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O presidente da França, François Hollande, realizou nesta terça-feira (22) uma reunião de emergência com o primeiro-ministro do país, Manuel Valls, e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, após as explosões ocorridas no aeroporto e em uma estação de metrô de Bruxelas, capital da Bélgica.

As explosões, que mataram pelo menos 13 pessoas, ocorreram dias depois de Salah Abdeslam, que teria tido um papel crucial na logística dos ataques terroristas lançados em Paris em novembro do ano passado, ter sido capturado vivo em Bruxelas.

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A reunião em Paris, confirmada por um assessor presidencial, veio após alertas de autoridades francesas e belgas de que a captura de Abdeslam não diminuiu a ameaça terrorista na França e Bélgica. O alerta de terror na França continua em nível máximo.

Na Itália, o ministro do Interior Angelino Alfano informou no Twitter que também convocou uma reunião de segurança para mais tarde. "Os ataques em Bruxelas também atingem nosso coração", disse Alfano. Fonte: Dow Jones Newswires.

Duas explosões no aeroporto de Bruxelas, capital da Bélgica deixaram mais de 100 pessoas feridas, afirmou uma fonte oficial na manhã desta terça-feira (22). A fonte informou que dois dispositivos foram explodidos perto da área do check-in da American Airlines.

"Ocorreram duas explosões na sala de embarque e uma equipe de primeiros socorros já está no local", afirmou Anke Fransen, porta-voz do aeroporto. O aeroporto está sendo evacuado e fechado para pousos e decolagens até novo aviso. A administração do local alerta as pessoas para não se aproximarem da área.

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Uma autoridade dos Estados Unidos presume que as explosões são um ataque terrorista em retaliação à prisão de Salah Abdeslam, um dos responsáveis pelos ataques em Paris em novembro de 2015. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O suspeito de ser o principal terrorista responsável pelos ataques em Paris, em novembro do ano passado, Salah Abdeslam, e preso na sexta-feira(18) , foi liberado do hospital onde estava sendo tratado de um tiro na perna. Segundo seu advogado, Sven Mary, ele será interrogado hoje.

O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, disse que trabalhará o mais rápido possível para extraditar Abdeslam para Paris, conforme solicitado pelas autoridades francesas. O advogado, no entanto, disse que irá lutar para evitar a extradição.

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Salah Abdeslam foi capturado na sexta-feira em Bruxelas, a capital da Bélgica, após quatro meses de investigação. Impressões digitais de Abdeslam foram encontradas em um bairro no subúrbio de Bruxelas durante a semana e ele foi preso ontem no bairro de Molenbeek.

O advogado Sven Mary deu entrevista após encontro do suspeito com um magistrado belga, que será o responsável por decidir se será emitido um pedido de prisão formal. O ministro do interior francês, Bernard Cazeneuve, disse esperar que o suspeito seja levado para a França, onde "enfrentará a justiça".

Apesar da prisão, Cazeneuve e o primeiro-ministro da Bélgica disseram que a luta não está acabada. Na Bélgica, o alerta contra terrorismo permanece em 3, de uma escala de 4 pontos. Autoridades da França e da Bélgica planejam uma teleconferência para este sábado, no qual será discutida a extradição de Salah Abdeslam. Fonte: Associated Press.

Vários líderes europeus tentavam chegar nesta quarta-feira a um consenso sobre o controverso plano negociado com a Turquia, que visa a conter o fluxo migratório, na véspera de uma nova cúpula em Bruxelas.

O plano em questão é polêmico do ponto de vista jurídico, uma vez que todos os migrantes que chegarem ilegalmente à Grécia a partir da Turquia deverão ser devolvidos a esse território. Embora a UE se comprometa a acolher um refugiado sírio por cada uma das pessoas expulsas, para a ONU, ONGs e alguns Estados-membros do bloco, este mecanismo supõe uma expulsão coletiva, o que é proibido pelo direito comunitário.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Junker, deveria receber nesta quarta-feira o chefe do Estado cipriota, Nicos Anastasiades, que ameaçou bloquear o projeto de acordo entre a UE e a Turquia, lançado pela chanceler alemã, Angela Merkel, e criticado por muitos atores.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, reconheceu, depois de uma reunião em Ancara com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, que o caminho para um acordo antes da cúpula dos 28 agendada para quinta e sexta-feira ainda estava cheio de obstáculos.

Os críticos consideram que este projeto submeteria a UE aos ditames do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, amplamente criticado por suas tendências autoritárias.

