relação a nenhum outro potencial crime que possa ter sido cometido pelos denunciados", indicou.

O próximo passo é analisar se os presos no acampamento também estiveram nos protestos extremistas. A PGR aguarda ainda laudos periciais, imagens, dados geolocalização e depoimentos. Santos pede que o STF autorize o interrogatório das testemunhas em blocos de 30 pessoas, para agilizar o trabalho.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta sexta-feira, 27, mais 150 pessoas por envolvimento nos atos golpistas que aconteceram em Brasília no dia 8 de janeiro. Os denunciados foram presos em flagrante no dia seguinte, no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, e continuam detidos.

Eles são acusados de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais. Cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), analisar as denúncias.

##RECOMENDA##

As cotas são assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, chefe do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado na PGR para coordenar as investigações sobre os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.

Além de condenação, ele pede que os denunciados sejam obrigados a pagar indenização por danos morais coletivos à sociedade.

É o quinto bloco de denúncias apresentadas na investigação sobre a invasão aos prédios do Congresso, STF e Planalto. Outras 54 pessoas já haviam sido denunciadas por envolvimento no acampamento.

'Estrutura'

A denúncia afirma que o acampamento funcionou como uma 'evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência' dos manifestantes que pregavam intervenção das Forças Armadas contra o resultado das eleições.

A PGR descreve a estrutura como uma espécie de 'vila', com áreas para refeições e reuniões, feira, transporte, atendimento médico, massoterapia, carregamento de aparelhos eletrônicos, recebimento de doações e até teatro de fantoches para crianças.

Terrorismo

Assim como nas denúncias anteriores, a PGR defende que os presos não podem ser enquadrados no crime de terrorismo, que segundo o subprocurador precisa ser motivado por xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. "Não faz parte dos tipos penais o cometimento de crimes, por mais graves que possam ser, por razões políticas", escreveu.

Santos também descartou a possibilidade de oferecer acordo de não persecução penal aos denunciados, por causa da natureza dos crimes. "Não pode o Ministério Público Federal transigir com bem jurídico de tamanha envergadura", assinalou.

O chefe do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos sinalizou que as investigações continuam e que novas cotas podem ser oferecidas, inclusive contra pessoas já denunciadas. "Não há arquivamento explícito ou implícito em relação a nenhum outro potencial crime que possa ter sido cometido pelos denunciados", indicou.

O próximo passo é analisar se os presos no acampamento também estiveram nos protestos extremistas. A PGR aguarda ainda laudos periciais, imagens, dados geolocalização e depoimentos. Santos pede que o STF autorize o interrogatório das testemunhas em blocos de 30 pessoas, para agilizar o trabalho.

O novo assessor especial do governo de São Paulo, Diego Torres Dourado - irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro - esteve no acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na porta do Quartel-General do Exército, em Brasília. Bolsonaristas passaram 70 dias no local, pedindo uma intervenção militar contra o resultado das eleições presidenciais. Lá, tramaram a tentativa de golpe que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes no domingo, 8.

Uma foto de Diego Torres no acampamento foi compartilhada por dois amigos seus em 2 de novembro de 2022. Na imagem, o irmão de Michelle está de óculos e enrolado em uma bandeira do Brasil ao lado de três apoiadores do ex-presidente.

##RECOMENDA##

Torres não divulga em suas redes imagens sobre a visita que fez ao acampamento, mas curtiu a foto publicada por Elizangela Castelo Branco. "Em Brasília, assim como em muitas outras cidades brasileiras, as manifestações foram lindas, pacíficas e cheias de patriotismo. Brasileiros de todas as idades, credos e cores se reuniram por um único motivo: lutar bravamente por nossa pátria", escreveu a amiga.

[@#video#@]

Em São Paulo, o irmão de Michelle foi nomeado como assessor especial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem ajudou informalmente na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. Torres não teve cargo e salário por sua atuação na campanha.

