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O fluxo cambial em maio até o dia 22 ficou negativo em US$ 1,159 bilhão, informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). Segundo parcial do mês apresentada pelo chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Fernando Rocha, o fluxo comercial no período ficou positivo em US$ 3,986 bilhões, enquanto o financeiro foi negativo em US$ 5,144 bilhões.

No segmento comercial, o saldo das exportações foi de US$ 15,630 bilhões. Desse total, US$ 3,284 bilhões são de contratos de Antecipação de Contrato de Câmbio (ACC) e US$ 2,658 bilhões de Pagamento Antecipado (PA). O volume das demais operações de exportações no período ficou em US$ 9,689 bilhões. Segundo o BC, o saldo das importações foi de US$ 11,645 bilhões.

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No segmento financeiro, as compras de dólares somaram US$ 19,712 bilhões, enquanto as vendas foram de US$ 24,856 bilhões. O BC informou ainda que a posição comprada dos bancos em dólares caiu de US$ 5,99 em abril para US$ 4,446 bilhões em maio até 22.

O Banco Central (BC) afirmou hoje que a estimativa da dívida externa brasileira em outubro ficou em US$ 297,576 bilhões. O valor é levemente inferior à estimativa feita em setembro, de US$ 297,615 bilhões. Em relação ao último dado fechado, a estimativa de outubro apresenta crescimento, já que, em junho, o valor efetivo da dívida externa era de US$ 291,648 bilhões.

Segundo o BC, em outubro de 2011 a estimativa da dívida externa de longo prazo era de US$ 250,732 bilhões. Já a parcela dos compromissos de curto prazo somava US$ 46,845 bilhões.

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Taxas

A taxa de rolagem nos empréstimos de médio e longo prazos contraídos no exterior alcançou 412% em outubro, segundo dados do Banco Central. O índice é menor do que o observado em igual mês do ano passado (912%). O porcentual de outubro foi alcançado porque os créditos contraídos naquele mês somaram US$ 1,496 bilhão, montante mais do que suficiente para cobrir os vencimentos de US$ 363 milhões.

Segundo o BC, a taxa de rolagem foi liderada pelos empréstimos diretos, cujo índice ficou em 489% no mês passado. Já nas operações com títulos, a taxa de renovação foi de 53% em outubro. De janeiro a outubro, a taxa de rolagem está em 486%, sendo que os empréstimos diretos têm índice de 423% e as operações com títulos estão com 626% de rolagem.

Ações

O investimento estrangeiro em ações somou US$ 427 milhões em outubro. O apetite dos estrangeiros pelas ações brasileiras diminuiu drasticamente na comparação com outubro de 2010, quando a entrada desses investidores no mercado somou R$ 14,536 bilhões.

O observado em outubro de 2010 representa quase três vezes o registrado nos dez primeiros meses de 2011, quando a entrada de estrangeiros somou R$ 5,407 bilhões.

Das operações realizadas em outubro de 2011, US$ 266 milhões ingressaram no País para a compra de ações negociadas no mercado brasileiro. Houve ainda entrada de US$ 161 milhões para recibos de ações brasileiros negociados no exterior, como as ADRs.

O BC também informou que estrangeiros reduziram a posição em renda fixa em US$ 30 milhões. Essa retirada ocorreu com os papéis negociados no exterior, que apresentaram saída líquida de US$ 38 milhões. Já os papéis negociados no Brasil tiveram aumento líquido da posição estrangeira em US$ 8 milhões. Em outubro de 2010, estrangeiros haviam aumentado sua posição em títulos de renda fixa em US$ 2,238 bilhões.

O gasto de brasileiros no exterior chegou a US$ 1,720 bilhão em outubro, enquanto o gasto de turistas estrangeiros no País somou US$ 530 milhões no mês. Com isso, a conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,190 bilhão no período, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC).

No acumulado de janeiro a outubro de 2011, a conta de viagens internacionais está deficitária em US$ 12,263 bilhões, com receitas de US$ 5,516 bilhão e despesas de US$ 17,779 bilhões.

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Na conta de aluguel de equipamentos, o saldo ficou negativo em US$ 1,547 bilhão no mês passado com receitas de US$ 7 milhões e despesas de US$ 1,554 bilhão. No acumulado do ano, essa conta registra déficit de US$ 13,538 bilhões, com receitas de US$ 57 milhões e despesas de US$ 13,595 bilhões. Essa conta é a que registra o maior déficit acumulado em 2011 entre os itens que compõem a conta de serviços do balanço de pagamentos.

