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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, interferiu em negociações das delações de dois executivos da Camargo Corrêa. Ao menos é o que apontam as novas conversas vazadas, nesta quinta-feira (18), pelo site The Intercept Brasil, através do jornal Folha de São Paulo. O então juiz responsável pela Lava Jato na primeira instância em Curitiba, disse que só homologaria as delações se a pena proposta incluísse ao menos um ano de prisão em regime fechado para os executivos.   

A troca de diálogos divulgada aconteceu, de acordo com a reportagem, entre 21 de janeiro de 2015 e 6 de fevereiro de 2016. Período em que estavam sendo acordadas as delações e logo após o acordo ser fechado. 

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A interferência de juízes no acordo de delação é proibida, de acordo com a Lei das Organizações Criminosas, de 2013. A legislação, que prevê as normas para delações premiadas, observa que os magistrados devem, apenas, verificar a legalidade dos acordos de cooperação, a homologação e a aplicabilidade do que foi acordado. 

As mensagens trocadas, contudo, apontam que Moro impôs condições e isso causou desconforto entre os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Dental Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima.

Veja os trechos das conversas:

- No início de 2015, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba negociava um acordo de leniência com a Camargo Corrêa.

21 de janeiro de 2015

Deltan Dallagnol (16:15:15) - Oi lindão

Carlos Fernando dos Santos Lima (16:16:42) Fechei o escopo ‘a princípio’ com a Camargo. Parece razoável. Petrobras, Belo Monte, Angra 3, Valec.

Deltan (16:27:37)Nós tínhamos que ser duros na negociação. Mas o sistema hoje não permite que eles digam tudo, e o que dirão é bem razoável. Agora temos que pensar na multa. Pede pro Roberto Leonel o faturamento e o lucro das empresas do grupo nos últimos 5 anos...

Carlos Fernando (21:29:50)Vou pedir 2 bilhões de dólares.

Deltan (22:10:24)Temos que ter os dados.... E calcular qto pagou de propina... Pra ter parâmetros. Sem prejuízo de pegar tudo que da

Carlos Fernando (22:19:56) Se tiver informações, sim. A reunião será na próxima semana.

- Em outro momento, já na reta final das negociações, Deltan sugeriu a Carlos Fernando que consultasse o então juiz Sergio Moro de fechar o acordo.

23.fev.2015

Deltan (23:57:09) Eu não estarei aqui na quarta, nem na reunião com o Moro, mas seria bom que houvesse uma conversa sobre os acordos dos três porquinhos. CF, Vc reclamou que me meti, mas podíamos ter problemas com a questão da Valec se o Helio Telho depois não concordasse ou criticasse nosso acordo, sendo ele o proc natural. A título de sugestão, seria bom sondar Moro quanto aos patamares estabelecidos ontem. Pensei sobre o que Vc disse de eles trazerem a CC. Pode acontecer, mas se eles não vão indicar um acionista, pegaríamos eventualmente outros diretores, torcendo para eles indicarem os acionistas. É possível que ocorra, mas temos que pensar em duas coisas: 1) vamos ter braço para tudo isso, ir atrás do diretor logo para que depois venha a CC? Há várias prioridades em andamento. 2) a meu ver, essa estratégia pode sim ser perseguida, mas as prioridades vivem mudando e o acordo deve ser justificável por si só. Colaborações são um flanco para críticas. Caminhamos com a força da opinião pública e não podemos perdê-la. Sei que Vc discorda do item 2, estou só colocando minha opinião. Estarei lá na quinta para sustentar isso; 3) uma crítica que virá é o do número de acordos de colaboração... não concordo com essa crítica se o acordo foi individualmente justificável, e não é minha maior preocupação, mas vi um ou dois de nós mencionarem essa preocupação.