Nesta quarta-feira, três universitários turcos foram presos por "propaganda terrorista", após assinarem uma petição que denuncia a violência do exército nas operações contra os rebeldes curdos.

A Turquia também exige três bilhões de euros de ajuda adicional até 2018 e um regime de isenção de vistos para os cidadãos que quiserem viajar na UE até o final de junho, além da abertura rápida das negociações sobre cinco novos capítulos de adesão.

As relações entre a UE e a Turquia estiveram sob tensão por um longo período em razão da questão do Chipre, dividido em dois desde a invasão da parte norte pela Turquia em 1974, em resposta a um golpe de Estado nacionalista que procurava ligar a ilha com a Grécia.

A República do Chipre, membro da UE, mas não reconhecido por Ancara, bloqueou seis capítulos principais das negociações desde 2009, provocando o congelamento do processo de adesão da Turquia à UE.

Não é um cheque em branco

Neste contexto, Merkel defenderá nesta quarta sua postura ante os deputados alemães em Berlim. Apesar de sua derrota gritante nas eleições regionais no último domingo, em grande parte devido à sua política de refugiados, a chanceler advertiu esta semana que não vai mudar sua postura.

Confrontada com as críticas dentro de seu próprio partido por sua aproximação com Ancara, Merkel assegurou na segunda-feira que o acordo não é um cheque em branco para a Turquia, e que esse país deve cumprir "todas as condições, sem exceção" para aderir à UE.

A líder alemã, que se opõe a soluções "nacionais" e a limitar o número de refugiados aceitos na Europa, pedirá aos deputados solidariedade e respeito pelos valores europeus, num momento em que dezenas de milhares de migrantes seguem bloqueados na Grécia após o fechamento da rota migratória dos Balcãs.

No entanto, a chanceler admitiu que a medida beneficia seu país, que viu uma diminuição clara do número de requerentes de asilo. A Alemanha acolheu em 2015 1,1 milhão de refugiados.

Enquanto isso, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, negou estar chantageando seus parceiros europeus.

A União Europeia tenta por todos os meios reduzir o fluxo de migrantes provenientes do Mar Egeu e quer que Ancara atue de forma mais incisiva contra os traficantes que levam à Grécia os requerentes de asilo no norte da Europa.

A tensão ainda é palpável na fronteira entre a Grécia e a Macedônia, onde estão bloqueados, em terríveis condições, milhares de migrantes desde 7 de março.

Terra tradicional de emigrantes, Portugal propõe aos países europeus que sofrem "uma forte pressão migratória" acolher até 10.000 refugiados e aproveitar assim a oportunidade para repovoar suas regiões no interior.

Portugal tem que "dar o exemplo", declarou na sexta-feira, em Bruxelas, o primeiro-ministro socialista Antonio Costa, que criticou "uma Europa que fecha suas fronteiras para bloquear os refugiados".

A chegada de refugiados "será positiva para as regiões afetadas pela desertificação rural", informou à AFP uma fonte governamental.

O país enviou nesta semana uma carta às autoridades de Grécia, Áustria, Itália e Suécia se oferecendo para acolher até 5.800 refugiados suplementares, que se somam aos cerca de 4.500 da cota aceita por Lisboa no marco das negociações europeias.

Costa havia feito a mesma proposta pessoalmente à chanceler alemã no início de fevereiro, durante uma viagem oficial a Berlim. Mas até agora, os refugiados não se acumulam às propostas de Portugal. Preferem os países do norte da Europa. Lisboa acolheu 32 migrantes, apesar dos esforços do embaixador português na Grécia, Rui Alberto Tereno, que visitou em novembro um campo de refugiados para exaltar as vantagens de Portugal.

Regiões despovoadas do país

Portugal não é conhecido e "deve se fazer ouvir entre os migrantes que chegam à Europa", explica Teresa Tito Morais, presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), responsável pela acolhida dos migrantes no país.

"A chegada de refugiados vai beneficiar as regiões do país que se tornaram desérticas. Um grande número de portugueses emigraram e certas regiões do país necessitam retomar a vida", porque o índice de natalidade é o mais baixo da Europa, descreve Tito Morais.

A ideia foi lançada em setembro pelas autoridades locais de Bragança, uma pequena cidade de 35.000 habitantes no nordeste de Portugal. É uma forma de repovoar os povoados da região.