A função de "assessor especial do governador I" tem vencimentos de R$ 19.204,22, segundo o portal de Recursos Humano do Governo de São Paulo. Nesta quinta-feira, 12, Tarcísio exonerou seu cunhado, Maurício Pozzobon Martins, que havia sido nomeado "assessor especial do governador II", com salário de R$ 21.017,85.

Diego Torres já ocupou cargos em comissão anteriormente. O irmã de Michelle já foi assistente técnico na Aeronáutica e na chefia de Operações Conjuntas do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e assistente parlamentar no Senado.

Golpe

O acampamento dos apoiadores de Bolsonaro foi desmontado na segunda-feira, 9, após a tentativa de golpe de radicais no domingo, 8. Extremistas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), onde depredaram as estruturas dos prédios, picharam e destruíram obras de artes.

Em uma live realizada em 5 de janeiro, no acampamento, a extremista Ana Priscilla Azevedo deu o tom do plano. "Nós vamos colapsar o sistema, nós vamos sitiar Brasília, nós vamos tomar o poder de assalto, o poder que nos pertence", disse.

Como mostrou o Estadão, fotografias, vídeos e trocas de mensagens em grupos restritos comprovam que a invasão foi um ato premeditado e organizado em seus detalhes, e não uma ação espontânea. O material deixa claro que os manifestantes foram para Brasília dispostos, efetivamente, a tomar as sedes dos três Poderes. Cerca de 1.400 pessoas foram detidas após o quebra-quebra.

Em nota, o Governo de São Paulo afirmou que "o fato apontado pela reportagem foi registrado em novembro de 2022, momento em que manifestações democráticas eram realizadas em todo país, diferentes dos atos registrados em Brasília no último dia 8".

Os bolsonaristas que acampavam em frente à sede do Comando Militar do Leste (CML), no centro do Rio de Janeiro, começaram nesta segunda-feira (9) a retirar as estruturas montadas desde a semana posterior ao segundo o turno das eleições presidenciais, realizado em 30 de outubro.

O grupo pedia um golpe de Estado às Forças Armadas, por não aceitar a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  A desmobilização dos acampamentos golpistas foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal, depois de um domingo de ataques classificados como terroristas às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, na Praça dos Três Poderes. Vestindo a camisa da seleção brasileira e bandeiras do Brasil, bolsonaristas invadiram os palácios dos três poderes, cometeram roubos e depredaram obras de arte, peças históricas e mobiliário. 

##RECOMENDA##

Na manhã de hoje (9), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que a situação no estado é de paz e que a retirada do acampamento foi negociada entre o Comando Militar do Leste (CML) e os grupos acampados. Procurado pela Agência Brasil, o CML não se manifestou. 

Apesar da declaração do governador, um fotógrafo foi agredido enquanto registrava a desmobilização do acampamento. Imagens da TV Globo mostram que o profissional, com a câmera nas mãos, foi cercado, ameaçado e agredido com tapas. 

Ao longo do dia, os acampados desmontaram barracas e lonas, moveram pallets de madeira e gradis que eram usados para montar as barracas que compunham o acampamento. A estrutura contava ainda com banheiros químicos, baldes, galões e até uma caixa d'água. Um caminhão de mudança levava parte dos itens, enquanto um grupo realizou uma oração e cantou o hino nacional e cânticos religiosos. 

O acampamento contava com diversas barracas e sinalizações improvisadas, com áreas de acesso "a pessoal autorizado" e até a indicação de "vias", como uma Travessa Cássia Kis. A atriz esteve no acampamento mais de uma vez e rezou com os acampados que pediam intervenção das Forças Armadas no país. 

Militares do Exército também estavam no local, incluindo a Polícia do Exército, e participavam do desmonte do acampamento, além de reposicionarem gradis na praça. O local fica entre o Panteão de Duque de Caxias e o Palácio Duque de Caxias, sede do CML.

Após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada desta segunda-feira (9), o Ministério Público Federal (MPF) mandou a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrar os acampamentos bolsonaristas espalhados pelo país. 

