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Em busca de voltar ao top 15 do ranking mundial, Beatriz Haddad Maia avançou às oitavas de final do WTA 500 de Tóquio ao vencer a anfitriã Yuki Naito por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/2, no início da manhã desta terça-feira (horário de Brasília). A próxima adversária da brasileira será outra japonesa, a ex-número 1 do mundo Naomi Osaka, atual 48ª colocada.

Após chegar às quartas de final do WTA 250 de Portoroz, na Eslovênia, e ser eliminada pela romena Ana Bogdan, Bia iniciou a semana subindo duas posições no ranking e alcançando o 16º lugar, um posto atrás de sua melhor colocação da carreira, o 15º lugar atingido em agosto. Caso termine o torneio no Japão como campeã, pode subir para a 13ª posição.

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A paulista é a cabeça de chave número 5 do campeonato, que conta com a participação de Paula Badosa, Veronika Kudermetova, Garbiñe Muguruza e Caroline Garcia como cabeças de 1 a 4, respectivamente. Todas já avançaram às oitavas de final. Bia também participará da disputa por duplas, ao lado da chinesa Zhang Shuai, com quem desafiará a grega Despina Papamichail e a mexicana Fernanda Contreras Gomez na madrugada de quarta-feira.

No duelo desta terça com Yuki Naito, Beatriz Haddad Maia teve paciência para encaixar seu jogo no primeiro set e, após buscar o empate três vezes, conseguiu ficar em vantagem ao quebrar o serviço da adversária no sétimo game. Com tranquilidade, fechou a parcial em 6/4. O set seguinte foi ainda mais tranquilo, com grande domínio da canhota brasileira, que teve uma quebra logo no primeiro game, abriu 2 a 0 e não saiu mais da frente do placar até garantir triunfo por 6/2.

Rival de Bia nas oitavas, Naomi Osaka mal jogou para avançar de fase. Isso porque sua adversária, a australiana Daria Saville, sofreu uma lesão no joelho ainda no início da partida, quando a japonesa vencia o primeiro set por 1 a 0, e teve de abandonar o duelo.

Se nas últimas edições dos Jogos Olímpicos o protagonismo do evento ficou com dois homens, Michael Phelps e Usain Bolt, desta vez o bastão deve ir para duas mulheres: Katie Ledecky, da natação, e Simone Biles, da ginástica artística. Ambas devem ampliar suas coleções de medalhas olímpicas e sair de Tóquio como as maiores atletas da Olimpíada. Além disso, a tenista japonesa Naomi Osaka é a maior estrela da delegação dos anfitriões dos Jogos. Essa troca de reinado se dá em um momento favorável às mulheres no esporte.

No Japão, a participação feminina será recorde na quantidade e proporção de atletas e mostra um caminho sem volta para a igualdade de gêneros no esporte. E isso só foi possível porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu diminuir as vagas masculinas e ampliar a oferta de modalidades para as mulheres.

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Do contingente de quase 11 mil atletas, 48,8% do total são mulheres, enquanto os homens representam 51,2%. A previsão é que na próxima edição dos Jogos, em Paris, em 2024, as vagas sejam divididas pela metade, levando a uma participação recorde das mulheres nos Jogos. E até por isso o fato de as grandes estrelas em Tóquio serem mulheres aumenta essa expectativa pela igualdade.

"Isso é incrível e acho que podemos crescer ainda mais. Eu sou de uma modalidade que quase não é praticada por mulheres no Brasil e meu objetivo é inspirar outras garotas. Quero poder olhar para trás e ver que ajudei outras atletas a chegarem longe", comenta Ana Sátila, atleta brasileira da canoagem slalom. "As mulheres podem fazer muita história nesta edição", continua.

Se nos Jogos do Rio-2016 a ginasta Simone Biles, dos Estados Unidos, já chocou o mundo ao ganhar quatro medalhas de ouro e uma de bronze, em Tóquio ela tem tudo para superar esse feito e sair da Olimpíada como o grande nome do evento. A expectativa em torno dela é tão grande que a ginástica artística foi incluída como evento de alta demanda, como a cerimônia de abertura ou final masculina do basquete, por exemplo.

Quem também deve sair gigante dos Jogos é a nadadora Katie Ledecky, dos Estados Unidos. No Rio, em 2016, ela subiu cinco vezes ao pódio, sendo quatro vezes no lugar mais alto. Agora no Japão, ela tem tudo para no mínimo igualar sua marca e aumentar a quantidade de conquistas na sua carreira. Será a grande estrela na piscina do Centro Aquático.

