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Uma denúncia em vídeo, realizada por parte da equipe de enfermagem do Hospital Getúlio Vargas (HGV), um dos maiores do Recife, tem ganhado repercussão nas redes sociais e sindicais da categoria de saúde. Nas imagens, é possível ver diversas rachaduras, infiltrações e a presença de mofo em diferentes salvas de atendimento da unidade de saúde, especialmente no setor cirúrgico. Uma das áreas chegou a ser coberta por tapumes que, segundo os denunciantes, têm o objetivo de maquiar a situação. 

O vídeo é narrado pelo enfermeiro Fábio Luciano Araújo, do HGV. Outros funcionários participam, mas não falam para a câmera. Nesta sexta-feira (14), o Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (Seepe), através da presidente Ludmila Outtes, denunciou à imprensa a situação da instituição. A coordenadora aponta que, desde 2018, a estrutura passou a apresentar maiores sinais de deterioração.  

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Transcrição da denúncia: 

“Estamos aqui paramentados porque estamos no bloco cirúrgico do Hospital Getúlio Vargas, que é referência em Pernambuco. Mostramos a parte estrutural e notamos que, nos últimos dois meses, aqui em Pernambuco, especificamente em Recife e Paulista, caíram três prédios, deixando o saldo de 20 mortes. Tá aqui a situação, as rachaduras. Isso é precaução para que não aconteça uma catástrofe, para que vidas não sejam perdidas. Está aqui outra parede no bloco cirúrgico, com rachaduras, no Hospital Getúlio Vargas. Colocaram tapumes numa área porque daqui em diante não podemos passar, para não mostrarmos à opinião pública, mas há várias salas com rachaduras maiores do que essas vistas. Isso aqui é uma sala de cirurgia onde ficam dezenas de funcionários, mas principalmente pacientes. Está tudo rachado e com mofo. Essa é a realidade da saúde pública no estado de Pernambuco. Parede com rejunte somente para colar, e isso na entrada do bloco cirúrgico do hospital.” 

Em nota, a Secretaria de Saúde (SES) de Pernambuco informou que a estrutura apresentada nas imagens recentes está “escorada” desde 2017 e que a situação é monitorada há mais de 14 anos. A pasta também afirmou ter informes sobre o assunto e que a governadora Raquel Lyra (PSDB) esteve em Brasília recentemente, em busca de investimentos para uma reforma nas unidades de emergência do estado, incluindo o HGV. Por fim, a SES demonstrou ter controle da situação e fazer o monitoramento do risco, mas sem menções a possíveis desabamentos ou maiores perigos, apesar dos relatos. Confira na íntegra: 

“Em relação às recentes notícias veiculadas sobre a estrutura do Bloco G3 do Hospital Getúlio Vargas (HGV), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) esclarece que a edificação encontra-se escorada desde junho de 2017, não sendo este um fato novo, está ciente da situação e tem trabalhado para viabilizar a realização da obra de recuperação estrutural da unidade. Inclusive, a Governadora do Estado esteve em Brasília em busca de investimentos para a realização de reformas estruturais das unidades de emergências do Estado. 

A estrutura é monitorada há mais de 14 anos, resultando na geração de inúmeros relatórios e notas técnicas que compõem um extenso acervo de informações para acompanhamento da situação e adoção de medidas visando manter a segurança do prédio. 

Desde 2019, a Secretaria de Saúde, em conjunto com a Casa Militar, realiza vistorias regulares para analisar tecnicamente a situação da edificação. Como resultado dessas vistorias, relatórios detalhados são elaborados e disponibilizados ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), garantindo a transparência e o compartilhamento das informações obtidas. 

De posse das informações técnicas, a atual gestão da SES-PE reforça que já possui um projeto de recuperação estrutural, contendo todos os dados necessários para corrigir o problema em questão. Esse projeto está em conformidade com as normas e diretrizes técnicas aplicáveis, e busca assegurar a segurança e a estabilidade do edifício. 

Reiteramos, por fim, o compromisso desta Secretaria em garantir a segurança dos usuários do Hospital Getúlio Vargas, assim como de seus profissionais, e também na adoção de todas as medidas necessárias relativas ao problema.” 

 

A família de Amilton Gomes da Hora, de 67 anos, denuncia que recebeu o corpo de outro paciente do Hospital Getúlio Vargas, no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Ele estava internado na UTI da unidade e morreu no último sábado (23), vítima de uma infecção generalizada.

Os familiares teriam sido impedidos de ver o corpo e informados que só parentes de primeiro grau poderiam liberá-lo. A esposa do aposentado teve acesso apenas à certidão de óbito e estranhou que o corpo era identificado como de uma pessoa branca, diferente das características de Amilton.

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A liberação veio na segunda (25), de acordo com o G1, na presença de um irmão do paciente, que confirmou que não se tratava de Amilton. O corpo apresentado tinha duas pernas e seu irmão havia amputado uma.

O advogado da família acredita que o corpo tenha sido trocado e enviado para Sanharó, no Agreste de Pernambuco. Ele também suspeita que ainda possa estar perdido dentro do HGV, mas deve pedir à Justiça a autorização para exumar o corpo que foi enterrado no interior.

A direção do Hospital Getúlio Vargas confirmou a troca, se solidarizou com as famílias e disse que ainda apura os fatos. A unidade acionou o setor jurídico e acrescentou que presta assistência aos familiares.

O Hospital aponta que o primeiro corpo liberado, que seria de Amilton, foi reconhecido oficialmente por um familiar. "As tarjetas de identificação dos pacientes foram colocadas corretamente e que todos os demais trâmites de identificação foram seguidos adequadamente pela equipe do hospital. Ambos os falecimentos ocorreram no último sábado (dia 23/07), sendo um deles reconhecido oficialmente por um familiar que realizou a liberação junto à unidade no mesmo dia, e o segundo foi reconhecido apenas nesta terça-feira (26/07)", reforçou em nota.

