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O proprietário do edifício Rana Plaza, que desmoronou na quarta-feira, matando pelo menos 238 pessoas, construiu o prédio de oito andares em 2007 sem permissão e em solo instável, segundo funcionários da cidade de Daca. Sohel Rana, o proprietário que é também um político local, não solicitou as permissões obrigatórias da agência municipal que supervisiona a segurança dos prédios na região de grande Daca, declarou Sheikh Abdul Mannan, graduado funcionário da agência.

"O prédio não recebeu permissão de planejamento", disse Mannan. "Ele poderia e deveria ter sido demolido a qualquer hora".

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Em vez disso, o proprietário pediu permissão para o prefeito de Savar, um centro comercial ao norte de Daca. Segundo Mannan, ele não tinha autoridade para permitir a construção do Rana Plaza, um complexo comercial com cinco fábricas têxteis, lojas e um banco.

Em entrevista, o prefeito Refayet Ullah reconheceu que seu gabinete havia emitido a permissão para Rana sem as permissões necessárias da agência de segurança de prédios da Daca.

Mas Ullah defendeu sua ação, dizendo que a agência demora muito para emitir as permissões, num momento em que a indústria de roupas de Bangladesh está em crescimento, já que empresas estrangeiras buscam alternativas mais baratas à China. "Centenas de fábricas nesta área foram construídas com permissão dos conselhos locais", disse ele.

O prefeito afirmou que Rana é um cidadão proeminente, que tem outros prédios na região, todos construídos com a aprovação do conselho local.

Rana construiu o prédio em 2007, drenando água de um lago e enchendo o espaço com fundações de concreto, segundo moradores locais. Esse tipo de terra, de baixa altitude e áreas pantanosas, é geralmente mais barato em Bangladesh.

Na terça-feira, os trabalhadores foram retirados do prédio após o aparecimento de uma grande rachadura na parede externa, perto do terceiro andar. Segundo trabalhadores que participaram de um reunião, naquele mesmo dia, Rana disse que o prédio ficaria em pé "por mais cem anos".

Na manhã da quarta-feira, gerentes usaram megafones para chamar os trabalhadores. Alguns deles disseram que foram ameaçados com a suspensão do pagamento de não voltassem. Pouco depois, o prédio desmoronou com mais de 1.000 trabalhadores em sem interior.

Ullah disse que foi notificado quando o prédio apresentou rachaduras, na manhã de terça-feira. "Eu queria formar um comitê com especialistas, mas antes que eu pudesse agir, tudo ruiu". As informações são da Dow Jones.

Quarenta sobreviventes do desabamento de um prédio de oito andares ocorrido ontem em Bangladesh foram encontrados nesta quinta-feira sob os escombros e 12 deles já foram resgatados, afirmou o general de brigada Mohammed Siddiqul Alam Shikder.

De acordo com o general, que supervisiona as operações de resgate, todas as 40 pessoas localizadas estavam em um único cômodo no quarto andar do edifício, que abrigava diversas tecelagens. Equipes de resgate trabalham na retirada dos outros 28 sobreviventes.

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O desabamento ocorrido ontem em Savar, a 20 quilômetros de Daca, provocou a morte de pelo menos 238 pessoas, mas ainda há muitos desaparecidos e o número de vítimas pode aumentar ainda mais. As informações são da Associated Press.

As organizações de defesa dos operários da área têxtil de Bangladesh atribuem a responsabilidade pelos inúmeros acidentes neste lucrativo setor aos patrões sem escrúpulos, à negligência das autoridades e à indiferença das empresas de roupas ocidentais, mais preocupadas com os custos de produção do que com a segurança no trabalho.

Ao menos de 200 pessoas morreram no desabamento na quarta-feira de um prédio em que funcionavam as oficinas de confecção, um novo acidente neste setor que, no ano passado, gerou 20 bilhões de dólares em exportação e contribuiu para que a etiqueta "Made in Bangladesh" possa ser encontrada em quase todos os lares ocidentais.

Alguns empregados do setor têxtil que trabalhavam no prédio Rana Plaza de Savar, na periferia de Daca, recebiam 37 dólares por mês para fabricar peças destinada, entre outras marcas, à britânica Primark.

