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Muito criticado por outros tenistas em razão do seu comportamento quanto às condições adversas a que foram submetidos os jogadores que disputaram o qualifying do Aberto da Austrália diante da fumaça vinda da onda de incêndios florestais no país, Roger Federer se defendeu e disse que não poderia ter agido de outra maneira.

Federer, que é o maior vencedor de Gram Slam de todos os tempos, com 20 títulos, e o espanhol Rafael Nadal, líder do ranking da ATP, ouviram críticas de seus colegas que participaram dos jogos de quali do torneio. Eles entendem que faltou apoio dos tenistas já consagrados. A reclamação mais dura veio do canadense Brayden Schnur, que chamou Federer e Nadal de "egoístas".

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O auge das críticas quanto à preocupação com a qualidade do ar na Austrália se deu depois que a eslovena Dalila Jakupovic sofreu uma crise de tosse em quadra. Ela caiu de joelhos e teve de abandonar sua partida pois não conseguia mais respirar.

O local Bernard Tomic e a canadense Eugenie Bouchard também afirmaram terem tido dificuldade para jogar.

"Não acho que poderia ter feito mais do que fiz. Não posso entrar na quadra e mandar as pessoas pararem. Todos nos preocupamos uns com os outros", afirmou Federer, em entrevista coletiva neste sábado. O suíço, membro do Conselho dos Jogadores da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), disse que conversou com a organização do Aberto da Austrália sobre o assunto.

"Alguns caras sempre reclamam. Mas no final do dia, há sempre algo novo com a fumaça. Todos têm que compreender isso", completou o veterano de 38 anos, atual número 3 do mundo, que doou, em conjunto com Nadal, pouco mais de R$ 700 mil para instituições que atuam no combate aos incêndios e também para ajudar as vítimas.

Federer ainda enfatizou que os verdadeiros prejudicados pelas fumaças, em sua visão, são os animais, a vegetação, as pessoas e os bombeiros que trabalham na região para conter o fogo. "Eu me preocupo com pessoas que estão lutando contra o fogo. Podemos ficar dentro de casa o dia todo e sair só para jogar. Não estamos fora o tempo todo", considerou.

Roger Federer ainda não estreou em 2020. Ele optou por descansar e não jogou a ATP Cup, vencida pela Sérvia. Seu primeiro jogo no ano e no Aberto da Austrália será nesta segunda-feira contra o norte-americano Steve Johnson. Ele corre por fora na briga pelo título do torneio. Os favoritos ao troféu são Rafael Nadal e Novak Djokovic, finalistas em 2019.

A péssima qualidade do ar em Melbourne, na Austrália, provocada pela fumaça dos incêndios florestais que atingem o interior do país, tem prejudicado os tenistas neste início de temporada. A eslovena Dalila Jakupovic, por exemplo, teve um ataque de tosse e abandonou a partida contra a suíça Stefanie Voegele, nesta terça-feira (14), válida pelo qualifying do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam do ano.

"Estava com muito medo de entrar em colapso. Foi por isso que caí no chão, não conseguia mais andar", disse Jakupovic, número 201 do ranking da WTA. "Não tenho asma e nunca tive problemas respiratórios. Na verdade, gosto de calor, mas não conseguia mais respirar".

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A canadense Eugenie Bouchard também relatou dificuldades em sua partida contra a chinesa Xiaodi You. "Senti que era difícil respirar e fiquei um pouco enjoada", disse. "As condições pioraram durante a partida. Como atleta, queremos ter muito cuidado, nossa saúde física é uma das coisas mais importantes. Não é ideal jogar nessas condições", reclamou.

O australiano Bernard Tomic foi outro que reclamou da qualidade do ar e chegou a receber atendimento médico na partida diante do norte-americano Denis Kudla. "Não entra ar. Estou ficando cansado", disse.

Já a ex-número 1 do mundo Maria Sharapova teve de interromper um jogo-exibição em Melbourne contra a alemã Laura Siegemund. "Comecei a sentir uma tosse no final do segundo set, mas, como estou doente há algumas semanas, pensei que tinha algo a ver com isso", disse a russa. "Mas ouvi Laura falar com o árbitro e ela disse que estava se sentindo assim também".

Treinos previstos para esta terça-feira foram suspensos pelos organizadores do Aberto da Austrália, enquanto jogos qualificatórios tiveram de ser adiados por até duas horas. O alemão Alexander Zverev e o belga David Goffin treinariam nas quadras do Melbourne Park, mas cancelaram os trabalhos. Nomes como Stefanos Tsitsipas, Rafael Nadal, Karolina Pliskova e Cori Gauff também suspenderam os seus treinamentos.

"As práticas foram suspensas temporariamente esta manhã, devido à má qualidade do ar. As condições no lugar vão melhorando e são constantemente examinadas. Como sempre, a saúde e a segurança dos nossos jogadores, do nosso pessoal e do nosso público são nossas prioridades", explicou a organização do Aberto da Austrália em um comunicado oficial.

O sérvio Novak Djokovic conquistou o Aberto da Austrália, neste domingo, ao derrotar o espanhol Rafael Nadal, por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/3, em 2h04min de jogo. Foi a sétima final de Djokovic no primeiro Grand Slam do ano e o sétimo título do atual primeiro do ranking mundial. Ele ganhou um prêmio de US$ 2,94 milhões (R$ 11,1 milhões).

Em 86 jogos disputados no Melbourne Park, Djokovic, campeão em 2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016 e 2019, venceu 68 vezes.

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Djokovic, de 31 anos, soma a terceira conquista de Grand Slam seguida, pois venceu em Wimbledon e no US Open ano passado, e a 15ª na carreira, superando o norte-americano Pete Sampras. Ele só fica atrás do suíço Roger Federer, dono de 20 títulos e de Nadal, que soma 15. O espanhol jamais havia perdido uma final de Grand Slam por 3 a 0. Aos 32 anos, ele soma quatro vice-campeonatos na Austrália.

A disputa particular entre Djokovic e Nadal agora mostra o sérvio na frente com 28 a 25 em favor do sérvio, com 19 a 7 no piso sintético. O sérvio abre 15 a 10 em finais no circuito e diminuiu para 6 a 9 em torneios de Grand Slam (4 a 4 em finais).

Desconcentrado e cometendo vários erros, Nadal não foi o adversário esperado para Djokovic nos dois primeiros sets. O sérvio abriu 2 a 0 com incrível facilidade, ao marcar 6/3 e 6/2. Para fechar a segunda série, aplicou três aces seguidos de forma sensacional.

No terceiro set, o espanhol foi para o tudo ou nada, passou a sacar melhor e exigiu um pouco mais do rival. A torcida australiana incentivou Nadal na expectativa de que o jogo não acabasse rapidamente.

Mas Nadal teve o saque quebrado e viu o sérvio fazer 2 a 1. No sexto game, o espanhol teve a chance de reequilibrar o set, mas Djokovic salvou o break point. Os dois confirmaram o serviço até o nono game, quando o sérvio forçou muito na devolução e conseguiu nova quebra para fechar o jogo e ganhar o torneio de forma espetacular.

Quem achou que, por ter derrotado o suíço Roger Federer nas oitavas de final, o grego Stefanos Tsitsipas poderia surpreender novamente no Aberto da Austrália contra Rafael Nadal, pelas semifinais, se enganou redondamente. Com direito a "pneu", o espanhol arrasou o rival, 15.º do ranking da ATP, por 3 sets a 0 - com parciais de 6/2, 6/4 e 6/0, em 1 hora e 46 minutos - e avançou para a grande decisão.