País tradicional de emigrantes, Portugal registrou nestas quatro últimas décadas 485.000 pessoas que foram de forma definitiva ou temporária, uma onda em massa que afetou mais o norte e o centro do país, em plena cris econômica.

O governo anterior de direita, derrotado em novembro por uma aliança inédita de esquerda, havia advertido que Portugal esta "disposto a fazer sacrifícios" para acolher os refugiados "mas sem questionar o esforço de reativação econômica e financeira".

Falta de mão de obra

O governo socialista se mostra mais aberto, mas coloca certas condições, posto que o desemprego continua alto, mais de 12% da população.

A acolhida estaria reservada a 2.000 estudantes universitários e 800 alunos das escolas profissionais, além de 2.500 a 3.000 refugiados classificados nos âmbitos agrícolas e florestais. "Nestes setores falta mão de obra e hoje em dia se veem obrigados a contratar trabalhadores no Vietnã e na Tailândia", explicou o governo. "São postos de trabalho que os portugueses não aceitam", resume Tito Morais, para responder o comentário do "mito dos imigrantes que roubam os trabalhos dos portugueses".

As autoridades da Bélgica descobriram em dezembro o que acreditam ser uma oficina onde os cinturões explosivos utilizados nos ataques terroristas de Paris eram confeccionados e armazenados, informou nesta sexta-feira a promotoria belga. Os cinturões podem ter sido destinados a transportar explosivos.

Segundo a polícia belga, foram encontrados três cinturões confeccionados a mão, rastros de explosivos e a impressão digital de Salah Abdeslam, que é suspeito de ter participado atentados de Paris no dia 13 de novembro e que está foragido. A promotoria informou que a busca foi realizada em um apartamento na comuna de Schaerbeek, localizada na capital belga, Bruxelas.

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"Nós encontramos uma casa no início de dezembro e lá encontramos material para fazer explosivos", disse Eric Van der SYPT, porta-voz do Ministério Público belga. Um comunicado do Ministério Público afirma que o apartamento foi alugado com uma identidade falsa.

Van der SYPT disse o homem que alugou o apartamento onde funcionava a oficina de fabricação de bombas está sob custódia. Ele se recusou a identificar o homem.

Investigadores disseram que os ataques Paris foram planejados na Bélgica, de onde vieram vários dos terroristas. A nova informação confirma que o armamento principal utilizado para realizar os ataques foi criado na Bélgica, antes de ser levado para Paris.

Desaparecido desde 13 de novembro, Salah Abdeslam pode ter fugido para a Bélgica, de acordo com dois homens que garantem tê-lo ajudado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Bruxelas tentava voltar à normalidade nesta quarta-feira (25), apesar da manutenção do nível máximo de alerta terrorista, com a reabertura das linhas de metrô e das escolas, sob rígida vigilância policial. Todos os estabelecimentos escolares e universitários da capital da Bélgica, fechados desde segunda-feira, reabriram nesta quarta-feira.

"Havia decidido não levar as crianças à escola hoje, mas mudei de opinião durante a noite. A vida deve seguir", afirmou um pai de 47 anos que deixou os dois filhos na escola. As estações de metrô, fechadas desde sábado, funcionam desde o início da manhã, mas de forma parcial e apenas até 22H00, ao invés de meia-noite como é habitual. No entanto, algumas linhas de metrô e de bonde permaneciam fechadas.

Trezentos policiais adicionais foram mobilizados para proteger as escolas Bruxelas e 200 militares, também suplementares, foram deslocados para garantir a segurança no metrô, segundo o ministério do Interior, que não divulgou o total de agentes convocados.

A cidade de Bruxelas anunciou na terça-feira (24) à tarde a reabertura dos centros culturais vinculados ao governo local. Os grandes museus federais permanecem fechados. As lojas e centros comerciais que decidiram fechar as portas no sábado também retomaram as atividades nesta quarta-feira.

O alerta terrorista permanece em nível máximo, como anunciou na segunda-feira o primeiro-ministro belga Charles Michel, por uma persistente ameaça "séria e iminente". A situação será reexaminada na segunda-feira 30 de novembro. De acordo com o jornal belga L'Echo, as autoridades belgas teriam conseguido impedir no domingo atentados em Bruxelas, graças a investigações e várias operações.

