Tópicos | Andressa Mendonça

O contraventor Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma quadrilha que comandava os jogos ilegais no estado de Goiás com a ajuda políticos, escreveu um artigo que foi publicado nesta terça-feira (11) no jornal Diário da Manhã. O fato acontece porque após a esposa de Cachoeira, a empresária Andressa Mendonça ser convidada a participar de um desfile beneficente na última sexta-feira (7), no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador de Goiás, teria sido destratada.

Na carta Carlinhos Cachoeira começa citando o evangelho do apostolo João com a frase “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, mas em nenhum momento cita o nome do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Em outro momento ele escreve: “A caixa que Pandora abriu e permitiu que as desgraças se abatessem sobre os homens será brincadeira de criança diante do que posso perpetrar para defender a honra e a dignidade minha e de minha família.”

Texto na íntegra publicado no Jornal Diário da Manhã:

"A verdade sem mentira"

"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará", João 8:32

"Um homem pode suportar muitas provações em sua vida. Pode cumprir seu desiderato e pagar por seus erros. Pode sofrer injustiças e perseguições sem fraquejar e aceitar tudo como um ensinamento destinado ao seu crescimento interior. Pode ter amigos em um dia e ser abandonado por eles quando a má sorte sobrevém. Pode ser apunhalado por quem considerava companheiro de jornada e exercitar a virtude da tolerância, responsável pela preservação da paz e da harmonia.

Entretanto, um homem não pode jamais permitir que sua companheira, sua cara-metade, sua alma gêmea, a mulher a quem ele devota amor seja ofendida de qualquer maneira que for. A função primeira de um homem frente a sua amada é postar-se à sua frente e não deixar que nada, absolutamente nada, lhe atinja, sob pena de ter de renunciar à própria vida, pois um homem de verdade não tem o direito de continuar a ver o sol nascer se não defender a vida, a dignidade e a honra de sua mulher.

Pois foi isto o que se sucedeu com minha esposa, Andressa Mendonça e contra isto me levanto com todas as minhas forças e armas. Estou pronto para o embate e não medirei esforço nem terei compaixão para defendê-la e desde já aviso que o céu será meu limite. O tempo socorrerá apenas quem dele fizer uso com extrema rapidez para reparar a agressão proferida. Depois de entrar na arena para digladiar não permitirei recuo de quem quer que seja e só sairei dela vitorioso ou morto.

Na última sexta-feira foi realizado no Palácio das Esmeraldas um desfile beneficente com renda revertida para a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Os convites foram vendidos ao custo de R$ 350,00 cada. Minha esposa, Andressa, empresária, foi convidada a participar e prestar sua colaboração para com uma causa que sem dúvida é nobre e justa. Não se furtou a sua responsabilidade social e cristã em ajudar e participar de uma ação engrandecedora.

Compareceu como cidadã, empresária que paga seus impostos, pessoa bem relacionada e velha conhecida do governador e da primeira-dama e como uma pessoa que sabe da necessidade de se integrar às boas causas e contribuir para suprir as lacunas que o Estado não preenche, como uma saúde de qualidade e gratuita. No momento em que esteve no Palácio foi cortejada pelos poderosos e bem tratada, principalmente pela generosa contribuição que deixou. Bastou que se retirasse para que fosse renegada, tal a uma doente que não se quer por perto.

A imprensa interessada em noticiar as presenças ao desfile beneficente indagou sobre quem esteve efetivamente. Aconteceu o inconcebível: a assessoria de imprensa do Palácio renegou seu indelével direito de estar presente onde melhor lhe aprouver e chegou ao cúmulo de negar que ela tivesse sido convidada.

Alto lá. Não nos faltem com o respeito. Andressa não foi e jamais iria a um lugar em que não fosse convidada. Até porque não precisamos passar por penetras em lugar algum. Dizer que minha esposa não foi convidada a comparecer a um desfile no Palácio das Esmeraldas, residência oficial do mandatário maior do Estado, equivale a dizer que ela entrou sorrateira pela porta dos fundos e que não estava na prestigiada lista de quem era recebida pela organizadora maior da dita festa, a primeira-dama do Estado.

Minha esposa é uma mulher digna e honesta, que encara a vida e as dificuldades de cabeça erguida. Mãe amorosa e esposa adorável. Companheira das horas alegres e também das difíceis. Quando estive recluso na violência do cárcere ela não me negou amparo, apoio, auxílio e sobretudo amor. Jamais permitirei que seja agravada, muito menos por desclassificados que não têm moral sequer para limpar-lhe os sapatos.