Também em nota, a Polícia Civil informou que a denúncia foi feita na Delegacia do Cordeiro, na terça (26), como “outras ocorrências contra pessoa”. As investigações foram iniciadas e vão seguir até o esclarecimento dos fatos.

Uma mulher, que teve o nome preservado, está tentando conquistar a guarda do filho que ela mesma abandonou, ainda com o cordão umbilical perto de uma escola no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro. O bebê foi encontrado por um gari que retirava o lixo.

A mãe da criança afirma que "foi um ato de desespero". Ela tem outros cinco filhos e teria escondido a gravides do marido e da família por não ter condição de cuidar de mais um filho.

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No momento, a criança está sob cautela do Estado e o serviço de Assistência do Hospital Getúlio Vargas. A mãe e alguns familiares do recém-nascido prestaram esclarecimentos para os agentes da 22ª Delegacia de Polícia da Penha. 

Ao UOL, a mulher disse que a gravidez foi um período complicado e que, para os outros, ela sempre negou a gestação. "Eu tive ele, tive essa atitude, mas me arrependi. Quero ir ao hospital e falar que quero a guarda do meu filho", revela. 

A morte de uma idosa no Hospital Getúlio Vargas, localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, está intrigando os familiares. Maria Cristina da Conceição, de 65 anos, havia sido transferida para a unidade na última terça-feira (27) para uma cirurgia de amputação do dedo do pé e faleceu três dias após, muito embora a cirurgia tenha sido bem sucedida. Segundo a família, a idosa estava com um quadro bom de saúde, mas, no laudo que atesta seu óbito, a médica responsável assinou a causa da morte como “suspeita de Covid”. 

Em entrevista ao LeiaJá, o filho da paciente, o autônomo Alexandre Claudino de Souza, contestou o documento do hospital. Segundo ele, sua mãe era diabética e precisou amputar um dos dedos do pé. Ele diz ainda que a idosa deu entrada com boa saúde na unidade, após ter testado negativo para a Covid-19, e acabou falecendo mesmo tendo apresentado um quadro estável após a cirurgia. “Como pode você coloca sua mãe com saúde, com força no hospital, ela só estava com febre. Todos que acompanharam ela no hospital viram, tem foto dela sorrindo no hospital. Dois dias que a gente deixou ela lá, minha mãezinha faleceu, não sei se ela pegou alguma doença lá dentro”.

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Alexandre afirmou que o hospital proibiu acompanhantes para a paciente após o procedimento cirúrgico e que ele e sua família tiveram dificuldade para saber informações a respeito do caso dela, já que os telefones informados pela equipe da unidade não respondiam.

Ao tomar conhecimento da morte da mãe, o autônomo procurou os responsáveis pelo hospital para questionar o laudo que atesta suspeita de Covid, mas não encontrou ninguém. “Procurei o chefe da área que estava folgando, o outro só ia na terça por causa do feriado, o chefe da emergência também não tava, não tinha nenhum responsável pelo hospital e resumindo: não resolvi nada. Já perdi minha mãe, não sei se foi por erro médico e não posso enterrar minha mãe, com caixão lacrado. Cadê o exame?  A gente sabe muito bem que o hospital ganha com isso, ninguém sabe explicar o que aconteceu e dizem que infelizmente não podem fazer nada”, reclamou.

Até o último sábado (31), ele disse que aguardava a chegada de uma irmã que mora na Suíça para providenciar o enterro da mãe. Ele também espera uma resolução quanto ao atestado de óbito, uma vez que a família acredita que Maria Cristina tenha morrido em decorrência de outros motivos. Enquanto isso, o corpo da idosa segue no hospital. 

Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Estadual de Sáude de Pernambuco (Ses-PE) se posicionou a respeito do caso através de sua assessoria de imprensa. Confira a nota na íntegra. 

A direção do Hospital Getúlio Vargas (HGV) lamenta a morte de Maria Cristina da Conceição e informa que a paciente foi transferida para a unidade para realização de cirurgia de emergência, com diagnóstico de isquemia crítica dos membros inferiores, forma mais grave de doença arterial periférica - onde foi assistida recebendo todo o tratamento visando sua recuperação.

A unidade esclarece, ainda, que Maria Cristina passou por cirurgia e realizou a amputação do hálux (dedão do pé) no último dia 26 de outubro, mas apresentou piora clínica três dias após o procedimento. A paciente, que já tinha insuficiência cardíaca, realizou exame para Covid-19, do tipo RT-PCR considerado padrão-ouro no diagnóstico do novo coronavírus, com resultado negativo para a infecção. É protocolo que pacientes hospitalares no pré-operatório realizem o exame.

Após a realização do procedimento cirúrgico e apesar do resultado negativo para Covid-19, mas por apresentar sintomas sugestivos da doença, também realizou tomografia computadorizada de alta resolução do tórax para nova investigação, na qual mostrou comprometimento do pulmão (vidro fosco), característico de doenças pulmonares, agudas ou crônicas, e achado frequente em casos de suspeita para Covid-19. Por conta da suspeita ficou em área de isolamento, recebendo os cuidados necessários, não sendo permitido acompanhantes nesse setor.

A paciente imediatamente fez uso de fármaco vasoativo e foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na própria unidade, por apresentar insuficiência cardíaca descompensada (ICD). Com a piora clínica e comorbidades graves preexistentes, infelizmente, veio a óbito. Por fim, o serviço social da unidade está à disposição dos familiares para mais esclarecimentos. 