Remessas de lucro

Empresas multinacionais instaladas no Brasil remeteram US$ 1,558 bilhão em lucros e dividendos às suas sedes no mês de outubro, segundo dados do BC. Essas transferências foram menores do que as verificadas em igual mês do ano passado, quando as remessas ficaram em US$ 2,173 bilhões.

De janeiro a outubro de 2011, o envio de lucros pelas multinacionais somou US$ 29,218 bilhões, patamar superior às remessas de US$ 23,082 bilhões no mesmo período do ano passado.

O BC também informou que a despesa do Brasil com o pagamento de juros de dívidas contraídas no exterior somou US$ 785 milhões em outubro, gasto superior aos US$ 556 milhões de outubro de 2010. Nos dez primeiros meses de 2011, a conta com juros acumula US$ 6,936 bilhões. Em igual período de 2010, a despesa era maior e somava US$ 8,153 bilhões.

O Brasil teve em outubro déficit de US$ 3,109 bilhões nas contas correntes, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). No mês, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,355 bilhões, enquanto a conta de serviços revelou um déficit de US$ 3,418 bilhões, e a de rendas ficou negativa em US$ 2,302 bilhões. As transferências unilaterais registraram um saldo líquido de US$ 256 milhões.

O déficit de US$ 3,109 bilhões de outubro ficou dentro do esperado pelos economistas consultados pela Agência Estado, que previam déficit em conta de US$ 2,9 bilhões a US$ 4,5 bilhões, com mediana negativa de negativa de US$ 3,5 bilhões.

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No ano até o mês passado, o déficit em conta corrente está deficitário em US$ 39,092 bilhões, o que equivale a 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB). De janeiro a outubro, a balança comercial teve superávit de US$ 25,389 bilhões; a conta de serviços registrou déficit de US$ 31,255 bilhões; e as transferências unilaterais apresentaram saldo positivo de US$ 2,451 bilhões. Em 12 meses, o saldo de transações correntes ficou negativo em US$ 47,327 bilhões, o equivalente a 2,00% do PIB.

Investimento estrangeiro

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou US$ 5,550 bilhões em outubro. O valor é menor do que os US$ 6,326 bilhões registrados em setembro e os US$

6,788 bilhões observados em outubro de 2010. Ainda assim, o valor supera levemente o teto das estimativas dos economistas consultados pela Agência Estado, que previam IED de US$ 4,000 bilhões a US$ 5,500 bilhões, com mediana de US$ 4,450 bilhões.

No acumulado do ano até outubro, o IED soma US$ 56,001 bilhões, o equivalente a 2,78% do PIB. Em igual período de 2010, o ingresso de investimento produtivo era de US$ 29,345 bilhões, o correspondente a 1,69% do PIB. No acumulado em 12 meses até outubro, o IED atingiu US$ 75,094 bilhões, o correspondente a 3,17% do PIB.

O déficit em conta corrente de US$ 2,2 bilhões do País em setembro foi provocado principalmente por dois fatores: o câmbio mais fraco, em meados do mês passado, e o cenário externo adverso, na opinião do economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. "É óbvio que o aumento do câmbio, dado uma remessa em reais já considerada, produziria uma remessa de lucros e dividendos um pouco menor, da ordem de 10% do que foi a depreciação do câmbio médio no período", explicou, em entrevista à Agência Estado.

Das 18 instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções, o Besi Brasil foi a única a cravar o resultado efetivo das transações correntes do balanço de pagamentos brasileiro em setembro, divulgado hoje pelo Banco Central (BC). As previsões iam de déficit entre US$ 1,900 bilhão a US$ 3,800 bilhões, com mediana negativa de US$ 2,950 bilhões.

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Serrano ressaltou que "jamais o câmbio produziria impactos significativos no déficit em conta corrente num espaço de meio mês", referindo-se ao aumento mais expressivo do dólar na penúltima semana de setembro, quando a moeda se aproximou de R$ 2,00. "O efeito é mais estrutural, pensando numa moeda mais depreciada", completou. Nesse sentido, ele observou que o cenário externo adverso, que propiciou mais volatilidade nos mercados em meados de setembro, também influenciou o resultado. "Os agentes acabaram ficando mais cautelosos e evitaram fazer muitas movimentações", afirmou.

