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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (29), uma nova fase da Operação Appius para cumprir mandados de busca e apreensão em dois escritórios de advocacia de São Paulo e de Brasília integrados por investigados. A primeira etapa da investigação foi desencadeada no último dia 7 para investigar supostas propinas pagas pela empreiteira Camargo Corrêa a agentes públicos com o objetivo de suspender e anular a Operação Castelo de Areia.

A ação é realizada em conjunto com o Ministério Público Federal. Em nota, a Procuradoria indicou que as diligências se mostraram necessárias diante de "circunstâncias atípicas" verificadas durante o cumprimento de medidas anteriores.

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Segundo a Lava Jato paulista, não foram encontrados computadores nas residências dos advogados investigados, "embora ali houvesse impressoras, cabos de rede e de energia e monitores". Além disso, a Procuradoria registrou que houve a formatação de celulares "com apagamento de dados e de outros fatos que denotaram possíveis ações de ocultação de elementos relevantes à apuração".

As diligências foram devidamente acompanhadas por representantes locais da Ordem dos Advogados do Brasil, apontou a PF.

Na primeira etapa da Appius, os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo e Fortaleza, uma delas no apartamento do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha, na capital cearense. A Operação tem base na delação do ex-ministro Antônio Palocci (Governos Lula e Dilma).

À Polícia Federal, ele apontou suposto repasse da Camargo Corrêa de R$ 50 milhões para o governo do PT e aliados políticos em troca de uma interferência da então presidente Dilma Rousseff, em 2011, para enterrar a Operação Castelo de Areia - investigação aberta em 2009 sobre propinas que teriam sido pagas pela empreiteira a políticos, inclusive fora do período eleitoral.

A Castelo de Areia investigava suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e repasses ilícitos para políticos, não só em épocas eleitorais, envolvendo três executivos da Construtora Camargo Corrêa.

Em 2010, Asfor Rocha concedeu liminar, durante recesso do Judiciário, para suspender a ação penal decorrente da Castelo de Areia. Na época, era presidente do STJ. Um ano depois, a decisão foi confirmada pelo STJ, que arquivou o caso sob argumento de que o início do inquérito teve base em denúncia anônima.

Na representação para deflagração da primeira etapa da Appius, a Polícia Federal apontou "ingerência hábil" e "inconsistência" na decisão de Asfor Rocha. Para os investigadores, a decisão do ex-presidente do STJ no âmbito da Castelo de Areia foi "inédita" entre as outras proferidas por ele.

Na ocasião, a PF também chegou a pedir autorização para fazer buscas na residência da ex-presidente Dilma Rousseff, mas o juízo da 6.ª Vara Federal Criminal não concordou.

A primeira fase da operação acabou atingindo ainda o antigo escritório de advocacia de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça do Governo Lula, que teve seu sigilo bancário e fiscal quebrado por ordem da Justiça Federal.

Defesas

O criminalista Celso Vilardi, que representa a empreiteira Camargo Corrêa, disse que "o lugar do sr. Palocci é na cadeia". "A partir de agora, de forma incansável, comprovaremos a mentira e exigiremos um processo contra o sr. Palocci por denunciação caluniosa e o retorno dele à prisão, que é o seu lugar", indicou. "Eu considero que essa operação é um verdadeiro absurdo porque a delação do sr. Palocci não encontra respaldo sequer nas datas reais", afirma Vilardi. "Ele mentiu sobre a data da liminar."

"É espantoso que uma delação recusada pelo Ministério Público Federal de Curitiba, considerada a 'delação do fim da picada', possa gerar buscas e apreensões, sem qualquer elemento de corroboração e com uma narrativa que não guarda relação nem mesmo com as datas", finalizou

a defesa de Asfor Rocha também se manifestou. "Não é verdade que o escritório César Asfor Rocha Advogados tenha sido alvo de busca e apreensão, como se divulgou. Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar. Por falta de consistência e provas, essa mesma 'delação' foi recusada pelo Ministério Público Federal. Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro César Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório."

Quando o teor das delações do ex-ministro Antonio Palocci foi divulgado, a ex-presidente Dilma Rousseff divulgou a seguinte nota:

"A nova mentira do senhor Palocci

Dilma rechaça as insinuações contidas na delação do ex-ministro, convenientemente vazada pela Lava Jato, justamente quando as manobras ilegais e arbitrariedades estão sob escrutínio do STF

A propósito do novo vazamento da delação do senhor Antonio Palocci, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1) Não há provas que atestem a veracidade das informações prestadas pelo senhor Antonio Palocci à Polícia Federal. Ele mentiu e a imprensa continua a veicular suas acusações de maneira leviana.

2) A delação do senhor Antonio Palocci não apresenta provas ou sequer indícios de que a presidenta Dilma Rousseff teve conhecimento ou participação direta em supostas ilegalidades. Não há provas que atestem que ela sabia ou tivesse autorizado o BTG Pactual a ter acesso a quaisquer informações sigilosas no âmbito do governo federal, inclusive relativas às informações do Conselho de Política Monetária (Copom).

3) Presidentes da República jamais participaram, atuaram ou interfeririam em reuniões do Copom ou do Banco Central.

4) É lamentável que, mais uma vez, procedimentos judiciais - que correm sob segredo de Justiça - sejam vazados à imprensa.

5) Isso ocorre justamente quando pesam indícios de abusos e irregularidades cometidas por autoridades do Judiciário. Parece que o objetivo é tirar o foco das suspeitas de abuso de autoridade e conduta ilegal por parte dos operadores do Direito, conforme as revelações da Vaza Jato.

6) Tais 'denúncias' chegam no momento em que vêm a público também revelações de abusos confirmados até pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em seu livro de memórias.

7) Em cinco anos de Lava Jato, jamais foram apresentadas provas de que a ex-presidenta Dilma Rousseff tivesse conhecimento ou participação em malfeitos.

8) A verdade já veio à tona. A Justiça prevalecerá."

O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha afirmou que vai processar judicialmente o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), que o delatou por suposta propina para enterrar a Operação Castelo de Areia, em 2010. Em nota divulgada por sua Assessoria, Asfor Rocha chamou Palocci de "delinquente".

"Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar", reagiu Asfor Rocha. "Por falta de consistência e provas, essa mesma "delação" foi recusada pelo Ministério Público Federal."

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Nesta quinta-feira (7), a Polícia Federal deflagrou a Operação Apiuss, fase da Lava Jato em São Paulo, com base na delação premiada de Palocci.

Agentes federais fizeram buscas na residência de Asfor Rocha, em Fortaleza.

Hoje aposentado, o ex-ministro mantém escritório de advocacia em São Paulo, que não foi vasculhado.

Em um anexo de sua colaboração, Palocci disse que a empreiteira Camargo Corrêa teria repassado R$ 50 milhões para o governo do PT viabilizar o sepultamento da Castelo de Areia - investigação aberta em 2009, envolvendo a construtora e supostos pagamentos, em forma de "doações", a políticos de diversos partidos.

Parte do dinheiro teria sido destinado ao então presidente do STJ que, naquele ano, liminarmente, suspendeu a Castelo de Areia - decisão depois confirmada no mérito pela Sexta Turma da Corte e, mais tarde, pelo Supremo Tribunal Federal.

"Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro César Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório", destacou o ex-presidente do STJ.

Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria do ex-presidente do STJ César Asfor Rocha

"Não é verdade que o escritório César Asfor Rocha Advogados tenha sido alvo de busca e apreensão, como se divulgou. Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar. Por falta de consistência e provas, essa mesma 'delação' foi recusada pelo Ministério Público Federal.

Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro César Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório."

Com a palavra, a defesa de Palocci

A reportagem busca contato com a defesa do ex-ministro. O espaço está aberto para manifestações.

O criminalista Celso Vilardi, que representa a empreiteira Camargo Corrêa, disse que "o lugar do sr. Palocci é na cadeia". Vilardi está indignado com as buscas da Polícia Federal, realizadas nesta quinta-feira (7), no âmbito da Operação Appius, com base na delação do ex-ministro dos Governos Lula e Dilma.

"A partir de agora, de forma incansável, comprovaremos a mentira e exigiremos um processo contra o sr. Palocci por denunciação caluniosa e o retorno dele à prisão, que é o seu lugar", disparou o advogado.

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Em um capítulo de sua colaboração premiada, fechada com a Polícia Federal em Curitiba, Palocci disse que a empreiteira teria repassado R$ 50 milhões em propinas para que o governo petista viabilizasse a anulação da Operação Castelo de Areia, em 2009 - investigação que citava a Camargo Corrêa e supostos pagamentos a políticos.

Parte do dinheiro teria sido entregue ao então presidente do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha.

Hoje aposentado e com escritório de advocacia em São Paulo, o ex-ministro também é alvo de buscas da PF.

Palocci foi preso na Operação Omertà, fase 35 da Operação Lava Jato, em setembro de 2016. Condenado a 12 anos e dois meses de prisão pelo então juiz Sérgio Moro, o petista decidiu fazer delação premiada.

Em novembro do ano passado ele deixou a prisão da Lava Jato e foi para casa.

"Eu considero que essa operação é um verdadeiro absurdo porque a delação do sr. Palocci não encontra respaldo sequer nas datas reais", afirma Celso Vilardi. "Ele mentiu sobre a data da liminar."

A Castelo de Areia foi deflagrada em 2009, por ordem do então juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, hoje desembargador, Fausto Martin de Sanctis. Em 2010, Asfor Rocha, liminarmente, mandou suspender o inquérito da PF. Em 2011, a Sexta Turma do STJ confirmou a decisão de Asfor Rocha e decretou o fim da investigação sob argumento de que ela teve início com base em uma denúncia anônima.

"A decisão do então ministro César Asfor Rocha não anulou a Operação Castelo de Areia", lembra Vilardi. "Foi uma decisão que suspendeu o inquérito policial por catorze dias. A liminar foi mantida pela Sexta Turma do STJ."

O criminalista destaca que, depois, a ordem foi concedida pela Sexta Turma da Corte. "Mais tarde, referida decisão foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal que, naquela oportunidade, afirmou, por sua Primeira Turma, que a decisão do STJ estava correta e de acordo com a jurisprudência do STF."

Vilardi revela sua indignação. "É espantoso que uma delação recusada pelo Ministério Público Federal de Curitiba, considerada a 'delação do fim da picada', possa gerar buscas e apreensões, sem qualquer elemento de corroboração e com uma narrativa que não guarda relação nem mesmo com as datas."

Com a palavra, a defesa de Palocci

A reportagem busca contato com a defesa do ex-ministro. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal realiza buscas, na manhã desta quinta-feira (7), no apartamento do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Cesar Asfor Rocha, em Fortaleza, no âmbito da Operação Appius. A ação foi desencadeada para investigar supostas propinas pagas pela empreiteira Camargo Corrêa a agentes públicos com o objetivo de suspender e anular a Operação Castelo de Areia.

Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo e Fortaleza. As ordens foram expedidas pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

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A reportagem apurou que Asfor está fora do Brasil e já iniciou viagem de retorno para o País.

O ex-ministro se aposentou em 2012 e hoje mantém um escritório de advocacia em São Paulo. Ao longo de sua longa carreira na magistratura, jamais admitiu qualquer ilícito.

Asfor foi quem concedeu liminar, em 2010, durante recesso do Judiciário, para suspender a Castelo de Areia. Na época, era presidente do STJ.

A operação, desencadeada em abril 2019, investigava suposto esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e repasses ilícitos para políticos, não só em épocas eleitorais, envolvendo três executivos da Construtora Camargo Corrêa.

Em 2011, a liminar de Asfor foi confirmada pelo STJ, que arquivou o caso sob argumento de que o início do inquérito teve base em denúncia anônima.

A "Appius" tem como base a delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma).

Palocci dedicou o Termo 6 de seus 23 relatos para tratar da "Castelo de Areia", apontando "o pagamento indevido de R$ 50 milhões, por parte do Grupo Camargo Corrêa, às campanhas do PT no pleito do ano de 2010 e para o qual concorrera a ex-presidente Dilma Rousseff, com objetivo de obter auxílio do Governo Federal na anulação da Operação Castelo de Areia junto ao Superior Tribunal de Justiça".

O delator, no entanto, não indicou como teria sido o repasse ao magistrado.

Com a palavra, a Camargo Corrêa

"A Construtora Camargo Correa informa que ainda não teve acesso às informações que embasam a operação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã. A empresa reitera que foi a pioneira, em seu setor, em firmar acordos de leniência e que permanece comprometida a colaborar com as autoridades na investigação de eventuais atos ilícitos."

Com a palavra, a defesa de Asfor

A reportagem busca contato com os advogados do ex-ministro. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, na manhã nesta quinta-feira (7), a Operação Appius para investigar supostas propinas pagas pela empreiteira Camargo Corrêa a agentes públicos com o objetivo de suspender e anular a Operação Castelo de Areia. A ação apura os crimes de corrupção passiva e ativa e de lavagem e ocultação de ativos.

Uma das equipes da PF faz buscas em um escritório da rua Tabapuã, no Itaim Bibi, em São Paulo.

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Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão em São Paulo e Fortaleza. As ordem foram expedidas pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

A investigação tem como base a delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma). Palocci dedicou o Termo 6 de seus 23 relatos para tratar da "Castelo de Areia!, desencadeada em 2009.

Decisão do ministro Edson Fachin que redistribuiu as investigações sobre as revelações de Palocci resume os relatos do ex-ministro dos governos Lula e Dilma. Na ocasião, os investigadores conseguiram documentos que indicavam repasses da empreiteira Camargo Correa a políticos para obtenção de contratos públicos.

O caso, no entanto, foi arquivado pelo Superior Tribunal de Justiça sob argumento de que o início do inquérito teve base em denúncia anônima.

Na delação, Palocci aponta "o pagamento indevido de R$ 50 milhões, por parte do Grupo Camargo Corrêa, às campanhas do PT no pleito do ano de 2010 e para o qual concorrera a ex-presidente Dilma Rousseff, com objetivo de obter auxílio do Governo Federal na anulação da Operação Castelo de Areia junto ao Superior Tribunal de Justiça".

Com a palavra, a Camargo Corrêa

A reportagem busca contato com a empreiteira. O espaço está aberto para manifestação.

O escritor Menalton Braff Castelo aborda questões como a existência das diferenças, a importância do respeito e a tolerância no seu novo livro Castelo de Areia. Estes temas são abordados na obra a partir da paixão entre dois rapazes, Ricardo e Arnaldo. O objetivo do autor é auxiliar jovens a refletirem sobre a homossexualidade na adolescência e o respeito às escolhas individuais. 

O enredo de Castelo de Areia se passa numa das mais delicadas fases da vida, a adolescência. Através do envolvimento dos personagens, o livro discute valores como respeito e tolerância e mostra a dificuldade dos jovens em lidar com a descoberta de novos sentimentos e o julgamento daqueles que estão ao redor. 

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Considerado um dos mais importantes escritores da literatura contemporânea brasileira, Menalton Braff é contista, novelista e romancista. Ele contabiliza em sua carreira a publicação de 21 livros e um prêmio Jabuti, recebido em 2000.

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