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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, instou, nesta terça-feira (5), a ONU a agir "imediatamente" diante dos "crimes de guerra" cometidos - segundo ele - pela Rússia em seu país, porque, caso contrário, é melhor "fechar" a organização internacional.

Em um discurso solene transmitido ao vivo por videoconferência na sala do Conselho de Segurança, Volodymyr Zelensky também pediu que a Rússia seja excluída do órgão, do qual é um dos cinco membros permanentes, assim como uma reforma do sistema das Nações Unidas, para que "o direito ao veto não signifique direito a morrer".

"Agora, precisamos de decisões do Conselho de Segurança para a paz na Ucrânia. Se não sabem como tomar esta decisão, podem fazer duas coisas", disse o presidente ucraniano.

"Excluir a Rússia como agressor e o responsável por iniciar a guerra, para que não bloqueie as decisões relacionadas com sua própria agressão. E, depois, fazer tudo o que for possível para conseguir a paz", afirmou Zelensky na presença do secretário-geral da ONU, António Guterres.

"Ou então, a outra opção é demonstrar, por favor, que podemos reformar e mudar [...] Se não houver alternativa, ou opção, o próximo passo seria sua dissolução por completo", exigiu o presidente ucraniano.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em entrevista à rede de televisão CBS dos Estados Unidos que os ataques russos na Ucrânia são genocídio.

Em resposta à pergunta da apresentadora do programa "Face the Nation", ele afirmou: "Realmente, isso é genocídio". "Somos cidadãos da Ucrânia, somos mais de 100 nacionalidades. Isso é sobre a destruição e eliminação de todas essas nacionalidades", complementou em vídeo divulgado pela emissora no Twitter.

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"Somos cidadãos da Ucrânia e não queremos ser subjugados à política da Federação Russa. Esta é a razão pela qual estamos sendo destruídos e exterminados. E isso está acontecendo na Europa do século 21. Portanto, esta é a tortura de toda a nação", diz o presidente no trecho selecionado para a divulgação da entrevista, que será transmitida na íntegra hoje.

A Ucrânia poderia declarar neutralidade, potencialmente aceitando um acordo sobre áreas contestadas no leste do país, e oferecer garantias de segurança à Rússia para conseguir a paz "sem atraso", disse o presidente Volodymyr Zelensky. A declaração é dada antes de negociações previstas para começar nesta terça-feira (29), mas o líder ucraniano disse que apenas um encontro dele com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, poderia encerrar a guerra.

Além de dar pistas sobre possíveis concessões, Zelensky enfatizou que a prioridade da Ucrânia é garantir sua soberania e a "integridade territorial", evitando que a Rússia anexe partes do país, algo que o governo ucraniano e o Ocidente dizem que poderia ser uma meta de Moscou. "Garantias de segurança e neutralidade, status não nuclear de nosso Estado - estamos prontos a aceitar isso", afirmou Zelensky em entrevista a publicações independentes da imprensa russa.

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A Rússia exige que a Ucrânia abandone qualquer pretensão de entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), vista como uma ameaça por Moscou. Zelenskyy, por sua vez, enfatizou que a Ucrânia precisa de garantias de segurança ante qualquer acordo. Ao mesmo tempo, comentou que Putin precisaria ir até ele para um encontro, em uma entrevista que a Rússia vetou sua imprensa de publicar.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, disse hoje que os dois presidentes poderiam se reunir, mas apenas após os elementos principais de um potencial acordo terem sido negociados. "A reunião é necessária uma vez que tenhamos clareza em relação às soluções em todos os pontos cruciais", disse o ministro, em entrevista à imprensa sérvia. Ele acusou a Ucrânia de apenas querer "imitar conversas", enquanto a Rússia buscaria resultados concretos. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (26), em um discurso no Fórum de Doha, que o alarde feito pela Rússia de suas armas nucleares está estimulando uma perigosa corrida armamentista.

Em uma intervenção feita por videoconferência em uma reunião de líderes políticos e empresariais organizada em Doha, Zelensky também pediu ao Catar que aumente sua produção de gás natural para combater os esforços russos de usar a energia como uma ameaça.