A Bélgica elevou neste sábado (21) seu alerta de terror ao mais alto nível em Bruxelas. Estações de metrô da cidade e algumas de trem foram fechadas por precaução. O Centro de Crise do governo belga, conhecido como OCAM, informou que havia uma séria ameaça à região de Bruxelas. Isso ocorre uma semana após os ataques de Paris, na França, cujas autoridades disseram terem sido planejados em Bruxelas.

"Temos elementos suficientes para estimar que a ameaça de ataque é precisa e iminente", disse o ministro de Relações Internacionais belga, Didier Reynders, ao chegar a uma reunião de autoridades de segurança do país, de acordo com uma agência de notícias da Bélgica. Nenhum detalhe sobre a potencial ameaça foi dado, mas as autoridades disseram que iriam divulgar mais informações ainda neste sábado.

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O Centro de Crise recomendou o fechamento do sistema de metrô neste sábado e domingo. O operador do metrô de Bruxelas, o STIB, disse que iria avaliar a situação com a polícia e outras autoridades para tomar uma decisão sobre a reabertura. Os serviços de ônibus estão autorizados a continuar a funcionais, segundo o Centro de Crise. O órgão recomendou ainda que as pessoas evitem áreas de grande concentração, incluindo salas de concerto e terminais de transportes em Bruxelas.

Desde os atentados de Paris, a polícia belga realizou operações em toda a cidade, e os comboios de oficiais e soldados se tornaram algo comum. A cidade abriga a Comissão Europeia e muitas instituições da União Europeia, além da sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). As informações são da Dow Jones.

Da Agência Lusa

A Procuradoria Federal da Bélgica confirmou hoje que dois dos autores dos atentados de Paris eram cidadãos franceses que residiam em Bruxelas e que dois automóveis utilizados nos ataques foram alugados na Bélgica.

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A Procuradoria informou ainda que os dois homens morreram no local dos ataques. Segundo o comunicado, “dois automóveis com matrícula belga”, encontrados pela polícia francesa em Paris, foram alugados “no início da semana na região de Bruxelas”.

De acordo com a Procuradoria, a operação policial iniciada no sábado, no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, levou à detenção de sete pessoas, cujo envolvimento nos ataques de Paris está sendo investigado.

Os atentados de sexta-feira à noite em Paris, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, deixaram 129 mortos e 352 feridos.

Os ataques foram executados por, pelo menos, sete terroristas, encontrados mortos nos locais, e tinham como alvo um estádio de futebol, uma sala de concertos e quatro cafés e restaurantes do centro de Paris.

A presidente Dilma Rousseff decidiu convocar o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, para acompanhá-la na viagem que fará a Bruxelas, na Bélgica, para participar da II Cúpula dos Estados Latinos Americanos (Celec) e União Europeia. Dilma, Monteiro e outros autoridades brasileiras vão se reunir com representantes de países europeus e do continente americano.

Com isso, a reunião das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) com o ministro amanhã, dia 9, para discutir as diretrizes e perspectivas do MDIC para os próximos anos. O encontro foi remarcado para a terça-feira, dia 16.

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Os dirigentes dos três países africanos afetados pela epidemia do ebola e representantes da comunidade internacional analisam nesta terça-feira em Bruxelas meios para colocar fim à pandemia e garantir que a ajuda prometida de 4,9 bilhões de dólares seja entregue.

Os presidentes da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, e da Guiné, Alpha Condé, os países mais afetados e epicentro da epidemia declarada no início de 2014, estão presentes em Bruxelas, assim como os representantes de agências da ONU, do Banco Mundial, de organizações não governamentais ou delegações da UE, dos Estados Unidos, de China, Cuba e Austrália.

Sirleaf declarou à AFP que espera com esta conferência a definição de um mapa do caminho para a recuperação econômica da região.

"Não queremos relaxar os esforços" frente ao Ebola, acrescentou, declarando-se otimista sobre o resultado deste combate.

"Será uma tarefa muito difícil e meticulosa", ressaltou o coordenador da ONU para a luta contra a epidemia, David Nabarro, em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

Desde o pico da epidemia, durante o outono, os novos casos se dividiram por dez, passando de 900 a uma centena, em média, por semana, segundo a ONU.

A mobilização internacional, tardia, e africana permitiram conter a epidemia, que deixou ao menos 9.700 mortos.

Dos três países mais afetados, a Libéria está no bom caminho, mas a tendência segue em alta em algumas zonas do litoral da Guiné e de Serra Leoa, assim como a persistência de alguns focos nas zonas mais inacessíveis destes países do oeste da África.