Em Pernambuco, o grupo antidemocrático está acampado em frente ao Comando Militar do Nordeste do Exército (CMNE), localizado no bairro do Curado, na Região Metropolitana do Recife. Entretanto, no início da tarde desta segunda, a estrutura, assim como suprimentos e outros itens, de acordo com a PRF estão sendo retirados do local por alguns veículos de carga. 

##RECOMENDA##

Ainda segundo a PRF, a ação de desmonte é "espontânea". "Nossas equipes acompanham nesse momento o movimento de desmobilização espontâneo em frente ao CMNE. Ver-se no local alguns veículos de carga fazendo a retirada de tendas, suprimentos, entre outros", relatou a polícia. 

[@#galeria#@]

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), usou o Twitter, nesta segunda-feira (9), para informar que havia se reunido, por volta das 11h, com as equipes da gestão municipal para abordar a atuação da gestão municipal visando atender a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desmobilização dos atos antidemocráticos protagonizados por bolsonaristas. 

João disse ter conversado com "equipes de segurança, Procuradoria, controle urbano e limpeza". Um acampamento bolsonarista acontece no Recife, em frente ao Comando Militar do Nordeste.

##RECOMENDA##

O prefeito da capital pernambucana afirmou ainda que ligou para a governadora Raquel Lyra (PSDB) e colocou o município à disposição desse trabalho. Além disso, João Campos informou ter escalado um representante da administração recifense para participar de uma reunião organizada pelo Comando Militar do Nordeste, que deve gerir a desmobilização. 

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco determinou, na manhã de hoje, que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal atue o mais rápido possível para desmontar o acampamento, instalado desde o último dia 30 de outubro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado nas urnas.

Com a retomada de atos bolsonaristas contra o novo governo programados para este domingo em Brasília, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que espera que a polícia não precise atuar e destacou que a "tomada de poder" só poderá ocorrer em 2026, com uma nova eleição presidencial.

"Queremos que a lei prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. Tomada do Poder pode ocorrer só em 2026, em nova eleição", disse, em sua página oficial no Twitter.

##RECOMENDA##

O protesto de extremistas na capital foi convocado pelas redes sociais. A Esplanada dos Ministérios foi fechada, mas ainda mostra pouca movimentação.

Conforme apurou o Estadão, relatórios de inteligência em poder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicam que 100 ônibus com 3.900 pessoas chegaram a Brasília para retomar os protestos contra a eleição do petista.

A nova leva de manifestantes a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reverte o movimento de desmobilização do acampamento dos extremistas na frente do QG do Exército na capital.

Diante das ameaças, o ministro da Justiça autorizou a atuação das Força Nacional em Brasília, para reforçar o trabalho da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das polícias do Distrito Federal.

Hoje, Dino também disse que conversou no sábado com governadores, inclusive da oposição, sobre a retomada dos protestos. Houve atos em São Paulo e em Belo Horizonte (MG) nos últimos dias.

Na primeira reunião ministerial do novo governo, nesta sexta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um relatório que mostra grande desmobilização dos acampamentos bolsonaristas no entorno de quartéis do Exército. O número de pessoas aglomeradas na porta das unidades militares caiu de 43 mil para cerca de 5 mil. Os dados atualizados foram apresentados a Lula pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

A redução de 38 mil pessoas se deu num intervalo de praticamente um mês. As 43 mil foram contabilizadas na primeira semana de dezembro, e as 5 mil, nesta quinta-feira, dia 5. Os acampamentos registram hoje, em todo o País, somente 12% do tamanho que tinham no mês passado.

##RECOMENDA##

O ministro da Defesa recebe diariamente um boletim sobre o monitoramento de inteligência do Exército. Os levantamentos mais recentes indicam uma concentração maior em São Paulo, com 500 pessoas. Em Brasília, ainda há cerca de 200 na área em frente no Quartel-General do Exército. Também existe um foco no Mato Grosso do Sul, região com forte influência econômica de produtores rurais e do agronegócio.

