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O senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou, nessa segunda-feira (4), o parecer que será analisado pelos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no próximo dia 13. O relatório é favorável ao ministro sob o argumento de que ele "teve experiências exitosas no exercício de funções dos três Poderes da República".

O documento dá ênfase à relação de Dino, um ex-juiz federal, com o mundo jurídico. No comando da pasta da Justiça, Dino foi alvo de críticas por causa da atuação do governo no combate à criminalidade no País.

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Currículo

O parecer de Weverton Rocha relembra em quatro páginas o currículo profissional e acadêmico do indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além de juiz federal, Dino já foi governador do Maranhão por dois mandatos, deputado federal e atualmente é senador licenciado - ele se afastou do mandato para exercer o cargo de ministro da Justiça no governo Lula. De acordo com Weverton, "trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político", que possui "invejável currículo".

"Flávio Dino nunca se afastou do mundo jurídico, tendo inclusive, quando deputado federal, apresentado diversos projetos de lei que se transformaram em normas jurídicas, dentre os quais podemos destacar as leis que regulamentaram a ação direta de inconstitucionalidade por omissão e o mandado de injunção", argumentou o senador Weverton Rocha.

O ministro precisa de pelo menos 14 votos na CCJ e 41 no plenário do Senado para vestir a toga de membro do STF na vaga deixada pela ex-ministra Rosa Weber em outubro deste ano. O parecer do relator será lido hoje em conjunto com o documento do senador Jacques Wagner (PT-BA), que analisa a indicação do subprocurador Paulo Gonet Branco para assumir o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Carta

Na última quarta-feira, 29, Dino entregou uma carta aos senadores que integram a CCJ para convencê-los a aprovar a sua indicação. Ele argumentou no texto de quatro páginas que atuará de maneira "imparcial e técnica", caso seja aprovado para integrar o Supremo.

Apoio

O documento foi visto como mais um movimento do ministro para angariar apoio entre os parlamentares. Em sua primeira semana de "campanha" após a indicação, Dino jantou com líderes do Senado e visitou gabinetes na tentativa de vencer resistências.

Dino foi o segundo candidato a ministro indicado por Lula em seu terceiro mandato como presidente da República. O primeiro foi Cristiano Zanin, ex-advogado do petista.

Filiado ao PSB, Dino, de 55 anos, foi escolhido por Lula com a chancela da ala mais política do STF, que tem como expoentes os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

Longevidade

Se for aprovado nas votações, Dino poderá permanecer na Corte até abril de 2043, quando completa 75 anos, idade da aposentadoria compulsória. Hoje, os ministros do STF têm mandatos vitalícios - depois que tomam posse, só deixam a vaga no tribunal com a aposentadoria. Existem propostas de emenda constitucional tramitando no Congresso que defendem a criação de mandatos fixos para os ministros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, marcou para o próximo dia 13 de dezembro a sabatina do ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF). Dino foi escolhido nesta segunda-feira, 27, para a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. O relator do caso na CCJ será o senador Weverton Rocha (PDT), que é do Maranhão, mesmo Estado de Flávio Dino.

Para ser aprovado, o indicado pelo presidente passa por duas votações. A primeira, na própria CCJ após a sabatina. Nesta, ele precisa obter o voto da maioria simples (maioria dos presentes) na sessão. O colegiado possui 27 membros e a votação é secreta.

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Depois, a análise é feita no plenário do Senado. Também em votação secreta, o indicado precisa ter maioria absoluta dos votos, ou seja, o apoio de ao menos 41 dos 81 senadores.

Escolhido como relator, Weverton Rocha fez parte da base política de Flávio Dino no Maranhão, mas rompeu com o antigo aliado durante as eleições de 2022. Em agosto deste ano, os dois estiveram juntos em entrevista coletiva em São Luís. Na ocasião, em agenda com o governador em exercício Felipe Camarão (PT), Dino negou que estivesse se reconciliando com Weverton Rocha. O ministro da Justiça disse que não se tratava do momento de eleições, mas de trabalho conjunto.

Pacheco já tinha prometido rapidez

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já tinha prometido rapidez para a análise tanto do nome de Dino quanto do de Paulo Gonet, indicado por Lula ao comando da Procuradoria Geral da República (PGR). Ele prometeu um esforço concentrado para votar as duas indicações neste ano. No caso de Gonet, porém, a data da sabatina ainda não foi anunciada.