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) manifestou, neste domingo (5) seu pesar pela morte das técnicas de enfermagem Ana Cristina Tomé e Betânia Ramos, com suspeita de coronavírus. As profissionais trabalhavam no combate à doença no Hospital Getúlio Vargas (HGV), localizado no Recife.

Na nota, o Cofen afirma fez uma fiscalização, no hospital, no último dia 20, após denúncias de falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Estamos cobrando incansavelmente soluções para o desabastecimento e trabalhando de forma articulada para evitar o colapso do sistema de Saúde. Quantos profissionais precisarão morrer para que se entenda a gravidade deste momento e a necessidade de medidas enérgicas e urgentes?”, diz a nota. O Conselho ainda questiona: “Quantos mais terão que morrer?”.

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Confira a nota na íntegra:

NOTA DE PESAR

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) manifesta pesar e consternação pelo falecimento das técnicas de Enfermagem Ana Cristina Tomé e Betânia Ramos, neste sábado (4/4), com suspeita de COVID-19. Ambas trabalhavam no Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Recife.

A unidade foi fiscalizada em 20/3 pelo Coren-PE, após denúncias sobre déficit de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Estamos cobrando incansavelmente soluções para o desabastecimento e trabalhando de forma articulada para evitar o colapso do sistema de Saúde. Quantos profissionais precisarão morrer para que se entenda a gravidade deste momento e a necessidade de medidas enérgicas e urgentes?

A Enfermagem está na linha de frente do combate ao novo coronavírus, enfrentando seus próprios receios para conter a escalada da pandemia e prestar assistência aos pacientes. Somos sua retaguarda. Reforçamos, neste momento, nosso compromisso com cada profissional de fazer tudo o que se fizer necessário para protegê-los.

O Ministério da Saúde e os governos federal, estaduais, municipais e a iniciativa privada precisam adotar medidas urgentes para manter o fornecimento regular de EPI para proteger os profissionais de enfermagem que estão na linha de frente. Quantos mais terão que morrer?

Aos familiares, amigos e colegas de Ana Cristina e Betânia prestamos nossas condolências.

 

 

Um incêndio atingiu o Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, no início da tarde deste sábado (14). Segundo a recepção da unidade, o incêndio ocorreu em um aparelho ar condicionado no quarto dos médicos e já foi controlado. Um vídeo que circula na internet que teria sido filmado no local mostra que ao menos o forro do teto cedeu.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo foi de pequenas proporções e foi controlado pela equipe do hospital. Uma viatura foi encaminhada ao local, mas não precisou atuar. Os bombeiros informaram que o incêndio ocorreu no alojamento das médicas.

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Ainda segundo a recepção do hospital, não houve feridos e a unidade funciona normalmente. O Portal LeiaJá aguarda posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre o ocorrido.

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A deputada Priscila Krause (DEM) relatou, em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco nessa segunda-feira (2), a visita que realizou ao Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Zona Oeste do Recife. A inspeção foi motivada por relatos de pacientes e funcionários sobre um forte estalo ouvido na madrugada da última sexta (29). De acordo com a parlamentar, os primeiros problemas estruturais foram verificados na unidade há mais de uma década e, desde então, o Estado não tomou providências para encontrar uma solução efetiva.

O edifício G3, onde ocorreu o estrondo, engloba quatro das 14 salas do Bloco Cirúrgico, o setor de laboratório da unidade e oito consultórios, dos 28, do ambulatório. De acordo com a democrata, o barulho provocou medo nas pessoas que estavam no local. Ela relatou que servidores deixaram a unidade por não se sentirem seguros e pacientes pediram para ter alta. Ainda segundo Krause, desde 2004, durante a construção dos três blocos situados atrás do principal, o prédio apresenta problemas na estrutura.

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“A partir daquele momento, houve, inclusive, uma evacuação na área. As medidas necessárias na época foram tomadas, as obras de recuperação foram feitas, mas, de lá pra cá, outros problemas surgiram”, relatou. De acordo com ela, a construção do terminal de passageiros agravou a situação. “Teve uma situação mais séria em 2014 e, desde então, não foram feitos os reparos necessários. As patologias estruturais diagnosticadas nos laudos de acompanhamento, elaborados por empresas gabaritadas, não foram solucionados”, prosseguiu.

Priscila Krause informou que uma empresa contratada para o processo de recuperação abandonou a obra e nada mais foi feito. “A situação foi se agravando ao longo do tempo, e a gente não vê uma ação enérgica, firme e clara da Secretaria Estadual de Saúde (SES). O governador Paulo Câmara precisa se cercar de técnicos e profissionais que entendam do assunto, para balizar uma atitude por parte do Governo e da gestão do hospital”, avaliou.

Em aparte, o deputado Antonio Coelho (DEM) observou que os problemas estruturais se somam às falhas no atendimento prestado pelo HGV. “Nós, da Oposição, tivemos oportunidade de visitar o hospital algumas vezes e testemunhamos doentes jogados nos corredores, falta de medicamentos, banheiros imundos. Não poderíamos imaginar, porém, que estivesse caindo aos pedaços”, criticou o deputado. Líder oposicionista, Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) afirmou que “o PSB não cuida da saúde de Pernambuco”. “Há um problema de gestão, de querer cuidar de quem precisa, de se colocar no lugar do outro”, apontou.

O líder do Governo na Casa, deputado Isaltino Nascimento (PSB), leu uma nota da SES informando que a Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) realizou uma vistoria na sexta e “não encontrou indícios de risco eminente na estrutura”. A Secretaria diz, ainda, que monitora o prédio do HGV permanentemente, por meio de contrato com empresa de engenharia, “e todos os laudos apresentados até o momento atestam a segurança da estrutura para funcionários, pacientes e acompanhantes”.