24.fev.2015

Carlos Fernando (07:26:12)Deltan. Como disse ontem, não somos noviças virgens para ficar tão preocupados com o que vão pensar de nós. As críticas vem sempre, e ultimamente somos mais criticados pelo que não fazemos, como o PGR agora com o Pessoa. A minha crítica, e neste ponto falo pelo Januário, é que o procedimento de delação virou um caos. Creio que se a sua divisão de serviço pressupõe que eu e Januário estamos encarregados dos acordos, eles devem ser tratados por nós. Você é o Promotor natural e pode discordar, e eu sempre ouço todos, mas o que vejo agora é um tipo de barganha onde se quer jogar para a platéia, dobrar demasiado o colaborador, submeter o advogado, sem realmente ir em frente. Não sei fazer negociação como se fosse um turco. Isso até é contrário à boa-fé que entendo um negociador deve ter. E é bom lembrar que bons resultados para os advogados são importantes para que sejam trazidos novos colaboradores. Eu desejo que sejam estabelecidas pautas razoáveis, e que eu e Januário possamos trabalhar com mais liberdade. Os últimos acordos que fizemos foi por exclusiva vontade minha. E não vejo a reclamação generalizada contra eles. Muito pelo contrário. Agora o acordo com o Rafael foi bom para aplacar a insegurança de Brasília. Vamos pensar a longo prazo. Se falta de mãos fosse um argumento, não estaríamos aqui hoje.

Deltan (08:29:16) Carlos, eu apoiei todos os acordos que Vc fez. Essa autonomia não está existindo em nenhum setor. Todos estão opinando em AIAs, nas denúncias, no relacionamento com a imprensa, com a PGR, até no uso do meu tempo rs. Quanto mais sensível é o tema, mais todos querem contribuir para que o resultado seja melhor. O que acho que faltou no caso dos acordos, na minha opinião, foi conversarmos antes e pensarmos na estratégia. Reconheço que falhei em não organizar reuniões de coordenação. Devem existir mesmo. Como todos são Barbados e experientes, e não queria ficar me metendo, estava deixando rolar e que cada um marcasse reunião Qdo queria. Mas vejo agora que não é o ideal, e que tenho que estar mais perto de todos. Mas até isso não é unânime rs. Os acordos são sensíveis por diversas razões. Uma é opinião pública e precisamos dela meu amigo. Outra é o fato de que nossa e minha reputação estão ligados ao caso. Estamos numa era tecnológica e como promotores não ganhamos mas dependemos de nossas reputações. Isso me leva a ser mais conservador do que arrojado, mas te entendo também. Enfim, acho que devemos conversar mais e vamos fazer isso para trabalharmos como um time mais entrosado.

Carlos Fernando (09:37:52)Vou discordar de muitas das suas premissas, mas não aqui. Quero essa reunião com a presença de Januário e Orlando, ao menos.

25.fev.2015

Deltan (01:53:47)Carlos Vc quer fazer os acordos da Camargo mesmo com pena de que o Moro discorde? Acho perigoso pro relacionamento fazer sem ir FALAR com ele, o que não significa que seguiremos. Podemos até fazer fora do que ele colocou (quer que todos tenham pena de prisão de um ano), mas tem que falar com ele sob pena de ele dizer que ignoramos o que ele disse. Vc pode até dizer que ouve e considera , mas conveniência é nossa e ele fica à vontade pra não homologar, se quiser chegar a esse ponto. Minha sugestão é apenas falar.

- Depois da conclusão do acordo com a Camargo Corrêa, tornou-se natural os procuradores falarem sobre interferências de Moro. 

26.ago.2015

Douglas Fischer (11:35:24) Galera. O paulo disse ontem en passant aqui em Bsb que teria havia dois casos em que o Moro não aceitou proposta de acordos por falta de originalidade nas provas apresentadas. Vocês tem estas decisões dele ? Obrigado

Paulo Roberto Galvão (19:59:58)Douglas, o Moro tem reclamado bastante, mas ao final sempre concorda com a nossa proposta. No caso do Dalton Avancini, ele inclusive consignou a discordância (acho que em ata de audiência) e deu cinco dias para justificar, mas depois aceitou. Mais recentemente ele também implicou com o acordo do Musa, mas não sei se constou por escrito (Diogo sabe?)

Orlando Martello (20:02:52) Januario estão reforçando os depoimentos para superar a questão, mas ainda não foi homologado o do Musa.

- Já em fevereiro de 2016, Deltan procurou Moro para discutir o caso de outro executivo da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, que estava fechando acordo de delação premiada.