Em novembro, um incêndio em uma unidade de confecção perto de Daca cobrou a vida de 111 empregados, em sua maioria mulheres, o que provocou uma polêmica sobre as condições de trabalho e de segurança dos operários desta indústria, a segunda mais importante do mundo.

A oficina não contava com brigadas de incêndio, as saídas de emergência estavam bloqueadas e os operários receberam a ordem de permanecer em seus postos apesar da fumaça, pois seus chefes afirmaram que se tratava apenas de um exercício de emergência.

Sobre o acidente de quarta-feira, apesar de uma evacuação ter sido realizada no dia anterior depois que os empregados constataram fissuras no prédio, seus chefes pediram que eles voltassem ao trabalho.

"O governo promete há anos tomar medidas significativas para melhorar a segurança nas oficinas de confecção, mas jamais cumpriram com suas promessas", denuncia Scott Nova, diretor executivo do grupo de defesa dos operários, o Worker Rights Consortium, com sede em Washington.

"O governo acredita que regras sobre o direito trabalhista, que poderiam aumentar os custos da produção, fariam com que as marcas e vendedores varejistas (estrangeiros) fossem para outro lugra", explica Nova.

Apesar de uma série de inspeções nas milhares de fábricas do país depois do drama de novembro, um novo incêndio em janeiro, em uma fábrica que fornece produtos para a espanhola Inditex, número um mundial do setor têxtil e dona da marca Zara, deixou oito mortos entre os operários, dois dos quais eram menores de idade.

Há 30 anos Bangladesh se lançou à confecção para exportação e conseguiu fazer do setor uma ponta de lança de sua economia.

Anos de crescimento a dois dígitos graças às 4.500 unidades têxteis ajudaram este país desfavorecido da Ásia do sul e com 153 milhões de habitantes a reduzir sua pobreza endêmica a um ritmo mais rápido que seu vizinho, a Índia.

Em um relatório sobre o setor, a consultora McKinsey classificava recentemente Bangladesh como a "futura China", prevendo que suas exportações têxteis poderão triplicar para 2020.

Para o vice-presidente da Associação de Fabricantes e Exportadores do Setor Têxtil em Bangladesh, Shahidullah Azim, os acidentes se devem a fábricas cada vez mais velhas, que deveria passar por reformas.

Meenakshi Ganguly, diretora da Human Rights Watch para a Ásia do Sul, acredita, por sua parte, que os consumidores deveriam ajudar a pressionar as marcas para que a indústria tome consciência da situação.

"Vimos isso com o comércio de diamantes nos países em guerra: quando os consumidores tomaram consciência da situação, evitaram comprar diamantes cuja origem estava relacionada com distúrbios, então a indústria foi obrigada a mudar", enfatizou.

Meenakshi Ganguly denuncia também a intimidação em relação aos militantes que defendem os operários, alguns dos quais foram assassinados ou julgados.

Babul Akhter, diretor da Federação de Operários do Setor Têxtil e da Indústria em Bangladesh, não acredita que a justiça será feita no acidente do Rana Plaza.

"Aqui, os empresários do setor têxtil estão acima das leis", afirmou.

"As marcas ocidentais também são cúmplices porque fecham os olhos às práticas dos fabricantes. Assim como os fabricantes, os varejistas utilizam a mão de obra de Bangladesh como uma máquia de fazer dinheiro", conclui Akhter.

Centenas de milhares de trabalhadores do setor de vestuário saíram das fábricas de Bangladesh nesta quinta-feira, em protesto contra as mortes de mais de 200 pessoas após o desabamento de parte de um prédio, na quarta-feira.

A tristeza se transformou em raiva quando os trabalhadores, alguns carregando pedaços de pau, bloquearam importantes vias em pelo menos três áreas industriais nas proximidades da capital Daca, o que forçou os proprietários das fábricas a declarar o dia como feriado.

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"Há centenas de milhares deles", disse Abdul Baten, chefe de polícia do distrito de Gazipur, onde estão instaladas centenas de grandes fábricas de roupas. "Eles ocuparam as vias por algum tempo e depois se dispersaram."