Ainda de acordo com a SES, a equipe de engenharia da Defesa Civil do Estado fez o isolamento preventivo e provisório do bloco G3. Com isso, o laboratório está sendo transferido para outro local e consultas para cirurgias foram remanejadas para outras áreas existentes no HGV. “Todos os atendimentos e cirurgias eletivas não realizados na sexta-feira serão remarcados”, prossegue o texto.

A Codecipe recomendou, ainda, o escoramento dos pilares existentes entre a junta de dilatação do prédio G3, bem como o reforço na estrutura de um pilar que já se encontrava escorado. Segundo o documento, os serviços serão realizados pela Secretaria de Saúde a partir desta segunda. A SES informa, ainda, que emergência, enfermarias e a maior parte do bloco cirúrgico e do ambulatório do HGV estão funcionando normalmente.

*Da Alepe

A calamidade em que se encontra o Hospital Getúlio Vargas (HGV), localizado na Caxangá, Zona Oeste do Recife, só vem piorando a cada dia. Em visita à unidade de saúde na última quarta-feira (14), o LeiaJá sentiu de perto a situação degradante do espaço: pacientes literalmente jogados pelos corredores da unidade, praticamente amontoados um em cima do outro. Com poucos leitos disponíveis no local, devido tamanha superlotação, as ambulâncias que chegam com os pacientes tem que deixá-los “acomodados” na maca que poderia ser usada para socorrer outras pessoas.

A superlotação do HGV obriga que os pacientes, seja em estado grave ou não, tenham que ficar em cadeiras e até em pé, sem essa de prioridade, para tomar as medicações na medida do possível. Quem procura o hospital reclama da situação e diz que isso não deveria ser a realidade nem dos cachorros. “Eu estou aqui com a minha mãe que caiu e fraturou o osso do pé. Agora você vê a situação dela, uma fratura exposta, com a carne aberta capaz de pegar uma infecção por conta da realidade desse hospital - absurdo”, exclamou uma acompanhante que não quis se identificar.

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Para além das dificuldades de leitos, macas e espaços para medicação dos pacientes, a unidade sofre de um mal cheiro muito grande, possivelmente por conta das feridas dos pacientes e a falta do ar-condicionado nos corredores que não deveriam estar tomados pelas pessoas. 

Dois vídeos mostram a realidade do HGV em 2018 e 2019, confira

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Procurando atendimento na última quarta (14), uma idosa de 70 anos precisou ser atendida no chão, já que não conseguia se locomover e não tinha maca necessária para atender a demanda dela. Enfermeiros e médicos, diante dessa situação, também tentam se virar como podem para que, pelo menos, os atendimentos sejam garantidos em meio ao caos.

Sem querer se identificar, um profissional do Getúlio Vargas apontou que esse problema de superlotação não é exclusividade do HGV. “Se você for em outros hospitais do Recife, com toda certeza vai ver essa dificuldade dos pacientes. Não tem leito para todo mundo em lugar nenhum porque a demanda está grande. Muito disso se deve porque as pessoas não estão tendo mais condições de pagar planos de saúde e toda a demanda começa a voltar para o SUS”, relata.

A afirmação do profissional não bate com a última atualização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com o órgão, no mês de junho deste ano o setor de planos de saúde contabilizou em todo o país mais de 47 milhões de beneficiários. Os dados apontam crescimento em número de clientes na segmentação médica, em comparação ao mês de maio de 2019 e ao ano de 2018 - o que mantém a tendência de estabilidade. Pernambuco, por exemplo, saltou de 1.339.690 em junho de 2018 para 1.343.527 em junho de 2019. Isso representa um acréscimo de 3.837 ao plano de saúde.

A triste situação do HGV não é de pouco tempo, há pelo menos 10 anos pacientes reclamam da superlotação no local que é referência no atendimento de ortopedia em Pernambuco. O governo do Estado garante que vem fazendo o possível para amenizar a calamidade instaurada no local. No início de julho deste ano, 28 leitos foram inaugurados, com a instalação das salas vermelha e amarela para o atendimento aos pacientes mais graves na unidade de saúde. No entanto, tal “novidade” já apresenta problemas. 

Nas redes sociais, um paciente compartilhou um vídeo que mostra uma queda de água vindo de um ar-condicionado na ala vermelha, recém entregue pelo governo. Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco aponta que o aparelho apresentou falha no sistema de congelamento. 

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Confira a nota, na íntegra, da Secretaria de Saúde de Pernambuco

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reconhece a grande demanda na emergência do Hospital Getúlio Vargas (HGV), mas informa que, mesmo diante da situação, a unidade vem garantindo o atendimento à população, priorizando os casos mais graves. É importante destacar, ainda, que o HGV está funcionando em sua plena capacidade e não recusa atendimento, garantindo a assistência a todos. Todos os pacientes são acompanhados diariamente e ficam em observação contínua para reavaliação de seus quadros e definição de conduta terapêutica.  

É importante explicar também que os pacientes internados na emergência da unidade são acomodados de acordo com a gravidade do quadro de saúde nas alas vermelha e amarela. Diariamente, recebem visita de equipe multidisciplinar, que avalia a necessidade de transferência para leitos internos ou de convênio de acordo com a disponibilidade de vagas, priorizando de acordo com o quadro clínico e gravidade do caso. 

Sobre o ar condicionado, a direção da unidade esclarece que o aparelho, recém-instalado, apresentou falha no sistema de congelamento, por isso precisou ser desligado para troca dos filtros e descongelamento do equipamento. A equipe de manutenção foi acionada e já realizou os reparos necessários. Vale ressaltar também que os aparelhos da unidade passam, periodicamente, por manutenção preventiva.