"Obviamente que não depende só da Presidência, este é um exercício coletivo que envolve as comissões permanentes da Casa e envolve também as lideranças", disse ele.

Relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) para adiar as eleições de outubro para novembro ou dezembro, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) avalia aumentar a parcela do eleitorado que não é obrigada a sair de casa para votar. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o parlamentar disse que uma das possibilidades é tornar a votação facultativa para quem tiver mais de 60 anos - considerado grupo de risco para a Covid-19. Segundo ele, no entanto, é preciso cuidado para a medida não causar um alto índice de abstenção. "A democracia ainda precisa muito ser estimulada e precisamos ter cuidado para isso não ser um precedente e abrir uma porteira para você desestimular o pleito", afirmou.

Hoje, o comparecimento é facultativo para quem tem menos de 18 ou mais de 69 anos, o que representa 9% dos quase 150 milhões de eleitores. Caso o voto se torne opcional a partir dos 60, outros 15,7 milhões também serão desobrigados, aumentando esta fatia para 20% do eleitorado do País. A votação da proposta na Casa está prevista para terça-feira.

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Por que adiar a eleição?

Estamos falando de uma pandemia. Não existe nenhuma ciência no mundo que vai dizer qual é o dia ideal de se fazer uma eleição. Há todo tipo de tese. O que é importante que as pessoas compreendam é que a ideia é adiar por algum tempo, mas prorrogar mandatos de prefeitos e vereadores não está em discussão.

Na Câmara, líderes já se disseram contra o adiamento. Acredita que haverá votos suficientes?

Primeiro, o Senado vai resolver. Depois a Câmara vai ter de arcar com a sua responsabilidade. Não estamos adiando porque queremos, o problema é ir contra a orientação dos cientistas e especialistas. A saúde e a vida em primeiro lugar.

Tornar a votação facultativa é uma opção?

As possibilidades são várias. Uma delas é deixar facultativo pelo menos a partir de 60 anos. Esse eleitor de 60 a 69 anos representa 11% do eleitorado, é uma fatia considerável. Vou conversar com os presidentes de partidos porque isso é também uma decisão política. A democracia ainda precisa muito ser estimulada e precisamos ter cuidado para isso não ser um precedente e abrir uma porteira para você desestimular o pleito. É possível, mas eu ainda não fechei.

Quais mudanças o sr. já decidiu propor?

Não tenho nada fechado ainda, o que pretendo fazer até segunda-feira (22). Convidei o ministro Luís Roberto Barroso (presidente do Tribunal Superior Eleitoral) a vir aqui no Senado na segunda, para fazermos uma comissão geral, com especialistas. Depois quero disponibilizar o relatório na terça-feira de manhã e, se der certo, já votamos no mesmo dia aqui. Estamos falando de uma decisão que impacta do Oiapoque ao Chuí, então, não dá para ficar segurando.

O próprio presidente Jair Bolsonaro colocou suspeitas sobre a votação de 2018, que o elegeu. Mudar as regras em cima da hora não pode dar margem a mais suspeitas?

Quanto à segurança da eleição, absolutamente não. Claro que terá de adaptar prazos. Prazos vencidos, como período de filiação partidária e domicílio eleitoral, se mantêm. Já os vencidos, é justo que sejam colocados para frente também.

Acha viável abrir mão da biometria para agilizar a votação e diminuir aglomerações na sessões eleitorais?

É possível e vamos ouvir os especialistas, mas já tivemos várias eleições sem biometria e não tivemos problemas.

Prefeitos reclamam que o adiamento pode prejudicá-los, pois estarão com problema de caixa no fim de ano. O sr. acha o argumento válido?

Entendo, só que não tem argumento nenhum maior no mundo do que a defesa a vida e a proteção às pessoas. A guerra tem sua cota de sacrifício. Se tiver de adiar para atender ao apelo quem realmente entende da questão da saúde, teremos que todos nos sacrificar.

Vai propor prorrogar a duração da propaganda eleitoral na TV?

Não discutimos esse ponto, mas é um algo a ser considerado.

Senadores recuaram da tentativa de aprovar um projeto que beneficia partidos políticos. Com o compromisso de fixar o fundo eleitoral em R$ 1,7 bilhão para as eleições municipais do ano que vem, mesmo montante utilizado para o pleito presidencial de 2018, o relator da proposta no Senado, Weverton Rocha (PDT-MA), retirou todos os demais trechos do texto em uma nova versão de seu parecer.