Número 2 do mundo, Nadal verá de camarote nesta sexta-feira quem será o seu adversário neste domingo. O sérvio Novak Djokovic, atual líder do ranking - que não perderá mais esse posto qualquer que seja sua campanha em Melbourne -, terá pela frente o embalado francês Lucas Pouille, 31.º colocado, que é treinado pela ex-tenista Amelie Mauresmo.

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Em seis jogos neste Aberto da Austrália, Nadal ainda não perdeu nenhum set e teve o saque quebrado apenas duas vezes. "Descansado", o espanhol só ficou em quadra pouco mais de 12 horas. Dos 17 títulos de Grand Slam em sua carreira, somente três foram conquistados com sete vitórias por 3 a 0 - todos em Roland Garros, seu Major favorito, em 2008, 2010 e 2017. Caso vença a final com este placar, irá superar o sueco Bjorn Borg e se tornar o único com quatro troféus de Slam sem perder sets.

Outro feito histórico que Nadal pode alcançar é a de se tornar o primeiro homem na Era Aberta e o terceiro em toda a história do tênis a ter dois ou mais títulos em cada um dos quatro Grand Slam. Apenas as lendas australianas Roy Emerson e Rod Laver conseguiram tal façanha. Esta será a sua 25.ª decisão de Major na carreira, a quinta em Melbourne - foi campeão apenas em 2009.

Na campanha deste ano, Tsitsipas foi o terceiro tenista da nova geração que Nadal não deu qualquer chance e venceu com facilidade. Os outros foram o australiano Alex de Minaur (19 anos), na terceira rodada, e o norte-americano Frances Tiafoe (21), nas quartas de final. "Eles não precisam de qualquer mensagem. Eles são bons. Estão evoluindo a cada mês. Então é sempre um grande desafio jogar contra eles", disse o espanhol.

Já Tsitsipas terá a melhor marca na carreira profissional. Primeiro tenista grego a chegar tão longe em um Grand Slam e mais jovem semifinalista no torneio desde 2008, o jogador de 20 anos deverá subir do 15.º para o 12.º lugar. Mas se mostrou muito decepcionado e resignado com a atuação contra Nadal. "Ele não te dá chance alguma de entrar no ritmo. Tem esse talento que outros não têm. Nunca vi isso. Ele te faz jogar mal", afirmou.

Uma campeã inédita em um jogo que valerá também o posto de número 1 do mundo. Assim será o confronto entre a japonesa Naomi Osaka e a checa Petra Kvitova pela final do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada. Nesta quinta-feira, em Melbourne, as duas se classificaram à decisão de forma distintas nas semifinais. A tenista oriental teve trabalho para bater a também checa Karolina Pliskova e a europeia passeou contra a norte-americana Danielle Collins.

Osaka segue imbatível em Grand Slams. Atual campeã do US Open, em Nova York, a japonesa conseguiu a sua 13.ª vitória seguida em Majors ao derrotar Pliskova por 2 sets a 1 - com parciais de 6/2, 4/6 e 6/4, após 1 hora e 53 minutos. E buscará um feito no tênis que não acontece desde 2001, quando a compatriota Jennifer Capriati foi a última a vencer seu segundo Slam logo na sequência da primeira conquista.

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Só que Osaka terá um grande desafio pela frente neste sábado. Ela vai encarar uma tenista que ainda não perdeu um set sequer na competição. Kvitova ganhou de Collins por 2 sets a 0 - com parciais de 7/6 (7/2) e 6/2, em 1 hora e 34 minutos - e volta a uma final de Grand Slam após quatro anos e meio. Será a terceira de sua carreira, depois de ganhar os títulos de Wimbledon em 2011 e 2014.

A checa se emocionou ao lembrar do drama vivido há pouco mais de dois anos, quando correu o risco de parar de jogar tênis depois de sofrer graves ferimentos por faca na mão esquerda durante um assalto em sua casa na República Checa. "Eu ainda não estou acreditando que estou na final. É meio estranho, para ser honesta, porque eu não sabia nem mesmo se jogaria tênis de novo", disse Kvitova.

"Já faz cinco anos (desde a sua final de Grand Slam mais recente). Mas é por isso que eu trabalhei muito duro para estar de volta. É uma ótima sensação e estou muito feliz", comentou. "Para ser honesta, acho que poucas pessoas acreditavam que eu poderia fazer isso de novo, ficar em quadra, e não apenas jogar tênis, mas jogar nesse nível. Estou muito feliz por ter essas poucas pessoas ao meu redor", complementou.

Roger Federer comunicou neste domingo que vai voltar a jogar em Roland Garros, Grand Slam no saibro, que é disputado em Paris, na França. Será o retorno do suíço ao torneio, vencido por ele uma vez, em 2009, já que o ex-número 1 do mundo não disputa a competição desde 2015, quando caiu nas quartas de final.

"Estou em uma fase em que quero desfrutar. Também tenho a sensação que não preciso de um descanso longo, por isso vou jogar em Roland Garros", afirmou o tenista de 37 anos, eliminado nas oitavas de final do Aberto da Austrália, em Melbourne, neste domingo, pelo grego Stefanos Tsitsipas, atual número 15 no ranking da ATP.

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Federer se recuperava de lesão nas costas quando anunciou que não disputaria o Grand Slam francês de 2016. Nos dois anos seguintes, o suíço optou por abrir mão de competir em Paris para focar na temporada de torneios na grama - Wimbledon em especial. A estratégia funcionou em 2017, quando o veterano venceu a competição sediada em Londres, na Inglaterra.

Sobre a derrota para Tsitsipas, de apenas 20 anos, Federer disse que não ficou surpreso. O grego, que não sofreu nenhuma quebra de saque e salvou 12 break points na partida, saiu vitorioso por 3 sets a 1 - com parciais de 6/7 (11/13), 7/6 (7/3), 7/5 e 7/6 (7/5).

"Eu deveria ter ganhado o segundo set, isso me custou o jogo. Ele vem fazendo um ótimo trabalho no último um ano e meio. Ganhou do Novak Djokovic, do Kevin Anderson, do Alexander Zverev e agora de mim. É isso que precisa ser feito para chegar ao primeiro nível", elogiou o suíço.

Em busca de vencer pela segunda vez o Aberto da Austrália, Rafael Nadal bateu o checo Tomas Berdych, neste domingo (20), em Melbourne, por 3 sets a 0, parciais de 6/0, 6/1 e 7/6 (7/4). O espanhol, 17 vezes campeão de Grand Slams, avançou às quartas de final da competição.

O único título de Nadal no torneio aconteceu em 2009, mas é a 11ª vez que ele alcança essa fase na Austrália. Para repetir o feito na atual edição, o ex-número 1 do mundo, atual segundo colocado no ranking da ATP, ganhou os primeiros nove games disputados, início arrasador que permitiu ao espanhol abrir 2 a 0. O espanhol fechou o jogo ao superar Berdych no tie break do terceiro set, o mais acirrado da partida.