O Governo do Estado vem investindo fortemente no reforço das escalas na rede hospitalar. Desde 2015, foram 6,6 mil profissionais concursados convocados - o maior chamamento da história de Pernambuco. Para suprir a crescente demanda, qualificar a assistência e manter as escalas completas no Hospital Getúlio Vargas, mais de 500 profissionais, entre médicos e outras categorias de saúde, foram convocados para a unidade nos últimos anos.

Sobre a nova emergência, o Governo de Pernambuco inaugurou, no início de julho, mais 28 leitos, com a instalação das salas vermelha e amarela para o atendimento aos pacientes mais graves – sendo 14 em cada uma delas. A primeira fase da reforma foi concluída e entregue ainda no final de setembro de 2018. Foi realizada também a modernização da subestação de energia, promovendo um aumento de 50% em sua capacidade elétrica.

Médicos da rede municipal do Recife e os médicos residentes do Hospital Getúlio Vargas (HGV) fazem paralisações na capital de Pernambuco. Os residentes do HGV decretaram greve por tempo indeterminado, enquanto os médicos da prefeitura suspenderam as atividades por 72 horas.

No HGV, a reivindicação trata de melhorias e implementações de direitos básicos para a oferta de serviços de saúde. Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o hospital possui estrutura precária, superlotação e falta materiais básicos, como fios de nylon. A categoria denuncia, inclusive, que as condições estruturais precárias foram responsáveis por um princípio de incêndio (veja o vídeo abaixo) no Centro de Material e Esterilização (CME) no dia 7 de setembro deste ano.

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Apenas 30% dos profissionais residentes do HGV seguirão atendendo normalmente nos setores de urgência e emergência. Uma nova assembleia da categoria está prevista para a próxima sexta-feira (21), às 11h, para discutir se retomam as atividades ou permanecem em greve.

Já nas unidades de saúde municipais, apesar de a paralisação ser de 72 horas, há possibilidade de greve por tempo indeterminado. A categoria protesta por causa de um alegado descumprimento de um Termo de Compromisso firmado no último mês de janeiro. Entre os pontos do documento estavam ações de melhoria da segurança nas unidades de saúde, abastecimento de insumos e maior investimento em medicamentos, especialmente na área de saúde mental.

Os médicos cobram ainda questões remuneratórias, como o cumprimento da Lei de Incorporação da Gratificação de Plantão e a equiparação salarial com o Estado. "Lembramos que esse movimento vem sendo deflagrado desde 2017. Os médicos vinham alertando, através de paralisações de advertências na rede municipal. A gestão da saúde do Recife quebrou a confiança com a categoria", disse o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros.

Na rede municipal, o atendimento às urgências e emergências será mantido. Estão suspensas atividades de serviços eletivos, ambulatórios e postos vinculados ao Estratégia de Saúde da Família (ESF). O LeiaJá entrou em contato com as secretarias de Saúde Estadual e Municipal, que ainda vão se posicionar.

Abaixo, vídeo mostra o princípio de incêndio no Hospital Getúlio Vargas.

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Cerca de 30 servidores terceirizados do setor administrativo do Hospital Getúlio Vargas paralizaram as atividades na manhã desta sexta-feira (6). Os funcionários reivindicaram o pagamento de salários e benefícios. Alguns deles estão há quatro meses sem receber e não sabem quando o repasse será feito.

Segundo os servidores, até o mês de setembro os vencimentos eram de responsabilidade da Secretaria de Saúde do Estado, que já pagava os salários (junto com os benefícios) com um atraso de dois meses. Mas, através de licitação, a empresa "AC" se tornou responsável pelo serviço destes tercerizados e o atraso, que já existia, tornou-se ainda maior. A TV LeiaJá esteve no Hospital Getúlio Vargas e acompanhou a indignação dos funcionários. Confira:

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O LeiaJá entrou em contato com a empresa "AC", atual responsável pelo pagamento de parte dos terceirizados no Hospital Getúlio Vargas. Carlos Correia, um dos sócios da empresa, afirmou que a Secretaria de Saúde do Estado ainda não fez os repasses para que a empresa pudesse pagar os funcionários, e que o governo tem recorrentemente negligenciado os pagamentos a seus fornecedores, prejudicando assim a prestação dos serviços públicos. Ainda são aguardadas as considerações por parte da Secretaria de Saúde, que também foi contactada para prestação de esclarecimentos.  

  

Novinho da Paraíba recebeu alta do Hospital Getúlio Vargas neste sábado (19), segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco. Ele estava internado após ter sido agredido em um assalto no Recife, na sexta-feira (18).

“Fui assaltado e agredido mesmo sem reagir”, escreveu o forrozeiro em seu Facebook oficial, onde Novinho da Paraíba se manifestou através de um comunicado e agradeceu o carinho e preocupação dos fãs nesse momento. No texto, ele garante que voltará aos palcos em breve, mas que no momento está em fase de recuperação devido às escoriações pelo corpo e uma fissura na costela. “Agradeço primeiramente a Deus pelo livramento que me foi concedido, o mais importante: a minha vida foi poupada”, disse. 

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Terceirizados responsáveis pela limpeza do Hospital Getúlio Vargas paralisam atividades por tempo indeterminado a partir da manhã desta sexta (11). Cerca de 90 trabalhadores cobram o salário de novembro e a primeira parcela do 13º salário.

O grupo realiza um protesto em frente ao hospital, localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. O ato conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoaic-PE) e da Força Sindical de Pernambuco.

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Segundo a categoria, desde o começo de 2015 os trabalhadores terceirizados vêm recebendo o pagamento dos salários com atraso, além da falta de pagamento dos benefícios como vale-transporte e tíquete alimentação. 

Das 40 empresas que possuem contrato de prestação de serviços com o Governo do Estado e Prefeitura do Recife, conforme o Stealmoaic-PE , 90% não pagaram o 13º salários aos trabalhadores.