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"Eles estão alardeando que podem destruir não apenas um país em particular, mas o mundo inteiro, com suas armas nucleares", insistiu Zelensky.

O presidente disse ainda que, quando a Ucrânia desmantelou seu arsenal na década de 1990, recebeu garantias de segurança dos países mais poderosos do mundo, incluindo a Rússia, segundo a tradução de seu discurso.

"Mas isso não se converteu em garantias e, de fato, um dos países que se acreditava que cumpriria uma das maiores promessas de segurança começou a agir contra a Ucrânia, e isso constitui o cúmulo da manifestação da injustiça", reclamou Zelensky.

Neste contexto, o presidente ucraniano pediu ao Catar, que é um dos três maiores produtores de gás natural, que aumente o fluxo, devido ao conflito.

"O futuro da Europa depende de seus esforços", declarou a uma plateia que incluía o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.

Os países europeus prometeram que deixarão de depender do petróleo e gás russos e já recorreram ao Catar para buscar fornecedores alternativos.

A Alemanha prometeu construir dois enormes terminais para receber gás liquefeito do Catar, informou este país do Golfo, após uma visita de enviados de Berlim.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta quinta-feira (24) à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que forneça mais assistência militar ao país em meio à ofensiva da Rússia. O líder ucraniano, no entanto, não reiterou seu pedido por uma zona de exclusão aérea nem pediu para se juntar à Otan, de acordo com um alto funcionário do governo dos Estados Unidos.

Em discurso em vídeo na cúpula da Otan nesta quinta-feira, Zelensky disse que a Ucrânia precisa de "assistência militar sem limitações", já que a Rússia está "usando todo o seu arsenal" contra o país. O presidente ucraniano instou a Otan a fornecer a Kiev "1% de todos os seus aviões, 1% de todos os seus tanques". "Não podemos simplesmente comprá-los", disse.

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A Ucrânia também precisa urgentemente de vários sistemas de lançamento de foguetes, armas antinavio e sistemas de defesa aérea, disse Zelensky. "É possível sobreviver em uma guerra dessas sem isso?", perguntou ele.

Zelensky acusou a Rússia de usar bombas de fósforo na manhã desta quinta-feira, matando adultos e crianças. Ele lembrou aos líderes da Otan que milhares de ucranianos morreram no conflito, que 10 milhões de pessoas deixaram suas casas e instou a Otan a dar "respostas claras". Fonte: Associated Press.

O papa Francisco telefonou na manhã desta terça-feira (22) para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Em seu perfil no Twitter, o mandatário disse ter falado sobre a "difícil situação humanitária e o bloqueio de corredores de resgate pelas tropas russas". "O papel de mediação da Santa Sé para encerrar o sofrimento humano seria estimado", declarou.

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Pouco depois, em discurso em vídeo para o Parlamento da Itália, Zelensky também afirmou ter ouvido "palavras muito importantes" de Francisco. "Eu contei a ele que nosso povo se tornou o Exército", revelou.

Já o embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, escreveu no Twitter que esse é mais um "gesto visível de apoio" do líder católico. "Há apenas alguns minutos, o santo padre ligou para o presidente Volodymyr Zelensky, e eles tiveram uma conversa muito promissora", contou o diplomata.

"O Papa disse que está rezando e fazendo todo o possível pelo fim da guerra; a Ucrânia reiterou que sua santidade é o visitante mais esperado", acrescentou.

O pontífice já condenou a invasão à Ucrânia em diversas ocasiões e se negou a aceitar a narrativa russa de que trata-se apenas de uma "operação especial", chamando sempre o conflito de "guerra".

Além disso, denunciou o "massacre" da população civil e a transformação de cidades ucranianas em "cemitérios".

Em uma carta datada de 8 de março, o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, chegou a convidar Jorge Bergoglio para visitar a capital, afirmando que a presença de "líderes religiosos mundiais" seria crucial para "salvar vidas humanas e abrir caminho para a paz".

Em declaração à ANSA nesta terça, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, não descartou a hipótese de uma viagem do Papa a Kiev. "Não sou capaz de dizer. Eles dizem que podem garantir a segurança, e sei que o presidente Macron irá, talvez também Johnson", afirmou.