5.fev.2016

Deltan (23:36:36) Caro: Gebran e colegas da regional entenderam que não seria o caso de homologar o acordo do Auler lá, por não haver pessoas indicadas que tenham prerrogativa de foro. Ainda que discordando tecnicamente, vejo vantagens pragmáticas de homologar por aqui, mas não quisemos avançar sem sua concordância quanto à análise dessa questão por aqui... Podemos prosseguir? Se preferir, vou à JF conversar pessoalmente

6.fev.2016

Sergio Moro (01:20:08) Para mim tanto faz aonde. Mas quais foram as condições e ganhos?

Deltan (08:06:36)Ok. Não sei, quem fez, creio, foi CF. Vou checar e eu ou alguém informa.

Outro lado

Em nota, Sergio Moro disse que não participou de negociações de acordo de delação premiada.  “Enquanto juiz, não houve participação na negociação de qualquer acordo de colaboração”, diz o texto. “Cabe ao juiz, pela lei, homologar ou não acordos de colaboração”, acrescenta. 

Além disso, na nota Moro pondera que “pela lei, o juiz pode recusar homologação a acordos que não se justifiquem, sendo possível considerar a desproporcionalidade entre colaboração e benefícios.” O ex-juiz também observa que não reconhece a autenticidade das conversas vazadas. 

A força-tarefa da Lava Jato, por sua vez, disse que “não reconhece as mensagens que têm sido atribuídas a seus integrantes”.  “O material é oriundo de crime cibernético e não pode ter seu contexto e veracidade confirmados”, declarou em nota.

*As conversas foram transcritas sem correção ortográfica

Um dos integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, declarou que é necessário melhorar o ambiente jurídico onde se tramita ações contra os “poderosos”. Ele participou, nessa sexta-feira (12), do I Congresso Internacional de Direito Penal e Processo Penal promovido pela UNINASSAU.

Carlos Fernando chegou a dizer que criminoso poderoso nunca é punido. “É preciso melhorar o ambiente jurídico onde se tramita ações contra poderosos porque nós somos muito bons para encarcerar os pobres. Está aí as nossas prisões demonstrando isso. Entretanto, quantos desses estão encarcerados hoje são poderosos? Quantas dessas ações contra poderosos foram julgados? Quantas foram executadas e essa pessoa foi para a penitenciária?”, indagou. 

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Ele também afirmou que o poder político do Brasil se baseia em dinheiro. “Nos deparamos com essa realidade. O poder político do Brasil se baseia em dinheiro. Nossas eleições são caras demais. Nosso sistema político é pulverizado em dezenas de partidos que não tem nenhuma outra função se não fazer dinheiro. Fazer tempo na televisão, fazer coligações e vendê-las e [isso] custa caro”, disparou. 

O procurador disse que apesar da Lava Jato ser um sucesso, “não é uma investigação simples de corrupção” e que é preciso buscar algo além da Lava Jato. “Doações oficiais são insuficientes. Então, todos, todos, todos, não há exceção se socorre a métodos ilegais. Um ou outro talvez estenda sua própria fortuna para tentar se eleger, mas a regra o dinheiro vem de algum doador legal ou ilegal e alguma coisa quer em troca ou alguma coisa havia prometido. Vimos isso na Petrobras. Exatamente isso que descobrimos. Essa é a nossa realidade e ela hoje faz pensar que nós temos que buscar alguma coisa além da Lava Jato”.  

“Nós precisamos de um país mais justo, de uma Justiça mais célere e também reformar o sistema político, diminuir o preço da eleição e número de partidos. Talvez, aí, nós possamos ter um ambiente melhor. As próximas eleições vão ser baratas porque todos estão com medo, mas daqui a quatro anos, se nada mudar tudo voltará a ser exatamente como antes porque a necessidade vai fazer com que inventem novos meios de corromper aos agentes públicos”, alertou, acrescentando.

O procurador regional da República, Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos principais nomes da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF), nesta sexta-feira (12), em conversa ao LeiaJá na série Entrevista da Semana, declarou que é preciso mudar a regra que só pune as pessoas pobres e afirmou que criminoso poderoso nunca é punido. Ele participa, no Recife, do I Congresso Internacional de Direito Penal e Processo Penal, promovido pela UNINASSAU. 

“Você tem que mudar a regra que só se pune pessoas pobres. No Brasil, nós temos que punir os ricos. Punir os ricos significa mudar as leis penais e impedir que o poder econômico prevaleça sobre a Justiça”, declarou. 