O inspetor de polícia Kamrul Islam disse que os trabalhadores atacaram várias fábricas cujos proprietários haviam se recusado a dar o dia de folga aos empregados. "Muitos queriam doar sangue para seus colegas", acrescentou.

Cerca de 1.500 trabalhadores marcharam até a sede da principal associação de empresas manufatureiras em Daca, exigindo que os proprietários das fábricas, onde houve o desabamento, sejam punidos. Alguns deles quebraram janelas e veículos antes de serem dispersados pela polícia, informou Wahidul Islam, vice-comissário da polícia de Daca.

Como havia profundas rachaduras nas paredes, a polícia havia ordenado o esvaziamento do prédio no dia anterior à tragédia, mas os proprietários das fábricas desrespeitaram a ordem e mantiveram mais de 2 mil pessoas trabalhando no local. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O número de mortos do desabamento de um prédio de oito andares na cidade de Savar, em Bangladesh, já subiu para 149, segundo informações da Associated Press. De acordo com autoridades, muitas pessoas ainda estão presas no edifício. O local abrigava centenas de pessoas que trabalhavam em tecelagens quando o prédio desmoronou na quarta-feira de manhã (horário local).

A cidade do incidente fica a cerca de 20 quilômetros ao norte de Daca, a capital de Bangladesh. As informações são da Associated Press.

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Equipes de resgate tentavam libertar centenas de pessoas presas sob os escombros de um prédio de oito andares que desabou nesta terça-feira, provocando a morte de pelo menos 119 pessoas. Pessoas que trabalhavam no edifício, onde funcionavam tecelagens, já haviam reclamado antes de rachaduras antes do desabamento, mas receberam garantias de que a estrutura era "segura".

O desabamento trouxe à memória um incêndio numa fábrica de roupas que matou 112 pessoas em novembro do ano passado e gerou protestos sobre a segurança na indústria de roupas no país.

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Trabalhadores do edifício Rana Plaza disseram que grandes rachaduras foram vistas no dia anterior, que chegaram a ser mostradas em canais locais de televisão. Os funcionários hesitaram em entrar no prédio na manhã desta quarta-feira, disse Abdur Rahim, que trabalhava numa fábrica instalada no quinto andar. Segundo ele, um gerente da fábrica assegurou que não havia qualquer problema, então eles entraram, disse ele.

"Nós começamos a trabalhar. Após mais ou menos uma hora o prédio desabou, repentinamente", disse ele, que se lembra de recobrar a consciência já do lado de fora do prédio.

Milhares de pessoas de reuniram perto do local, algumas felizes por encontrarem seus entes queridos vivos e outras ainda em busca de informações sobre familiares desaparecidos. Bombeiros e soldados manejando furadeiras e guindastes trabalhavam junto com voluntários em busca de mais sobreviventes.

Uma enorme parte da estrutura de concreto caiu. Enormes pedaços de tecido foram amarrados nos andares mais altos, supostamente para ajudar os que estavam nesses locais a descer até o chão. Além de fábricas de roupas, o prédio também abrigava um banco e várias lojas. Cerca de 5 mil pessoas trabalhavam ali.

O secretário de Saúde Mohammed Neazuddin confirmou a morte de 119 pessoas após o desabamento do prédio em Savar, cerca de 20 quilômetros ao norte de Daca, a capital bengalesa. Um oficial do Corpo de Bombeiros disse que mais de mil sobreviventes foram resgatados até agora, mas estima-se que centenas de pessoas estejam sob os escombros e o número de mortos deve aumentar ainda mais. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Um prédio de oito andares que abrigava quatro fábricas de roupas desabou, nas proximidades da capital de Bangladesh na manhã desta quarta-feira, matando pelo menos 87 pessoas e deixando muitas presas nos escombros, informaram autoridades.

O desabamento trouxe à memória um incêndio numa fábrica de roupas que matou 112 pessoas em novembro e gerou protestos sobre a segurança na indústria de roupas no país.

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Trabalhadores do prédio Rana Plaza disseram que grandes rachaduras foram vistas no dia anterior, que chegaram a ser mostradas em canais locais de notícias. Os funcionários hesitaram em entrar no prédio na manhã desta quarta-feira, disse Abdur Rahim, que trabalhava numa fábrica instalada no quinto andar. Segundo ele, um gerente da fábrica assegurou que não havia qualquer problema, então eles entraram, disse ele.

