Tópicos | Aliança Programática

As lideranças do PSB, do Rede Sustentabilidade e do PPS realizam, neste sábado (22), o 1º Seminário Regional Programático, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. No evento serão debatidas, com as representações da região Sul do Brasil, as diretrizes para a construção do Programa de Governo da legenda, apresentadas no dia 4 de fevereiro. O encontro será comandado pelo presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), e o presidente nacional do PPS, o deputado Roberto Freire. 

O evento está marcado para às 9h e será transmitido, ao vivo, pela TV João Mangabeira, Portal PSB 40 e no site do Rede Sustentabilidade. Os próximos seminários, vão acontecer no Rio de Janeiro (15 de março), Recife (5 de abril), Goiânia (12 de abril) e Manaus (26 de abril).

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A participação da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC) como candidata a vice-presidente na chapa para disputar o Palácio do Planalto, ainda não foi confirmada pelos socialistas e adeptos ao Rede Sustentabilidade, no entanto a possibilidade de que isso aconteça não é negada por eles. Especula-se, na imprensa, que o anúncio da postulação da líder acriana aconteça no próximo dia 4, quando a aliança programática divulgará as diretrizes para a construção do programa de governo da chapa

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“Não tem nada de definido com relação à data para aceitar ser vice ou não. A questão dela compor a chapa como vice é uma possibilidade concreta e faz até parte da aliança que o Rede fez com o PSB. Não vamos atropelar o processo, primeiro tem a questão programática. A definição de chapas no momento adequado vai surgir”, afirmou um dos articuladores do Rede em Pernambuco, Roberto Leandro. 

A composição se desencadeou porque, na ocasião da aliança do Rede com o PSB, a postulação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao posto de presidente da República já estava colocada. “Não tenho a confirmação de que ela (Marina) aceitou ser vice. Quando ela veio para o PSB já tínhamos um candidato posto. Ela mesma disse e destacou isso”, frisou o deputado Waldemar Borges (PSB). 

Questionados se aceitariam a participação de Marina na candidatura de vice, ambos se posicionaram favoráveis. “Pode ser vice sim. É até natural que o caminho seja esse”, disse Leandro. Já Borges pontuou que “o nome dela é um nome cuja dimensão dispensa apresentação. É um grande nome, seria uma excelente vice. Seria uma grande contribuição a dar ao nosso governo”.

Sobre a adesão da líder nacional do Rede no PSB, o deputado acrescentou que a participação de Marina agrega mais qualidade ao projeto de “nova política” dos socialistas. “Ela tem sido muito bem aceita desde o começo, você pode ver em algumas atitudes pontuais a necessidade de ajustes, mas isso é normal no Brasil. No grosso, no fundamental a presença do Rede junto com o PSB é de maior importância e vem agregar ainda mais qualidade a esse polo novo da política”, frisou.

 

Durante a abertura do 1º encontro programático do PSB com o Rede Sustentabilidade, para viabilizar a criação de um documento com diretrizes para nortear a construção do programa de governo visando a eleição em 2014, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco afirmou que a aliança Rede/PSB pretende contribuir com a construção política do Brasil, sem focar no âmbito eleitoral.

“Estamos pensando muito além do olhar eleitoral. Estamos aqui para dar uma contribuição política que ajude o Brasil a melhorar, não uma contribuição eleitoral. O momento não é de discutir apenas as próximas eleições ou a próxima pesquisa. Devemos ter um olhar mais amplo. Entender o processo histórico que nos trouxe até aqui e refletir sobre o futuro, o que queremos para o nosso País”, discursou o presidenciável.

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A junção do PSB com o Rede tem gerado muitas discussões em torna das divergências partidárias e diante de quem será o candidato majoritário, já que a ex-senadora Marina Silva afirmou estar “disposta” a pleitear o cargo. “Se Marina quisesse um partido para ser candidata ela tinha e se o PSB quisesse um candidato único não aceitaria Marina”, disparou Eduardo em critica aos “que apostam num embate” entre ele e Marina.

"Às vezes a gente tem o vício de escutar só o que quer. Caetano já disse: Narciso acha feio o que não é espelho, estamos aqui para achar bonito o que não é espelho. Não é possível estabelecer a troca na mesmice, só na diferença. Então tudo o que o PSB disser de sustentabilidade eu consigo escutar, outras coisas eu já não escuto. Tudo que a Rede falar sobre inclusão social, o PSB escuta. É preciso disposição para escutar o outro", pontuou Marina, ao frisar em seu discurso as divergências entre as siglas. "As opiniões são as mais diversas e é bom que elas existam, vamos debater junto com a população", completou Eduardo.

A "aliança programática" entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a ex-senadora, Marina Silva (PSB), se depender do discurso dos dois vai transformar a política no Brasil, com “o fim da velha República”. No entanto, mesmo com convergência nos discursos e em algumas defesas, tanto na área política quanto na social, Marina e Eduardo protagonizam divergências em princípios pessoais e partidários antigos.

A primeira delas, que pode ser citada, é a sustentabilidade, defesa permanente de Marina e da Rede Sustentabilidade, partido que comanda. Eduardo há pouco tempo, digamos que já pensando nesta aliança, começou a reparar os possíveis erros relacionados ao meio ambiente que o seu governo ocasionou em Pernambuco. Para a construção Complexo Portuário de Suape, por exemplo, foram devastadas várias áreas de manguezais o que atraiu ainda mais a estádia de tubarões no litoral pernambucano. Só agora, Campos tem iniciado um processo de reflorestamento para compensar os estragos e tem iniciado, em seus discursos, a defender temas sustentáveis.

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Outro ponto são as alianças firmadas por Eduardo, repugnadas por Marina. Ao ser questionada sobre os aliados de Campos, que são líderes da “velha política”, a ex-senadora, em visita ao Recife na última segunda (14), afirmou que “ele já está revendo o seu posicionamento com relação a alguns aliados”. O que é verdade, já que um deles, o goiano Ronaldo Caiado (DEM) já declarou que não apoiaria mais a possível candidatura de Campos à presidência da República, após a união com Marina. 

Na área social, o PSB de Eduardo e o Rede de Marina têm contrapontos polêmicos, como o homossexualismo e o aborto. A legenda socialista já é adepta a uma ala LGBT dentro da sigla, com defesas aos direitos homossexuais no Congresso, ao contrário de Marina, que, por ser evangélica, não tem esta bandeira em sua defesa. “O PSB e o Rede são dois partidos diferentes, cada um com o seu estatuto e isso não vai mudar”, imprimiu a ex-senadora.

Já entre os pontos que Marina e Eduardo convergem estão a economia brasileira e a luta pelo “fim do governo petista”. O tripé econômico – inflação, câmbio flutuante e superávit primário – tem feito estadia constante no discurso dos socialistas, mirando assim o governo de Dilma Rousseff (PT), que, segundo eles, “já está com o prazo terminando”. Na última semana, Marina elogiou os legados de FHC e Lula na área, "vamos preservar e defender a estabilidade econômica de FHC e a inclusão social de Lula", disse.

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