Já Naomi Osaka é vista no Japão como um fenômeno do esporte ao se tornar a primeira atleta do país a ganhar um torneio Grand Slam de simples, quando faturou o US Open de 2018 - feito que repetiria em 2020. Dona também dos títulos do Aberto da Austrália (2019 e 2021), ela faz tanto sucesso no Japão que tem até a sua própria linha de bonecas Barbie. Para os Jogos Olímpicos, é forte candidato ao ouro.

Esse protagonismo feminino nos Jogos está motivando campanhas nas redes sociais para ampliar as notícias sobre mulheres no esporte. A Vivo, empresa de telefonia, criou o projeto "4%", numa referência a dados na Unesco que apontam que apenas 4% das notícias esportivas no mundo são sobre mulheres. Para ampliar essa visibilidade, a companhia criou um bot no Twitter, o @4porcento_bot. "Quando marcado por um usuário ao ver tweets sobre o universo esportivo masculino, responderá à publicação com uma sugestão de matéria sobre o esporte feminino produzida por perfis especializados", diz.

O movimento "JogueComElas" está tentando reverter essa situação e a partir disso inspirar novas atletas a seguirem os passos de Biles e Ledecky, por exemplo. Na delegação brasileira, o número de mulheres também é recorde para uma edição realizada fora do País. Algo bem diferente do que ocorreu décadas atrás, nos Jogos de 1964, também disputados em Tóquio.

Na ocasião, Aida dos Santos era a única mulher na delegação brasileira junto com outros 67 homens. Para piorar, sua situação era inferior a de todos os outros. "Tenho lembranças boas por participar de uma Olimpíada, mas tristes porque estava sozinha na delegação em Tóquio, sem técnico, sem ninguém da minha modalidade, sem material para competir. Chorei muito", contou ao Estadão em entrevista no final do ano.

Na disputa, Aida se machucou e contou com a ajuda de uma atleta de Cuba, que lhe ajudou com um médico de sua delegação. Recuperada, ela ficou na quarta colocação no salto em altura, melhor resultado do Brasil na modalidade por mais de 30 anos. Se ela tivesse tido o mínimo apoio, talvez tivesse conquistado a medalha. A história de superação da atleta virou documentário e ela até ganhou este ano da Centauro o "uniforme que nunca existiu", confeccionado especialmente para ela.

Bruna Takahashi, atleta do tênis de mesa do Brasil, vê a história de Aida como inspiração. "A gente sempre teve potencial, mas não enxergavam isso. A gente pode e tem sim força. A Simone Biles mostrou isso, agora só se fala das medalhas que ela ganhou. Na época da Aida as coisas não eram fáceis, imagina se ela tivesse tido a oportunidade que nós temos hoje", diz.

A trajetória de Aida dos Santos serve de inspiração hoje para as 142 mulheres do Time Brasil que representarão o País em Tóquio. E também mostra que as novas estrelas femininas dos Jogos chegaram até aqui pelas portas que foram abertas pelas gerações passadas, geralmente tendo de passar por cima de preconceitos e machismos. Agora, é hora delas ocuparem o Olimpo das estrelas e brilharem.

O tão esperado duelo entre Serena Williams, ex-número 1 do mundo, e Ashleigh Barty, a atual líder do ranking da WTA, pelas semifinais do Yarra Valley Classic, um dos três WTA 500 que estão sendo disputados de forma simultânea em Melbourne, não irá acontecer. A americana desistiu da partida desta sexta-feira (5), alegando uma lesão no ombro direito, e tenta se poupar para o Aberto da Austrália, que começa nesta segunda.

Durante a semana em Melbourne, Serena fez três jogos e venceu a russa Daria Gavrilova, a búlgara Tsvetana Pironkova e a americana Danielle Collins. Mas não aguentou o ritmo, já que mais cedo nesta sexta-feira havia batido a compatriota por 2 sets a 1 - com parciais de 6/2, 4/6 e 10 a 6 no match tie-break -, pelas quartas de final.

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Com isso, Barty, que derrotou a americana Shelby Rogers por 2 sets a 1 - parciais de 7/5, 2/6 e 10 a 4 no match tie-break -, nas quartas, já garante uma vaga na final do WTA 500, que acontece no complexo do Melbourne Park. A número 1 do mundo espera pela vencedora do confronto entre a espanhola Garbiñe Muguruza e a checa Marketa Vondrousova, que acontecerá neste sábado.