Dessa forma, a Câmara terá de novamente se debruçar sobre a proposta. O parecer de Weverton foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e deve ser votada pelo plenário da Casa ainda nesta terça-feira, 17. Partidos têm pressa para a aprovação do projeto e pedem que o texto esteja sancionado até o dia 3 de outubro, valendo para as eleições de 2020.

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Na versão aprovada pela CCJ, o único ponto que sobrou no projeto foi aquele relativo à verba do orçamento para as eleições. Em 2018, o fundo eleitoral teve valor determinado por, no mínimo, 30% das emendas de bancadas estaduais, além da compensação fiscal de propaganda partidária na TV e rádios.

A proposta deixa indefinido o montante das emendas que comporão esse fundo - determinado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) -, possibilitando, assim, que a quantia ultrapassasse os valores utilizados no pleito anterior. O compromisso, disse o relator, é que a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso fixe para as eleições de 2020 o valor de R$ 1,7 bilhão do fundo eleitoral.

Entre outros pontos, o projeto afrouxava regras para sanções a partidos, dificultava a fiscalização - abrindo brecha para o caixa dois - e flexibilizava normas de prestação de contas. A proposta permitia, ainda, que advogados e escritórios de contabilidade fossem pagos com dinheiro dos partidos. O relator retirou esses itens da proposta.

"Esse é o tipo de entendimento que não é maioria por si só, tem que ser construído com uma unidade, e não tinha uma unidade", afirmou Weverton quando perguntado sobre a reviravolta na proposta.

Relator do projeto que beneficia partidos políticos, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) aceitou alterar pelo menos dois trechos polêmicos da proposta, entre eles um que abriria margem para o caixa dois em campanhas eleitorais. Ele ainda admitiu que a votação do texto poderá ser feita na quarta-feira, 18, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no mesmo dia no plenário. Uma terceira alteração negociada pelo relator, em relação à Lei da Ficha Limpa, dependerá de um compromisso com veto presidencial.

O relator insiste, no entanto, em manter o trecho que abre brecha para que o valor do fundo eleitoral seja ampliado nas próximas eleições. A proposta estava na pauta do plenário nesta terça-feira, 17. Um grupo de senadores, porém, exigiu que o tema fosse discutido por pelo menos uma comissão, como é de praxe. O assunto vai ser discutido em reunião de líderes partidários, na tarde desta terça.

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Nas eleições de 2018, o fundo eleitoral teve valor determinado por, no mínimo, 30% das emendas de bancadas estaduais, além da compensação fiscal de propaganda partidária na TV e rádios. A proposta aprovada deixa indefinido o montante das emendas que comporão esse fundo - determinado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) -, possibilitando, assim, que a quantia ultrapasse os valores utilizados no pleito anterior. Na prática, caberá ao Congresso estabelecer o valor.

Caixa dois

O projeto permite que advogados e contadores que prestam serviços para filiados - inclusive aqueles acusados de corrupção - sejam pagos com verba partidária. Um grupo formado por entidades que defendem a transparência partidária emitiu uma nota técnica avaliando que o dispositivo abre margem para práticas de caixa dois e lavagem de dinheiro.

O relator anunciou que vai aceitar uma emenda apresentada pelo líder do PSDB, Roberto Rocha (MA), alterando esse item. Com o ajuste, os processos que podem acarretar inelegibilidade ficam excluídos da possibilidade de pagamento com a verba pública. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encaminhou um ofício assinado por líderes da Casa concordando com a modificação.

A segunda alteração anunciada pelo relator diz respeito à prestação de contas, outro ponto polêmico da proposta. O texto aprovado pela Câmara permite que um partido apresente a prestação de contas por meio de qualquer sistema de contabilidade disponível no mercado.

A permissão afrouxa a legislação atual, que exige informações padronizadas em um sistema preparado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na nova redação, proposta por Weverton Rocha, serão aceitos somente sistemas "homologados pelo TSE". Ou seja, se nenhum outro programa tiver aval do tribunal, permanece o sistema utilizado atualmente.

"Isso é longe de facilitar ou tentar fugir das normas para não prestar contas do dinheiro do fundo ", declarou o relator. "Não podemos permitir de maneira nenhuma a criminalização da atividade política e partidária nesse País, principalmente no momento difícil que estamos vivendo", comentou o senador.