Na última segunda-feira (2), Múcio disse ao tomar posse no cargo que tem parentes e amigos envolvidos nas manifestações, mas acredita que elas irão se "esvair". O desincentivo teria sido, no entendimento do ministro, a saída do Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro e o pedido do ex-vice-presidente Hamilton Mourão para que os "patriotas" voltassem a seus lares.

Às vésperas da posse de Lula, a queda na mobilização ficou perceptível, mas os dados não eram conhecidos até então. Apesar da perda de fôlego, algumas caravanas e mobilizações de direita tentaram dar uma sobrevida aos acampamentos. Com viés antidemocrático, eles clamavam por uma intervenção das Forças Armadas, contra a eleição de Lula.

Múcio também relatou que equipamentos dos bolsonaristas são recolhidos diariamente dos acampamentos e que a desmobilização ocorre praticamente sem perturbações da ordem. Nesta sexta, porém, extremistas agrediram jornalistas e depois barracas foram retiradas à revelia dos grupos insatisfeitos por agentes da prefeitura de Belo Horizonte (MG).

Como fazer, porém, era uma das divergências explícitas na equipe ministerial. As diferenças entre ministros foram abordadas por Lula na reunião desta sexta. Múcio sempre defendeu que a saída fosse negociada. Ministros políticos do Palácio do Planalto e o titular da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cobravam que era hora de ação contundente, à força, após os atos de destruição na capital federal e a tentativa de um atentado a bomba, cujo objetivo era provocar uma intervenção militar e impedir a posse de Lula.

Ciente do embate interno no governo, o ministro tem dito a interlocutores que as Forças Armadas, sob sua direção, saíram das manchetes diárias na imprensa.

Bolsonaristas que estavam acampados em uma avenida de Belo Horizonte, capital mineira, agrediram uma equipe de jornalistas do jornal O Tempo, durante a cobertura de uma ação da Guarda Municipal, que desarticulava o acampamento por ordem da Prefeitura. O caso aconteceu nesta sexta-feira (6) e foi registrado por pedestres e outros veículos de imprensa em trabalho, à ocasião.

Nas imagens, uma mulher é flagrada derrubando o equipamento de um repórter. Ela se afasta, mas o profissional a acompanha e antes mesmo que ele pudesse se manifestar, foi agredido por um outro bolsonarista. A situação escala para uma confusão generalizada e, além do jornalista, o cinegrafista também é agredido com socos, tapas e chutes. A agressão só é interrompida após intervenção da Guarda Municipal. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A retirada do acampamento, instaurando desde o segundo turno das eleições em frente da 4ª Região Militar do Exército, na avenida Raja Gabáglia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi autorizada pela prefeitura da cidade após a escalada da violência e a obstrução das vias pelos manifestantes.  

Nessa quinta-feira (5), um outro jornalista, do Hoje em Dia, foi agredido pelos manifestantes. Essa agressão motivou a desmobilização do acampamento. De acordo com o veículo que representa os profissionais agredidos, o prefeito Fuad Noman (PSD) marcou um pronunciamento na prefeitura para falar sobre as agressões e a desmobilização. 

Além do episódio de agressão, há registros de outros bolsonaristas dificultando a ação da Guarda. Uma dupla chegou a abraçar a estrutura de uma tenda, se negando a sair do local, enquanto as equipes aguardavam a retirada voluntária, mas sem tratamento ostensivo. Um outro homem foi visto pedindo "socorro" a Deus, gritando, de joelhos no chão. Os vídeos circulam nas redes sociais (confira ao fim da matéria).

Através do site oficial, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se posicionou sobre o caso e afirmou que "enviou ofícios solicitando providências ao Ministério da Justiça e dando ciência dos casos à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom)." 