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O adversário de Nadal será o norte-americano Frances Tiafoe, que superou batalha travada por 3h39 contra o búlgaro Grigor Dimitrov. O jogo terminou com o placar de 3 sets a 2, parciais de 7/5, 7/6 (8/6), 6/7 (1/7) e 7/5.

Vai ser a primeira vez que Nadal e Tiafoe vão se enfrentar. O jovem norte-americano, que completou 21 anos neste domingo, avançou às quartas de final de um Grand Slam pela primeira vez na carreira.

Em outro duelo pelas oitavas de final, o espanhol Roberto Bautista superou o croata Marin Cilic por 3 sets a 2, parciais de 6/7 (6/8), 6/3, 6/2, 4/6 e 6/4. Nas quartas, o vencedor do confronto vai enfrentar o suíço Roger Federer ou o grego Stefanos Tsitsipas, adversários neste domingo.

Atual campeã do Aberto da Austrália, Caroline Wozniacki deixou a edição de 2019 do evento na terceira rodada em um confronto de ex-líderes do ranking da WTA. Nesta sexta-feira (18), a número 3 do mundo perdeu por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 6/3, para a russa Maria Sharapova, a 30ª colocada no ranking.

As tenistas oscilaram no confronto. No primeiro set, Wozniacki chegou a abrir 4/1, logo após converter break point no quarto game. Mas depois perdeu cinco seguidos, sendo superada por 6/4. Já na segunda parcial, a dinamarquesa fez 3/0, mas permitiu que Sharapova empatasse o placar em 3/3. Porém, Wozniacki converteu break point no décimo game, fazendo 6/4 e igualando o placar.

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No set decisivo, Sharapova quebrou o saque de Wozniacki no sétimo game e confirmou o seu na sequência, fazendo 5/3. Depois, converteu novo break point, no seu segundo match point no duelo, para fechar a partida.

Dona de cinco títulos de Grand Slam, incluindo a edição de 2008 do Aberto da Austrália, evento em que foi vice-campeã três vezes, Sharapova vai enfrentar nas oitavas de final a local Ashleigh Barty, a quem derrotou nos dois compromissos anteriores.

Nesta sexta-feira, a número 15 do mundo avançou pela primeira vez para esta etapa em Melbourne ao superar a grega Maria Sakkari, a 43ª colocada no ranking, por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/1, em 1 hora e 22 minutos, mesmo que tenha recebido atendimento médico durante o duelo.

Número 5 do mundo, a norte-americana Sloane Stephens sobreviveu a dois tie-breaks e a um início lento de jogo para se garantir nas oitavas de final do Aberto da Austrália ao derrotar a croata Petra Martic, a 32ª colocada no ranking, por 7/6 (8/6) e 7/6 (7/5), em 2 horas.

A próxima rival de Stephens vai ser a russa Anastasia Pavlyuchenkova, número 42 do mundo, que venceu fácil a bielo-russa Aliaksandra Sasnovich (33ª) por 2 sets a 0, com parciais de 6/0 e 6/3.

A checa Petra Kvitova, a número seis do mundo, também se garantiu nas oitavas de final do Aberto da Austrália ao vencer a suíça Belinda Bencic, a 49ª colocada no ranking, por 6/1 e 6/4, em apenas 1 hora e 8 minutos.

Nas oitavas de final, a sua oponente será a norte-americana Amanda Anisimova, de apenas 17 anos. A número 87 do mundo surpreendeu nesta sexta-feira ao derrotar a bielo-russa Aryna Sabalenka, a 11ª colocada no ranking por 6/3 e 6/2.

Quem também segue surpreendendo é a norte-americana Danielle Collins, que antes desta edição do Aberto da Austrália nunca havia vencido uma partida de Grand Slam. Agora, porém, a número 35 do mundo já está nas oitavas de final ao vencer a francesa Caroline Garcia (19ª) por 6/3 e 6/2.

O Aberto da Austrália terá início na noite deste domingo, pelo horário de Brasília - manhã de segunda-feira em Melbourne -, sob forte preocupação com o calor. Depois das recorrentes reclamações dos tenistas na edição de 2018, a organização do primeiro Grand Slam da temporada mudou seu sistema de medição de calor e prometeu medidas para amenizar o desconforto com as altas temperaturas que costumam marcar a competição.

Em dezembro, os termômetros assustaram os moradores do estado de Victoria, cuja capital é Melbourne. De acordo com o Bureau of Meteorology, da Austrália, as temperaturas superaram os 40ºC por quatro dias seguidos, algo que não acontecia há 90 anos na região.

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Para a primeira das duas semanas da competição, as previsões são mais amenas, com temperaturas superando os 30ºC. Mas o primeiro dia já promete 37ºC. "É sempre um calor muito forte na Austrália. No ano passado, tivemos temperaturas acima da casa dos 40ºC", disse o duplista Bruno Soares ao Estado.

O calor de 2018 causou polêmica por causa dos critérios utilizados pela organização para interromper jogos e até para fechar o teto retrátil das arenas, recurso geralmente usado somente em caso de chuva. Para alguns críticos, esta decisão na final acabou favorecendo o suíço Roger Federer, atual bicampeão, em detrimento do croata Marin Cilic.

Para esta edição, a organização prometeu maior clareza em seus critérios. Para tanto, mudou sua política de calor extremo e lançou a chamada Escala de Estresse Térmico, que leva em consideração temperatura, radiação solar, umidade e velocidade dos ventos. A medida vai de um a cinco, sendo este o registro do calor extremo.

Se a escala alcançar a marca de 4,0, o árbitro de cadeira deve aumentar o intervalo de descanso entre o terceiro e o quarto set, de dois para dez minutos, no jogos da chave masculina. No feminino e no juvenil, esta pausa ampliada ocorrerá entre a segunda e a terceira parcial da partida. Caso a escala alcance o 5,0, o duelo deverá ser paralisado.

De acordo com a organização, a medição do novo sistema será mais transparente, algo que não vinha acontecendo sob a política anterior. "O bem-estar de todos os jogadores no Aberto da Austrália é nossa maior prioridade", garante o diretor do torneio, Craig Tiley. "Por isso desenvolvemos essa nova escala depois de meses de pesquisas e testes."

Segundo Bruno Soares, que integra o Conselho de Jogadores da ATP, os novos critérios da política de calor da competição foram discutidas com os atletas. "O Aberto da Austrália nos enviou primeiro [as informações] antes de divulgar. Discutimos o assunto com eles, tiramos nossas dúvidas. Estamos em contato e confiamos no trabalho que estão desenvolvendo para encontrar a melhor solução para esta questão."

Outra novidade para este ano é a implementação na chave masculina do tie-break no quinto set, a ser finalizado em dez pontos, e não em sete, como geralmente acontece. A medida serve para impedir o prolongamento indefinido dos jogos, algo recorrente em Wimbledon. Nos jogos femininos, o tie-break será realizado na terceira parcial.

BRASILEIROS - O País terá apenas um representante em simples. Atual 176ª do mundo, Beatriz Haddad Maia "furou" o qualifying e estreará na chave principal contra a norte-americana Bernarda Pera, 69ª. Nas duplas, o Brasil terá a importante baixa de Marcelo Melo, ex-número 1 do mundo. Bruno Soares jogará ao lado do britânico Jamie Murray, como de costume, e Marcelo Demoliner vai formar parceria com o dinamarquês Frederik Nielsen.