O economista acredita que mesmo com o dólar a R$ 1,75, as remessas de lucros e dividendos realizadas por empresas do exterior instaladas no Brasil - que somaram US$ 1,961 bilhão em setembro - vão continuar fortes, podendo ocorrer apenas uma correção marginal também na conta corrente. "Não tem porque não continuar. O Brasil ainda está crescendo e a lucratividades das multinacionais vai permanecer elevada. Por isso, as companhias vão continuar enviando recursos para fora do País, até porque há empresas cujas sedes ficam em economias que têm problemas mais sérios de atividade", comentou.

O sobe e desce do dólar parece começar a desanimar turistas brasileiros. Dados preliminares divulgados hoje pelo Banco Central (BC) mostram diminuição do ritmo dos gastos nas viagens internacionais. "Já vemos um arrefecimento mais significativo em setembro. Neste mês, temos uma sazonalidade de menores despesas, mas também pode haver algum efeito do câmbio volátil", disse o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel.

Segundo dados apresentados no começo desta tarde, brasileiros já gastaram US$ 969 milhões em setembro até hoje com gastos em hotéis, restaurantes e lojas no exterior. O valor é bem menor que o US$ 1,9 bilhão acumulado em todo o mês de agosto.

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Ao mesmo tempo, estrangeiros em viagem ao Brasil deixaram US$ 378 milhões em viagens ao Brasil em setembro até hoje, pouco mais da metade dos US$ 605 milhões obtidos com esses turistas em agosto. Com esse desempenho, a conta de viagens internacionais acumula déficit de US$ 591 milhões no mês de setembro até hoje.

Maciel disse que é possível que clientes estejam mais cautelosos nessas viagens com gastos menores. Ao mesmo tempo, brasileiros podem estar se planejando melhor para viajar a outros países ao comprar a moeda antes da viagem ou mesmo esperar um momento mais propício para a compra da divisa. Das despesas feitas no exterior em agosto, 56,7% foram feitas no cartão de crédito, também informou Maciel.

O Brasil registrou um déficit de US$ 1,297 bilhão na conta de viagens internacionais em agosto, de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central. Essa conta é resultado dos gastos de turistas brasileiros no exterior totalizando US$ 1,903 bilhão e receitas de turistas estrangeiros no País somando apenas US$ 605 milhões.

No acumulado de 2011 até o mês passado, o déficit em viagens internacionais soma US$ 9,818 bilhões, resultado de despesas de US$ 14,283 bilhões e receitas de US$ 4,465 bilhões.

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Empresas

Já as remessas de lucros e dividendos feitas por empresas estrangeiras com sede no País somaram US$ 5,109 bilhões em agosto, conforme dados do BC. No acumulado de 2011 até o mês passado, os recursos transferidos nessa conta ao exterior totalizam US$ 25,699 bilhões.

Ainda segundo o BC, o gasto com juros em agosto totalizou US$ 467 milhões, chegando a US$ 5,634 bilhões no acumulado desde janeiro.

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou US$ 5,971 bilhões em julho, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). O valor é superior ao observado no mesmo mês do ano passado, quando o IED totalizava US$ 2,635 bilhões. O resultado também superou o teto das estimativas de 16 instituições ouvidas pela Agência Estado, que estimavam fluxo positivo de US$ 3,40 bilhões a US$ 4,80 bilhões, com mediana em US$ 4,0 bilhões.

De acordo com o BC, de janeiro a julho de 2011, o IED acumula US$ 38,448 bilhões, bem acima dos US$ 14,731 bilhões no mesmo período de 2010.

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Em 12 meses encerrados em julho, o IED atingiu US$ 72,155 bilhões, o equivalente a 3,17% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses até junho, o IED somava US$ 68,819 bilhões, ou 3,06% do PIB.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, projetou hoje que a conta corrente brasileira deve ter em junho déficit de US$ 4,2 bilhões. Segundo ele, o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) neste mês, até o dia 24, estava positivo em US$ 4,338 bilhões, devendo fechar o mês com um saldo positivo de US$ 4,5 bilhões. Com o resultado previsto para o mês, Maciel informou que o saldo de IED no primeiro semestre deve fechar positivo em US$ 31,5 bilhões.

Maciel disse que o IED de US$ 3,970 bilhões em maio foi o maior para o mês na série, assim como os saldos acumulados no ano e em 12 meses são os maiores para os períodos em toda a série do BC, iniciada em 1947. Ele informou ainda que o déficit em conta corrente em maio foi o maior para o mês na série e o saldo negativo acumulado no ano também foi o mais alto para o período.

