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A nomeação de André Ceciliano (PT) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o cargo de secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República mexe com as forças políticas do Rio de Janeiro.

Considerado um petista moderado, o ex-presidente da Assembleia Legislativa fluminense tem bom trânsito com grupos que vão do PSD ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e foi um dos responsáveis por reaproximar Lula do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD). Quando esteve à frente da Alerj, ele também se consolidou como um interlocutor privilegiado do governador reeleito Cláudio Castro (PL), que fez campanha por Bolsonaro em 2022.

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O agora secretário de Assuntos Federativos foi acusado à época de articular o voto Castro-Lula, relegando o então candidato Marcelo Freixo (PSB) a segundo plano e ajudando a reeleger o bolsonarista em detrimento do candidato apoiado pelos petistas.

Rachadinhas

O ex-deputado foi investigado pelo Ministério Público do Rio no caso das "rachadinhas", no âmbito da mesma apuração que atingiu o ex-deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a partir de movimentações suspeitas do ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, reveladas pelo Estadão.

Durante toda sua carreira política, Ceciliano foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e atuou por duas vezes como prefeito de Paracambi, de 2001 e 2009, e foi quatro vezes deputado estadual no Rio. Em 2019, assumiu a presidência da Alerj.

Nas eleições de outubro do ano passado, Ceciliano abriu uma disputa entre petistas e pessebistas pela candidatura ao Senado, rompendo negociação em que Alessandro Molon (PSB) seria o candidato da chapa apoiada por Lula no Estado. Ceciliano manobrou sem sucesso para tentar tirar Molon da corrida. Sem chegar a um acordo, os dois foram candidatos e saíram derrotados, assim como Marcelo Freixo (PSB), que tentou o governo e perdeu para Castro.

Natural de Nilópolis, no Rio de Janeiro, o secretário viveu a maior parte da sua vida em Paracambi, na Baixada. É casado com a médica Ludimila e pai de dois filhos, Giulia e Andrezinho, como foi apelidado. Formado em Direito, teve ainda passagens pelo mercado financeiro.

O deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (4), que vai persistir no acordo em torno de sua candidatura ao Senado e pressionar o PSB para que Alessandro Molon se retire da disputa. O petista disse não haver possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiar dois candidatos ao governo do Rio e que, por ora, o impasse não deve influenciar na prática o apoio a Marcelo Freixo (PSB), mas reiterou que não aceitará dois candidatos à cadeira do Legislativo na mesma chapa. "Não tem a possibilidade de ter dois palanques", disse.

"O presidente Lula já deixou claro que só teremos um palanque no Estado. Ocorre que a política é dinâmica. O presidente Lula entrou nessa discussão nos últimos dez dias. Em Pernambuco, ele conversou com a direção do PSB nacional: 'eu vim aqui cumprir nosso acordo, agora quero que vocês cumpram o acordo de vocês', afirmou Ceciliano, em entrevista ao UOL.

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Os petistas desejavam que Ceciliano fosse o único candidato ao Senado no palanque de Freixo. Contudo, o deputado federal Alessandro Molon, que é presidente estadual do PSB, contrariou o acordo e não aceitou abdicar de sua candidatura à mesma cadeira. O parlamentar argumenta que tem "mais condições" de derrotar o bolsonarismo no Estado por pontuar melhor nas pesquisas.

Ceciliano afirmou que, a princípio, tinha inclusive o apoio do prefeito Eduardo Paes (PSD), da capital fluminense, para concorrer ao governo do Estado, mas que decidiu ser candidato ao Senado após encontro com Lula e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, em fevereiro deste ano.

Segundo o deputado, o ex-presidente petista anunciou, naquela ocasião, que o acordo fechado com o PSB daria ao PT a prerrogativa de indicar o candidato ao Senado no Rio. "Eu, como tenho juízo, respeito as decisões do meu partido. Existia um acordo", disse.

Por outro lado, Ceciliano admitiu que o impasse de sua candidatura ao Senado não deve retirar na prática o apoio de seu partido a Freixo. Segundo ele, mesmo que a aliança formal acabe por ser desfeita, como propôs o diretório estadual da sigla, o candidato da base lulista no Estado continuará sendo o pessebista. "Não tenho dúvida que mais de 80% dos nossos militantes vão de Freixo. Eu vou de Freixo", afirmou. "Mas tendo dois candidatos, não dá para emprestar nosso tempo de televisão ao outro candidato ao Senado. Não dá para utilizar do nosso tempo de televisão para expor outro candidato. Aí é um contrassenso".

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), confirmou na tarde desta sexta-feira, 17, que está com Covid-19. Ele fez o teste após sentir dor de garganta. Antes, três testes rápidos haviam dado negativo ao longo da última semana.

"O presidente da Alerj já está em isolamento, seguindo todas as recomendações médicas, e apresenta sintomas leves da doença", informou a Casa.

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No comando da Alerj durante a pandemia, Ceciliano vinha alternando entre tocar numa sala privada e no plenário as sessões. Nesta quinta-feira, optou pelo local reservado. Ele usava máscaras. Na quarta, porém, estava na cadeira da presidência no plenário e sem usar a proteção.

Além de Ceciliano, outras autoridades do Rio já anunciaram que foram infectadas pelo coronavírus. Entre elas, o governador Wilson Witzel e o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos.

Na Alerj, quem também testou positivo nesta sexta-feira foi o deputado Rosenverg Reis (MDB), que é irmão do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, que está na UTI por causa da doença. Rosenverg, porém, está em isolamento domiciliar e não teve sintomas graves da doença.

Principal reduto eleitoral da família Bolsonaro, o Estado do Rio de Janeiro terá seu Poder Legislativo comandado durante os próximos dois anos por um petista: o deputado estadual fluminense André Ceciliano elegeu-se neste sábado (2) presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Candidato único, ele obteve os votos de 49 dos 64 deputados estaduais que estão exercendo o mandato. Seis deputados eleitos estão presos e ainda não tomaram posse. A mesa diretora deve decidir sobre a situação deles na próxima semana.

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Houve 7 votos contrários e 8 abstenções à chapa de Ceciliano, que tem outros 12 integrantes. A votação transcorreu sob protestos de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), que ocuparam mais da metade das galerias e vaiaram intensamente quem votava na chapa liderada pelo petista.

Ceciliano já era presidente interino da Alerj desde novembro de 2017, quando substituiu Jorge Picciani (MDB), hoje cumprindo pena de prisão sob acusação de corrupção.

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