Se querem me atingir estou preparado. Mas, acusar minha amada e companheira de subterfúgio rasteiro como o de entrar de penetra em uma festa no Palácio das Esmeraldas passou dos limites. Quem quer ser respeitado deve se dar ao respeito.

Um governo que não se presta ao respeito dentro de seus próprios limites não pode se dar ao desplante de atingir a honra de pessoas de fora de seu alcance. Estou falando de um governo que permite que um de seus principais expoentes diga ser esse mesmo governo composto de bandidos e não recebe uma reprimenda exemplar, a começar da exoneração sumária. Fica o dito pelo não dito e a história dos bandidos dentro do governo permanece sem contestações ou desmentidos. Onde será que começa o banditismo? Onde fica o cerne da bandidagem no governo, em sua origem, em seu centro ou na periferia que se formou com as adesões de última hora?

Se quiserem saber onde estão os maiores problemas e as principais sangrias dentro desse governo é só encarar a briga que estou pronto para o embate. Em bom brasileirês falo com a cabeça erguida e com o peito arfante: cai pra dentro quem quiser que eu sustento o desafio. Escolham as armas. A verdade, que liberta e quebra paradigmas, mostrará ao povo goiano os erros cometidos ao longo dos anos e dará o norte da reparação e do caminho certo.

Mas, não cometam a insanidade de tentar atingir de forma tão rastejante minha esposa porque não vão gostar nem um pouco de conhecer o peso de minha mão. A caixa que Pandora abriu e permitiu que as desgraças se abatessem sobre os homens será brincadeira de criança diante do que posso perpetrar para defender a honra e a dignidade minha e de minha família"

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O bicheiro Carlinhos Cachoeira, envolvido em um dos maiores escândalos da política, passou a lua de mel com a esposa, Andressa Mendonça, num Resort de Luxo no litoral baiano, neste fim de semana. No local desfrutado por Cachoeira, a diária pode chegar a R$ 3 mil. 

Carlinhos se casou com Andressa Mendonça desde o dia 28 de dezembro, em Goiânia, na casa do bicheiro. A promessa do matrimônio foi dita quando o bicheiro saiu do hospital, no dia 30 de novembro. Ele esteve internado por quatro dias no Instituto Neurológico de Goiânia, com diarreia, vômitos e tonturas. A internação de Cachoeira ocorreu poucos dias após ele ter sido liberado da prisão.

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Também no mês de dezembro de 2012 o bicheiro foi condenado a quase 40 anos de prisão por formação de quadrilha, corrupção ativa, entre outros.

*Com informações de ‘O Globo’

 

A sessão da CPI do Cachoeira, nesta terça-feira (14), decidiu reconvocar o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e aprovou a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico de sua noiva, Andressa Mendonça. Cachoeira já foi à comissão em maio, mas ficou em silêncio. Não há data definida para o novo depoimento. Sua noiva, que também já foi convocada pela comissão, passou a ser considerada integrante do esquema após as denúncias de que teria tentado chantagear um juiz federal.

A sessão pediu também a quebra de sigilos de outras empresas acusadas pela Polícia Federal de envolvimento com os negócios do contraventor e de novos números de telefone do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O tucano já prestou esclarecimentos à CPI, mas pode ser reconvocado em razão das denúncias recentes publicadas pela revista Época. De acordo com a publicação, Perillo teria recebido propina para liberar pagamentos do governo à construtora Delta, empresa apontada pela Polícia Federal como integrante do esquema de Cachoeira.

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Foram aprovadas as convocações dos procuradores do Ministério Público Federal em Goiás Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira. Ambos trabalharam nos inquéritos relacionados às operações da PF que investigaram os negócios de Carlinhos Cachoeira. Foi convidado a falar aos parlamentares também o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), cujo nome é mencionado nas investigações da PF.

Ao final da sessão, o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), anunciou que o empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, será ouvido no dia 28 de agosto. A construtora é apontada pela PF como integrante do esquema de Cachoeira.

Brasília - A atual e a ex-mulher de Carlinhos Cachoeira irão depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira em agosto. Estão previstas, pelo menos, oito reuniões da comissão, que investiga a relação do contraventor com agentes públicos e privados.

Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, foi convocada para dar depoimento no dia 7 de agosto, a partir das 10h15. A justificativa para ouvi-la é de que ela “circulava entre figuras importantes, como políticos, empresários e jornalistas” e teria conhecimento sobre a rede de influência de Carlinhos Cachoeira. No mesmo dia, deve depor o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, suspeito de envolvimento com a rede. Ele já havia sido convocado em julho, mas apresentou atestado médico alegando que não tinha condições físicas de comparecer à comissão por ter se submetido a um cateterismo.

No dia seguinte, será ouvida a ex-mulher do contraventor, Andréa Aprígio, dona do laboratório Vitapan, empresa envolvida no esquema de Cachoeira. O irmão dela, Adriano Aprígio de Souza, diretor financeiro do laboratório, é suspeito de ameaçar por e-mail a procuradora Léa Batista de Oliveira, uma das responsáveis por denunciar o bicheiro e outros envolvidos na Operação Monte Carlo. Ele foi preso no dia 6 de julho e solto na última segunda-feira (23), após pagar R$ 10 mil de fiança.

Ainda para o dia 8, está marcado o depoimento do contador Rubmaier Ferreira de Carvalho. De acordo com as investigações da Polícia Federal, ele era o responsável pela abertura de empresas de fachada, criadas para viabilizar o funcionamento da rede montada por Cachoeira.

Outros depoentes - Também devem ser convocados o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish; do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot; do empresário Adir Assad; e do engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Os requerimentos de convocação foram aprovados na comissão antes do recesso, mas as datas dos depoimentos ainda não foram agendadas.

Críticas – O líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), criticou o trabalho da comissão, afirmando que as novas convocações demonstram um claro desvio de foco, ao concentrar as investigações no estado de Goiás. “É nítido o encaminhamento político. Não há investigação clara. O que há é uma disputa política procurando envolver exclusivamente o estado de Goiás, que tem a menor parcela no prejuízo causado ao patrimônio público por conta de obras da Delta dentro do PAC”, frisou. Para ele, o melhor seria ampliar as investigações para outros estado e analisar os contratos da empreiteira como governo federal, já que  94% do faturamento da Delta decorrem de contratos com a União.

O relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-SP), rebateu as críticas. “Queremos averiguar os bens que essa organização criminosa possui, as atividades que desenvolvia – mais precisamente as de arapongagem – além da criação de empresas-fantasma. E esses depoentes têm relação com essas atividades”, explicou. Ele também negou que o trabalho da CPMI tenha direcionamento político e que as investigações estão concentradas no núcleo da organização criminosa, no estado de Goiás. “Esses 6% [do faturamento da Delta] significam muito e tiveram a intermediação do senhor Carlos Cachoeira com agentes públicos de Goiás. Quem não quer investigar isso [a atuação do grupo em Goiás] quer investigar o mundo. E quem quer investigar o mundo não quer investigar nada”, destacou.

Com informações das agências Senado e Câmara.

A CPI do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira, por unanimidade, em votação simbólica, a convocação da mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, e do jornalista Luiz Carlos Bordoni. Responsável pelas campanhas de rádio do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), desde 1998, Bordoni acusou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo ter recebido recursos de uma empresa de fachada do esquema de Cachoeira para saldar dívidas da campanha de 2010.

Ao todo, a comissão aprovou a convocação de 10 pessoas. Entre elas, o assessor especial de Perillo, Lúcio Fiúza Gouthier, que teria intermediado o pagamento a Bordoni e também participado da venda da casa do governador. A compra levantou suspeitas de que teria sido comprada com recursos do esquema de Cachoeira.

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O colegiado convocou ainda Hilner Ananias, ex-assessor especial de Demóstenes Torres; João Furtado de Mendonça Neto, atual secretário de Segurança Pública de Goiás; Rubmaier Ferreira de Carvalho, contador das supostas empresas de fachada de Cachoeira; Ana Cardozo de Lorenzo, beneficiária de um depósito feito por uma empresa de fachada do grupo; Aredes Correia Pires, ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública de Goiás; Alexandre Milhomem, arquiteto responsável pelo projeto da casa de Marconi Perillo e, por fim, Alcino de Souza, policial civil aposentado que abriu uma empresa que teria sido usada pelo esquema de Cachoeira. A comissão vai definir posteriormente a data dos depoimentos.

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