Com informações da assessoria

Entre esta quarta (30) e o próximo sábado (3) mais de 30 pacientes que aguardam por uma cirurgia urológica no Hospital Getúlio Vargas serão operados. A ação faz parte do II Mutirão de Cirurgia Reconstrutora Urológica da unidade, que contará com 20 médicos, incluindo os residentes. 

A equipe, chefiada pelo coordenador do ambulatório de urologia do HGV, Gustavo Wanderley, contará com profissionais convidados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Bahia. Para participar do mutirão, os pacientes passaram por uma triagem, que levou em consideração a complexidade do caso e o tempo de espera pelo procedimento. 

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“São pacientes que sofrem com problemas diversos, como incontinência urinária grave, obstruções urinárias severas (estenose uretral), fistulas urinárias, além do tratamento dos grandes prolapsos pélvicos”, comenta Wanderley.

A expectativa é que sejam realizadas, pelo menos, dez cirurgias por dia. Por mês, o Hospital Getúlio Vargas, que é a principal referência no Estado para esse tipo de procedimento, realiza uma média de oito procedimentos cirúrgicos. 

Em média, o tempo de recuperação do procedimento é de 48 horas. No primeiro mutirão, realizado em 2012, um total de 32 pacientes passaram pela cirurgia.

Com informações da assessoria

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Manifestantes interditaram o sentido Centro da Avenida Caxangá na tarde desta terça-feira (11). O protesto, que começou por volta das 14h20, acontece nas proximidades do Hospital Getúlio Vargas e é realizado por funcionários da unidade de saúde.

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Segundo o técnico de enfermagem Henrique da Silva, a categoria está em greve, por conta de pagamentos que não são feitos pela gestão estadual. “Nós tiramos plantão extra e o governo não está pagando esse valor há quatro meses. Isso é muito grave, pois cerca de 80% dos colegas de trabalho que tiram plantão extra, são os que sustentam as grandes emergências do Estado”.

Ainda conforme Henrique, a paralisação segue até a próxima sexta-feira (14). “Se até lá o valor não tiver sido pago, vamos convidar todas as emergências a entrarem de greve por tempo indeterminado. Isso inclui os hospitais Agamenon Magalhães, Oswaldo Cruz, Restauração e tantos outros”.

A enfermeira Cristiane Medeiros também denuncia. “Todas as enfermeiras do plantão de hoje no Getúlio Vargas são extra. Se as enfermeiras não trabalharem o plantão fica desfalcado, fica sem funcionário para cuidar dos pacientes. Não tem material, nem tem dinheiro, não tem nada. Tem paciente no chão, sem medicamento, e nós estamos entrando no 5º mês sem receber salário e eles não dão previsão pra gente”.

A mobilização contou com a presença de uma ex-funcionária do Hospital Agamenon Magalhães. A enfermeira Andreia Cristina conta que foi demitida sem motivos e agora passa por uma situação complicada. “Tenho dois filhos e fui despejada. Estou morando de favor. O que estão fazendo não existe”.

Por orientação da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), os motoristas devem evitar a via. A sugestão é seguir pela Avenida Maurício de Nassau. Orientadores de trânsito estão no local.

A manifestação dificulta o funcionamento dos ônibus, inclusive do BRT. Alexsandro Maurício tentava ir a uma consulta, mas desistiu no meio do caminho.

“Eu estava no ônibus parado há uma hora. Perdi a consulta de oculista que ia com a minha mãe. Eu concordo com o protesto, mas eles poderiam fazer isso na frente da prefeitura ou do palácio”.

Outras vias – Segundo a CTTU, o tráfego flui sem problemas pelas avenidas Arquiteto Luiz Nunes, Rui Barbosa, além das ruas José Osório e Real da Torre. Já na Avenida Agamenon Magalhães, no sentido Boa Viagem, na altura da Praça do Derby, o fluxo de veículos é intenso.

Confira vídeo do protesto:

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Com informações de Juliana Marques

O líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB), reuniu-se na manhã desta sexta-feira (17) com o diretor do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Gustavo Souza Leão, no Recife, para coletar mais informações sobre uma portaria interna que proíbe, por um período de 90 dias, a "abertura de prontuário de primeira vez, exceto para pacientes egressos” e a “realização de exames laboratoriais e de imagens, para pacientes de ambulatório". A alegação, expressa na portaria, é de "contenção de despesas".

De acordo com Costa Filho, o diretor da unidade de saúde confirmou que o HGV está impossibilitado de receber novos pacientes ou de realizar exames para quem é atendido pelo ambulatório por ter recebido do Governo do Estado uma orientação para reduzir em 20% os custeios do hospital, que é referência no setor de ortopedia e recebe pacientes do Grande Recife e todo o interior. 

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"Não é possível aceitar que haja redução no orçamento em uma área que historicamente já sofre com problemas de financiamento. Esta portaria do HGV reforça que o setor de saúde em Pernambuco está em crise e que o Governo do Estado tem tratado o tema com descaso", enfatiza o parlamentar.  "A bancada de oposição apela ao Governo do Estado que mantenha e até amplie o volume do investimento na saúde, pois o que estamos observando é que os problemas na área vêm se acentuando em Pernambuco. Isto é desumano", acrescentou o petebista.

No mês de fevereiro, o Governo do Estado publicou um decreto instituindo o Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG), para reduzir o custeio da máquina pública. "Na administração deste plano de custeio centros de referencia em saúde como o Hospital Getúlio Vargas e o Hospital Universitário Oswaldo Cruz precisam ser preservados. A população não pode esperar, por exemplo, 90 dias, para realizar exames. Esperamos que o hospital e o Governo do Estado revejam a  portaria do HGV", afirma Costa Filho. 

