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Uma sentença histórica para a causa animal no país aconteceu nesta quinta-feira (18), no estado de São Paulo. Conhecida como a “matadora de animais”, Dalva Lina da Silva foi condenada a mais de 12 anos de prisão pela morte de 37 animais (cães e gatos), em 2012. A pena foi determinada pela juíza Patrícia Álvarez Cruz e um mandado de prisão já foi expedido contra a mulher.

O caso é a primeira condenação, no Brasil, motivada pela morte de animais. Além do tempo de reclusão, Dalva Lina deve pagar uma multa. A mulher foi alvo de constantes denúncias por órgãos de defesa animal, como a Agência de Notícias de Direitos Animais. Dalva foi processada pelo Ministério Público pelo crime previsto no artigo 32 da Lei Federal de Crimes Ambientais (maus-tratos seguidos de morte dos animais), somado à acusação de utilizar substância proibida. 

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De acordo com o processo, a mulher utilizava quetamina – anestésico que só é permitido ao uso de profissionais veterinários – para assassinar os animais. A necropsia mostrou que a condenada injetava a droga no peito dos cachorros e gatos, com vários furos, na tentativa de atingir o coração dos bichos. Todos morreram de forma lenta (agonizavam por cerca de 30 minutos), por hemorragia interna. Uma das cachorras analisadas tinha o surpreendente número de 18 perfurações. 

Ainda segundo a perícia, os animais devem ter sido amarrados antes da aplicação da droga. Nenhum animal apresentava doenças que exigissem a medicação, o que contraria a versão de Dalva de que apenas teria injetado a droga em seis animais que estariam em fase terminal. 

Acusada era conhecida por “acolher animais”

Informações divulgadas pelo portal da Globo News mostram que Dalva Lina era conhecida por ajudar a recolher animais abandonados. Contudo, vizinhos começaram a suspeitar da ação criminosa da mulher. No carro de Dalva, a Polícia encontrou várias caixas de sedativo, mas foi liberado. ONGs de proteção animal contrataram um detetive particular que, durante 20 dias, investigou e fotografou o cotidiano da mulher.

Dalva foi flagrada levando sacos de lixo para a calçada do vizinho; dentro dos recipientes, corpos de animais. A defesa da acusada afirmou que vai recorrer da decisão, por considerá-la injusta. 

*Com informações da Agência de Notícias de Direitos Animais

 

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