Embora os casos de contaminação estejam em queda, "a epidemia não terminou, ainda devemos concentrar nossos esforços para vencer o Ebola de uma vez por todas", afirmou ao chegar à reunião a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.

"Ainda não estamos no ponto de poder virar a página. É preciso manter a mobilização", afirmam na Comissão.

Entre as prioridades estão a criação de equipes de saúde itinerantes. Uma das preocupações é a de convencer as comunidades que ainda resistem a adotar as boas práticas, segundo Ismail Ud Sheikh Ahmed, que dirige a missão de coordenação da ONU sobre o Ebola.

Em matéria de funcionários "ainda faltam entre 200 a 300 especialistas de saúde pública", estimou Nabarro.

O desafio também é garantir que as ajudas prometidas cheguem. O compromisso alcançou um total de 4,9 bilhões de dólares, dos quais 2,4 bilhões já foram utilizados, segundo a Comissão Europeia.

Mais de 10.000 pessoas se manifestaram no centro de Bruxelas sob o lema "Juntos contra o ódio", em protesto contra os atentados jihadistas da semana passada em Paris.

A polícia calcula entre 10.000 e 15.000 pessoas participantes da marcha.

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Muitos manifestantes exibiam cartazes "Eu sou Charlie" e faixas com mensagens "Juntos contra o ódio" escrito em francês e holandês.

Esta passeata acontece em paralelo à manifestação em prol da democracia e liberdade de expressão que deve reunir um milhão de pessoas em Paris.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta manhã de segunda-feira (24), em Bruxelas, na Bélgica, que a superação da crise na zona do euro "é fundamental para garantir o vigor da economia mundial". "O Brasil tem interesse direto na recuperação da economia europeia, haja vista a diversidade e a densidade dos laços comercias e investimentos", disse, ao lado do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Von Rompuy, em declaração conjunta após participar da cúpula Brasil-União Europeia.

Segundo Dilma, o Brasil resistiu aos efeitos "da pior crise mundial desde 1929". "Nós resistimos a seus priores efeitos graças a políticas que garantiram emprego e renda", destacou. A presidente garantiu ainda que o governo brasileiro considera que "política fiscal é e continuará sendo importante".

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Destacando feitos econômicos do seu governo, Dilma afirmou que o Brasil conseguiu manter a inflação dentro do controle, de acordo com o regime de metas estabelecido, e que o País alcançou uma melhora nas contas públicas. "Nosso sistema financeiro é sólido e nossas reservas estão em torno de US$ 376 bilhões", afirmou. De acordo com a presidente, essa reserva dá "tranquilidade" ao Brasil para enfrentar novas turbulências.

A presidente exaltou ainda a ascensão de 42 milhões de brasileiros à classe média e a geração de 4,5 milhões de empregos entre 2011 e 2013. Segundo Dilma, "essa nova realidade brasileira justifica o importante fluxo de investimentos que recebemos nos últimos anos".

Dilma afirmou que a participação de investidores privados europeus no Brasil tem sido muito importante. "O relacionamento comercial entre Europa e Brasil é especial", afirmou, destacando os investimentos recíprocos. "A União Europeia continua sendo nosso principal parceiro", disse. "E o Brasil tem se consolidado como importante investidor na União Europeia."

OMC

A presidente Dilma Rousseff aproveitou também a oportunidade para criticar e dizer que estranha a contestação da Europa na Organização Mundial do Comércio (OMC) de "programas essenciais para a economia brasileira". "Eu me refiro ao Inovar-Auto e ao Programa da Zona Franca de Manaus", disse. Segundo ela, o Inovar-Auto é um importante programa tecnológico do Brasil e a Zona Franca é "fundamental para conservarmos a floresta (amazônica) em pé".

Para Dilma, é estranho que a União Europeia conteste a proposta da Zona Franca de Manaus, que é focada em uma produção ambientalmente limpa. "A Zona Franca de Manaus não é uma zona de exportação. É de produção para o Brasil e nela se gera emprego e renda", destacou.

A presidente destacou ainda que a região, que tem a maior floresta tropical do mundo, precisa ser preservada também por questões ambientais, como evitar a emissão de gases de efeito estufa. ""Portanto, ela (a zona Franca) tem um objetivo, que é evitar o desmatamento", reforçou.