Atual tenista número 1 da França e hoje 26º colocado do ranking mundial, Richard Gasquet anunciou nesta terça-feira (25) que não poderá disputar o Aberto da Austrália, Grand Slam que começa no próximo dia 14 de janeiro, em Melbourne.

O ex-Top 10 de 32 anos de idade, que já chegou a figurar em sétimo lugar na ATP, alegou que ainda está se recuperando de uma "espécie de pubalgia", problema que já o deixou de fora da final da Copa Davis, contra a Croácia, em Lille, no final do mês passado.

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"É uma lesão complicada. Tenho uma espécie de pubalgia no lado esquerdo, na altura do (músculo) adutor, muita inflamação nesta zona. Não é fácil acabar com ela, mas estamos fazendo o necessário para isso", afirmou Gasquet em entrevista à emissora Radio France.

Também a este veículo de comunicação do seu país, ele revelou que espera estar de volta às competições em fevereiro, pouco depois do término do Aberto da Austrália, que acaba em 27 de janeiro. "Houve algumas melhorias ultimamente, mas ainda há algumas áreas que me machucam. É uma pena não jogar e é duro ficar fora de torneios", lamentou.

Sem poder contar com Gasquet, a França acabou sendo derrotada pela Croácia na decisão da Copa Davis, em novembro, quando os visitantes venceram a melhor de cinco confrontos entre os dois países por 3 a 1.

Roger Federer levantou um troféu de Grand Slam pela 20ª vez em sua carreira neste domingo (28). O novo recorde veio com uma sofrida vitória sobre o croata Marin Cilic em cinco sets, com parciais de 6/2, 6/7 (5/7), 6/3, 3/6 e 6/1, na final do Aberto da Austrália. O tenista suíço defendeu o título conquistado em 2017 e chegou ao 6º troféu em Melbourne, se igualando aos recordes do sérvio Novak Djokovic e do australiano Roy Emerson - este antes da Era Aberta do tênis.

No total, o atual número dois do mundo ampliou o recorde de troféus de Grand Slam no masculino, de 19 para 20. Somente três mulheres superam esta incrível marca: a australiana Margaret Court (24), a norte-americana Serena Williams (23) e a alemã Steffi Graf (22). De quebra, Federer aumentou a vantagem sobre o rival Rafael Nadal, que tem 16. Na Austrália, o suíço venceu também em 2004, 2006, 2007, 2010 e no ano passado.

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A nova conquista destaca a longevidade do tenista recordista de Grand Slams no masculino. Aos 36 anos e 173 dias, ele é o segundo mais velho da Era Aberta a conquistar um torneio deste nível - está atrás apenas do australiano Ken Rosewall, campeão em Melbourne em 1972, aos 37 anos.

Para coroar todos estes números, Federer sofreu para conter a boa atuação do rival e as suas próprias oscilações em quadra, principalmente no segundo e no quarto sets. Exibindo grande forma no saque, o suíço soube controlar a parte mental após desperdiçar boas oportunidades em quase todos os sets e sacramentou o triunfo, para alegria da maior parte da torcida que o apoiou na Rod Laver Arena.

O JOGO - Com o teto retrátil fechado, em razão do calor (temperatura de 37 graus no início da final), Federer iniciou a final apostando na estratégia de acelerar cada ponto, atacando as devoluções do rival. E, diante do nervosismo do croata, o suíço foi bem-sucedido. Obteve duas quebras de saque em sequência e abriu 4/0 no placar com facilidade. Mesmo com confiança abalada, Cilic venceu dois games e evitou o "pneu" na primeira parcial do jogo, finalizada em apenas 24 minutos.

No segundo set, o croata equilibrou as ações, embora tivesse maior dificuldade para confirmar os seus serviços. Federer seguia pressionando o segundo saque, o que obrigava Cilic a caprichar no primeiro. O croata, por sua vez, quase não conseguia ameaçar os regulares saques do número dois do mundo.

O suíço, contudo, passou a oscilar no décimo game e até salvou um set point, após duas duplas faltas. No equilibrado tie-break, Federer hesitou e Cilic aproveitou o seu terceiro set point na parcial para empatar o duelo. Foi o primeiro set perdido pelo suíço na competição.

Na terceira parcial, o croata começou em alta, exibindo forte confiança, enquanto Federer demonstrava certo abatimento pelos erros seguidos. O equilíbrio, então, foi a marca dos primeiros games. Até que Cilic voltou a oscilar, abrindo brecha para a reação do suíço. Federer não desperdiçou a oportunidade e quebrou o saque no sexto game. Foi o suficiente para encaminhar o set, retomando a dianteira do placar da final.

O quarto set começou com o suíço na frente, com uma quebra logo no primeiro game. Após abrir 2/0, ele teve break points para fazer 3/0, mas perdeu as oportunidades que praticamente selariam sua vitória. Cilic, então, reagiu e devolveu a quebra no sexto game: 3/3. Mais confiante, ele obteve nova quebra no decisivo oitavo game e fez 5/3. Na sequência, confirmou seu saque, fechando o set e empatando novamente a disputada partida.

A quinta parcial começou com Federer dependendo mais do seu serviço, enquanto Cilic comandava as principais trocas de bola no fundo de quadra, no embalo de cinco games vencidos em sequência. O suíço, contudo, sustentou seu saque no começo, diferentemente do rival. Após fazer 2/0, o número dois do mundo cresceu em quadra, ao mesmo tempo em que o croata perdia rendimento.

Retomando o ritmo do começo do jogo, Federer foi para cima e faturou outra quebra. Ele fez 5/1 e não teve dificuldades para sacramentar a vitória e o título no game seguinte, ao fim de 3h03min de duelo. O suíço terminou a partida com 24 aces, contra 16 de Cilic. Porém, com menos bolas vencedoras: 41 a 45.

Simona Halep salvou três match points na terceira rodada contra Lauren Davis e outros dois diante de Angelique Kerber nas semifinais do Aberto da Austrália. Mas quando precisou fazê-lo novamente, contra Caroline Wozniacki, na decisão, não conseguiu. Na primeira chance em que a dinamarquesa teve para fechar o jogo neste sábado, a romena errou o golpe, selando a sua derrota por 7/6 (7/2), 3/6 e 6/4.

Halep estava naturalmente chateada após o jogo, mas depois refletiu sobre sua jornada nas últimas duas semanas e fez um balanço positivo. "Eu ainda posso sorrir. Está tudo bem. Eu chorei, mas agora estou sorrindo", disse.

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A romena, de 26 anos, também vai perder a liderança do ranking para Wozniacki na próxima atualização da lista da WTA e caiu nas três finais de Grand Slam na sua carreira - as outras foram em Roland Garros, em 2014, contra Maria Sharapova, e no ano passado, diante de Jelena Ostapenko.

Embora tenha sacado em vantagem de 4/3 no terceiro set da final deste sábado, Halep não se culpou pela derrota. Após passar mais de 11 horas em quadra nas seis partidas que antecederam a decisão em Melbourne, ela culpou o desgaste físico pela derrota.

"O corpo não estava 100%, porque tive muitos jogos longos. Os músculos estavam cansados. Os pés não estavam bons o suficiente. Mas mentalmente eu estava pronta. Eu sinto que posso enfrentar qualquer desafio. Eu posso jogar contra qualquer uma. Eu posso vencer qualquer uma".