Para chegar às semifinais, Muguruza venceu uma reedição da final de 2020 do Aberto da Austrália contra a americana Sofia Kenin por 2 sets a 0, com um duplo 6/2, e Vondrousova garantiu vaga superando a argentina Nadia Podoroska por 4/6, 6/3 e 10 a 4 no match tie-break.

OSAKA INVICTA - Em ótima fase no circuito profissional, a japonesa Naomi Osaka garantiu vaga nas semifinais do Gippsland Trophy, outro dos três WTA 500 da semana em Melbourne. A número 3 do mundo avançou na competição depois de vencer a romena Irina Camelia Begu por 7/5 e 6/1. A sua rival será a belga Elise Mertens, número 20 do ranking, que derrotou a quinta colocada Elina Svitolina por 6/3, 5/7 e 10 a 6 no match tie-break.

"Minha adversária foi muito complicada para mim. Eu nunca havia jogado contra ela antes. Então, só de não ter que jogar aquele tie-break de 10 pontos, eu já fico muito aliviada", disse Osaka ao destacar a mudança de regra para os torneios dessa semana. A WTA adotou um match tie-break no lugar do terceiro set para acelerar a programação antes do Aberto da Austrália.

Osaka está invicta há quase um ano. Sua última derrota foi no dia 7 de fevereiro de 2020 para a espanhola Sara Sorribes, pela Fed Cup. A japonesa disputou poucos torneios desde então, mas já defende uma invencibilidade de 14 partidas, com destaque para o título do US Open do ano passado.

A surpresa na rodada foi a eliminação da romena Simona Halep. A número 2 do mundo sofreu uma dura derrota por 6/2 e 6/1 para a russa Ekaterina Alexandrova, 33.ª do ranking, que enfrenta nas semifinais a estoniana Kaia Kanepi, que sequer precisou entrar em quadra, beneficiada pela desistência da checa Karolina Muchova, com uma lesão abdominal.

Após quase um ano parada, a número 1 do mundo está de volta às quadras de forma oficial. Nesta terça-feira (2), a australiana Ashleigh Barty conseguiu uma boa vitória na estreia do Yarra Valley Classic, um dos três WTA 500 que a cidade de Melbourne recebe nesta semana. Ela marcou um duplo 6/3 contra a romena Ana Bogdan, 93ª do ranking, em 1 hora e 17 minutos.

Barty não disputava um torneio oficial desde o final de fevereiro do ano passado, quando foi semifinalista em Doha, no Catar. Isso aconteceu pouco antes de o circuito profissional ser paralisado por cinco meses devido à pandemia do novo coronavírus e a australiana preferiu não atuar nas competições do segundo semestre, por conta do risco de contaminação pela Covid-19 e das rígidas normas de quarentena na Austrália.

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"Eu me diverti muito aqui hoje (terça-feira) e acho que senti muito a falta de vocês também", disse Barty. "Este é um dos meus lugares favoritos para jogar no mundo inteiro. E depois de 11 ou 12 meses sem jogar, eu estava sentindo falta dessa sensação de vir aqui e competir", acrescentou.

A próxima adversária de Barty será a checa Marie Bouzkova, cabeça 16 do torneio e 52.ª do ranking. A tenista da República Checa venceu a espanhola Aliona Bolsova, 106ª colocada, por 2 sets a 1 - com parciais de 6/3, 6/7 (6/8) e 6/2.

Em outro torneio desta semana, o Gippsland Trophy, a japonesa Naomi Osaka, atual campeã do US Open, passou sem sustos pela francesa Alizé Cornet, superando a estreia com um duplo 6/2 em 1 hora e 11 minutos. Depois de vencer o seu primeiro jogo oficial desde o título em Nova York, a atual número 3 do mundo medirá forças com a britânica Katie Boulter, que foi a responsável pela eliminação da americana Coco Gauff.

A belga Elise Mertens foi outra das favoritas que avançou às oitavas de final. Sétima pré-classificada, ela superou a japonesa Mayo Hibi com um duplo 6/2. Sua próxima adversária será a francesa Caroline Garcia, que fez valer a condição de cabeça de chave 12 e venceu a húngara Timea Babos com duplo 6/4.

