Tópicos | animais mortos

"Quando desceu, foi arrastando com tudo. Um dos moradores só não morreu porque saiu minutos antes da casa. Parece até um empurrãozinho de Deus, sabe? Só se morre no dia". As palavras do aposentado Antônio Barros continham uma combinação agridoce: tristeza pelas casas destruídas, mas alívio por ninguém ter sido vítima do deslizamento de barreira em Sirinhaém, na Mata Sul do Estado. 

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O município é um dos tantos violentamente afetados pelas chuvas recentes. Do alto, é possível ver o estrago do transbordamento do rio Sirinhaém. Casas invadidas pela água e lama. Pontes e um campo de futebol de bairro submersos, afundados sob a água barrenta. Além das barreiras que desabaram sobre dezenas de moradias. 

Se nenhuma pessoa morreu no incidente, o mesmo não pode se dizer dos animais. Em uma das casas atingidas na encosta, uma criação de doze bodes foi dizimada. "Tão lá, os doze bichos soterrados, mortos. Deixa todo mundo triste e muito preocupado. É refazer a vida e torcer para melhorar a situação", comentou o morador José Geraldo Gomes. 

Todos as pessoas em área de risco foram obrigadas a deixarem suas residências; estão em casas de amigos, parentes ou nos espaços públicos oferecidos pela prefeitura. Com a expectativa de mais chuva nos próximos dias, a torcida de todos é para que o cenário dos últimos dias não se repita.

"Caso chova como domingo, vai ser muito pior. Têm postes, árvores aqui tortas. Se chover forte, eu temo pelo pior", disse um morador ao passar pelo local onde as barreiras deslizaram.

Uma sentença histórica para a causa animal no país aconteceu nesta quinta-feira (18), no estado de São Paulo. Conhecida como a “matadora de animais”, Dalva Lina da Silva foi condenada a mais de 12 anos de prisão pela morte de 37 animais (cães e gatos), em 2012. A pena foi determinada pela juíza Patrícia Álvarez Cruz e um mandado de prisão já foi expedido contra a mulher.

O caso é a primeira condenação, no Brasil, motivada pela morte de animais. Além do tempo de reclusão, Dalva Lina deve pagar uma multa. A mulher foi alvo de constantes denúncias por órgãos de defesa animal, como a Agência de Notícias de Direitos Animais. Dalva foi processada pelo Ministério Público pelo crime previsto no artigo 32 da Lei Federal de Crimes Ambientais (maus-tratos seguidos de morte dos animais), somado à acusação de utilizar substância proibida. 

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De acordo com o processo, a mulher utilizava quetamina – anestésico que só é permitido ao uso de profissionais veterinários – para assassinar os animais. A necropsia mostrou que a condenada injetava a droga no peito dos cachorros e gatos, com vários furos, na tentativa de atingir o coração dos bichos. Todos morreram de forma lenta (agonizavam por cerca de 30 minutos), por hemorragia interna. Uma das cachorras analisadas tinha o surpreendente número de 18 perfurações. 

Ainda segundo a perícia, os animais devem ter sido amarrados antes da aplicação da droga. Nenhum animal apresentava doenças que exigissem a medicação, o que contraria a versão de Dalva de que apenas teria injetado a droga em seis animais que estariam em fase terminal. 

Acusada era conhecida por “acolher animais”

Informações divulgadas pelo portal da Globo News mostram que Dalva Lina era conhecida por ajudar a recolher animais abandonados. Contudo, vizinhos começaram a suspeitar da ação criminosa da mulher. No carro de Dalva, a Polícia encontrou várias caixas de sedativo, mas foi liberado. ONGs de proteção animal contrataram um detetive particular que, durante 20 dias, investigou e fotografou o cotidiano da mulher.

Dalva foi flagrada levando sacos de lixo para a calçada do vizinho; dentro dos recipientes, corpos de animais. A defesa da acusada afirmou que vai recorrer da decisão, por considerá-la injusta. 

*Com informações da Agência de Notícias de Direitos Animais

 

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