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O procurador enfatizou que o Brasil precisa de reformas diversas, principalmente, a política e nas leis penais e processuais. “Nós precisamos mudar o Brasil para que não seja mais o país da impunidade. Hoje um criminoso poderoso pode usar de uma legião de advogados, recursos inúmeros e medidas procrastinatórias. No final das contas, ele nunca é punido. Entretanto, os pobres vão para a cadeia”, disparou. 

O membro da Lava Jato também disse que o sistema político brasileiro gera criminalidade e que é preciso combater essa situação. “Nós precisamos trazer uma mensagem que nós podemos ter esperança em um Brasil melhor sem corrupção. A Lava Jato é apenas um momento em que estamos revelando esses fatos. Nós precisamos que a população haja para um apoiamento dela e de medidas legislativas que melhorem nosso sistema político". 

Carlos Fernando ainda disse acreditar na condução do processo. “Nós temos que separar muito bem as questões. As questões em Curitiba elas são simples de investigação criminal. Nós temos preocupação com o Supremo Tribunal Federal, mas nós temos muita confiança no relator [da Lava Jato] ministro Fachin que tem sido muito firma na condução do processo”, concluiu. 

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O Galo da Madrugada está a todo vapor preparando o desfile do Carnaval 2015. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça (25), o presidente do maior bloco do mundo anunciou novidades para o próximo ano. Uma das principais é o aumento do número de carros alegóricos, serão 2 a mais do que o último desfile.

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Uma das novas alegorias o Carro dos Clarins, que abre o desfile, dando destaque ao músicos que vinham no chão em outros carnavais, antes do abre-alas. O segundo novo carro alegórico foi intitulado Os Leões do Norte e faz homenagem a 3 personalidades que "apoiaram e consolidaram a cultura pernambucana", como disse o presidente do Galo Rômulo Meneses. Luiz Gonzaga, Ariano Suassuna e o ex-governador Eduardo Campos estarão representados.

Homenagem a Carlos Fernando 

Como já havia sido anunciado, o homenageado do Galo da Madruagada em 2015 é o compositor e produtor musical Carlos Fernando, morto em 2013Por isso o tema do Galo este ano é Asas da América, asas para o frevo, em referência à série de discos lançadas pelo homenageado nas décadas de 1980 e 90 que trouxeram novo fôlego ao frevo.

Na Quinta do Galo desta semana, será lançado o CD do Galo da Madrugada, em show no Palácio Enéas Freire com a banda Asas da América, com participação de Almir Rouche, Gustavo travassos, Maciel Melo e Tito Lívio, em homenagem a Carlos Fernando. Das 7 faixas do disco, 3 são composições do 'Poeta de Caruaru' e as outras 4 em homenagem a ele.

O segundo volume do livro Banho de Cheiro- Carlos Fernando em pequenas doses também será lançado na Quinta do Galo. "Não é uma biografia. São fatos contados por várias pessoas que viveram com Carlos Fernando", explica Rômulo Meneses. O livro contém depoimentos e textos de personalidades como J. Michiles, Eduardo Campos, Tito Lívio e Fábio Cabral.

Galo da Madrugada lança CD e livro em homenagem a Carlos Fernando

Musa do Galo

As inscrições para quem pretende ser a Musa do Galo 2015 começam nesta terça (25) e devem ser feitas pela internet. As candidatas devem ser solteiras e ter entre 18 e 25 anos e a vencedora recebe prêmio de R$ 3 mil. As incrições segum até o dia 17 de janeiro. O regulamento e a ficha da inscriçao estão no site do Galo da Madrugada.

A atual Musa do Galo, Vanessa Lúcia, esteve presente na coletiva de imprensa realizada no Palácio Enéas Freire, sede do maior bloco do mundo. Ela estava vestida com a camisa oficial do Galo para o Carnaval 2015, que foi lançada na ocasião.

*Com informações de Thiago Graf

Ainda faltam 5 meses para o Carnaval, mas as preparações para o Galo da Madrugada estão a todo vapor. Nesta quarta-feira (3), o maior bloco realizou uma coletiva em sua sede para anunciar o tema e o homenageado de 2015. O tema do próximo carnaval será Asas da América, Asas do Frevo, em homenagem a Carlos Fernando. Ele é conhecido por grandes sucessos do frevo como Banho de Cheiro, imortalizado na voz de Elba Ramalho.