"Nós começamos a trabalhar. Após mais ou menos uma hora o prédio desabou, repentinamente", disse ele, que se lembra de recobrar a consciência já do lado de fora do prédio.

Dezenas de milhares de pessoas de reuniram no local, algumas felizes por encontrar sobrevivente e outras procurando familiares. Bombeiros e soldados usando com furadeiras e guindastes trabalhavam juntos com voluntários em busca de mais sobreviventes.

Uma enorme parte da estrutura de concreto caiu. Enormes pedaços de tecido foram amarrados nos andares mais altos, supostamente para ajudar os que estavam nesses locais a descer até o chão. Além das fábricas de roupas, o prédio também abrigava um banco e várias lojas.

O ministro da Saúde A.F.M. Ruhal Haque declarou na tarde desta quarta-feira (horário local) que haviam sido confirmadas as mortes de 70 pessoas após o desabamento do prédio em Savar, subúrbio de Daca. O brigadeiro general Mohammed Siddiqul Alam Shikder disse que 600 sobreviventes foram resgatados. Relatos indicam que o número de mortos deve aumentar.

"Enviamos duas pessoas para dentro do prédio e conseguimos resgatar pelo menos 20 com vida. Eles também nos disseram que entre 100 e 150 estão feridas e ainda há cerca de 50 mortos presos, declarou Mohammad

Humayun, supervisor de uma das fábricas de roupas.

O desabamento aconteceu por volta das 8h30. Tento em vista que as fábricas da região costumam funcionar 24 horas por dia, aparentemente havia funcionários das quatro empresas que funcionavam no local. As informações são da Associated Press.

O investimento estrangeiro direto (IED) para Bangladesh cresceu 10,1% nos primeiros oito meses do atual ano fiscal, informou neste domingo a agência chinesa de notícias Xinhua.

De acordo com dados do Banco de Bangladesh referentes a julho de 2012 a fevereiro de 2013, a entrada de IED atingiu US$ 950 milhões, comparado com US$ 863 milhões em igual período do ano fiscal anterior. O ano fiscal do país termina em junho. As informações são do Dow Jones.

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Um tornado destruiu 20 vilarejos no leste de Bangladesh, deixando 20 mortos e ferindo outros 200, informou o governo. Relatos iniciais apontavam que ao menos 10 pessoas foram mortas e um jornal local estimava em 500 o número de feridos na tempestade que devastou na sexta-feira aldeias distantes no distrito de Brahmanbaria.

Nesta sábado (23), o chefe do gabinete do governo local, Noor Mohammad Majumder, comunicou que o número de mortos subiu para 20, com mais 200 pessoas feridas pelo tornado. O jornal Prothom Alo revelou que a tempestade de 15 minutos destruiu várias moradias e lojas, derrubando um grande número de árvores e postes de energia.

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As informações são da Associated Press.

Manifestantes protestando contra a sentença de morte de um líder de um partido islâmico por crimes relacionados à guerra de independência de Bangladesh, em 1971, entraram em confronto com forças de segurança pelo quarto dia consecutivo neste domingo (3). A polícia informou que 12 pessoas morreram hoje nos confrontos.

Com isso, pelo menos 58 pessoas já morreram durante as manifestações contra a sentença de morte dada a Delwar Hossain Sayedee, um dos principais líderes do Jamaat-e-Islami, o maior partido islâmico do país. Sayedee é o terceiro réu a ser condenado por crimes de guerra pelo tribunal especial criado em 2010 pelo governo da primeira-ministra Sheikh Hasina.

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O Jamaat fez campanha contra a independência do país, mas nega ter cometido atrocidades. Bangladesh alega que a guerra deixou 3 milhões de mortos, 200 mil mulheres violentadas e forçou milhões a fugir para a vizinha Índia. As informações são da Associated Press.

Manifestantes entraram em confronto com a política pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira em protesto contra a sentença de morte de um líder de um partido islâmico por crimes relacionados à guerra de independência de Bangladesh, em 1971. Pelo menos 44 pessoas já morreram durante os protestos.