Veja a nota na íntegra 

“O ano de 2023 já começou com uma onda de violência contra os profissionais da mídia, com o registro de agressões a equipes de reportagem em pelo menos seis estados: Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e, agora, o segundo caso em Minas Gerais. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) acompanha com preocupação os recentes ataques a jornalistas por parte dos grupos bolsonaristas que, mesmo depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não se desmobilizaram totalmente no entorno de quartéis do Exército. 

Os acampamentos bolsonaristas viraram zona de risco para profissionais da imprensa desde o resultado do segundo turno das eleições, quando levantamento conjunto da FENAJ e da Abraji apontaram 70 episódios de agressão contra a categoria no país. Diante do nível de hostilidade dos manifestantes, solicitamos às empresas jornalísticas que pautem a cobertura desses acampamentos somente com a garantia de segurança para seus profissionais. Também orientamos os profissionais agredidos a registrarem boletim de ocorrência. Pedimos, ainda, que as autoridades de segurança pública estaduais reforcem a vigilância em atos antidemocráticos. 

A FENAJ já enviou ofícios solicitando providências ao Ministério da Justiça e dando ciência dos casos à Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom). Solicitaremos providências aos governos estaduais e ao Ministério Público Federal.” 

Mais vídeos 

[@#podcast#@] 

LeiaJá também 

- - ‘Bêbado, homem escala torre de iluminação do Arruda

 

 

Um dia antes de cumprir 32 mandados judiciais contra extremistas envolvidos nos atos de vandalismo em Brasília, a Polícia Federal prendeu um pastor e a ex-assessora de um deputado bolsonarista, nessa quarta-feira (28), no Rio de Janeiro. As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Um dos suspeitos é o pastor Atilla Mello, de 41 anos. Segundo a TV Globo, ele estava em Brasília no dia dos ataques e passou dois dias no acampamento em frente ao Comando Militar do Leste, no Centro do Rio. A outra é Wenia Morais Silva, 33, ex-assessora do deputado estadual Renato Zaca (PL). 

##RECOMENDA##

Em uma publicação nas redes sociais, Atilla pediu que o atual presidente oferecesse uma "Bolsa Terapia e Bolsa Psicólogo" aos acampados. 

LeiaJá também: Polícia começa a prender extremistas que atacaram Brasília

As autoridades informaram que 25 carros e cinco ônibus foram incendiados pelos ditos "patriotas", que também depredaram comércios, postos de gasolina e a 5ª Delegacia de Brasília.

A operação desta quinta (29) investiga os crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas somadas atingem 34 anos de prisão. 

Grupos que pretendem ir às ruas nos atos convocados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no 7 de Setembro se anteciparam e desembarcaram em Brasília já no fim de semana. Acampamentos foram montados em dois locais diferentes da capital federal e alguns simpatizantes foram à Esplanada no domingo ostentar faixas de apoio a Bolsonaro, com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e até pedindo intervenção militar.

Um dos locais de concentração é o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Jayme Caetano Braun, no Setor de Clubes Esportivos Sul, a pouco mais de 5 km do local onde ocorrerão os atos de terça-feira.

##RECOMENDA##

Apoiadores estacionaram ônibus, trailers, motocicletas, carros e armaram barracas no local para aguardar a manifestação. O outro fica mais afastado, a cerca de 30 km da Esplanada, no Parque Leão, em Recanto das Emas, região administrativa de Brasília.

Com temperaturas chegando a 33ºC e clima seco, alguns optaram por estender as redes sob as árvores. Outros decidiram enfrentar o sol e foram até o local da manifestação, na Esplanada dos Ministérios, para "esquentar" o ato. O número de apoiadores de Bolsonaro nas ruas era pequeno, mas a tendência é que aumente até a terça-feira.

Pelas ruas de Brasília, ambulantes aproveitaram o clima e vendiam bandeiras do Brasil, de Israel e do Rio Grande do Sul - as maiores saíam a R$ 120 e a pequena, a R$ 40.

Na Esplanada, a maioria dos manifestantes ficou em frente ao Congresso Nacional, com bandeiras do Brasil e faixas pedindo intervenção.