A presidente Dilma Rousseff participa nesta segunda-feira, 24, em Bruxelas, na Bélgica, da reunião de cúpula União Europeia-Brasil. A delegação do governo brasileiro aterrissou na capital no domingo (23), vinda de Roma. Após sua chegada, a presidente se encontrou com empresários brasileiros, que pressionam pela aceleração de um acordo de livre comércio com o bloco econômico. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera que Mercosul e União Europeia (UE) possam firmar assinar o entendimento, que vem sendo negociado há 10 anos, em até 60 dias.

Na chegada, nem a presidente, nem o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, quiseram falar aos jornalistas. No final da tarde, a presidente deixou o hotel para se encontrar com o primeiro-ministro da Bélgica, o socialista Elio Di Rupo, e à noite - às 20h, horário local - a presidente jantou com 110 empresários brasileiros convidados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), órgão que acompanha de perto as negociações para um acordo de comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

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Nesta segunda-feira, 24, a presidente terá reuniões com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. A perspectiva é de que um "plano de ação" para aumento de investimentos mútuos, para aumento da competitividade e para normatização de parte de Brasil e União Europeia seja assinado em Bruxelas.

Mas todas as atenções dos empresários estão voltadas para questões comerciais. A CNI deseja que o governo brasileiro pressione a UE a reduzir barreiras não tarifárias - como exigências sanitárias que impedem o ingresso de produtos brasileiros na Europa. Mas a grande expectativa gira em torno do acordo de livre comércio. A confederação pressiona para que o entendimento seja assinado antes das eleições europeias de 2014, a serem realizadas entre 22 e 25 de maio, quando 751 deputados do parlamento serão eleitos.

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, que também está em Bruxelas e jantou com a presidente Dilma Rousseff e com os membros da delegação brasileira, o ideal é que o acordo seja sacramentado em até 60 dias.

A principal preocupação dos empresários é com o resultado da balança comercial entre o Brasil e a Europa, que virou deficitária em 2012. Naquele ano, as exportações da UE em direção ao Brasil foram de € 39,7 bilhões, contra € 37,4 bilhões em importações - um déficit na balança brasileira de € 2,3 bilhões. Nos nove primeiros meses de 2013, de acordo com o Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat), o buraco aumentou: enquanto as exportações chegavam a € 30,4 bilhões, as importações feitas do Brasil foram caíram para € 24,9 bilhões - um déficit de € 5,5 bilhões.

"Nós estamos perdendo terreno. A União Europeia foi um dos maiores parceiros nossos, continua sendo, mas com um determinado declínio no comércio, nas exportações", advertiu Abijaodi, referindo-se às vendas feitas à Europa por empresas brasileiras.

Para o empresário, a prioridade hoje deve ser negociar a retirada de barreiras não tarifárias que prejudicam as exportações brasileiras. Mas, além disso, a CNI espera que o acordo de livre comércio entre Mercosul e a UE seja firmado o mais rápido possível, antes das eleições europeias, quando se espera a eleição em massa de parlamentares de partidos de extrema direita, que têm como bandeira o protecionismo econômico. "Todo novo governo vai gastar tempo para se organizar", argumentou Abijaodi.

Para o diretor de Desenvolvimento Industrial, a contestação feita pela UE ao Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre os benefícios fiscais concedidos à indústria, e que distorceriam a competição, não deve prejudicar as negociações. Os europeus questionam os incentivos a setores como a indústria automotiva e à de tecnologia, colocando em causa inclusive as regras que beneficiam a Zona Franca de Manaus. Para Abijaodi, a contestação "não estraga a relação". "Temos de tratar com profissionalismo", justificou.

Os países do Mercosul devem revisar ao longo dos próximos 10 dias suas listas para apresentar aos europeus uma oferta única. É a partir dessas ofertas mútuas que a negociação evoluirá ou não.

O belga Adolphe Sax deu seu nome ao saxofone, uma invenção que revolucionou a música, em particular o jazz e o blues, mas é um desconhecido do público. Agora, uma exposição o homenageia nos 200 anos de seu nascimento.

Nascido em Dinant, às margens do rio Meuse, em 5 de novembro de 1814, o jovem Adolphe, que se mudou com seus pais para Bruxelas, escapou de morrer afogado, de uma violenta queda de escada e de uma ingestão do verniz utilizado por sua mãe, ebanista e fabricante de instrumentos musicais famosa na Bélgica.

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Se Adolphe não tivesse tido tanta sorte, John Coltrane, Dexter Gordon, Maceo Parker, Charlie "Bird" Parker, Sonny Rollins e Stan Getz não teriam se destacado em sua arte e a história da cultura popular musical do século XX seria diferente.