Durante a sua participação no Aberto da Austrália, Halep falou diversas vezes sobre sua nova mentalidade e um estilo de jogo mais agressivo que vem adotando. Assim, garantiu que a derrota deste sábado foi diferente das anteriores. Além disso, ela a encarou de outro modo.

"Eu acho que foi tudo diferente", disse, comparando com as finais de Roland Garros. "Eu joguei melhor. Não me movimentei como queria porque não podia. Mas o jogo foi bom. A parte mental estava OK. Então eu penso ter melhorado muito esse torneio. Estou saindo da Austrália com muitos bons pensamentos e muitas coisas positivas porque o que eu fiz essas duas semanas, nunca fiz no passado".

Outras tenistas passaram pela atual situação de Halep. Kim Clijsters perdeu quatro finais de Grand Slam antes de vencer a primeira, enquanto Chris Evert acumulou três vices antes de ser campeã. "Eu quero vencer. Eu ainda estou perdendo e ainda estou esperando. Talvez na quarta terei sorte", concluiu a romena.

O brasileiro Marcelo Melo está fora da chave de duplas do Aberto da Austrália. Nesta terça-feira (23), o mineiro e o polonês Lukasz Kubot foram eliminados nas quartas de final com a derrota para o japonês Ben Mclachlan e o alemão Jan-Lennard Struff por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 6/7 (4/7) e 7/6 (7/5), em 2 horas e 52 minutos.

Nesta terça, Melo e Kubot tiveram um início lento na partida e perderam o saque logo no primeiro game. Ele ainda reagiram e igualaram o placar em 4/4 ao devolverem a quebra de serviço no oitavo game. Porém, tiveram o saque quebrado na sequência e acabarem sendo batidos por 6/4.

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O segundo set não teve quebras de serviço, com Melo e Kubot desperdiçando um break point. Mas eles se deram melhor no tie-break, vencido por 6/4, e igualaram o jogo. A terceira parcial também não registrou quebras de saque. Dessa vez, porém, Mclachlan e Struff triunfaram no tie-break, obtendo a classificação às semifinais do Aberto da Austrália.

"Eles jogaram realmente muito bem. Começamos a partida muito abaixo do que vínhamos jogando. Poderíamos ter iniciado muito melhor, para quem sabe já sair dominando e fazer um jogo diferente. A partir do segundo set passamos a jogar melhor, mas eles estavam mais confortáveis na partida, sacando melhor que nós. Então isso acabou sendo determinante. No terceiro set tivemos duas boas chances de break no 4/4, quando o jogo poderia ter sido decidido para o nosso lado. Depois, no tie break, acabou um ponto decidindo para o lado deles. Realmente, a dupla acaba definida por um ponto ou outro. Infelizmente hoje foi para eles, que também mereceram muito a vitória por terem jogado muito bem, especialmente nas horas de pressão. Fica mais um aprendizado e lição para nossa dupla. Aumentar novamente os treinos e focar no que acabamos pecando aqui para não acontecer novamente e continuar tendo boas chances de outros títulos grandes pela frente", disse o brasileiro.

Melo e Kubot haviam aberto da temporada 2018 com a conquista do título do Torneio de Sydney. O próximo evento deles será o Torneio de Roterdã, de nível ATP 500 e previsto para começar em 12 de fevereiro.

DUPLAS MISTAS - Também nesta terça-feira em Melbourne, o brasileiro Marcelo Demoliner avançou às quartas de final da chave de duplas mistas. O gaúcho e a espanhola Maria José Martínez Sanchez venceram fácil a taiwanesa Hao Ching Chan e o neozelandês Marcus Venus por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1, em apenas 45 minutos.

Os próximos adversários deles serão os australianos Storm Sanders e Marc Polmans. Bruno Soares e Ekaterina Makarova já estavam garantidos nas quartas de final, fase em que terão pela frente o francês Édouard Roger-Vasselin e a checa Andrea Sestini Hlavackova.

JUVENIS - Pela chave masculina de juvenis do Aberto da Austrália, o brasileiro Thiago Wild caiu na segunda rodada ao perder para o sul-africano Philip Henning por duplo 6/4. O País ainda representante vivo nesse evento, Igor Gimenez, que enfrentará o taiwanês Chun Hsin Tseng nas oitavas de final.

Rafael Nadal levou um susto neste domingo, mas venceu o argentino Diego Schwartzman e garantiu a vaga nas quartas de final do Aberto da Austrália e a posição de número 1 do mundo. Em seu duelo mais complicado em Melbourne até agora, o espanhol perdeu seu primeiro set e precisou de 3h51min para superar o 26º do ranking por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (4/7), 6/3 e 6/3.

Com a vitória, Nadal não perderá a liderança do ranking ao fim do primeiro Grand Slam do ano, mesmo que o suíço Roger Federer se sagre campeão. A disputa pela primeira colocação ficará para os próximos torneios do circuito, provavelmente nos Masters 1000 de Indian Wells e Miami, nos Estados Unidos.

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Nas quartas de final na Austrália, Nadal terá pela frente seu maior desafio em Melbourne até agora. Seu adversário será o croata Marin Cilic, atual vice-campeão de Wimbledon. Atual número seis do mundo, ele avançou na chave ao superar outro espanhol, Pablo Carreño-Busta, em outra batalha de quatro sets: 6/7 (2/7), 6/3, 7/6 (7/0) e 7/6 (7/3). O jogo durou 3h27min.

Será o sétimo duelo entre Cilic e Nadal no circuito. O espanhol leva boa vantagem, com cinco vitórias, contra apenas uma do croata, obtida em 2009. Os dois últimos confrontos foram disputados no ano passado, com triunfos do número 1 do mundo.

Sem nunca ter perdido um set para Schwartzman anteriormente, Nadal entrou em quadra neste domingo com amplo favoritismo. Mas o argentino de 25 anos, de apenas 1,70m de altura, vive seu melhor momento na carreira e não facilitou a vida do líder do ranking.

Tanto que o argentino sacou melhor ao longo da partida, com 12 aces, contra sete do espanhol. E registrou mais bolas vencedoras: 58 a 46. Também obteve três quebras de saque. Nadal, porém, fez a diferença na partida ao anotar sete. No total, cada um teve 18 chances de quebrar o serviço do rival.

O segundo set foi o mais equilibrado da partida, com três quebras para cada lado. Schwartzman levou a melhor no tie-break. Mas não conseguiu embalar nas duas parciais seguintes, que ficaram com o favorito.

"Foi uma grande batalha. Ele é um grande amigo meu", disse Nadal, ao elogiar a performance do argentino. "Esta foi a minha primeira grande partida do ano. Um jogo como esse provavelmente vai me ajudar [na briga pelo título] com a confiança de saber que posso resistir durante horas em quadra jogando em alta intensidade."

Outro tenista a garantir vaga nas quartas de final foi o britânico Kyle Edmund, uma das promessas da nova geração. Aos 23 anos, o tenista número 49 do mundo obteve seu melhor resultado num Grand Slam ao superar o italiano Andreas Seppi em quatro sets, com parciais de 6/7 (4/7), 7/5, 6/2 e 6/3.

Seu adversário nas quartas vai sair do confronto entre o búlgaro Grigor Dimitrov, atual número três do mundo, e o australiano Nick Kyrgios.

