Em crise. Diretoria dividida e salários atrasados tanto para jogadores, quanto funcionários. O cenário do Náutico pode intimidar muitos candidatos à vaga de treinador, mas Waldemar Lemos retornou ao clube acreditando que o desafio pode ser vencido. Apresentado oficialmente nesta terça-feira (9), o comandante se mostrou confiante e até 'familiarizado' com o ambiente.
"Não vejo diferença de tantos outros lugares que passei. Existe a vontade de resolver o problema. Precisa o grupo acreditar, a imprensa também, pois depende do sucesso do Náutico. Com calma, querendo resolver, todos os segmentos encaixados. Não tem diferença entre Série A, B ou C. Isso sim é o que decide. Quando se abraça uma causa, o grupo querendo, as coisas acontecem", disse.
##RECOMENDA##Questionado sobre o que mudou do treinador que levou o Náutico à primeira divisão em 2011, Waldemar diz que apesar do tempo ter passado, o perfil de trabalho segue o mesmo. "Muita coisa não mudou, até pela idade (risos). Minha vontade de estar aqui no Náutico é muito grande. Continuo trabalhando do mesmo jeito, executando as coisas que gosto na vida. É por aí, a vontade pelo trabalho é a mesma", contou.
Enquanto o Náutico não acertar seus débitos com o atual elenco, é pouco provável que invista em contratações. O técnico diz que já estava ciente da realidade financeira do clube e lembrou o time que montou em 2012.
"Não adianta pensar além das possibilidades do clube. Todo time deve ter um padrão de trabalho, uma metodologia, isso seria implantado aqui em 2012 com a volta de Kieza, a revelação de Rogério e a gente não pôde dar sequência. Tivemos apenas uma derrota na ocasião jogando nos Aflitos, que foi decisiva na minha saída. É preciso entender a forma com que o clube vive antes de fazer contratações", afirmou.
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