Os últimos confrontos ocorreram nos distritos de Gainbandha e Chapainawabganj, ao norte, matando duas pessoas, informaram policiais, em condição de anonimato.

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Pelo menos 42 pessoas forma mortas na quinta-feira durante manifestações contra a sentença de morte dada a Delwar Hossain Sayedee, um dos principais líderes do Jamaat-e-Islami, o maior partido islâmico do país. Na capital Daca, dezenas de partidários do Jamaat destruíram vários veículos no distrito central de Malibagh, disseram testemunhas.

O partido convocou a realização de protestos após as orações islâmicas desta sexta-feira. As autoridades, por sua vez, responderam enviando milhares de policiais e tropas paramilitares para reprimir os protestos em Daca.

O Jamaat pediu a seus partidários que se dirijam às mesquitas para oferecer uma oração conjunta especial pelos que foram mortos durante os episódios de violência na quinta-feira, mas há temores de que mais confrontos possam ocorrer nesta sexta-feira, após as orações. A emissora de televisão privada Ekattor informou que partidários do Jamaat montaram bloqueios algumas estradas do país.

"Nós precisamos ficar alertas. O Jamal e seus aliados estão tentando jogar o país na anarquia", declarou o ministro da Justiça Quamrul Islam. "Não vamos permitir que eles destruam a democracia."

Os ânimos têm estado alterados nas últimas semanas, depois que suspeitos foram julgados por acusações de terem cometido crimes durante a guerra pela independência do país do Paquistão. O governo diz que pelo menos 3 milhões de pessoas foram mortas e 200 mil mulheres estupradas por tropas paquistanesas e colaboradores locais durante o conflito.

Milhares de estudantes montaram acampamento num cruzamento de Daca, no mês passado, exigindo a execução de um líder do Jamaat, que recebem pena de prisão perpétua por assassinatos em massa.

Sayedee foi condenado à morte por assassinatos em massa, estupro e atrocidades cometidas durante a sangrenta guerra, que durou nove meses. Seus partidários responderam ao veredicto saindo às ruas, onde entraram em confronto com a polícia, atacaram escritórios do governo e retiraram trilhos de trem em algumas partes do país. Os manifestantes também atearam fogo em casas pertencentes a partidários do governo. A polícia respondeu com disparos e gás lacrimogêneo.

O porta-voz do opositor Partido Nacionalista de Bangladesh, Mirza Fakhrul Islam, acusou as forças de segurança de matarem deliberadamente os manifestantes. "Trata-se de uma outra forma de assassinato em massa", disse ele. "Temos de nos levantar contra tais brutalidades."

O Jamaat é aliado do Partido Nacionalista de Bangladesh, que é liderado pela ex-premiê Khaleda Zia, e foi parceiro de seu governo entre 2001 e 2006. O Jamaat também convocou uma greve geral nacional para domingo e segunda-feira, em protesto contra o veredicto.

Sayedee, que era professor num seminário islâmico na época dos supostos crimes, é o terceiro réu a ser condenado por crimes de guerra pelo tribunal especial criado em 2010. Seu advogado, Abdur Razzak, disse que a decisão teve motivação política e que vai apelar do veredicto na Suprema Corte.

Já o promotor Syed Haider Ali declarou estar satisfeito com a decisão judicial. "A justiça foi feita para aqueles que perderam seus entes queridos nas mãos de Sayedee", disse ele. O Jamaat, o maior partido islâmico de Bangladesh, fez campanha contra a independência do país, mas nega ter cometido atrocidades. As informações são da Associated Press.

Dezenas de pessoas estão desaparecidas depois que uma balsa que transportava cerca de 100 passageiros afundou em um rio de Bangladesh nesta sexta-feira, disseram autoridades.

"Até agora, sabemos que a balsa estava levando cerca de 100 pessoas e alguns têm nadado para os bancos de areia", afirmou o chefe da polícia local, Jahangir Hossain, após o acidente no rio Meghna, no distrito de Munshiganj.

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O Administrador do distrito, Saifuddin Badal, disse que mais de 50 pessoas ainda estavam desaparecidas. "Ouvimos cerca de 25 pessoas nadaram para a terra", disse ele. As informações são da Dow Jones.

