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As apurações ocorrem desde o dia 21 de novembro. (Reprodução/Whatsapp) 

A Corregedoria da Polícia Militar (PM) de São Paulo investiga o motivo pelo qual um pênis de borracha foi deixado sobre a mesa de um professor da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na zona norte da capital paulista. As apurações ocorrem desde o dia 21 de novembro, quando, além de colocar o objeto erótico no local, um invasor também jogou água no computador do professor. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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De acordo com os policiais, o trote seria direcionado ao oficial responsável pelo setor de operações da academia, que, segundo os relatos, não possuía indisposições com os alunos. Depois de localizar o pênis de borracha, a Corregedoria proibiu alunos e funcionários de deixarem o local até esclarecer o ocorrido.

Após horas sem respostas, contudo, os presentes foram liberados. Os materiais envolvidos na ocorrência foram recolhidos e os investigadores tentam localizar digitais nos objetos. Quem for apontado como culpado pelos atos deverá ser desligado do curso de oficiais e, caso já seja policial, poderá ser expulso da corporação.

Uma nota técnica, divulgada pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) nesta segunda (21), pede que o uso de balas de borracha em manifestações democráticas seja proibido em Pernambuco.

O material foi produzido pelo especialista em Policiamento e Segurança Pública Robson Rodrigues da Silva e motivado pela repressão violenta da PMPE à manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, realizada no dia 29 de maio. Na ocasião, dois homens perderam a visão, após terem sido alvejados por disparos de balas de borracha.

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De acordo com o Gajop, a “Nota Técnica sobre o emprego de munição de impacto controlado em manifestações pacíficas” tem o objetivo de contrapor tecnicamente os argumentos elencados pela polícia de Pernambuco sobre o uso do elastômero.

A instituição também produziu uma Minuta de Decreto que propõe estabelecer princípios e diretrizes para a atuação das forças policiais nas manifestações, eventos públicos, execução de mandados judiciais de manutenção, reintegração de posse e remoções.

“Nossas análises constatam que as armas menos letais, ainda que projetadas para reduzir o risco de ferimentos graves ou a morte de pessoas na atuação das forças de segurança, sobretudo na manutenção da ordem pública, podem causar danos físicos irreparáveis, inclusive a morte, quando não são observadas normas cruciais de segurança e as instruções do fabricante, ou quando usadas por agentes sem o devido treinamento, ou mesmo quando se desconhece aspectos fundamentais da composição material da munição, bem como os efeitos por elas produzidos nas pessoas. Nesse sentido, o Estado só deveria conceder o seu uso àqueles que realmente possuem o treinamento para o seu manejo adequado”, diz trecho da nota.

A nota e a minuta do Decreto foram encaminhados à Polícia Militar de Pernambuco, à Secretaria de Defesa Social e ao gabinete do governador de Pernambuco, Paulo Câmara. “A importância de seguir as orientações da Nota Técnica e de regulamentar o Decreto, a nível estadual, se dá pela necessidade de adequar a atuação das polícias do estado de Pernambuco aos princípios internacionais sobre o uso da força”, argumenta o Gajop, em posicionamento enviado à imprensa.

SALVADOR (BA) - O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) suspenda as abordagens com utilização de balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo durante as manifestações. O órgão deu prazo de cinco dias úteis para a SSP se pronunciar se vai acatar a recomendação.

De acordo com nota divulgada no portal eletrônico do MPF, a polícia só deve recorrer a essas armas em caso de extrema necessidade para garantia da ordem pública, quando houver risco de grave acidente e apenas para reprimir as condutas daqueles que efetivamente transbordarem o direito de manifestação. O orgão também pontuou que o direito de manifestação é previsto pela Constituição Federal.

A medida foi motivada após manifestantes denunciarem o abuso de autoridade por parte de policiais durante as manifestações que acontecem em Salvador, desde a semana passada.

Nota à imprensa - Em nota enviada  à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia afirmou que continuará utilizando os armamentos não-letais necessários para coibir atos de violência.

Leia a nota na integra:

"Seguindo determinação de protocolos internacionais, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) esclarece que a Polícia Militar continuará a utilizar os armamentos não-letais necessários para coibir atos de violência durante manifestações populares. A SSP acrescenta que tais armas somente são usadas com o objetivo de garantir a ordem pública, depois de esgotadas todas as tentativas de negociação, e apenas em situações de extrema necessidade."

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