Tópicos | Zuzana Caputova

Protegida do coronavírus, porém, sem perder o estilo. Esse parece ser o lema de Zuzana Čaputová, presidenta da Eslováquia, que tem aparecido em público, durante os eventos oficiais do seu país, com looks que têm chamado atenção. Sempre de máscara, ela faz questão de combinar o equipamento de segurança individual com o modelito escolhido para a ocasião. Suas aparições têm sido bastante comentadas nas redes sociais. 

A presidenta Zuzana está às voltas com as medidas contra o coronavírus ao passo que nomeia a nova composição do governo de seu país. A Eslováquia tem 140 casos de Covid-19 confirmados, até o momento. No último sábado (21), ela nomeou novos nomes de seu governo com um vestido de gola canoa, na cor bordô, e máscara de tecido na mesma cor. Ela já havia aparecido em público, anteriormente, com combinações parecidas. 

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Na internet, o público tem comentado sobre o estilo da presidenta. "Chamou a minha atenção como a presidente da eslováquia serviu tudo com esse look aqui"; "Pandemia sim, brega jamais"; "Depois de ver esse look da presidente da Eslováquia eu tenho certeza que o futuro chegou e estamos vivendo numa sociedade distópica"; "Contaminada, jamais; glamurosa, sempre". 

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as máscaras descartáveis são um equipamento de segurança individual indicadas apenas para pessoas com sintomas de Covid-19 ou que estejam cuidando de alguém que já esteja doente, além dos profissionais de saúde. Também é necessário saber como proceder no descarte da máscara, após seu uso, e manter a higienização apropriada das mãos com sabão ou álcool em gel. Pessoas saudáveis não precisam fazer o uso desse equipamento.

A liberal Zuzana Caputova, crítica do atual governo, está prestes a se tornar a primeira mulher chefe do Estado da Eslováquia em 30 de março, depois de vencer seu rival Maros Sefcovic no primeiro turno.

A advogada ambientalista obteve 40,57% dos votos contra 18,66% de Sefcovic, segundo resultados oficiais divulgados neste domingo (17). A participação foi de 48,74%.

De acordo com o instituto de pesquisas Focus, Zuzana Caputova, de 45 anos, larga com uma vantagem muito confortável na corrida para o segundo turno, com 64,4% das intenções de voto contra 35,6% para Maros Sefcovic, vice-presidente da Comissão Europeia, de 52 anos, apoiado pelo Smer-SD (esquerda populista) no poder.

"Espero que todos entendam que depende de nós e que não perderemos esta oportunidade", declarou Lubomir Brecka, de 40 anos, questionado pela AFP sobre a perspectiva de vitória da candidata liberal.

Neste domingo, os dois candidatos pediram apoio para suas candidaturas.

"Eu também vou tentar falar aos eleitores cujos candidatos não estarão presentes no segundo turno. Vou buscar todos os votos. Quero ser compreensível, autêntica, comunicar sobre as áreas em que vejo problemas e propor soluções", disse Zuzana Caputova em um debate na televisão.

Apresentando-se sob o slogan "Sempre pela Eslováquia", Sefcovic prometeu trabalhar "na reconciliação da sociedade", enfatizando seu apego aos valores cristãos.

"Não podemos apoiar o reconhecimento oficial de casais do mesmo sexo, nem a adoção de crianças por esses casais", disse ele, visando diretamente sua adversária.

Caputova defende direitos iguais para casais do mesmo sexo, dizendo que uma criança viverá "melhor com duas pessoas que se amam do mesmo sexo" do que em um orfanato.

Analistas dizem que a vitória de Caputova pode ser um mau presságio para o governo antes das eleições parlamentares do próximo ano.

Grigorij Meseznikov, analista de Bratislava, acredita que "ao escolher Caputova, as pessoas defendem mudanças positivas de acordo com os valores da democracia liberal".

"Aqueles que querem a continuidade e que o Smer-SD governe são claramente minoria. As pessoas parecem insatisfeitas com o caminho da Eslováquia" sob este partido, disse ele à AFP.

O analista Pavel Babos também aponta para os resultados dos outros dois candidatos presidenciais, incluindo treze no total, que receberam uma pontuação elevada - o juiz do Supremo Tribunal Stefan Harabin, anti-imigrantes (14,34%), e a deputada de extrema direita Marian Kotleba (10,39%).

"Outra parte do eleitorado também está insatisfeita com Smer, uma vez que são mais conservadores, então sua ideia de mudança é diferente, eles votaram em Harabin e Kotleba", disse à AFP. "Esses dois candidatos receberam 25% dos votos, o que é significantivo".

Exceto em caso de enorme surpresa, Caputova substituirá o presidente Andrej Kiska, que a apoia. As funções de Chefe de Estado são essencialmente protocolares.

A eleição ocorre mais de um ano após o assassinato do jornalista Jan Kuciak e de sua noiva Martina Kusnirova, um crime que afetou a imagem do governo e provocou protestos de rua de magnitude sem precedentes desde a queda do comunismo no início de 1990 neste país de 5,4 milhões de habitantes, membro da UE e da Otan.

A onda de indignação que varreu o país após o caso levou à renúncia do primeiro-ministro Robert Fico, que continua a ser o chefe do Smer-SD e um aliado próximo do primeiro-ministro Peter Pellegrini.

Jan Kuciak e sua noiva foram assassinados em fevereiro de 2018, quando o jornalista estava prestes a publicar uma investigação sobre supostas ligações entre políticos eslovacos e a máfia italiana.

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