De acordo com o relator, os ajustes não farão o texto retornar à Câmara, pois serão feitos por meios de ajustes na redação do texto, e não no conteúdo dos artigos aprovados pelos deputados.

Ficha Limpa

Outras alterações costuradas pelos senadores, porém, envolvem o conteúdo do projeto. Para essas, o relator quer ter um compromisso do governo de vetar os itens. O acordo, no entanto, ainda não foi fechado. Um dos itens que o relator busca um compromisso de veto é em relação à alteração no prazo para que um candidato seja enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

Atualmente, um candidato não pode disputar eleições se ficar inelegível na data do registro da candidatura. O projeto aprovado pela Câmara adia esse impedimento para a data de posse do cargo, permitindo que um candidato condenado durante a campanha eleitoral, por exemplo, possa ser eleito. O relator quer isolar esse item, permitindo que o trecho seja vetado pelo presidente Jair Bolsonaro após a aprovação no Senado.

Senador mais votado do Maranhão, principal reduto eleitoral dos Sarneys, Weverton Rocha (PDT), sugeriu, nesta quinta-feira (11), em visita ao Recife, que a militância pedetista se envolva, nos próximos dias, na realização de protestos criativos e sem ódio, como a entrega de flores (símbolo da sigla) para chamar a atenção dos 81 senadores que votarão a Reforma da Previdência nos próximos dias. 

Ele também defendeu que a esquerda se empenhe em apresentar à população um discurso político contra a reforma de maneira didática, sem usar o chamado ‘economês’. Em sua agenda, o senador ainda encontrou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, no Palácio do Campo das Princesas.

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Em palestra na sede do PDT estadual no Recife, Weverton falou sobre o que chamou de “males provocados pela reforma” - aprovada na Câmara dos Deputados na última quarta-feira. Ele veio a Pernambuco a convite do deputado federal Wolney Queiroz, presidente da sigla estadual. 

“Estamos vivendo, talvez, a quadra mais difícil do nosso País. A reforma vai economizar empobrecendo nosso povo, nosso maior patrimônio. O que pesa mais na reforma vai ser a não possibilidade de muitos poderem se aposentar, infelizmente. Os que conseguirem, não vão conseguir a sua integralidade”, comentou o senador maranhense.

O deputado federal Weverton Rocha (PDT-MA) se tornou réu nesta terça-feira, 28, no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de violações à lei de licitações e por peculato (desvio de dinheiro público feito por agente público). O caso em questão é a contratação e a celebração de um termo aditivo para reforma e ampliação do Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís (MA).

Segundo o Ministério Público do Maranhão, Weverton Rocha, na época secretário de Esporte e Juventude do Estado, atuou ao lado de outras pessoas de forma irregular, para dispensar licitação para a reforma do Ginásio. As acusações sobre assessores de Weverton na época e outras pessoas envolvidas tramitam em outras instâncias.

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A denúncia diz que houve fraude no procedimento administrativo que redundou na contratação da empresa Maresia Construtora Ltda, tendo em conta omissões, descuidos e condutas irregulares cometidas por Weverton Rocha Marques de Souza e assessores na secretarial estadual. Duas pessoas teriam emitido documentos com informações inverídicas acerca do andamento das obras de reforma do Ginásio.

A acusação afirma também que Weverton colaborou com Leonardo Lins Arcoverde - proprietário da empresa Maresia Construções Ltda - para que houvesse o desvio dos valores auferidos pelo contrato celebrado com a Secretaria de Estado do Esporte e Juventude em benefício próprio do empresário.

"A prova a ser produzida na ação penal confirmará a ausência de prejuízo ao erário e da intenção de causá-lo, além do fato de que não houve conluio ou favorecimento de quem quer seja", disse o advogado de Weverton, Ademar Borges, após a denúncia ser aceita.

A denúncia por violação à lei de licitações foi aceita por unanimidade pelos quatro ministros presentes ao julgamento - Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber e Alexandre de Moraes. Quanto ao peculato, apenas Rosa Weber votou contra o recebimento da denúncia.

O ministro Luís Roberto Barroso compareceu à sessão da Primeira Turma depois do julgamento.

