De volta as atividades administrativas externas, após uma semana recluso cuidando da crise no sistema prisional do estado, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta quarta-feira (28), que a gestão não vai ser omissa quanto às melhorias necessárias para o estado. Segundo o socialista, apesar de 2015 ser encarado como um ano difícil o governo vai procurar avançar em diversas áreas.
"Não vamos nos omitir de reconhecer que precisamos melhorar em muitas áreas do Estado. O nosso desafio é de melhorar e avançar. Estou muito sereno em relação a isso, sabendo que temos um ano duro. Vamos sentar, ouvir e discutir e tirar indicativos a partir disso", ressaltou. Após destravar a crise prisional, estourada no último dia 19 no Complexo do Curado, agora Câmara terá o desafio de reorganizar o efetivo de servidores na área da segurança e da ressocialização. Questionado sobre como pretende encarar o assunto, já que os sindicatos dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) e dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE) vão se reunir esta semana, Paulo demonstrou tranquilidade.
##RECOMENDA##
"Isso faz parte do dia a dia de um governo. Todo início de ano as categorias se reúnem, fazem suas assembleias e delas saem as pautas de reivindicação. Vamos receber todas as pautas e vamos analisá-las. Temos tanto às questões salariais quanto as de infraestrutura, de melhoria do trabalho, e vamos receber essas demandas", disse. "Esse é um amplo processo de negociação. A gente tem secretarias que vão trabalhar nisso como a Secretaria de Administração, a Secretaria de Defesa Social e a Secretaria de Justiça. A gente vai debater com muita transparência e o que for possível fazer nós vamos fazer", completou.
Segundo escalão do governo
A composição da Assessoria Especial do governador começou a ser revelada nesta quarta-feira. Durante uma conversa com a imprensa, Paulo Câmara confirmou a participação do ex-secretário da Fazenda, Djalmo Leão, para ocupar uma das assessorias. "Já conversei com ele. Sou um pouco aluno dele. Sempre que entrei no governo tive ele como referencial e agora ele quer me ajudar dessa forma. É um dos nomes", afirmou. Leão comandou a Fazenda antes de Câmara, durante o primeiro governo de Eduardo Campos (PSB).
De acordo com o socialista, outros nomes estão sendo fechados em articulação com o chefe da assessoria especial, José Neto. "Ele já me apresentou alguns nomes e a gente está conversando. A assessoria especial tem o olhar de ver o que está ocorrendo em outros estados, no mundo e fora das secretarias. De olhar coisas boas para a gente levar essas coisas boas para o Estado. É uma assessoria que vai ter pessoas experientes e que possam contribuir com um olhar diferenciado daquele olhar que os secretários têm dentro da sua rotina de trabalho", afirmou.