Tópicos | 13 de Julho

Uma das principais conquistas do trabalhador brasileiro está fazendo aniversário. O décimo terceiro salário completa, nesta quarta-feira (13), 60 anos. Equivalente à remuneração mensal, a gratificação natalina foi sancionada em 13 de julho de 1962 pelo então presidente João Goulart.

De autoria do deputado Aarão Steinbruch (PTB-RJ), a Lei 4.090/1962 foi proposta em 1959. Na justificativa do projeto de lei, o parlamentar afirmava que as empresas costumavam pagar gratificações aos funcionários perto do Natal. Segundo ele, a lei consolidaria uma situação que era comum entre os trabalhadores da iniciativa privada.

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Em meio a intensas pressões de entidades empresariais e de sindicatos, a discussão durou três anos. A conturbação política do início da década de 1960 também contribuiu para estender a tramitação do projeto. Em 1961, dois anos após a proposição do projeto, o presidente Jânio Quadros renunciou. Em seguida, João Goulart tomou posse, e o Brasil passou a adotar o sistema parlamentarista.

Polêmicas

As entidades empresariais alegavam que a introdução do décimo terceiro salário traria prejuízos para as empresas e provocariam a extinção de empregos. Os sindicatos ameaçavam greve geral e queriam a aprovação da lei, sem emendas, ainda em 1961. Em dezembro daquele ano, uma greve geral chegou a ser convocada em São Paulo, quando os deputados atrasaram a votação por 48 horas. A lei só foi aprovada em segundo turno em 24 de abril de 1962 na Câmara dos Deputados e em 27 de junho pelo Senado.

Curiosamente, o décimo terceiro salário não estava na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), legislação trabalhista promulgada pelo ex-presidente Getúlio Vargas em 1943. As reivindicações pelo décimo terceiro, no entanto, vinham de bem antes. Em 1921, há registro de greves em duas indústrias paulistas com demandas pela introdução de um abono natalino.

Os temores dos patrões não se confirmaram. O décimo terceiro virou uma ferramenta para impulsionar a economia, garantindo elevados volumes de vendas para a indústria e o comércio no fim de ano. Em 2021, a gratificação injetou R$ 232 bilhões na economia, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O décimo terceiro também ajuda a organizar a vida financeira do brasileiro. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), no ano passado, 34% dos brasileiros com direito à gratificação pouparam uma parte dos recursos. De acordo com o levantamento, 33% compraram presentes de Natal, 24% gastaram com festas e viagens de fim de ano, 16% usaram o dinheiro para pagarem tributos e 16% pagaram dívidas em atraso.

Pagamentos

Poucos anos depois da introdução, o décimo terceiro sofreu alterações. Em 1965, a Lei 4.749 estabeleceu o parcelamento da gratificação em duas vezes: uma paga entre fevereiro e novembro e outra paga em dezembro. Em 1988, o artigo 7 da Constituição garantiu o décimo terceiro para todos os trabalhadores, urbanos e rurais, aposentados e pensionistas. Em 1998, a emenda constitucional 19, que tratou da reforma administrativa no serviço público, garantiu o pagamento da gratificação aos servidores públicos.

Cálculo proporcional

O décimo terceiro salário só é pago integralmente a quem trabalha há pelo menos um ano na mesma empresa. Quem trabalhou menos tempo receberá proporcionalmente. O cálculo é feito da seguinte forma: a cada mês em que trabalha pelo menos 15 dias, o empregado tem direito a 1/12 (um doze avos) do salário total de dezembro.

Dessa forma, o cálculo do décimo terceiro considera como um mês inteiro o prazo de 15 dias trabalhados. Em contrapartida, quem faltar ao trabalho mais de 15 dias no mês sem justificativa terá o mês inteiro descontado.

A Agência Brasil elaborou um guia com mais informações sobre o décimo terceiro, como quem tem direito e a forma como a gratificação é tributada.