O espanhol Rafael Nadal avançou com facilidade às oitavas de final do Aberto da Austrália. Nesta sexta-feira (19), o número 1 do mundo enfrentou pouca resistência do bósnio Damir Dzumhur, o 30º colocado no ranking da ATP, e o derrotou por 3 sets a 0, com parciais de 6/1, 6/3 e 6/1, em 1 hora e 50 minutos.

Nadal, que foi finalista do Aberto da Austrália no ano passado e venceu o torneio em 2009, já conhece o seu próximo adversário em Melbourne. O espanhol terá pela frente o argentino Diego Schwartzman, o número 26 do mundo, que superou o ucraniano Alexandr Dolgopolov por 6/7 (1/7), 6/2, 6/3 e 6/3. O espanhol lidera o confronto direto por 3 a 0.

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Soberano em quadra, Nadal converteu dois break points, abriu 5/0 e só não aplicou um "pneu" no primeiro set porque Dzumhur venceu o sexto game, sucumbindo na sequência. Na segunda parcial, o espanhol fez 2/0, mas o bósnio ofereceu mais resistência, devolvendo a quebra de serviço para igualar o placar em 2/2. Mas Nadal voltou a se impor, converteu break points no quinto e nono games para triunfar por 6/3.

Em boa vantagem, o espanhol começou o terceiro set abrindo 3/0. Dzumhur ainda confirmou o seu serviço no quarto game, mas Nadal o atropelou na sequência, fechando a parcial em 6/1 e o jogo em 3 sets a 0.

Também nesta sexta em Melbourne, o búlgaro Grigor Dimitrov, o número 3 do mundo, se vingou do seu algoz no US Open de 2017 ao derrotar o russo Andrey Rublev, o 32º colocado no ranking, por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 4/6, 6/4 e 6/4, em 3 horas e 7 minutos.

O triunfo não foi fácil para Dimitrov, que nas duas rodadas anteriores havia passado por tenistas oriundos do qualifying. Mas ele conseguiu passar às oitavas de final e agora terá pela frente o vencedor do duelo entre o australiano Nick Kyrgios e o francês Jo-Wilfried Tsonga.

Número 11 do mundo, o espanhol Pablo Carreño Busta passou às oitavas de final ao derrotar o luxemburguês Gilles Muller, o 28º colocado no ranking, por 7/6 (7/4), 4/6, 7/5 e 7/5. Seu próximo rival em Melbourne vai sair do duelo entre o croata Marin Cilic e o norte-americano Ryan Harrison.

Já o italiano Andreas Seppi (76º) resistiu aos 52 aces de Ivo Karlovic (89º) para avançar às oitavas de final do Aberto da Austrália depois de uma batalha de 3 horas e 51 minutos em que superou o oponente em cinco sets por 6/3, 7/6 (7/4), 6/7 (3/7), 6/7 (5/7) e 9/7. Seu próximo rival vai ser o britânico Kyle Edmund (49º), que bateu o georgiano Nikoloz Basilashvili (61º) por 7/6 (9/7), 3/6, 4/6, 6/0 e 7/5.

Sete vezes campeã e atual detentora do título, a tenista norte-americana Serena Williams está fora do Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano, que tem início no próximo dia 15, em Melbourne. O anúncio foi feito pela própria organização do torneio nesta sexta-feira (5).

"Depois de competir em Abu Dabi percebi que apesar de estar muito próxima, ainda não estou onde pessoalmente quero estar", afirmou a tenista dos Estados Unidos por intermédio de um comunicado.

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"O meu treinador e a minha equipe sempre disseram 'você só poderá jogar quando estiver em totais condições'. Já posso competir, mas não quero só competir, quero fazer bem mais do que isso e para tal preciso de mais um pouco de tempo."

Serena, de 36 anos, tenta recuperar a melhor forma física, após se tornar mãe em setembro. Ela retomou as atividades em quadra nas últimas semanas do ano e até participou de uma exibição em Abu Dabi, na qual foi derrotada pela letã Jelena Ostapenko por 2 sets a 1, nos Emirados Árabes Unidos, no dia 30 de dezembro.

Mesmo exibindo grande disposição e preparo físico, a norte-americana mostrou falta de ritmo de jogo e demorou para "entrar" naquela partida. Sua meta era fazer o retorno oficial ao circuito em Melbourne, onde estava inscrita.

Com sua desistência, aumenta a lista de baixas no primeiro Grand Slam do ano. Nos últimos dias, o escocês Andy Murray e o japonês Kei Nishikori, ambos por causa de lesão, também anunciaram que não jogariam em quadras australianas. O sérvio Novak Djokovic, que perdeu parte da temporada passada em razão de problema físico, ainda é dúvida para o Aberto da Austrália.

Quase seis anos após a última decisão em um Grand Slam, Roger Federer e Rafael Nadal se reencontraram na final do Aberto da Austrália, realizado neste domingo. Após um duelo épico de mais de três horas e meia, o suíço venceu por 3 sets 2 o espanhol e conquistou seu 18º título de Grand Slam. Ao receber a taça, o campeão não poupou elogios ao seu adversário.

"Eu gostaria de felicitar o Rafa por um retorno incrível, acho que nenhum dois acreditava que estaríamos na final do Aberto da Austrália, quando estávamos em uma academia há quatro ou cinco meses. O tênis é um esporte difícil, não há empates, mas se houvesse um, eu teria sido feliz em aceitar um empate com Rafa esta noite, realmente", disse Federer, que venceu pela quinta vez o primeiro major da temporada.

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Com a vitória, o suíço pulou do 17.º lugar no ranking para o 10.º. A partida deste domingo foi a 100.ª do tenista no Aberto da Austrália, marca alcançada apenas pelo americano Jimmy Connors. A última vez que havia sido campeão no local fora em 2010 - as outras foram em 2004, 2006 e 2007.

A vitória neste domingo ainda ajudou a diminuir um pouco a freguesia para Nadal. A final em Melbourne foi a 35.ª partida entre eles e apenas a 12.ª vitória de Federer. Das nove finais de Grand Slam entre os arquirrivais (e amigos), são só três títulos para o suíço. Considerando todo o circuito, foi o oitavo título de Federer contra seu maior rival, em 22 decisões.

Não era só o fã de tênis que estava com saudade de uma final de Grand Slam entre Rafael Nadal e Roger Federer, numa das maiores rivalidades da história do esporte. Eles também não viam a hora de fazer, de novo, um jogo como o deste domingo, na final do Aberto da Austrália. Um duelo épico em Melbourne, que terminou com vitória do suíço por 3 sets a 2, com parciais de 6/4, 3/6, 6/1, 3/6 e 6/3. O último ponto, na linha, que precisou ser revisto no vídeo, foi só o desfecho de uma partida emocionante, em que os dois veteranos pareciam dar o melhor de si a cada ponto, principalmente no set final, em que o suíço esteve impecável, vencendo cinco games em sequência.

Foi um retorno e tanto para Roger Federer, que passou boa parte da temporada passada no estaleiro, por causa de uma lesão no joelho, sofrida justamente no Aberto da Austrália do ano passado. Foram três meses de afastamento entre janeiro e abril e depois mais seis meses sem jogar. Antes de estrear em Melbourne, ele não entrava em quadra no circuito da ATP desde Wimbledon.