Um novo incêndio foi registrado nesta segunda-feira em Daca, em um edifício com várias empresas de confecção, informou a polícia local, menos de 48 horas depois de um gigantesco incêndio que matou 110 pessoas em outra unidade têxtil perto capital de Bangladesh.

"O edifício de 12 andares abriga quatro unidades diferentes e o incêndio aconteceu no terceiro andar. Podemos ver pessoas no telhado", declarou à AFP o policial Nisharul Arif.

O incêndio de sábado em uma fábrica de roupas para exportação deixou 110 mortos, incluindo várias mulheres, segundo as autoridades locais. Outras 100 pessoas ficaram feridas.

As vítimas morreram asfixiadas ou ao saltar do prédio.

O incêndio, de causas ainda desconhecidas, aconteceu em uma confecção no térreo da fábrica Tazreen Fashion, 30 km ao norte de Dacca.

Pelo menos 120 pessoas morreram no sábado à noite após um incêndio que tomou conta de uma fabrica de roupas de oito andares em Dhaka, capital de Bangladesh, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

Alguns trabalhadores disseram que a saída de emergência estava bloqueada e que os seguranças não conseguiram abrir o portão principal depois que a fumaça tomou conta do local.

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Rina Khatun, uma operária da fábrica, disse que conseguiu escapar porque estava no piso térreo quando ocorreu uma explosão. "Aqueles que estavam nos andares de cima não tiveram uma chance", contou.

Bangladesh é o segundo maior exportador do mundo de roupas. Essa indústria é um motor crucial para a pobre economia do sul da Ásia, respondendo por cerca de 80% das exportações, com ganhos de US$ 19 bilhões no ano financeiro encerrado em 30 de junho de 2012. Mas o aumento da publicidade em torno das condições não seguras e insalubres nas 5 mil fábricas do país tem levantado críticas de grupos de direitos humanos. As informações são da Dow Jones.

Um incêndio em uma fábrica têxtil situada em uma área próxima da capital de Bangladesh, Daca, deixou ao menos 109 mortos, de acordo com o último balanço fixado neste domingo (25) à tarde por Yusuf Harun, responsável administrativo do distrito de Daca.

Pela manhã, o prognóstico inicial era de 121 mortos. Ainda não se sabe a causa do incêndio, que destruiu a fábrica Tazreen Fashion, localizada a 3o km do norte de Daca.

"Encontramos corpos nos diferentes andares do edifício", disse o responsável dos bombeiros, o general de brigada Abu Nayeem Mohammad Shahidullah.

O incêndio teve início na noite de sábado e isolou centenas de trabalhadores nos pisos superiores do edifício de nove andares. As chamas só foram controladas na manhã de domingo, depois de quatro horas de luta contra as chamas, disseram as autoridades.

Os sobreviventes relataram no domingo pela manhã como tentaram escapar das chamas que destruíram o edifício.

"Havia mais de mil trabalhadores na fábrica", declarou à imprensa local em um hospital uma sobrevivente de 42 anos que deu apenas seu primeiro nome: Romesa.

"Saltei do quarto andar e cai no teto de outro edifício de três andares. Várias pessoas pularam e morreram, disse.

Outro sobrevivente, Rabiul Islam, relatou à AFP que notou a fumaça e desceu correndo as escadas. "O lugar já estava cheio de fumaça preta. Eu e uma outra pessoa arrancamos um ventilador embutido da parede e saltamos pelo buraco para o teto de um edifício vizinho. Rompi o pulso, mas sobrevivi", afirmou.

A fábrica confeccionava roupas que em sua maior parte era destinada para exportação aos países ocidentais. Seus clientes são marcas internacionais, como a holandesa C&A e a empresa de Hong Kong Li & Fung, disse à AFP o dono da fábrica, Delwar Hossain.

"Foi uma perda imensa para o meu pessoal e para a fábrica. É primeira vez que temos um incêndio em uma de minhas sete fábricas", afirmou.

Segundo o site Tuba Group, sociedade matriz de Tasreen Fahsion, a fábrica emprega 1.630 pessoas e fabrica camisas e jaquetas. O edifício conta com 60 detectores de fumaça e mais de 200 extintores, afirma o site.