O saxofone ficou conhecido longe dos clubes do Harlem americano. Foi na França, em meados do século XIX, e graças a uma grande ajuda do exército.

Em 1842, quando gozava em Bruxelas de uma boa reputação como fabricante de instrumentos e com uma patente registrada para aperfeiçoar o clarinete, Sax se instala em Paris, onde cria uma oficina para produzir instrumentos e estudar cientificamente a acústica.

Em 1845, o exército, que quer reformar sua música, organiza um grande concurso ao ar livre em Paris. Os instrumentos de Adolphe Sax, que têm uma potência sonora e uma precisão inigualáveis, se impõem frente ao projeto de seu competidor, o compositor italiano Michele Carafa.

O concurso é realizado diante de 20.000 espectadores e consolida a reputação do inventor belga, que obtém em licitação um quase monopólio da fabricação de instrumentos para as bandas militares.

Em 1846, Adolphe Sax patenteia um "sistema de instrumentos a vento, chamados saxofones".

Mas o começo do saxofone e de outros metais criados pelo belga é difícil. Pouco a pouco encontram um lugar nas orquestras de ópera, como trompete imaginada para a criação de Aída de Verdi em 1880.

O sax de Bill Clinton

O saxofone sofre também a rejeição dos músicos de orquestra, contrários a trocar este novo instrumento e à imagem muito "popular" associada aos músicos de jazz negros dos Estados Unidos, que o adotam e darão a ele fama internacional.

A história fora do comum de Adolphe Sax e de seus múltiplos invetnos é relatada na exposição "Sax200", que abriu suas portas na semana passada no Museu de Instrumentos Musicais () situado desde 2000 em um dos mais belos prédios art nouveau da capital belga.

Lá estão exibidos cerca de 200 exemplares assinados por Sax, entre eles o sax mais antigo já fabricado, um barítono de 1846 e um tenor com as cores da bandeira americana presenteado ao presidente Bill Clinton em 1994.

A exposição "Sax200" ficará aberta até 11 de janeiro de 2015.

O responsável pela Concorrência da União Europeia, Joaquín Almunia, declarou nesta sexta-feira que as últimas propostas do Google para resolver seu conflito com Bruxelas por abuso de posição dominante "não são aceitáveis" e que resta pouco tempo para resolvê-lo.

"As últimas propostas não são aceitáveis na medida em que não são propostas que possam eliminar nossas preocupações", declarou Almunia em uma entrevista à rádio pública espanhola.

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"Neste momento, resta pouco tempo, mas a bola ainda está do lado do Google", acrescentou.

A União Europeia investiga desde 2010 o gigante americano de internet por abuso de posição dominante no mercado dos buscadores.

Concretamente, a UE está preocupada por "como são tratados os rivais do Google na busca vertical, na busca de produtos de comparadores de preços, de restaurantes, etc", explicou Almunia.

Após as declarações do comissário europeu, um porta-voz do Google na Europa assegurou que "estamos fazendo mudanças significativas para resolver as preocupações da comissão e estamos aumentando a visibilidade dos serviços rivais".

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Durante um encontro em Bruxelas o comissário da União Europeia, Stefan Fule, ofereceu ajuda a Ucrânia após a instabilidade política provocada pela recusa do governo ucraniano de assinar um acordo com o bloco europeu.

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''O acordo de associação com a Ucrânia, incluindo uma profunda e bragente área de livre comércio, é a nossa oferta para Ucrânia e seu povo. Essa oferta ainda está sob a mesa. A União Europeia ainda está disposto a assinala'' afirmou o comissário. 

 

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande podem discutir as acusações de que a inteligência dos Estados Unidos espionariam governos europeus durante uma prévia da cúpula de líderes da União Europeia (UE) na tarde desta quinta-feira, informou o porta-voz de Merkel.

Ele informou que a reunião foi marcada na quarta-feira com o objetivo de realizar os preparativos para a cúpula, mas o encontro foi agendado antes de as autoridades alemãs terem declarado que acreditavam que agências de inteligência norte-americanas podem ter espionado o telefone celular de Merkel. Uma autoridade francesa confirmou a reunião desta quinta-feira, também dizendo que ela foi agendada antes das acusações.

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"Hollande e Merkel vão discutir a proteção de dados porque o assunto está na agenda do Conselho Europeu", declarou a fonte francesa. Fonte: Dow Jones Newswires.