Após a reunião, o parlamentar também ressaltou que a intensa procura pelo HGV revela o problema crônico pelo qual passam as unidades de pronto-atendimento (UPAs) em todo o Estado e afirmou que aguarda da gestão estadual uma posição oficial sobre a situação do Hospital Getúlio Vargas. Além disso, a bancada vai encaminhar ao Poder Executivo um pedido de informação sobre os impactos do programa de contenção de despesas do Estado na saúde.

Deputados que integram a bancada de oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) visitam, na manhã desta sexta-feira (17), o Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Recife. A vistoria é motivada por uma denúncia de que a unidade está proibida de realizar a “abertura de prontuário de primeira vez, exceto para pacientes egressos” e a “realização de exames laboratoriais e de imagens, para pacientes de ambulatório” por um período de 90 dias. A portaria, de acordo com o líder da bancada, o deputado Silvio Costa Filho (PTB), teria sido assinada pelo diretor do HGV, Gustavo Souza Leão, na última terça-feira (14). A justificativa apresentada para a determinação teria sido a de “contenção de despesas”.  

“O Governo do Estado tem realizado um programa de contenção de despesas, mas é preciso haver sensibilidade por parte da gestão para a manutenção de serviços essenciais como o da saúde”, argumentou Costa Filho. “O Getúlio Vargas é um dos hospitais mais procurados não só por quem mora no Recife e Região Metropolitana, mas por todos os pernambucanos, de todas as regiões do Estado”, acrescentou. 

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Segundo o petebista, a vistoria na unidade acontece para verificar a situação de atendimento à população e travar uma conversa com o diretor para maiores detalhes sobre os efeitos que a resolução poderá ter sobre a vida de quem precisar de atendimento médico. O Getúlio Vargas é referência na área de ortopedia e de acordo com um levantamento da bancada de oposição realiza mensalmente 2 mil atendimentos de emergência e 12 mil no ambulatório. 

“Nos últimos dias acompanhamos o drama de quem precisa de atendimento e remédios para o tratamento do câncer no Hospital Oswaldo Cruz e agora recebemos esta notícia do HGV, o que só acentua a crise na saúde de nosso Estado. Vamos encaminhar ao governo um pedido de informação sobre o que tem sido investido em saúde e explicações sobre os impactos do programa de contenção de despesas nesta área”, antecipou o líder. No início desta semana, a bancada de oposição visitou outras unidades de saúde do estado como o Hospital Belarmino Correia, em Goiana, e a UPA Especializada em Carpina, ambas na Mata Norte. 

Das 8h às 17h, nesta terça-feira (16), a chance de contribuir pela vida do próximo. O Hospital Getúlio Vargas (HGV) convoca toda a população da Região Metropolitana do Recife para uma grande campanha de doação de sangue, a ser realizada no Centro de Reabilitação e Fisioterapia da unidade. A ação agora integra o calendário institucional do hospital e tem a meta de reforçar os estoques da Fundação Hemope. 

No início da programação, haverá apresentação teatral para explicar como é a realidade de quem trabalha no local, além de tirar dúvidas sobre doação de sangue. Os organizados aguardam, no mínimo, 220 doadores nesta terça-feira. Além dos doadores já fidelizados, a ação busca novos cooperados numa causa que tem como mote a manutenção da vida. 

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Para doar sangue é preciso estar atento a algumas especificidades, além, é claro, de não ter consumido bebidas alcoólicas e estar bem alimentado. É preciso ter 16 a 69 anos (menores precisam estar acompanhados dos pais), ter mais de 50 kg e boa saúde. O doador deve levar um documento de identificação original com foto. Antes da captação, um médico ou enfermeiro realiza uma triagem clínica com o doador. 

Uma criança de 9 anos foi atropelada por um carro no início da noite desta quarta-feira (1°). O acidente ocorreu por volta das 17h25, na Rua Gomes Taborda, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

O Corpo de Bombeiros (CBMPE) foi acionado e enviou um motorresgate ao local. Segundo informações preliminares, há suspeita de que a criança tenha fraturado as duas pernas. 

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A vítima foi socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, onde passará por exames para avaliar a gravidade dos ferimentos.

Divididos entre a funcionalidade de um terminal integrado e os impactos causados pelo ruído e pela poeira, pacientes, familiares e servidores do Hospital Getúlio Vargas, na Zona Oeste do Recife, têm se perguntado como será a recuperação dos pacientes depois da inauguração da Perimetral III, terminal em que circularão os veículos do BRT que trafegam na Avenida Caxangá. Atualmente com poucos trabalhadores, a obra já foi motivo de manifestações dos funcionários do HGV e, apesar de ter finalização prevista para o mês de novembro, o prazo de conclusão da obra foi estendido para janeiro de 2015.

“Moro em Jaboatão dos Guararapes e seria melhor descer numa parada mais perto do hospital, porque os ônibus de lá pra cá demoram muito”, afirma Maria do Carmo Barbosa, mãe de um paciente internado no HGV há apenas dois dias. Quando questionada a respeito do barulho e do aumento no fluxo de veículos nas proximidades do hospital, Maria afirmou não acreditar que o terminal iria influenciar negativamente na recuperação dos pacientes da unidade de saúde. “Já tem o trânsito normal das ruas perto do hospital, não vai fazer diferença”, diz ela. 

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Entretanto, segundo representantes do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev/PE), o terminal influencia na recuperação de quem está internado. De acordo com o Sindicato, o calor e a poluição sonora são alguns dos principais fatores que irão prejudicar a saúde dos pacientes. Segundo o coordenador do Sindsprev, José Bonifácio, a entidade já moveu uma ação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para a retirada da integração, mas sem efeito. “Também tentamos fazer algum tipo de acordo para que o hospital fosse climatizado. Também não conseguimos”, explica Bonifácio. 