Da Ansa

Vladimir Zelensky, presidente ucraniano, disse, neste sábado (12), ter esperança de que o processo de paz seja iniciado na prática e não só em declarações. "As questões estão sendo discutidas, começamos a chegar a algum acordo", disse.

O grupo de ucranianos e de representantes russos "começaram a discutir algo, em vez de lançar ultimatos", afirmou o presidente durante coletiva de imprensa para jornalistas estrangeiros.

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Além disso, Zelensky afirmou que não vê "que haja coragem dos membros da OTAN de se juntarem em torno da Ucrânia".

Ele ressaltou ainda que Kiev necessita de garantias de segurança não só da parte da Rússia, mas também da parte dos líderes ocidentais.

Zelensky revelou ainda que propôs ao primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, organizar negociações em Jerusalém, informou a mídia.

Na opinião de Zelensky, o premiê israelense pode desempenhar um papel importante na resolução da crise ucraniana. Além do mais, Israel pode estar entre os países garantes da segurança.

O chefe de Estado ucraniano ressaltou que a Ucrânia não quer combater, e esse fato deve ser registrado em um documento "com nossos vizinhos", que incluiria todas as garantias de segurança.

Ao mesmo tempo, o presidente admitiu que a Ucrânia precisa de sistemas de defesa antiaérea e que Kiev está disposta a comprá-los, até mesmo a crédito.

Da Sputnik Brasil

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, fez um apelo emocionado na madrugada desta sexta-feira (4), pelo horário de Brasília, aos líderes globais, para que pressionem a Rússia pelo fim dos ataques ao país. O discurso ocorreu após a usina nuclear de Zaporizhzhia ter sido bombardeada e pegar fogo.

"Se houver uma explosão (da usina), será o fim para todos. O fim da Europa. A evacuação da Europa", disse Zelensky. "Apenas uma urgente ação da Europa pode parar as tropas russas. Não permitam a morte da Europa a partir de uma catástrofe em uma usina nuclear", afirmou o líder ucraniano.

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O incêndio, porém, foi controlado e tropas russas assumiram o controle da usina nuclear. Apesar do bombardeio e do incêndio, os reatores nucleares de Zaporizhzhia não foram atingidos e o nível de radiação na região é normal, segundo informações repassadas por autoridades ucranianas à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A usina nuclear é a maior da Europa e responde por 25% da geração de energia na Ucrânia.

Após o ataque, Zelensky falou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com outros líderes europeus para renovar os apelos por ajuda na guerra contra a Rússia. Fonte: Associated Press.

Em discurso por videoconferência no Parlamento Europeu, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, lançou um dramático apelo à União Europeia (UE), nesta terça-feira (1º), pedindo que prove que está com os ucranianos, diante da ampla ofensiva militar lançada pela Rússia contra seu país.

Na mesma sessão plenária, os líderes europeus acusaram a Rússia de "terrorismo geopolítico" e advertiram que o destino da Europa está "em jogo" pela invasão da Ucrânia.

Em sua participação, Zelensky reforçou seu pedido de adesão imediata à UE, uma demanda que encontra apoio político, mas que enfrenta dificuldades de procedimento. "A Europa será mais forte com a Ucrânia nela. Sem vocês, a Ucrânia estará sozinha. Provamos nossa força (...) Por isso, provem que estão do nosso lado, provem que não vão nos abandonar", declarou Zelensky.

Ele agradeceu à UE e aos países do bloco pelo apoio recebido até agora, ressaltando que "estamos lutando por nossa sobrevivência, e esta é a maior das motivações". Com o apoio europeu - completou o presidente ucraniano -, "a vida vencerá, e a luz se imporá sobre as trevas".

'Terrorismo geopolítico'

Na sessão, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, acusou a Rússia de "terrorismo geopolítico" pela invasão da Ucrânia e destacou a unidade da UE na condenação desta ofensiva militar. "Não é apenas a Ucrânia que está sob ataque. O direito internacional, a ordem internacional baseada em regras, a democracia, a dignidade humana também estão sob ataque. Isso é terrorismo geopolítico, puro e simples", denunciou Michel, em seu discurso. Para ele, a Rússia lançou uma ofensiva baseada em "mentiras abjetas".