O deputado federal Weverton Rocha (MA), reconduzido na Câmara Federal para a liderança do PDT desembarcou no Recife, nesta quinta-feira (9), para participar do I Encontro Estadual de Núcleos de Base, que acontece no auditório estadual do partido. O pedetista, em entrevista exclusiva ao LeiaJa.com, afirmou que o objetivo maior é organizar a sigla para a eleição de 2018. Também declarou que é necessário sair da “grande velha polarização de PT e PSDB” destacando que há outros partidos e lideranças nacionais que podem ajudar a dar um norte para o Brasil. 

“O PDT tem um projeto nacional. Em um momento difícil que o Brasil vive é necessário que a gente possa construir alternativas para que a população tenha condições de conhecer os projetos”, disse. 

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Weverton, autor da polêmica emenda acrescentada no chamado “Dez Medidas de Combate à Corrupção”, que prevê crime de abuso de autoridade para magistrados e membros do Ministério Público, ressalta que a medida é mais do que necessária. “O projeto de abuso de autoridade é mais do que necessário. O Brasil precisa ter uma lei específica para esses agentes públicos no que trata a questão da sua responsabilização do mau uso da sua profissão. Hoje, um profissional da segurança pública, um delegado da polícia civil, da federal, um servidor público, seja ele qual for, ele está submetido à legislação. Se ele cometer um erro, ele vai ter que responder à Justiça. A nossa ideia é simples, é fazer com que esse agente público, ou seja, um promotor ou um juiz também possa responder à Justiça como todos nós respondemos”, disse.  

O parlamentar denunciou que há vários casos de promotores e juízes que se “excederam” na sua profissão e que a punição foi ganhar uma aposentadoria compulsória. “Que estão afastados do serviço público ganhando quase R$ 30 mil reais por mês a custa do contribuinte. Há dezenas de casos que a gente recebe em Brasília de promotores e juízes que recebem acima do teto. O teto diz que não pode receber acima de um ministro do STF e tem casos de promotores que recebem 200 mil reais por mês. É preciso se combater esse tipo de abuso e nos estamos lá para fazer esse trabalho. Tudo isso é um absurdo”.

Questionado se a emenda seria para intimidar a Operação Lava Jato, ele negou. “Utilizam a questão da Lava Jato simplesmente para desvirtuar porque não querem discutir profundamente o que há de grande errado que são os abusos e, segundo, o descumprimento da Constituição. A Lava Jato é importante e não tem porque parar. Quem cometeu o erro vai ter que pagar. Agora me dizer que só teve corrupção lá com os empreiteiros e com os políticos, sinto muito, tem que investigar o Judiciário e o Ministério Público também porque todos são passiveis de erros”, justificou. 

O pedetista ainda disse que é preciso acabar com o famoso “Você sabe com quem está falando?” e que a lei é para todos. “O que a gente quer é promotor e o juiz também acredite na Justiça que a gente acredita e, se ele cometer um erro, que ele possa vim a responder. Não dá para dizer que a legislação só serve para um tipo de cidadão e cria uma casta diferenciada que essa não pode estar submetida à legislação. Nós não concordamos e a Justiça tem que ser para todos, inclusive, para juiz e promotor”, concluiu. 

 

 

 

 

 

 

O deputado Weverton Rocha (PDT-MA), líder do partido na Câmara e autor da emenda que prevê crime de responsabilidade para juízes e membros do Ministério Público, foi hostilizado por um simpatizante da Operação Lava Jato nessa quarta-feira (30) em um aeroporto. Pelas imagens, não é possível confirmar a localização.

O homem se identifica como Ricardo Rocha e acusa o parlamentar de prejudicar a operação. "Você já leu a nota da Polícia Federal? A PF esclarece que ela é a responsável pela Lava Jato, e a investigação está garantida", rebate o deputado.

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Os dois começam a discutir e Ricardo segura o deputado pela camisa. "Você está me impedindo de embarcar. Se você está protegendo promotor e juiz bandido do Brasil, isso é um problema seu!", grita o deputado, já amparado por um segurança do local.

"Sérgio Moro representa esse aeroporto inteiro!", responde Ricardo. Ele finaliza o vídeo reafirmando seu apoio aos juízes e procuradores da Operação. A Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou nesta quinta-feira, 1, que Weverton Rocha responde a dois processos, um deles por corrupção, e sua campanha foi financiada por empresa investigada na Lava Jato.

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