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O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (Depec), Túlio Maciel, informou que a remessa de lucros e dividendos totaliza US$ 3,003 bilhões em junho até o dia de hoje. As despesas com pagamento de juros somam US$ 1,116 bilhão no mesmo período. Segundo Maciel, as despesas com juros em maio, de US$ 90 milhões, foi a menor da série histórica do Banco Central.

Maciel também informou que a queda de US$ 15 bilhões para US$ 7 bilhões na projeção para investimentos em papéis domésticos (renda fixa) e ações neste ano reflete basicamente o desempenho mais fraco do mercado acionário brasileiro nesta primeira metade do ano. Ele evitou explicar as razões desse desempenho pior dos investimentos em ações, limitando-se a lembrar que em outros países também tem havido desempenho fraco das bolsas de valores.

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Já os gastos com viagens internacionais somam US$ 1,023 bilhão em junho até hoje. Segundo Maciel, as receitas com viagens no período somaram US$ 397 milhões e as despesas, US$ 1,42 bilhão. Em junho de 2010, os gastos com viagens fecharam em US$ 911 milhões.

Balança comercial

O chefe do Departamento Econômico do BC explicou que a projeção maior para o superávit na balança comercial em 2011 reflete a melhor expectativa de desempenho com as exportações, com base nos resultados obtidos até agora pelo País nas vendas ao exterior. Segundo ele, as exportações brasileiras têm sido ajudadas pela melhora nos preços das commodities no mercado internacional.

O BC elevou de US$ 15 bilhões para US$ 20 bilhões a expectativa de superávit comercial em 2011 e de US$ 240 bilhões para US$ 250 bilhões a previsão de exportações no ano.

O aumento da alíquota do IOF para gastos com cartão de crédito no exterior não alterou a decisão do brasileiro de viajar para outros países. Contudo, houve uma mudança na forma de pagamento das compras, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel. "As viagens internacionais seguem batendo recordes. Os gastos em maio foram os maiores para o mês. É algo que reflete o maior poder aquisitivo do brasileiro e tem se repetido", afirmou Maciel.

No acumulado de janeiro a maio de 2011, os gastos dos brasileiros no exterior também são recordes para o período. Por outro lado, houve uma redução na participação do cartão de crédito como forma de pagamento no exterior: os gastos com cartão de crédito correspondiam a 60,7% do total das despesas em abril e caíram para 55% do total em maio.

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"Podemos concluir que neste primeiro mês (de vigor da medida) a participação do cartão no pagamento recuou. As viagens continuam registrando números elevados. O brasileiro continua viajando, mas pagando mais em cash do que em cartão de crédito", disse Maciel.

As despesas com viagens internacionais subiram 58,1% em abril ante abril de 2010. Em maio, esse crescimento foi de 43,9%, na mesma base de comparação. Os pagamentos com cartão de crédito aumentaram 33,9% no mês passado, em relação a um ano antes. Em abril, haviam crescido 53,8% ante abril de 2010. "O recuo em base anual é bem mais expressivo no cartão de crédito", afirmou Maciel.

Os investimentos estrangeiros em ações somaram, em maio, US$ 1,684 bilhão de acordo com dados divulgados hoje pelo Banco Central. Em igual período do ano passado, houve saída de US$ 473 milhões. Os investimentos em ações negociadas no País foram positivos em US$ 1,707 bilhão, enquanto os ADRs tiveram saldo negativo de US$ 23 milhões.

No acumulado do ano, os investimentos em ações totalizam saldo positivo de US$ 3,370 bilhões, menos da metade dos US$ 8,099 bilhões de janeiro a maio de 2010. No ano, o saldo de investimentos em ações negociadas no País é US$ 3,833 bilhões e o de ADRs é negativo em US$ 463 milhões.

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Os investimentos externos em renda fixa somaram, em maio, US$ 1,799 bilhão, ante US$ 4,029 bilhões em igual mês do ano passado. Os investimentos em títulos negociados no País foi positivo em US$ 424 milhões e, no exterior, em US$ 1,376 bilhão.

No acumulado do ano, o investimento em renda fixa somou US$ 8,750 bilhões, volume 27,6% menor do que o registrado em igual período do ano passado. Os investimentos em renda fixa negociados no País têm saldo negativo de janeiro a maio, de US$ 731 milhões, enquanto os transacionados no exterior têm saldo positivo de US$ 9,481 bilhões.

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