Servidores do hospital demonstram descontentamento em relação à localidade do terminal. “Alguns pacientes já reclamaram durante o período das obras. Quando os ônibus começarem a circular, a saúde dos pacientes vai ser ainda mais prejudicada”, pontua o enfermeiro Marcos Bento (foto à esquerda).  Ainda segundo o servidor, o terminal de ônibus fica localizado numa área próxima à UTI II, local que abriga pacientes em estados mais delicados, e à ala em que são preparadas as refeições de funcionários e pacientes.

O LeiaJá procurou o Governo do Estado para saber mais detalhes sobre o estudo de impacto. Abaixo, a entrevista com o Secretário Executivo de Mobilidade, Gustavo Gurgel (à direita), sobre o assunto:

LeiaJá - Secretário, foi feito um estudo de impacto social para a implantação do terminal ao lado do hospital?

Gurgel - Foi sim, fizemos um estudo de impacto de vizinhança. São dois volumes de muitas páginas, nunca li por completo, mas têm as conclusões dele. Quanto a questão da sonoridade, ali a Avenida San Martin por onde passam os ônibus está mais perto do hospital que o próprio terminal. A Perimetral tem menos impacto do que a própria rodovia. Da mesma forma a poluição no ar. No Terminal ainda tem o atenuante de existir algumas árvores entre o hospital e o Terminal. Portanto há atenuação tanto da sonoridade, quanto da poluição, todos esses parâmetros foram observados. 

LJ - Foram escutados os pacientes, profissionais, etc?

Gurgel - Nesse estudo não vou saber te dizer se houve alguma coisa nesse sentido. 

LJ - Mas houve debate com os profissionais do hospital que fizeram protestos e entraram na Justiça?

Gurgel - Claro, nesse processo do MPPE, todas as partes envolvidas sentaram e teve diálogo com eles, apresentamos estudos. De fato o terminal não tem interferência mais significativa do que o próprio ambiente. O estudo aponta que ele não gera impacto no hospital. O estudo conclui que existem impactos positivos e negativos, mas que há medidas mitigadoras que tornam a obra viável e necessária. 

LJ - Quais seriam esses impactos negativos e as respectivas medidas mitigadoras?

Gurgel - Aí eu teria que ler todo o documento para te dizer, não saberia te informar agora. 

LJ - Esse é um documento público? Nós da imprensa podemos vê-lo?

Gurgel - Teria que ver com a empresa se há alguma cláusula de sigilo, aí precisaria até de mais tempo para responder isso. 

 

Com colaboração de Alexandre Cunha. Fotos: Victor Soares/LeiaJáImagens (enfermeiro) / Reprodução/SecretariadasCidades (secretário)

“Os funcionários estão sem segurança, os pacientes também. Dizem que o prédio não tem perigo de cair, mas todos estão aflitos”. O relato sobre o Hospital Getúlio Vargas (HGV) é do coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev), José Bonifácio Monte. Os trabalhadores fazem uma paralisação no local, na manhã desta segunda-feira (8). 

As críticas dos funcionários são principalmente em relação ao Bloco G da unidade. No final da semana passada, parte do teto da sala de recuperação do bloco cirúrgico desabou e assustou a todos. Não houve feridos. Além disso, os profissionais apontam que há rachaduras na estrutura do edifício. E não é de hoje que a situação se apresenta assim, segundo José Bonifácio Monte.

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“Não é de agora, há mais de dez anos já apresenta problema. São realizados trabalhos de recuperação, mas a cada vez que vemos as novas rachaduras, piora a situação (dos funcionários)”, afirmou o representante da categoria. No Bloco G funcionam o ambulatório, parte da emergência e a refeitoria. Com os problemas, os serviços ambulatoriais foram suspensos. Segundo o Sindsprev, as obras de recuperação estrutural foram retomadas em agosto, após estarem interrompidas desde maio. 

“Depois que começaram a fazer o terminal de ônibus ao lado do HGV apareceram mais fendas no prédio. Às vezes, é possível sentir tremores e as pessoas que trabalham aqui não estão seguras”, explicou a diretora do sindicato, Isabel Fabrício. A imediata interdição do Bloco G, até conclusão das obras, foi solicitada pelo Sindsprev ao Ministério do Trabalho. 

Segundo a gestão do Hospital, diariamente são realizadas inspeções para garantir a segurança de todos no prédio. Confira o posicionamento do HGV através da nota emitida pelo órgão:

A direção do Hospital Getúlio Vargas esclarece que, conforme os diversos laudos emitidos pelos órgãos de fiscalização competentes, que garantem a segurança da edificação, a unidade continua prestando assistência aos usuários do SUS.

A direção ressalta, ainda, que enquanto durarem as obras de reforço estrutural dos Blocos A e G e separação das passarelas que os unem, que têm prazo de execução de seis meses, a Defesa Civil do Governo de Pernambuco irá realizar o monitoramento semanal na unidade e engenheiros da Secretaria da Saúde realizarão inspeções diárias nas áreas do hospital para averiguar a situação predial, prevenindo possíveis desprendimentos de materiais e, garantindo, assim, a segurança de todos dentro do Getúlio Vargas.

As obras, que foram iniciadas em agosto, são fundamentais para anular o impacto de acomodação do solo e diminuir a atuação de esforços sob e as estruturas dos prédios, fazendo com que não haja o desprendimento de materiais e que não surjam fissuras e rachaduras.

Nesta semana, foram realizadas inspeção e recuperação do forro de gesso do bloco cirúrgico da unidade e, após visita técnica da Defesa Civil do Governo de Pernambuco, a área foi liberada, já que não apresentava risco para pacientes e trabalhadores. Apesar da paralisação, a SES garante que haverá funcionamento normal na unidade.

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