Em discurso durante comício no interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou seu principal adversário na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de "capeta". O chefe do Executivo também disse nesta terça-feira, 13, que quer ficar mais quatro anos no Palácio do Planalto e entregar o cargo "lá na frente" para alguém da "mesma linha".
"Temos um mal pela frente, um capeta pela frente que quer impor o comunismo no nosso Brasil. Uma pessoa que foi liderança mundial em corrupção. Uma pessoa que nada deixou de bom para o nosso País e nunca respeitou a família brasileira", declarou o candidato à reeleição, em Sorocaba (SP), numa referência a Lula.
##RECOMENDA##Bolsonaro discursou em um trio elétrico, acompanhado dos ex-ministros Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, e Marcos Pontes (PL), que disputa uma vaga no Senado. "Tenho certeza, com mais quatro anos, entregando lá na frente para outra pessoa da mesma linha nossa, nós faremos a diferença no cenário mundial", disse o presidente.
"Nós não sairemos do Brasil. Quem tem que sair do Brasil são aqueles que não querem a liberdade do seu povo, aqueles que não aceitam o livre mercado", emendou Bolsonaro. Nesta madrugada, em entrevista a um podcast voltado para o público cristão, o chefe do Executivo havia dito que entregaria a faixa em caso de derrota nas eleições e sinalizou que pode deixar a vida política depois de 31 de dezembro de 2022.
"Se essa for a vontade de Deus, eu continuo na Presidência. Se não for, a gente passa, aí, a faixa e vou me recolher, porque com a minha idade eu não tenho mais nada a fazer aqui na Terra se acabar essa minha passagem pela política em 31 de dezembro no corrente ano", declarou Bolsonaro, no podcast.
Na última sexta-feira, 9, durante comício em Araguatins (TO), o presidente chamou o PT de "praga" e disse que "varreria" o partido para o "lixo da história". A declaração foi dada no mesmo dia em que um apoiador do chefe do Executivo foi preso por ter matado a facadas um eleitor de Lula, após uma discussão sobre política em Confresa (MT).
Hoje, em Sorocaba (SP), Bolsonaro também alfinetou o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), seu desafeto. O tucano tentou disputar a Presidência neste ano, mas não conseguiu apoio do próprio partido para ir até o final da disputa.
"Nos momentos difíceis que passamos, a política em São Paulo sofreu muito com um governador que tinha uma calcinha apertada, que não pensava em nada mais além de ser presidente da República, que se elegeu usando meu nome e depois virou inimiguinho, ficou brigadinho com a gente. Hoje está jogado na vala do esquecimento, do ostracismo", disse Bolsonaro sobre Doria.