As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 30, revertendo as quedas do início da sessão provocadas por dados negativos. No entanto, os índices acabaram ganhando força com o avanço da Apple, que liderou um rali nas ações de tecnologia. Na quarta-feira, 1º de maio os investidores estarão atentos à decisão de política monetária do Federal Reserve.
O índice Dow Jones ganhou 21,05 pontos (0,14%) e fechou a 14.839,80 pontos, avançando 1,79% no mês. O S&P 500 teve alta de 3,96 pontos (0,25%), fechando a 1.597,57 pontos, uma nova máxima histórica. No mês, o índice subiu 1,81%, o sexto ganho mensal consecutivo, o que não acontecia desde setembro de 2009. E o Nasdaq avançou 21,77 pontos (0,66%), encerrando a sessão a 3.328,79 pontos, o maior nível desde novembro de 2000. O índice teve alta de 1,88% em abril.
##RECOMENDA##O dia havia começado em tom negativo após um balanço decepcionante da gigante farmacêutica Pfizer e a queda no índice ISM de atividade do setor industrial de Chicago para 49,0 em abril, de 52,4 em março, contrariando a previsão dos economistas de avanço para 52,8.
Por outro lado, o otimismo começou a aparecer após o índice de confiança do consumidor, medido pelo Conference Board, subir para 68,1 em abril, de uma leitura revisada de 61,9 em março, superando a previsão de uma avanço mais modesto do indicador, para 62,0.
No noticiário corporativo, a Pfizer anunciou que teve alta de 53% no lucro no primeiro trimestre, para US$ 2,75 bilhões. O crescimento nos ganhos foi puxado pelas operações na China. A companhia, porém, reduziu suas projeções de resultados para 2013. Com isso, suas ações fecharam em queda de 4,53%.
As ações da Avon subiram 4,16% após a empresa anunciar que passou de lucro de US$ 26,5 milhões no primeiro trimestre de 2012 para prejuízo de US$ 13,7 milhões em igual período deste ano, em função da desvalorização da moeda da Venezuela e custos de reestruturação. Os números, porém, vieram melhores que o esperado e o Brasil foi citado como um país onde as operações crescem.
Já o papel da Apple avançou 2,94%, para US$ 442,59, o maior nível em um mês. A companhia lançou nesta terça-feira uma emissão de US$ 17 bilhões em um bônus dividido em seis partes, segundo fontes ouvidas pela Dow Jones. Se o volume se confirmar, será o maior na história de dívidas corporativas nos EUA, superando a emissão de US$ 16,5 bilhões da farmacêutica Roche Holdings, em 2009. As ações da Apple já subiram 14% desde o início da semana passada.
A Microsoft, cujos papeis avançaram 10% no mesmo período, fechou com alta de 1,47% nesta terça-feira. IBM e Intel subiram 1,69% e 0,80%, respectivamente. "Estamos começando a ver uma busca por pechinchas no setor de tecnologia e, se isso for sustentável, pode impulsionar o mercado de ações", disse Jason Ware, estrategista do Albion Financial Group.
Para alguns investidores a recente força do mercado acionário reflete a crença entre muitos no mercado de que qualquer onda de vendas terá vida curta, especialmente na medida em que bancos centrais ao redor do mundo injetam liquidez no sistema financeiro global. Os investidores aguardam agora a decisão de política monetária do Federal Reserve amanhã e do BCE na quinta-feira. As informações são da Dow Jones.