"Queremos o presidente Bolsonaro no poder", dizia uma das faixas, apesar de ele estar no cargo desde janeiro de 2019.

Além disso, faixas "autorizavam" o presidente a intervir no Legislativo e no Judiciário.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, um grupo aparece em frente à sede do STF pedindo ao chefe do Planalto para usar a "pólvora" e promover uma "faxina geral" no tribunal. "O povo exige a intervenção militar com Bolsonaro no Poder", dizia outro cartaz em frente ao Congresso, com os dizeres em inglês logo abaixo "The people demand military intervent on with Bolsonaro in power".

Inquérito

O ministro do STF Alexandre de Moraes abriu um inquérito para investigar atos antidemocráticos durante a organização da manifestação e tem sido o principal alvo das críticas e ataques bolsonaristas.

No sábado, 4, Bolsonaro discursou em Brasília, renovou ataques a integrantes do STF e afirmou que não queria "retrato" dele ou de nenhum político na manifestação.

Bandeiras e faixas com a foto de Bolsonaro, no entanto, eram frequentes nas mãos e nos veículos dos manifestantes.

Hotéis

Além dos veículos e das barracas, a estada de outros bolsonaristas em Brasília tem sido mais luxuosa. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou no sábado, 4, os hotéis de Brasília, que tradicionalmente ficam vazios nos feriados, estão com lotação máxima para os próximos dias.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal (Abih-DF) aponta para uma ocupação de quase 100% nesta segunda-feira e no dia 7.

Segurança

Por enquanto, os apoiadores que chegaram à capital aproveitam para circular pelas vias de Brasília, buzinar, ostentar bandeiras e gritar para outros motoristas no trânsito. A circulação de veículos só será interrompida na Esplanada no dia da manifestação, de acordo com o governo do Distrito Federal.

Para reforçar a segurança, as autoridades do DF decidiram separar os manifestantes pró-governo, que ficarão na Esplanada dos Ministérios, dos críticos de Bolsonaro, que devem se concentrar na Torre de TV a partir da manhã de terça.

 Um surto de contaminações pelo novo coronavírus atingiu o acampamento base do Monte Everest, no Nepal, segundo informações de montanhistas e das autoridades do campo.

De acordo com a emissora britânica "BBC", os líderes do local receberam relatos que ao menos 17 alpinistas contraíram a doença. Os montanhistas contaminados deixaram o acampamento para serem tratados em hospitais em Katmandu.

##RECOMENDA##

A equipe de um hospital privado da capital nepalesa confirmou que os pacientes testaram positivo para a Covid-19 depois de chegar do acampamento.

O governo do Nepal informou não ter nenhum conhecimento sobre os casos do novo coronavírus no acampamento do Monte Everest. Atualmente, os montanhistas precisam ficar em isolamento antes de seguirem para o campo, mas as recentes contaminações preocuparam a comunidade.

O primeiro caso da doença teria sido registrado em meados de abril em um norueguês, logo depois da polêmica decisão do Nepal em abrir a montanha mais alta do mundo para alpinistas.

De acordo com dados da universidade norte-americana Johns Hopkins, o Nepal registrou até agora pouco mais de 351 mil casos de coronavírus e 3.417 mortes. O número de contaminações aumentou drasticamente nas últimas semanas e o país tem a maior taxa de infecção entre as nações que fazem fronteira com a Índia.

Da Anda

Cerca de 450 imigrantes, a maioria venezuelanos e haitianos, estão acampados desde sábado, 13, sobre a Ponte da Amizade, na cidade de Assis Brasil, no interior do Acre. O município brasileiro faz fronteira com acidade de Iñapari, no Peru, e tem sido utilizada como rota para os migrantes que passam pelo território brasileiro.

