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Recife realiza até o próximo domingo (25) a 71ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados. A feira reúne criadores e compradores de bovinos, caprinos, ovinos e equinos de diversas cidades do Estado. A oportunidade de fazer negócio anima os participantes, mas a estiagem, que atinge principalmente o Sertão, foi o principal problema citado pelos criadores para a manutenção dos animais.
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Entretanto, alguns criadores não puderam participar devido ao estado do rebanho. Para o criador de caprinos e ovinos na cidade de Limoeiro, Gidalti Magalhães, o problema da seca que atinge também a Mata Norte é um dos fatores negativos. “A falta de chuva afetou todos os criadores do Estado. Falta capim e consequentemente temos que suprir a alimentação dos animais com ração e isso aumenta o custo. Quem não tem condições financeiras, não tem como cuidar dos animais”, disse o fazendeiro. Ainda segundo ele, o governo do Estado presta auxílio aos criadores, diminuindo principalmente o valor do milho, que é utilizado na ração.
Segundo o criador Paulo Miranda, que tem fazenda em Arcoverde, Custódia e em Glória do Goitá, a estiagem está prejudicando sua criação de gado, principalmente em Custódia, que fica no Sertão, onde os açudes já secaram. A solução encontrada por ele foi levar os animais para a fazenda de Glória do Goitá, onde a situação é um pouco melhor. Para ele, a feira é uma oportunidade de troca de experiências, fazer divulgação e realizar novos contatos. “A estiagem é um problema, mas ela não diminui a qualidade dos animais. Aqui tem muita gente interessada em fazer negócio. Ainda não temos como analisar os resultados do evento deste ano, mas as expectativas são as melhores”, finalizou.
O problema, segundo os organizadores do evento, não diminuiu a quantidade de animais. Serão cerca de cinco mil animais, entre bovinos, caprinos, ovinos e equinos de alta qualidade genética, os melhores representantes das raças expostas, além de pequenos animais. "O criador desta mostra participa do evento, especialmente para avaliar o trabalho realizado durante todo o ano para a melhoria genética do rebanho", garante Manassés Rodrigues, presidente da Associação dos Criadores de Pernambuco (ACP).