Esta terça-feira, dia 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. Com uma história longeva, esse gênero musical tem amantes ao redor do mundo. Com a internet, alguns clipes, que antes eram restritos à televisão, podem ser acessados a qualquer momento. Assim, o alcance desses vídeos batem recordes. Confira alguns clipes de rock com mais de 1 bilhão de views no YouTube:

Guns N’ Roses – November Rain (1,668 bilhão)

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Linkin Park – Numb (1,632 bilhão)

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Nirvana – Smells Like Teen Spirit (1,304 bilhão)

Guns N’Roses - Sweet Child O’Mine (1,268 bilhão)

Linkin Park – In the End (1,227 bilhão)

Artic Monkeys – Do I Wanna Know (1,193 bilhão)

The Chanberries: Zombie (1,121 bilhão)

Bon Jovi – It’s My Life (1,005 bilhão)

O Brasil é um dos 10 maiores consumidores da música rock no mundo, segundo uma avaliação da plataforma musical Deezer. O ritmo é tão amado no país que ganhou até um dia para chamar de seu. O 13 de julho foi escolhido por Phil Collins para ser o Dia Mundial do Rock. Em 1985, o cantor batizou a data depois de ter tocado nas duas cidades do marcante festival Live Aid (Londres e Filadélfia).

Por aqui, a data se popularizou quando rádios de São Paulo dedicadas ao ritmo começaram a anunciar em sua programação o 13 de julho como sendo especial para os roqueiros. Com o tempo, os ouvintes abraçaram a ideia e o dia se tornou popular em todo o país.

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Mesmo não estando mais em seu auge, esse gênero musical ainda coleciona inúmeros fãs das mais diversas vertentes. Suas letras e sons atravessam gerações desde os anos 1950, época do seu surgimento, e até hoje mantêm um público fiel. Lucas Reis, guitarrista da banda pernambucana Diablo Moto, justifica essa imortalidade: “O rock é a melhor forma de sentir e transmitir todo tipo de energia sem preconceitos, sem barreiras, sem nenhum tipo de trava social que existe”, e conclui:  “É talvez a melhor forma de passar certos tipos de ideias que vão de encontro com o óbvio, o socialmente aceito e o politicamente correto”.

Jarbas Brandão, de 49 anos, é outro fã desse gênero musical marcante, e relata o que o atraiu: “Curtir rock, gostar de rock de maneira geral é ser uma pessoa que tem atitude, personalidade, que quer buscar a felicidade, diversão, conhecimento, amizade, não importa a idade... O rock simboliza tudo isso”, e completa “Ele tem letras mais agressivas que tratavam de coisas atuais, problemas da sociedade, etc.”

 

A NOVA GERAÇÃO DE FÃS

Cortesia/Eber Pimenta

Para os fãs mais jovens, os motivos que fizeram com que o rock os conquistassem não se diferem tanto da geração anterior de roqueiros. Renata Vasconcelos, estudante de jornalismo de 19 anos, é uma das representantes desses fãs mais jovens, e conta que desde muito nova já achava o ritmo fascinante, e que se atraiu por conta das longas letras muitas vezes reflexivas, além do destaque que o baixo e o violão recebem nas músicas.

Eber Pimenta, que além de ser um amante dessa música faz também parte dela, definiu: “O rock é uma religião, vamos colocar assim, da liberdade, da crítica, da rebeldia, do seu próprio jeito de ser. [...] Ele fala das coisas importantes da vida de uma forma crítica, mas sem perder aquela coisa do ‘sexo, drogas e rock e roll’”. O estudante de 22 anos é vocalista da banda Gelo Baiano, formada em 2011, e tem como inspiração para suas composições grandes nomes como Anthony Kieds, Alex Turner, Humberto Gessinger e Rodrigo Amarante.

“O que me fez entrar nisso foi aquela vontade de querer ser como meus ídolos, querer fazer parte daquela história, fazer meu produto, meu material”, conta ele, que ressalta ainda a importância das novas e antigas bandas nacionais continuarem propagando o ritmo para a geração atual, para que esse ritmo nunca morra.

O DECLÍNIO DO ROCK

Apesar de resistir à passagem de décadas, se mantendo atual e ainda cativando novos públicos, o ritmo já não tem a mesma força de antes. Se na década de 80 o Brasil respirava o rock, atualmente o gênero perdeu espaço para estilos como o sertanejo e o forró, que vem ganhando força de norte a sul no país. "A verdade é que o público hoje não quer saber muito de rock. Aí a gente entra naquela discussão... Será que o rock morreu?  Eu, particularmente, acho que ele nunca vai morrer, mas também nunca mais terá a força que já teve décadas atrás", ressalta Eber Pimenta.

Jarbas Brandão compartilha do mesmo sentimento, e chama atenção para o fato de não haver tantos lugares para quem ainda curte esse tipo de música. "Infelizmente [em Recife] nós não temos muitos locais dedicados ao rock n’ roll por conta de uma série de fatores. A gente não tem muita oportunidade de criação de espaço por aqui. Tem alguns festivais e algumas festas, mas a coisa fica muito no underground, não muito conhecida", lamenta. 

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