Depois de vencer as últimas 15 partidas que disputou, fechando 2020 com dois títulos seguidos e abrindo 2021 com uma conquista em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, a bielo-russa Aryna Sabalenka voltou a sentir o gosto amargo de uma derrota. Ela foi superada em sua estreia pela estoniana Kaia Kanepi, com parciais de 6/1, 2/6 e 6/1.

O segundo título do US Open na carreira, obtido no último sábado (12) com a vitória sobre a bielo-russa Victoria Azarenka, rendeu bons frutos para a japonesa Naomi Osaka no ranking da WTA. Na atualização divulgada nesta segunda-feira (14) pela entidade, a agora bicampeã do Grand Slam disputado em Nova York ganhou seis posições e aparece com a número 3 do mundo.

Com 5.780 pontos, Osaka fica mais próxima do objetivo de voltar a ser a primeira colocada do ranking - posição alcançada depois da conquista do primeiro título no US Open, em 2018. Logo à frente da japonesa está a romena Simona Halep, com 6.356 pontos. A liderança é da australiana Ashleigh Barty com 8.717. Por causa do medo de contaminação pela covid-19, as duas tenistas preferiram não disputar o torneio em Nova York neste ano.

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Com os pontos obtidos, Osaka deixou para trás a checa Karolina Pliskova, a americana Sofia Kenin, a ucraniana Elina Svitolina, a canadense Bianca Andreescu, a holandesa Kiki Bertens e a também americana Serena Williams. Todas estas perderam uma posição e o Top 10 é completado pela suíça Belinda Bencic.

Outro destaque da atualização do ranking foi Azarenka. Com o vice no US Open, a ex-número 1 do mundo voltou ao Top 20. A bielo-russa ganhou 13 colocações, saindo do 27.º para o 13.º lugar. Semifinalista do torneio, a americana Jennifer Brady também subiu bastante na lista - ganhou 16 posições e agora ocupa a 25.ª colocação.

BRASIL - Depois de nove vitórias seguidas, com direito a um título - do ITF de Montemor-O-Novo, em Portugal -, a paulista Beatriz Haddad Maia perdeu no domingo a final do Torneio de Figueira da Foz, também em solo português, para a espanhola Georgina Garcia. Mas os bons resultados a fizeram ganhar várias colocações no ranking - ganhou 733 lugares e agora ocupa a 609.ª posição.

As disputas dos dois torneios em Portugal foram os primeiros de Bia Haddad desde a sua volta ao circuito profissional depois de mais de um ano de ausência - recebeu uma punição de 10 meses por doping e, com a paralisação da temporada por conta da pandemia do novo coronavírus, ficou afastada das quadras por 13 meses.

A número do Brasil segue sendo a gaúcha Gabriela Cé. Ela ganhou quatro posições na atualização desta segunda-feira e ocupa o 230.º lugar.

Confira o ranking da WTA:

1.ª - Ashleigh Barty (AUS) - 8.717 pontos

2.ª - Simona Halep (ROM) - 6.356

3.ª - Naomi Osaka (JAP) - 5.780

4.ª - Karolina Pliskova (RCH) - 5.205

5.ª - Sofia Kenin (EUA) - 4.700

6.ª - Elina Svitolina (UCR) - 4.580

7.ª - Bianca Andreescu (CAN) - 4.555

8.ª - Kiki Bertens (HOL) - 4.335

9.ª - Serena Williams (EUA) - 4.080

10.ª - Belinda Bencic (SUI) - 4.010

11.ª - Petra Kvitova (RCH) - 3.736

12.ª - Aryna Sabalenka (BIE) - 3.615

13.ª - Johanna Konta (GBR) - 3.152

14.ª - Victoria Azarenka (BIE) - 3.122

15.ª - Madison Keys (EUA) - 2.962

16.ª - Petra Martic (CRO) - 2.850

17.ª - Garbiñe Muguruza (ESP) - 2.771

18.ª - Elena Rybakina (KAZ) - 2.501

19.ª - Marketa Vondrousova (RCH) - 2.378

20.ª - Elise Mertens (BEL) - 2.360

230.ª - Gabriela Cé (BRA) - 271

373.ª - Teliana Pereira (BRA) - 126

609.ª - Beatriz Haddad Maia (BRA) - 52

Uma campeã inédita em um jogo que valerá também o posto de número 1 do mundo. Assim será o confronto entre a japonesa Naomi Osaka e a checa Petra Kvitova pela final do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada. Nesta quinta-feira, em Melbourne, as duas se classificaram à decisão de forma distintas nas semifinais. A tenista oriental teve trabalho para bater a também checa Karolina Pliskova e a europeia passeou contra a norte-americana Danielle Collins.