Com a fronteira fechada desde março de 2020 por causa da pandemia de coronavírus, o acesso de turistas pela ponte está proibido. Dessa forma, os imigrantes foram barrados e houve momentos de tensão entre os estrangeiros que tentavam sair do Brasil e os militares peruanos, que montaram uma barreira humana na cabeceira da ponte.

##RECOMENDA##

O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia (PT/AC), explicou que a cidade recebeu um reforço de policiamento do Grupo Especial de Fronteira da Polícia Militar, o que possibilitou a redução da tensão entre peruanos e imigrantes, situação que preocupava as autoridades municipais e a própria população.

"Desde sábado que eles estão aqui na cidade, em resposta a uma solicitação feita à Secretaria de Segurança Estadual. Esse foi praticamente o principal reforço que tivemos diante da situação, que se agravou no domingo com a ocupação da ponte por parte dos imigrantes. O grupo tem tomado a liderança com um trabalho de excelência, inteligência e articulação com os imigrantes e policiais do Peru", avaliou o prefeito.

Jerry também pontuou que está acompanhando as negociações do governo brasileiro com o governo peruano, na tentativa de liberar o acesso dos imigrantes à cidade de Iñapari. Contudo, há dias na tentativa, o Brasil ainda não conseguiu liberar esse acesso, e a situação dos estrangeiros em solo brasileiro continua se agravando. A prefeitura de Assis Brasil tem disponibilizado água, comida e suporte médico.

"Eles estão sensíveis à situação. Há uma possibilidade de eles permitirem o ingresso. O governador de Madre de Dios está tentando autorização do governo federal peruano. Vão fazer uma triagem nesse grupo e testar todos eles para a covid. Mas a crise vai além disso. Mesmo que as autoridades permitam o ingresso desses imigrantes, amanhã, depois, nós teremos novamente esse número aqui no município de Assis Brasil", diz o prefeito.

A secretária de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres do Acre, Ana Paula Lima, explica que a preocupação com o acolhimento dessas pessoas na cidade brasileira é iminente. Ainda no sábado, uma reunião realinhou as ações que devem ser desenvolvidas na região para evitar confrontos.

"Essas pessoas estão vindo principalmente de São Paulo, de avião. É uma situação muito delicada. São pessoas de várias nacionalidades que chegam todos os dias a Assis Brasil", revela a secretária.

Ainda de acordo com Ana Paula, é preciso que se faça, urgentemente, uma intervenção na cidade, de modo a resolver a situação desses imigrantes. "Estamos com uma equipe técnica assessorando a gestão municipal, tendo em vista que o prefeito está há menos de dois meses à frente da cidade. Estamos orientando sobre aquilo que precisamos fazer para minimizar essa situação em Assis Brasil", afirma.

A assistente social Madalena Moraes, que acompanha a situação dos imigrantes desde o início do êxodo, ainda em 2019, relata que o drama vivido pelas famílias acampadas sobre a ponte é ainda pior que nos últimos meses. "São 400 refeições enviadas pela prefeitura. Agora eles não querem mais a comida que o Peru oferece, e só querem se for do Brasil", relata.

Segundo a assistente social, os imigrantes que estavam no abrigo da cidade decidiram sair na segunda-feira, dia 15, e o número ficou bastante reduzido, com cerca de nove pessoas que pretendem continuar no País. "Eles foram lá para a ponte também e muitos dizem que pretendem ir para os Estados Unidos, porque a fronteira está aberta. A situação dessas pessoas é muito crítica, muito difícil", completa.

Para evitar os conflitos entre as famílias, ocasionados principalmente por ciúmes ou disputa por comida, o grupo militar acreano trabalha 24 horas na ponte e cidade. É o que explica o tenente-coronel Antonio Teles. "Enquanto a situação durar, o Gefron (Grupo Especial de Fronteira) estará presente para garantir a segurança de forma coordenada e integrada com as demais forças de segurança pública federal e estadual, e combater possíveis crimes", destaca Teles.