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O suíço não vencia um Grand Slam desde 2012, quando ganhou em Wimbledon pela sétima vez. No Aberto da Austrália, sua única taça datava de 2010 - agora, é bicampeão. Nas seis edições seguintes, caiu cinco vezes na semifinal. Na busca pela 18.ª taça, nos últimos quatro anos, perdeu três decisões para Novak Djokovic. Na carreira, tem 89 títulos no circuito profissional.

Pelas condições físicas e o avançar da idade - está com 35 anos -, Federer pela primeira vez na carreira precisou lidar com a desconfiança. O influente jornal britânico The Telegraf, por exemplo, escreveu em maio a reportagem: "Por que Roger Federer nunca mais ganhará um Gran Slam". Quem duvidou do maior tenista de todos os tempos estava errado, claro.

Ao alcançar sua 18.ª taça de Grand Slam, Federer se isola ainda mais como o maior campeão de eventos major, abrindo folga sobre o próprio Nadal que, assim como Pete Sampras, tem 14 taças. São cinco títulos no Aberto da Austrália e também no US Open, sete em Wimbledon e apenas um em Roland Garros.

A vitória neste domingo ainda ajudou a diminuir um pouco a freguesia para Nadal. A final em Melbourne foi a 35.ª partida entre eles e apenas a 12.ª vitória de Federer. Das nove finais de Grand Slam entre os arquirrivais (e amigos), são só três títulos para o suíço - as outras vitórias haviam sido em Wimbledon. Considerando todo o circuito, foi o oitavo título de Federer contra seu maior rival, em 22 decisões.

Mesmo tendo jogado apenas seis torneios disputados nas últimas 52 semanas, Federer vai aparecer no 10.º lugar do ranking mundial na atualização da próxima segunda-feira, enquanto Rafael Nadal, ganhando três posições, será o sexto.

Ao alcançarem a final, porém, eles mostram que o Big Four do tênis segue ativo. Na campanha, o espanhol deixou para trás o francês Gael Molfins (sexto do ranking) e o canadense Milos Raonic (terceiro). Federer bateu o japonês Kei Nishikori (quinto) e o compatriota Stan Wawrinka (quarto). Nenhum dos dois deve nada, hoje, para Andy Murray ou Novak Djokovic, eliminados respectivamente pelo alemão Mischa Zverev e pelo usbeque Denis Istomin.

Os dois primeiros do ranking mundial chegaram a Melbourne como favoritos, mas quem brilhou no torneio inteiro foram os veteranos, jogando um tênis de primeiríssimo nível. Na final deste domingo, foram 37 break points, sendo 27 deles salvos. Muitos, óbvio, em momentos cruciais.

O jogo começou com os dois tenistas sacando bem e confirmando seus serviços. A primeira quebra veio só no sétimo game, com Federer aproveitando um erro não forçado de Nadal, abrindo 4/3. Nos seus dois serviços seguintes, o suíço só cedeu um ponto ao rival, garantindo o 6/4.

O segundo set foi de Nadal, que parecia ter estudado Federer no primeiro set para colocar tudo em prática a partir de então. Foram duas quebras seguidas, abrindo 4/0. O suíço não se encontrou, com baixo aproveitamento no saque e 15 erros não-forçados - contra quatro de Nadal. Ele até devolveu uma quebra no quinto game, mas viu o espanhol levar por 6/3.

O terceiro set poderia ter tido o mesmo destino se Federer não salvasse dois break points logo no primeiro game. O suíço ganhou moral, cresceu sobre Nadal, e foi ele a conseguir a quebra, no game seguinte. Depois, voltou a quebrar o espanhol no sexto game. Nadal tentou reagir, conseguiu dois break points no game seguinte, mas Federer estava determinado. Não só confirmou o saque como fez 6/1.

Com uma força mental que o torna um tenista único, Nadal renasceu no quarto set. Colocou Federer para correr no quarto set, angulando as jogadas. Com excelente aproveitamento no saque e errando pouco (apenas três erros não forçados no set), Nadal voltou ao jogo conseguindo a quebra no quarto game. Sem ser ameaçado, fechou em 6/3.

Antes do quinto set, Federer pediu atendimento e foi para o vestiário. Na volta, encontrou o espanhol determinado. Conseguiu dois break points logo no primeiro game, aproveitou um deles num erro do suíço e largou na frente. Federer tentou reagir no game seguinte, mas Nadal, com winners, salvou ambos e abriu 2/0.

As dores na coxa não cessaram e Federer novamente precisou pedir atendimento médico. Com 3/1 no placar e um rival machucado, Nadal parecia caminhar para mais uma vitória. Só que do outro lado estava o melhor tenista da história.

Federer devolveu a quebra no quarto game e mostrou que estava no jogo. Os dois pareciam ler onde o rival sacaria. Foram 15 break points no set, com o suíço aproveitando-os melhor. Quebrou o rival também no oitavo game, sacando para o jogo no nono. Nadal ainda tentou voltar à partida, teve duas chances de quebra, mas Federer respondeu com um ace e um winner. O espanhol ainda salvou um match point e acabou derrotado numa diagonal que bateu na linha.

Em uma grande partida que só acabou depois de uma longa batalha de 4 horas e 56 minutos, o espanhol Rafael Nadal sofreu muito, mas venceu o búlgaro Grigor Dimitrov por 3 sets a 2, com parciais de 6/3, 5/7, 7/6 (7/5), 6/7 (4/7) e 6/4, nesta sexta-feira, e garantiu vaga na final do Aberto da Austrália.

Com o triunfo, o nono cabeça de chave desta edição do Grand Slam realizado em Melbourne assegurou a disputa de uma decisão "retrô" com o suíço Roger Federer neste domingo, a partir das 6h30 (de Brasília), onde os dois lendários tenistas irão se reencontrar naquela que pode ser, para muitos, a última vez em que se enfrentam uma partida valendo o título de um dos quatro principais torneios do circuito profissional.

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Federer se credenciou para brigar pela taça na última quinta-feira ao passar pelo seu compatriota Stan Wawrinka, também por 3 sets a 2, na outra semifinal. Por ter jogado um dia antes, ele poderá chegar um pouco mais descansado à decisão, mas isso não o coloca como favorito diante do espanhol, que é considerado pelo próprio suíço o rival mais complicado que já encarou ao longo de sua carreira.

Longe do protagonismo que tiveram quando se revezavam na liderança do ranking mundial, Federer e Nadal entraram neste Aberto da Austrália sem ostentar o favoritismo que carregavam principalmente Andy Murray, atual número 1 da ATP, e Novak Djokovic, hexacampeão em Melbourne e hoje vice-líder do ranking.

Entretanto, o britânico e o sérvio foram eliminados de forma precoce em suas campanhas e viram Federer e Nadal indo abrindo caminho com atuações que lembraram o auge de suas carreiras. E, passo a passo, eles garantiram a disputa de uma antes tida como improvável final em Melbourne. Improvável não pelo histórico altamente vitorioso das gloriosas carreiras dos dois tenistas, mas sim pelas temporadas "discretas" que tiveram no ano passado.

Federer, que ficou seis meses sem jogar por ter operado o joelho, não conquistou nenhum título no ano passado, enquanto Nadal foi campeão de apenas dois torneios, ambos disputados em piso de saibro, sua especialidade, no Masters 1000 de Montecarlo e no ATP 500 de Barcelona.

A BATALHA - Para ter a chance de reencontrar o seu antigo adversário em uma decisão de Grand Slam, o que não acontecia desde 2011, quando se cruzaram na final de Roland Garros, Nadal precisou superar um inspirado Dimitrov nesta sexta-feira.