Carlos Fernando, natural de Caruaru, morreu há pouco mais de um ano, vítima de um câncer. Ele é responsável por dar uma nova roupagem ao frevo nos anos 1980, tornando o ritmo mais animado e ousado, em um projeto chamado Asas da América – uma série de discos em que cantores da MPB como Alcione, Alceu Valença e Maria Bethânia interpretaram suas composições.

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Durante a coletiva, o presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses, falou um pouco sobre a homenagem. “Nada mais justo do que homenagear quem fez tanto pelo frevo. Esperamos que não seja só um reconhecimento ao que ele fez, mas uma provocação aos músicos brasileiros fazerem mais pelo frevo, e que façam com que o ritmo se torne atemporal. Que ele seja tocado todos os dias e não só na época do carnaval”, declarou Rômulo.

O presidente também comentou que, devido a recente tragédia que resultou na morte do ex-governador Eduardo Campos, foi cogitado homenagear o político. “Houve a conjectura de homenagear Eduardo, mas julgamos inadequado”, falou Meneses muito emocionado.

A filha de Carlos Eduardo, Joana Bizzoto esteve presente no evento para representar sua família e disse estar muito emocionada com a escolha. “É um pouco difícil para mim falar, fico emocionada. Dia 1° de setembro fez um ano da morte do meu pai e a homenagem é uma felicidade para a família. Ele não viu nem viviu isso em vida, mas sei que ele está muito feliz”, falou Joana. Perguntada pelo LeiaJá sobre o convite, ela disse que os representante do Galo estão tentando mantê-la por dentro dos planejamentos. “Eles têm me deixado a par de tudo, é um processo bem demorado. Mas estou orgulhosa”, contou a filha de Carlos Fernando.

O São João de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, terá um espaço exclusivo para contar a história do poeta e compositor caruaruense Carlos Fernando, um dos homenageados desta edição. O “Espaço Carlos Fernando” tem autoria e execução da primeira-dama do município, Carminha Queiroz, e contará a história do homenageado no São João 2014, no Museu Memorial da Cidade.

A inauguração será nesta quinta-feira (29), às 20h, no Museu Memorial da Cidade, que fica na rua Duque de Caxias. Carlos Fernando, falecido em 2013, foi cantor, compositor e produtor musical. É dele a autoria da canção Banho de Cheiro, sucesso na voz de Elba Ramalho. Foi o idealizador da série de discos Asas da América, que renovou o frevo.

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CARUARU (PE) - O prefeito de Caruaru, José Queiroz,  decretou neste domingo (1º) luto oficial de três dias pelo falecimento do cantor e compositor Carlos Fernando. Natural de Caruaru, ele lutava contra um câncer de próstata e estava internado no Imip, em Recife.

Carlos Fernando fez o nome entre grandes músicos da MPB. Ficou conhecido por inovar misturando frevo com mpb, jazz com forró e outras misturas ousadas. Em 40 anos de carreira, teve composições gravadas por Caetano Veloso, Chico Buarque, Geraldo Azevedo, Gilberto Gil e Elba Ramalho, sendo um dos seus principais sucessos a música “Banho de cheiro” na voz de Elba Ramalho.

O compositor também compôs várias canções em homenagem à Caruaru, entre elas “Caruaru Azul Palavra”. Ele também produziu o disco '100 anos de Frevo – É de perder o sapato', em 2007, quando o gênero recebeu o título de Patrimônio Imaterial Brasileiro.

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Nesta segunda (2), o cantor e compositor Carlos Fernando foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro. Ao som de frevo, amigos e familiares se despediram cantarolando sua principal composição, Aquela Rosa, que realizou em parceira com Geraldo Azevedo. O músico, que tinha 75 anos, estava internado no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) desde a última sexta-feira e sofria de câncer de próstata. 

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Com 40 anos de carreira, o compositor nasceu em Caruaru na década de 30 e era conhecido por misturar frevo à MPB, jazz ao forró, além da coletânea de frevo Asas da América, idealizada por ele. Entre as músicas que Carlos Fernando criou, está à homenagem Caruaru Azul Palavra, além de composições gravadas por nomes da Música Popular Brasileira como Caetano Veloso, Alceu Valença, Chico Buarque e Jackson do Pandeiro, entre outros. Um dos seus grandes sucessos foi Banho de cheiro – gravado por Elba Ramalho em 1983.

Um dos amigos mais querido do músico, Djalma Pereira, disse ao LeiaJá durante o velório que a obra de Carlos está imortalizada. “Quando Carlos lançou um dos seus principais projetos, o Asas da América no Nordeste, ele passou a ser reconhecido e a ter moral intelectualmente com a sua obra. Além disso, ele abriu espaço e deu voz para quem não tinha no âmbito musical”, contou Pereira. 

“Criei-me em Caruaru e minha família por parte materna é muito amigo de Carlos Fernando. Como produtora cultural eu conheci a arte e a obra dele”, disse a produtora cultural Anastácia Alencar enquanto acompanhava o cortejo. “Ele sempre teve muita atitude e nunca fugiu dos seus ideais e visão em relação ao mundo”, complementou Anastácia. 

Além dos frevos, Carlos Fernando também assinou músicas para novelas como Saramandaia e Sinhazinha Flor, da TV Globo, filmes e série de TV como O Sítio do Pica-Pau Amarelo. Produziu e dirigiu o disco duplo 100 anos de frevo – É de perder o sapato, em 2007, e no carnaval de 2009 foi um dos homenageados pela Prefeitura do Recife.

Governador

Em nota a imprensa, o governador do Estado Eduardo Campos falou do seu carinho e admiração a Carlos Fernando. Confira na íntegra: "Pernambuco perde um grande artista, um poeta, um músico, alguém que contribuiu de forma muito expressiva para a cena cultural que temos hoje. Alguns podem até nem ter consciência da importância de Carlos Fernando para a cena cultural pernambucana. É um dia de pesar, mas também é um dia de aplaudirmos a vida, a obra e a criação desse grande pernambucano que foi Carlos Fernando. Também é uma perda pessoal para mim e para minha família, pois ele era um grande amigo nosso. Há algum tempo, vínhamos acompanhando a luta que ele travava com a doença. Por isso, em meu nome, em nome de minha família e em nome do povo de Pernambuco, manifesto o nosso pesar e solidariedade aos familiares e amigos deste grande artista.”

 

O prefeito Geraldo Julio participou do velório do compositor Carlos Fernando, nesta segunda-feira (2), na capela do cemitério de Santo Amaro. O artista faleceu aos 75 anos, no último domingo (1º), em decorrência de um câncer. Além de familiares e amigos, muitas autoridades e músicos compareceram ao velório, enaltecendo a vida do cararuense.

“Carlos Fernando deixará um legado muito representativo para a música pernambucana; para o frevo, para o Recife e os recifenses. Um compositor que marcou muito a nossa cidade e Olinda também. Além da sua história política, Carlos foi uma pessoa muito atuante na redemocratização do Brasil. É, sem dúvida, uma perda muito grande para todos nós”, lamentou Geraldo Julio.

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Secretária de Cultura do Recife, Lêda Alves acompanhou o prefeito na cerimônia. A secretária classificou o compositor como o “porta-voz do frevo”. “Ele também se tornou responsável por fomentar essa cultura. Por acreditar, ele alicerçou a obra dele com base no frevo. Uma pessoa muito leal às coisas que acreditava e pelas coisas que acreditou. Um guerreiro que a gente perde”, pontuou Lêda Alves.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O compositor de frevo Carlos Fernando faleceu na tarde deste domingo (1°), aos 75 anos. Natural de Caruaru, agreste do Estado, o artista lutava contra um câncer de próstata. O corpo está sendo velado no Instituto Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, e seu enterro acontecerá, às 12h, no Cemitério de Santo Amaro, Região Central da Cidade.

Com 40 anos de carreira, o compositor era conhecido por misturar frevo à MPB, jazz ao forró, além da coletânea de frevo "Asas da América", idealizada por ele. Entre as músicas que Carlos Fernando criou, está à homenagem Caruaru Azul Palavra, além de composições gravadas por nomes da Música Popular Brasileira como Elba Ramalho, Caetano Veloso e Chico Buarque.

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O prefeito da Capital do Agreste, José Queiroz, decretou luto oficial de três dias pelo falecimento.

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