Osaka segue imbatível em Grand Slams. Atual campeã do US Open, em Nova York, a japonesa conseguiu a sua 13.ª vitória seguida em Majors ao derrotar Pliskova por 2 sets a 1 - com parciais de 6/2, 4/6 e 6/4, após 1 hora e 53 minutos. E buscará um feito no tênis que não acontece desde 2001, quando a compatriota Jennifer Capriati foi a última a vencer seu segundo Slam logo na sequência da primeira conquista.

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Só que Osaka terá um grande desafio pela frente neste sábado. Ela vai encarar uma tenista que ainda não perdeu um set sequer na competição. Kvitova ganhou de Collins por 2 sets a 0 - com parciais de 7/6 (7/2) e 6/2, em 1 hora e 34 minutos - e volta a uma final de Grand Slam após quatro anos e meio. Será a terceira de sua carreira, depois de ganhar os títulos de Wimbledon em 2011 e 2014.

A checa se emocionou ao lembrar do drama vivido há pouco mais de dois anos, quando correu o risco de parar de jogar tênis depois de sofrer graves ferimentos por faca na mão esquerda durante um assalto em sua casa na República Checa. "Eu ainda não estou acreditando que estou na final. É meio estranho, para ser honesta, porque eu não sabia nem mesmo se jogaria tênis de novo", disse Kvitova.

"Já faz cinco anos (desde a sua final de Grand Slam mais recente). Mas é por isso que eu trabalhei muito duro para estar de volta. É uma ótima sensação e estou muito feliz", comentou. "Para ser honesta, acho que poucas pessoas acreditavam que eu poderia fazer isso de novo, ficar em quadra, e não apenas jogar tênis, mas jogar nesse nível. Estou muito feliz por ter essas poucas pessoas ao meu redor", complementou.

Naomi Osaka se tornou neste sábado a primeira japonesa a vencer o US Open ao derrotar a norte-americana Serena Williams por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4. A vitória ainda teve um gosto especial para a jovem de 20 anos, que conseguiu bater seu principal ídolo.

No entanto, em vez de comemorar o feito inédito e histórico para seu país, a tenista se desculpou. A partida foi carregada de tensão especialmente no segundo set e ficou marcada pela discussão de Serena com o árbitro da partida. Por conta das fortes reclamações, a norte-americana perdeu um game no segundo set e facilitou o trabalho de Osaka.

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As duas tenistas choraram ao término da partida e a norte-americana abraçou a japonesa. Visivelmente constrangida no palco montado para a premiação, Osaka mal sorriu durante a cerimônia, agradeceu a multidão por assistir à partida e pediu desculpas. "Eu sei que todo mundo estava torcendo por ela, e eu sinto muito ter que terminar assim", disse.

Serena, de 36 anos, disputou sua 31ª final de Grand Slam, a nona somente em Nova York, e buscava a sétima taça do US Open. A tenista japonesa levantou pela segunda vez uma troféu do circuito. Em março, ela faturou o Torneio de Indian Wells.

Embalada por essa primeira conquista, dois dias depois, Osaka bateu Serena em Miami, no único encontrou até então entre as tenistas. A japonesa ocupa atualmente a 19ª colocação no ranking, mas deverá aparecer em sétimo lugar após a atualização na segunda-feira. Serena, ex-número 1, avançará do 26º para o 16º lugar.

O título do Grand Slam é mais um passo que Osaka dá em direção à Serena. Atualmente, ela tem como técnico Sascha Bajin, que ganhou fama no circuito ao ser rebatedor da norte-americana por oito anos. Com Osaka, ele realiza seu primeiro trabalho como técnico principal, desde o fim do ano passado.

Osaka nasceu no Japão, na cidade que carrega no sobrenome, mas foi morar nos Estados Unidos aos três anos de idade. Ela tem dupla nacionalidade, porém se sente mais à vontade falando inglês do que japonês.

Assim como Serena, Naomi tem uma irmã no circuito profissional, Mari Osaka, 367ª do ranking. Na infância, as duas eram constantemente comparadas às irmãs Williams. Não por caso. O pai das japonesas, Leonard François, se inspirou no pai de Serena e Venus, Richard Williams, para tornar suas duas filhas tenistas profissionais. Para Osaka, agora, 'só' faltam mais 22º títulos de Grand Slam para igualar Serena.

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