Duas das cabeças de chave restantes em Bruxelas, a italiana Roberta Vinci a norte-americana Varvara Lepchenko foram eliminadas nas quartas de final do torneio belga nesta sexta-feira. Com estas quedas, somente a chinesa Shuai Peng segue como uma das favoritas ao título.

Vinci, segunda cabeça de chave, foi derrotada pela americana Jamie Hampton por 2 sets a 1, com parciais de 5/7, 6/3 e 7/5. O jogo havia sido adiado da quinta-feira porque o mau tempo atrapalhara a programação do torneio. O mesmo aconteceu com o duelo entre a estoniana Kaia Kanepi e Lepchenko, superada por 6/3, 4/6 e 7/6 (7/4).

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Pela programação inicial, as duas semifinais deveriam ser disputadas nesta sexta. Mas os atrasos acumulados desde o início da semana empurraram as duas partidas para este sábado, dia em que também será realizada a decisão do torneio.

A primeira semifinal, entre Shuai Peng e a suíça Romina Oprandi, terá início às 10h30 (15h30 no horário de Brasília), na quadra principal. A segunda semifinal, envolvendo Kanepi e Hampton, vai começar às 11h na quadra 1.

As vencedoras destas partidas voltarão à quadra às 21h30 para decidir o título em Bruxelas. A final só será adiada para domingo em último caso para não se sobrepor ao primeiro dia de disputas em Roland Garros.

FRANÇA - O mau tempo também atrapalhou a programação do Torneio de Estrasburgo. Mas, desta vez, a organização conseguiu completar os jogos programados para esta sexta-feira, finalizando as duas semifinais. A decisão contará com a local Alize Cornet e a checa Lucie Hradecka.

Das duas finalistas, somente Hradecka precisou jogar duas vezes nesta sexta. No início do dia, ela eliminou a sueca Johanna Larsson, por 7/5 e 6/3, pelas quartas de final. Horas depois despachou a italiana Flavia Pennetta, por 1/6, 6/3 e 6/1.

Pennetta também disputou duas partidas no dia. Pelas quartas, ela derrotou a japonesa Misaki Doi por 7/5 e 6/3. Mas sucumbiu ao cansaço diante de Hradecka. Cornet, por sua vez, só precisou entrar em quadra uma vez nesta sexta. Foi quando superou a jovem canadense Eugenie Bouchard, de 19 anos, por 7/5, 6/7 (5/7) e 6/3.

A norte-americana Sloane Stephens não resistiu à maratona de jogos no Torneio de Bruxelas e foi eliminado nesta quinta-feira. Uma das surpresas da temporada, a quarta cabeça de chave foi derrotada pela chinesa Shuai Peng em sets diretos nas quartas de final, com parciais de 6/2 e 6/3.

Stephens foi eliminada após disputar duas partidas na quarta-feira, em razão de atrasos na programação, causados pela chuva no início da semana. A americana não resistiu ao cansaço e acabou se despedindo do último torneio antes de Roland Garros, que começará no domingo.

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Enquanto Stephens era eliminada, a italiana Roberta Vinci só conseguiu jogar sua partida da segunda rodada nesta quinta. E superou a casaque Yulia Putintseva por 6/3, 5/7 e 6/2. Na sequência, a segunda cabeça de chave deveria enfrentar a americana Jamie Hampton ainda nesta quinta, mas o duelo foi adiado para sexta.

Hampton também faria seu segundo jogo do dia, após despachar a belga Kirsten Flipkens, quinta cabeça de chave, por 6/4, 3/6 e 7/5. O duelo era válido pela segunda rodada. O confronto entre a também americana Varvara Lepchenko e a estoniana Kaia Kanepi também foi adiado para sexta.

Antes do adiamento destas duas partidas, a suíça Romina Oprandi pôde enfrentar a chinesa Jie Zheng. E venceu em três sets, com parciais de 6/3, 3/6 e 6/0. Oprandi será a adversária de Shuai Peng na semifinal.

FRANÇA - No Torneio de Estrasburgo, duas semifinalistas foram definidas nesta quinta. A francesa Alize Cornet vai enfrentar a jovem canadense Eugenie Bouchard nesta sexta. Cornet avançou ao derrotar a sul-africana Chanelle Scheepers por 6/3 e 6/1. Bouchard, de 19 anos, eliminou Anna Tatishvili, da Geórgia, por 6/3 e 6/2.

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