A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assegurou que não é apenas o destino da Ucrânia que está em jogo pela ofensiva militar, mas o da Europa. Uma situação que exigia, portanto, uma resposta coletiva, conforme Von der Leyen. "O destino da Ucrânia está em jogo, mas nosso próprio destino também. Devemos mostrar o poder que jaz em nossas democracias", completou a autoridade alemã. Para Von der Leyen, "a forma como respondermos ao que a Rússia está fazendo determinará o futuro do sistema internacional".

Processo lento de adesão

A União Europeia está sob forte pressão para conceder proteção à Ucrânia. Tradicionalmente, porém, o processo de adesão ao bloco implica vários anos, em alguns casos quase uma década, de negociações e reformas internas. Macedônia do Norte, Sérvia, Montenegro e Albânia aguardam, pacientemente, para serem aceitos na UE. A Turquia é candidata desde o final da década de 1980, negociações estas praticamente congeladas desde 2016.

Na segunda-feira, Zelensky assinou o pedido formal de adesão da Ucrânia à UE, mediante um "procedimento especial". Em um projeto de resolução que circulou durante o dia no Parlamento Europeu, os legisladores expressam seu apoio à concessão à Ucrânia do "status" de "país candidato" à adesão. Já uma filiação plena se antecipa como algo mais difícil de se aprovar.

Em seu discurso ao Parlamento Europeu nesta terça-feira, Michel disse que é responsabilidade dos europeus "estar à altura do momento. E sabemos que é um assunto difícil, porque tem a ver com a ampliação [da UE], e sabemos que há diferentes opiniões".

A Comissão Europeia, disse Michel, deve estudar a situação e dar um parecer, já que o Conselho terá de analisar "seriamente o pedido simbólico, político, forte e legítimo". Tanto Michel quanto Von der Leyen mencionaram em seus discursos que as pesadas sanções adotadas pelo bloco contra autoridades e empresas russas também terão efeitos na Europa. "Precisamos ser honestos (...) essas sanções terão um custo para nós e devemos assumi-lo, porque nossos valores estão em jogo", frisou Michel.

Von der Leyen também destacou que "as sanções terão um custo para a nossa economia (...) Sim, proteger a nossa liberdade tem um preço. Mas este é um momento decisivo. E este é o preço que estamos dispostos a pagar pagar."

O avanço das forças da Rússia na Ucrânia se deparou nesta sexta-feira (25) com uma forte resistência na capital, Kiev, onde o presidente Volodymyr Zelensky desafiou os apelos do líder russo, Vladimir Putin, para que fosse derrubado pelo próprios ucranianos.

Putin convocou o Exército ucraniano a tomar o poder no segundo dia de invasão, que já provocou a fuga de mais de 50.000 ucranianos do país, assim como 100.000 deslocados internos - segundo a ONU - e mais de 100 mortos, de acordo com Kiev.

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Em pronunciamento na TV, o presidente russo classificou o governo de Zelensky como "um bando de viciados em drogas e neonazistas", e afirmou, dirigindo-se aos militares ucranianos: "Tomem o poder com suas mãos. Acredito que será más fácil negociarmos vocês e eu."

Zelensky respondeu com a divulgação de um vídeo gravado em frente ao palácio presidencial. "Estamos todos aqui, nossos militares estão aqui, os cidadãos, a sociedade, estamos todos aqui, defendendo a nossa independência, o nosso Estado", proclamou, ao lado de seus principais colaboradores. Zelensky elogiou o "heroísmo" da população diante do avanço da Rússia rumo à capital.

O secretário-geral da Otan, o norueguês Jens Stoltenberg, também elogiou a mobilização das forças ucranianas, "que lutam com coragem e mantêm sua capacidade de causar perdas às forças invasoras russas".

Nesse sentido, um funcionário do alto escalão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que preferiu manter o anonimato, afirmou que a ofensiva russa estava perdendo força, sobretudo em Kiev, devido à resistência dos ucranianos.