Na noite de segunda-feira, dia 15, a guarnição de plantão do Grupo Especial de Fronteiras (Gefron) prendeu um homem suspeito de atuar como coiote, praticando o transporte de imigrantes do Brasil para o Peru, muitos deles com destino ao México e, depois, os Estados Unidos.

Com o homem foi apreendida a quantia de R$ 60 mil em espécie, além de dólares e soles peruanos. O flagrante aconteceu na BR-317, que liga as cidades de Brasileia e Assis Brasil, no interior do Acre, e reforça a tese de que a região virou rota para o tráfico de pessoas, como avaliou o secretário Paulo Cezar dos Santos, da pasta de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

"Já temos pessoas de oito nacionalidades na cidade de Assis Brasil com destino a países como Estados Unidos e Europa, passando aqui pelo território brasileiro e depois levando para o Peru. Esses coiotes cobram valores altíssimos para que essas pessoas sigam suas viagens, articulando tanto a viagem, quanto a estadia nas cidades onde eles devem permanecer", diz o delegado Rêmulo Diniz, que coordenou a operação na fronteira.

Na tarde de segunda-feira, dia 16, o clima ficou ainda mais tenso e houve uma invasão dos imigrantes ao território peruano. Dezenas de crianças e adultos ficaram feridos e precisaram de atendimento médico, sendo socorridos por ambulâncias dos serviços médicos brasileiro e peruano. Uma mulher, infectada com o coronavírus, passou mal e precisou ser entubada em estado gravíssimo, sendo transferida para o Hospital Regional do Alto Acre (HRA).

Duas horas depois, com o reforço das equipes policiais, os imigrantes foram expulsos do território peruano, e precisaram voltar para a Ponte da Amizade, no trecho que pertence ao Brasil. Homens do Exército do Peru foram convocados para a faixa de fronteira, onde devem fortalecer a barreira de controle do acesso ao país.

Centenas de crianças contraíram o novo coronavírus em um acampamento de verão no mês passado no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, informaram as autoridades nesta sexta-feira (31), confirmando que os menores são suscetíveis a se infectar e ser vetores de transmissão.

O vírus infectou pelo menos 260 das 597 pessoas do grupo, informaram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), segundo os quais provavelmente o nível de infecção seja ainda maior, pois só foi possível testar 58%.

O acampamento ignorou as recomendações dos CDC de que todos os participantes usassem máscaras e só estabeleceu que fossem obrigatórias para os funcionários.

Mas cumpriu com uma disposição que exigiu dos participantes exibir um exame negativo de COVID-19, feito 12 dias antes de sua chegada.

Outras precauções incluíram o distanciamento físico, higiene e desinfecção frequente de superfícies e manter as crianças em grupos pequenos, com pouco uso de espaços comuns.

O acampamento também teve sessões de orientação para os 138 aprendizes e os 120 funcionários, um grupo composto em sua maioria por menores de 21 anos.

Foram ao local 363 crianças e adolescentes com idades entre os 6 e os 19 anos.

Até 26 pessoas dormiram juntas nas cabanas.

Em 23 de junho, um adolescente que trabalhava com as crianças deixou o acampamento depois de ter começado a sentir calafrios na noite anterior. Seu exame para a COVID-19 deu positivo.

Os administradores decidiram, então, mandar para casa todas as crianças e no dia 27, todas as instalações foram fechadas.

Segundo as investigações, 260 das 344 pessoas que tiveram acesso a exames tiveram resultados positivos.

Deste grupo, 74 apresentaram sintomas leves, como febre, dores de cabeça e inchaço na garganta. Os demais foram assintomáticos.

"Estas descobertas mostram que o Sars-CoV-2 se propaga de forma eficiente nos grupos de jovens que pernoitam em um mesmo lugar, o que implica altas taxas de ataque (contágios) em todos os grupos etários", escreveram os autores do informe.

"Crianças de todas as idades são suscetíveis à infecção pelo Sars-CoV-2 e, contra alguns informes preliminares, podem ter um papel importante na transmissão", acrescentaram.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando