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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, anunciou nesta quinta-feira (12) que, no ano que vem, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outras organizações vinculadas à pasta irão passar por modificações. Segundo ele, a remodelação tem por base diretivas do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), subordinado ao ministério.

No caso do Inpe, disse o titular do MCTIC, a mudança implicará em um acréscimo nos levantamentos pelos quais responde. "Dentro dessa reestruturação para melhoria de gestão e para alinhamento, digamos assim, de atividades de sinergia entre os institutos, o Inpe deve receber um acréscimo em termos de dados e coletar não só esses dados que já faz, ou seja, meteorologia, queimadas, desmatamento, mas também devem ser somados dados sobre oceanos, da Antártida, poucos tipos de dados sobre terreno brasileiro, agricultura etc, para formar um grande repositório", afirmou, na abertura do Fórum Regional sobre Inteligência Artificial na América Latina e Caribe, coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em conjunto com o governo brasileiro e com a Universidade de São Paulo (USP). A programação segue até a sexta-feira (13).

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Atualmente, fazem parte das atribuições do Inpe estudos e experimentos nos campos da aeronomia, astrofísica e geofísica espacial. O instituto também apresenta informações de previsão de tempo e nas área de estudos climáticos, engenharia e tecnologia especial e observação da Terra.

O ministro pontuou que a proposta é estabelecer uma ligação entre o arquivo, processado por um supercomputador de origem nacional, e bancos de dados de outros países. O objetivo final é criar uma ferramenta de monitoramento climático.

"Esse trabalho em conjunto, tenho certeza de que vai ser muito mais eficiente, do ponto de vista global, do que um só país fazendo ações isoladas. Nós vivemos em um sistema, que exige respostas em sistema também", justificou Marcos Pontes.

 

As mulheres são maioria entre os doutores brasileiros titulados no exterior em 2014 - mais de 60%, de acordo com estudo divulgado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). No entanto, as doutoras ainda estão em desvantagem em relação aos homens - ganham, em média 16,5% a menos. Enquanto 71,4% dos doutores estão empregados, entre as doutoras, esse índice cai para 48,82%.

O estudo mostra que no Brasil há 14.173 doutores titulados no exterior entre 1970 e 2014. Desse total, 8.357, ou 59%, são homens e, 5,786, ou seja, 41%, são mulheres. Até 2011, os homens eram os que mais saíam do Brasil para obter a titulação. Em 1970, apenas 12 mulheres haviam se titulado no exterior, enquanto os homens eram 29. A partir de 2012, esse cenário muda, e as mulheres doutoras ultrapassam os homens. Em 2014, 464 mulheres fizeram o doutorado fora, os homens com a mesma titulação eram 291.

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"Isso coincide com a condução da mulher no mercado de trabalho. Nesse período, a maternidade deixou de ser a coisa mais importante, porque para fazer um doutorado pleno no exterior é preciso se ausentar por um tempo maior. No início, iam menos mulheres, mas isso vai mudando, e em 2012 a tendência se inverte e deverá se manter", diz o consultor do CGEE Cláudio Cavalcanti Ribeiro.

Quanto à renda, no entanto, os dados de 2014 mostram que as doutoras formadas no exterior ganham em média R$ 15.239,12, enquanto os homens com a mesma titulação recebem em média, por mês, R$ 18.250,49. Eles também estão mais presentes no mercado formal. De acordo com os dados de 2014, os últimos disponíveis, 2.825 mulheres e 5.988 homens estão empregados. Os dados consideram o total de doutores no país, formados desde 1970.

A diferença se dá, segundo a assessora técnica do CGEE Sofia Daher, entre outros fatores, pela posição ocupada pelas mulheres. "Uma das coisas que talvez explique a remuneração é o tipo de ocupação. Dirigentes, membros superiores de instituições costumam ter remuneração maior e há menos mulheres nessas posições", diz.

Empregos

O Estudo sobre os Doutores Titulados no Exterior: expansão da base de doutores no exterior e novas análises (1970-2014) foi apresentado pela primeira vez nessa terça-feira (29) a um grupo de especialistas e jornalistas. O objetivo é traçar um perfil dos doutores formados integralmente fora do país.

"Independentemente do crescimento e da maturidade da pós-graduação brasileira, não podemos deixar de formar pessoas no exterior de jeito nenhum. Existem áreas em que o Brasil não está com competência instalada. Além disso, é bom mandar gente para países que tenham visões e linhas de pesquisa diferentes a fim de formar pesquisadores brasileiros com ideias e visões diferentes", afirma Cláudio Ribeiro.

O estudo mostra que os doutores titulados no exterior são mais valorizados pelo mercado brasileiro. Eles ganham em média R$ 17.284,40. Os doutores formados no Brasil têm, por sua vez, uma remuneração média de R$ 13.860,86. A maioria dos que se titularam fora é empregada pela administração pública federal (53%) e estadual (18%). Atua no setor da educação (78%), na administração pública (9%), atividades profissionais, científicas e técnicas (6%), além de outros setores.

Formações nos Estados Unidos ou na Grã-Bretanha são mais valorizadas do que na Itália ou Argentina, por exemplo. Os doutores formados nos dois primeiros países ganham mais, em média.

Mais doutores

Segundo os pesquisadores, é necessário qualificar a formação de doutores. Uma vez que manter um pesquisador fora durante todo o doutorado custa caro, é necessário qualificar essa formação, direcionando as áreas e as universidades.

Na publicação, o Ciência sem Fronteiras (CsF) é citado como um dos principais programas que oferecem doutorado pleno. O programa financia mais de 3,3 mil doutorados plenos no exterior. Esses doutores não foram considerados no estudo por ainda não estarem titulados.

"O CsF fez um esforço de radicalizar a formação no exterior. Ele trabalha em vários níveis, não é um programa só de doutores. Eu acho que ele levou a um ponto único a discussão da política pública brasileira de formação, ao entendimento de que é preciso que o intercâmbio no exterior se generalize, se intensifique", diz o diretor do CGEE, Antonio Carlos Galvão.

Representantes do setor de cadeia industrial, naval offshore e petróleo e gás se reunirão, na próxima segunda-feira (25), com gestores públicos em uma oficina. O encontro é promovido pela Prefeitura do Recife em convênio com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A reunião é a última de uma série de três, e tem o intuito de aprofundar as informações adquiridas com a pesquisa sobre as principais cadeias produtivas com potencial de desenvolvimento existentes no Recife.

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A pesquisa está na segunda etapa e visa analisar as perspectivas de crescimento e mudança estrutural da economia do município. O estudo busca também identificar as oportunidades de negócios que se abrem nas principais cadeias produtivas da cidade; e analisar os estrangulamentos tecnológicos dessas cadeias.

Após a realização das oficinas, serão sistematizados os dados coletados nos encontros para a elaboração de documento final que será apresentado em um seminário a ser promovido no próximo mês.

CGEE - O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é uma organização social sem fins lucrativos, referência nacional na elaboração de estudos estratégicos em Ciência, Tecnologia e Inovação que subsidiam políticas públicas e decisões de empresas no campo de CT&I.

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