Em Bangladesh, muitas das fábricas têxteis que produzem roupas para exportação aos países ocidentais estão equipadas com circuitos elétricos defeituosos.

Bangladesh é um dos principais centros na Ásia de produção têxtil, devido aos baixos salários e uma abundante mão de obra. O país se converteu no segundo exportador mundial de encomendas têxteis, com 19 bilhões dólares em 2011, um setor que representa 80% de suas exportações.

A indústria têxtil representa 40% da mão de obra manufatureira de Bangladesh.

Em meados de setembro, um incêndio em uma fábrica têxtil em Karachi, a capital comercial do Paquistão, causou a morte de cerca de 300 trabalhadores.

Muçulmanos atearam fogo a templos e residências budistas no Sul de Bangladesh neste domingo, em protesto contra uma foto supostamente ofensiva ao Islã que foi publicada na rede social Facebook. Oficiais da polícia local disseram que a multidão, estimada em 25 mil pessoas, ateou fogo a cinco templos budistas e a dezenas de casas em Ramu, 350 km ao sul de Daca, a capital, e nas aldeias vizinhas.

Segundo o administrador do distrito, Joinul Bari, os manifestantes dizem que a foto supostamente ofensiva foi colocada no Facebook por um jovem budista que vive na região. "Eles perderam o controle e atacaram casas de budistas, ateando fogo e danificando os templos entre a meia-noite e a manhã de domingo. Pelo menos cem casas foram danificadas. Nós chamamos o Exército e a guarda de fronteira para conter a violência", acrescentou.

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O homem acusado pela ofensa está escondido; ele disse à imprensa local que não colocou a foto considerada ofensiva no Facebook e que alguém vinculou a imagem à sua conta. Funcionários locais disseram que a mãe e uma tia do suspeito foram colocadas sob proteção policial.

De acordo com o oficial de polícia Rumia Khatun, "25 mil muçulmanos, aos gritos de 'Deus é grande', atacaram primeiro uma comunidade budista em Ramu, ateando fogo a templos centenários"; mais tarde, a multidão atacou aldeias budistas fora da cidade. "Vi 11 templos de madeira, dois deles com mais de 300 anos, serem queimados pela multidão. Saquearam itens preciosos e estátuas de Buda dos templos. Lojas de budistas também foram saqueadas", disse o jornalista local Sunil Barua.

Os tumultos depois se alastraram para a cidade predominantemente budista de Patia, perto do porto de Chittagong, onde os manifestantes atacaram três templos, segundo o chefe de polícia local, Aminur Rashid. "Eles danificaram estátuas e saquearam itens valiosos. Nós colocamos a situação sob controle", afirmou Rashid. Não há informes sobre mortos ou feridos e as autoridades não informaram se foram feitas prisões.

Os ministros do Interior, da Indústria e da Polícia Nacional de Bangladesh foram à região neste domingo.

Os budistas representam menos de 1% da população de Bangladesh, de 153 milhões, e vivem principalmente no sul do país, perto da fronteira com Mianmar, que tem maioria budista. As tensões sectárias se intensificaram na região a partir de junho, quando aconteceram confrontos violentos na província de Rakhine, no Oeste de Mianmar, entre budistas e muçulmanos da etnia rohingya.

Em Bangladesh, onde 90% da população são muçulmanos, já houve anteriormente confrontos violentos entre muçulmanos e hindus, mas conflitos envolvendo budistas são raros. As informações são da Dow Jones.

Escolas e empresas ficarão fechadas e o transporte público será interrompido em Bangladesh por conta de uma greve geral imposta por grupos islâmicos conservadores que protestam contra o filme "Inocência dos Muçulmanos", que ridiculariza o profeta Maomé. Milhares de agentes de segurança foram mobilizados na capital, Daca, para tentar evitar a violência durante a paralisação deste domingo. A greve foi convocada em resposta à ação da polícia de Bangladesh contra apoiadores de grupos que se manifestaram contra o filme, produzido nos Estados Unidos.

No sábado (22), dezenas de pessoas foram presas e outras dezenas ficaram feridas, quando manifestantes entraram em confronto com a polícia. Vários veículos foram queimados, incluindo uma van da polícia.