O Ministério de Defesa da Ucrânia, por sua vez, afirmou que suas tropas eliminaram 2.800 soldados russos, sem apresentar provas. Moscou não divulgou informações sobre baixas em suas fileiras até o momento.

Zelensky contou que conversou com o presidente americano, Joe Biden, sobre o "reforço das sanções, de uma assistência de defesa concreta e de uma coalizão antiaérea", além de manifestar seu "agradecimento" pelo "forte" apoio americano.

A Otan anunciou que ativará seus planos de defesa, "para impedir excessos contra territórios da aliança", segundo Stoltenberg. Trata-se da Força de Resposta, um corpo formado por 40.000 militares, cuja ponta de lança, a Força Conjunta de Alta Prontidão (VJTF, sigla em inglês), conta com 8.000 membros.

- Corpos nas ruas -

Ao amanhecer desta sexta-feira, era possível ouvir disparos e explosões no bairro residencial de Oblon, norte de Kiev, provocados pelo que parecia um regimento avançado das forças russas.

Jornalistas da AFP viram um corpo na calçada e ambulâncias socorrendo uma pessoa que teve o carro "atropelado" por um veículo blindado.

Durante o dia, as sirenes e explosões não deixaram de soar em Kiev, cidade que, após a fuga de muitos moradores, apresenta um aspecto fantasmagórico. Veículos blindados e soldados patrulhavam os cruzamentos em torno do distrito onde ficam os edifícios do governo.

As forças ucranianas informaram nesta sexta-feira que combatiam unidades russas em Dymer e Ivankiv, localidades situadas 40 e 80 quilômetros ao norte de Kiev, respectivamente. Os russos estariam avançando também pelo nordeste e leste, segundo a mesma fonte.

O Ministério da Defesa ucraniano convocou a população a resistir. "Pedimos aos cidadãos que nos informem sobre a movimentação de tropas, que fabriquem coquetéis Molotov e neutralizem o inimigo", disse.

Putin, por outro lado, está disposto a enviar uma delegação a Minsk, capital de Belarus, país aliado da Rússia, para negociar com a Ucrânia, indicou seu porta-voz, Dmitry Peskov. Contudo, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, criticou a proposta, qualificando-a de "diplomacia sob a mira de uma pistola, quando as bombas, os disparos de morteiro e a artilharia de Moscou estão apontadas contra os civis" ucranianos.

- Sanções em todos os âmbitos -

A Rússia exige que a Ucrânia abandone sua ambição de aderir à Otan e pede que a aliança militar liderada pelos EUA reduza a sua presença no Leste Europeu.

Após a ofensiva, a União Europeia (UE) desbloqueou um pacote de sanções "maciças" nos setores de energia e financeiro. O próprio Putin e seu chanceler, Sergei Lavrov, foram incluídos hoje na lista de personalidades sancionadas, com ativos congelados, por União Europeia, Reino Unido e Canadá, enquanto os Estados Unidos anunciaram que tomariam medidas semelhantes.

Zelensky pediu ao Ocidente que expulsasse a Rússia do sistema de transferências bancárias Swift, mas alguns países da União Europeia, como Alemanha e Hungria, manifestaram suas dúvidas, pelo temor de que essa medida pudesse provocar problemas na entrega de gás russo. Em resposta, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, afirmou que as sanções contra Putin e Lavrov mostram "a impotência" dos ocidentais.

Outra retaliação veio da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que rejeitou o processo de adesão da Rússia e fechou seu escritório em Moscou.

A resposta à invasão também chegou ao esporte e ao mundo da cultura. A Uefa retirou São Petersburgo como sede da final da Liga dos Campeões, que será disputada agora em Paris. Além disso, a organização da Fórmula-1 cancelou a realização do Grande Prêmio da Rússia, que fazia parte do calendário de 2022 da categoria.

O Eurovision, popular concurso musical disputado por representantes de diferentes países do continente, anunciou que fecharia suas portas a concorrentes do país invasor.

O Papa Francisco, por sua vez, reuniu-se com o embaixador russo no Vaticano para manifestar "sua preocupação". Em um tuíte, publicado em vários idiomas, entre eles o russo, afirmou que "toda guerra é uma rendição vergonhosa".

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