Favorito diante do atual 15º colocado do ranking da ATP, o ex-número 1 e hoje nono tenista do mundo só teve maior facilidade para bater o búlgaro no primeiro set, no qual confirmou todos os seus saques e converteu um de dois break points cedidos pelo adversário para fechar em 6/3.

A partir do segundo set, porém, Dimitrov começou a reagir de forma expressiva. Embora tenha sido superado com o serviço na mão por duas vezes na parcial, ele aproveitou três de sete oportunidades de ganhar games no saque do espanhol para fazer 7/5 e empatar o duelo.

Em seguida, o alto equilíbrio permaneceu no terceiro set, no qual cada tenista conquistou uma quebra de saque e assim eles forçaram a disputa do tie-break, no qual Nadal foi um pouco melhor para fechar em 7/5.

Dimitrov, entretanto, não se abalou e continuou jogando em altíssimo nível. E, desta vez os dois jogadores confirmando todos os serviços sem oferecerem nenhuma chance de quebra e provocaram um novo desempate no tie-break, no qual o búlgaro deu o troco ao liquidar em 7/4.

O quinto set, novamente muito parelho, teve Nadal e Dimitrov confirmando todos os seus saques até o oitavo game. O último deles, por sinal, foi o momento chave da partida. Colocando pressão no favorito, Dimitrov tinha dois break points para quebrar o saque de Nadal quando liderava em 4/3, mas o espanhol fez quatro pontos seguidos jogando de forma muito corajosa para empatar em 4/4 e devolver a pressão para o búlgaro.

E o 15º cabeça de chave acabou sucumbindo justamente a partir do nono game, no qual o seu adversário aproveitou a única chance de quebra que teve para fazer 5/4 e depois sacou para fechar o confronto em um game no qual o búlgaro salvou três match points antes de cair por 6/4 após cometer um erro não-forçado.

O alto número de erros não-forçados (69), por sua vez, pesaram para Dimitrov, pois ele contabilizou nada menos do que 79 winners, contra 45 bolas vencedoras do seu rival, que compensou isso cometendo bem menos erros não-forçados (43).

Forte com o saque na mão, Dimitrov também acumulou 20 aces, contra oito de Nadal, assim como ganhou 70% dos pontos que disputou quando encaixou o seu primeiro serviço. Reflexo do equilíbrio do duelo, o espanhol fez ao total apenas seis pontos a mais do que o búlgaro (185 a 179).

Essa foi a oitava vitória de Nadal em nove jogos com Dimitrov, que havia levado a melhor sobre o melhor sobre o espanhol justamente no confronto anterior entre o dois, no Torneio de Pequim do ano passado. Em 2014, por sua vez, o ex-líder do ranking mundial também havia superado o búlgaro nas quartas de final do Aberto da Austrália, então por 3 sets a 1.

LONGA E HISTÓRICA RIVALIDADE - Já na final de domingo diante de Federer, contra o qual desenhou uma das maiores rivalidades da história do tênis e do próprio esporte em todos os tempos, Nadal irá travar o 35º confronto, sendo que leva grande vantagem no retrospecto, com 23 vitórias e 11 derrotas. No último duelo entre os dois, porém, o suíço levou a melhor no Torneio de Basileia de 2015.

Atrapalhados por lesões e longe de viverem suas melhores fases, o espanhol e suíço não se cruzaram por nenhuma vez no ano passado, mas Nadal também traz como uma vantagem psicológica extra diante do lendário adversário o fato de que bateu o rival nas três vezes em que o enfrentou no Aberto da Austrália, na decisão de 2009 e nas semifinais de 2012 e 2014.

Nadal, entretanto, só conseguiu ser campeão em Melbourne uma vez, enquanto Federer já levantou a taça em quatro oportunidades, em 2004, 2006, 2007 e 2010. O espanhol ainda amargou dois vice-campeonatos no Grand Slam australiano, sendo o último deles em 2014, quando caiu diante do suíço Stan Wawrinka na decisão, depois de ter sido derrotado pelo sérvio Novak Djokovic na final de 2012.

Amigos fora de quadra, em detrimento da grande rivalidade que construíram dentro dela como dois dos maiores esportistas da história, Nadal e Federer já se enfrentam 11 vezes em torneios de Grand Slam. Além de ter batido o suíço por três vezes no Aberto da Austrália, o atual nono colocado do ranking mundial já passou pelo suíço em cinco confrontos em Roland Garros, em 2005, 2006, 2007, 2008 e 2011, assim como ainda faturou um título em Wimbledon ao bater Federer na decisão de 2008 em Londres.

E foi justamente na capital inglesa, por sinal, que Federer conseguiu as suas duas únicas vitórias sobre Nadal em duelos disputados entre os dois em eventos de Grand Slam. O atual 17º colocado da ATP passou pelo espanhol nas finais de 2006 e 2007 do tradicional torneio realizado na Inglaterra.

Mas, independentemente do retrospecto entre os dois, o reencontro de domingo entre Federer e Nadal é um jogo imperdível para os fãs de tênis em todo o mundo. E, como o próprio suíço definiu após passar por Wawrinka nas semifinais ao comentar como seria uma possível decisão com o velho rival, será um duelo "épico" e histórico entre os dois, que farão muita gente acordar bem cedo, pelo menos no Brasil, para acompanhar o confronto pela TV.

A norte-americana Bethanie Mattek-Sands e a checa Lucie Safarova faturaram nesta sexta-feira (27) o bicampeonato do torneio de duplas femininas do Aberto da Austrália. Campeãs desta disputa do Grand Slam realizado em Melbourne também em 2015, as duas tenistas conquistaram o feito ao vencerem na decisão a checa Andrea Hlavackova e a chinesa Shuai Peng por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 6/7 (4/7), 6/3 e 6/3.

Esse foi, por sinal, o quarto título de Grand Slam desta parceria no circuito profissional, no qual Mattek-Sands e Safarova também ficaram com a taça do US Open do ano passado, em Nova York, e ainda triunfaram na chave feminina de simples da edição de 2015 de Roland Garros, em Paris.

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Cabeças de chave número 2 em Melbourne, Mattek-Sands e Lucie Safarova confirmaram favoritismo apenas após 2h14min de confronto nesta sexta. Elas acabaram surpreendidas por Hlavackova e Peng, listadas como 12ª dupla pré-classificadas, com uma derrota no tie-break do primeiro set, mas depois reagiram nas duas parciais seguintes, nas quais aproveitam cinco chances de quebrar o saque das adversárias para aplicar o duplo 6/3 que liquidou o duelo.

Também nesta sexta-feira foram definidos os finalistas do torneio de duplas mistas do Aberto da Austrália. Uma das duplas que se garantiu na luta pelo título foi a formada pelo croata Ivan Dodig e a indiana Sania Mirza, cabeças de chave número 2, que derrotaram os australianos Sam Groth e Samantha Stosur por 2 sets a 1, com 6/4, 2/6 e 10/5.

Os seus adversários na decisão de domingo serão o colombiano Juan Sebastián Cabal e a norte-americana Abigail Spears, que na outra semifinal do dia venceram a ucraniana Elina Svitolina e o australiano Chris Guccione com parciais de 7/6 (7/1) e 6/2.

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