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Em Israel, uma mulher palestina tentou esfaquear um policial israelense em uma rua do leste de Jerusalém neste domingo (23), aparentemente como um protesto contra o filme, afirmou o porta-voz da polícia de Israel Micky Rosenfeld. "Uma mulher árabe tentou esta manhã atacar um policial israelense, que conseguiu controlar a situação. Ninguém ficou ferido", disse o porta-voz. Segundo ele, a mulher, de 32 anos, foi presa e teve sua faca apreendida. "Questionamentos preliminares revelaram que ela estava tentando protestar contra o filme", acrescentou Rosenfeld. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Protestos contra um filme produzido nos Estados Unidos sobre o profeta Muhammad e considerado ofensivo pelos muçulmanos ocorreram neste sábado nas ruas de Kano, maior cidade da Nigéria, e em Daca, capital de Bangladesh. Em Kano, milhares de pessoas marcharam em direção ao palácio do Emir de Kano, principal líder espiritual da região para os muçulmanos.

A multidão era pacífica, embora demonstrasse raiva sobre o lançamento do vídeo "A Inocência dos Muçulmanos", que ridiculariza o profeta Maomé ao retratá-lo com uma fraude, um mulherengo e um molestador de crianças. Na semana passada, milhares de pessoas marcharam na cidade de Sokoto e outra multidão de jovens raivosos foi dispersada por tropas do exército com tiros para o ar.

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Já funcionários do governo de Bangladesh e testemunhas disseram que pessoas ficaram feridas em um conflito na capital do país entre policias e centenas de muçulmanos que estavam protestando contra o filme. A polícia afirmou que lançou gás lacrimogêneo e usou cassetetes para dispersar manifestantes de grupos islâmicos, que atiravam pedras. Testemunhas disseram que os manifestantes queimaram vários veículos. Dezenas de pessoas foram presas.

O confronto começou quando a polícia tentou impedir a manifestação. Todos os protestos perto da principal mesquita da cidade, a Baitul Mokarram, estão proibidos desde a tarde de sexta-feira para evitar tumultos. Os manifestantes anunciaram uma greve geral amanhã para protestar contra a ação da polícia. O filme já provocou violentos protestos em todo o mundo muçulmano, que mataram dezenas de pessoas. As informações são da Associated Press.

Subiu para 91 o número de pessoas mortas durante deslizamentos e enchentes causados por fortes chuvas de monção no sul de Bangladesh, disseram autoridades locais, acrescentando que muitos moradores da região continuam desaparecidos.

Os deslizamentos ocorreram principalmente em vilarejos remotos com estradas precárias, o que torna o trabalho de resgate mais difícil.

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Pelo menos 37 mortes ocorreram em Cox's Bazar, 33 na área vizinha de Bandarban e outras 21 em Chittagong, a maioria numa série de deslizamentos, segundo o Ministério de Administração de Desastres. Muitos dos mortos eram mulheres e crianças.

Após três dias de chuvas torrenciais, barracos frágeis construídos por sem-teto ao pé de morros destas áreas foram soterrados enquanto os moradores dormiam entre a noite de terça-feira e a manhã desta quarta-feira. Com o uso de alto-falantes, voluntários chegaram a alertar os residentes do perigo de deslizamentos durante as chuvas.

Enchentes de monção também são comuns nesta nação de 160 milhões de habitantes.

De acordo com o governo, arroz e água estão sendo distribuídos para milhares de pessoas desalojadas. As informações são da Associated Press.

Deslizamentos causados por fortes chuvas de monção deixaram pelo menos 30 mortos no sul de Bangladesh, informaram as autoridades locais.

Equipes de resgate procuram os corpos de várias pessoas que desapareceram durante os deslizamentos, que ocorreram entre a noite de terça-feira e a manhã desta quarta, após três dias de chuvas torrenciais na região, segundo um oficial do governo.

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Por enquanto, foram recuperados os corpos de 30 adultos e crianças.

Barracos frágeis ao pé dos morros do distrito de Bandarban foram soterrados por terra e lama, disse o oficial. A área atingida fica a 248 quilômetros ao sudeste da capital do país, Daca. As informações são da Associated Press.

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