A General Motors anunciou hoje (26) um plano de reestruturação que pode fechar cinco fábricas na América do Norte e gerar economia de US$ 6 bilhões. A medida pode levar a dona da Chevrolet a demitir 14.700 funcionários nos Estados Unidos e no Canadá, além de reduzir a produção e encerrar a fabricação de alguns modelos.
Em 2017, a GM anunciou investimento de US$ 1 bilhão para os Estados Unidos. Na época, a empresa afirmou que a transferência de parte da produção do México para o país norte-americano decorria das ameaças do presidente Donald Trump de taxar a importação de veículos.
##RECOMENDA##A montadora afirmou que em 2019 pretende interromper a produção nas unidades de Lordstown, Ohio; Hamtramck, Michigan; Oshawa, Ontário. Mas também serão afetadas outras duas fábricas de transmissão na cidade de Baltimore e no estado de Michigan.
Entre os modelos que podem deixar de ser fabricados, estão inclusos o Buick LaCrosse, Cadillac CT6 e Chevrolet Cruze. Além dos EUA, a atual geração do Cruze também é produzida na Argentina e no México. Em contrapartida, a GM afirmou que vai transferir mais investimentos para veículos elétricos e autônomos, e ressaltou o recente investimento em picapes crossovers e SUVs.
Depois do anúncio sobre os cortes, o presidente do Canadá, Justin Trudeau, comentou a situação. "Ontem, eu falei com Mary Barra [presidente-executiva da montadora] para expressar meu profundo desapontamento com o fechamento (...) os trabalhadores da GM foram partes do coração e alma de Oshawa por gerações - e nós vamos fazer tudo possível para ajudar as famílias afetadas", escreveu no Twitter, em referência à fábrica de Ontario.
Além das fábricas nos Estados Unidos e no Canadá, a General Motors informou que mais duas unidades fora da região serão fechadas, mas os locais ainda não foram divulgados.