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Neymar voltou a criticar o gramado do Engenhão nesta segunda-feira. Será no estádio carioca que a seleção brasileira jogará sua próxima partida na Copa América, contra Chile ou Uruguai, na sexta-feira, pelas quartas de final. Se vencer, jogará novamente no campo mais criticado da competição.

Nas redes sociais, o atacante abriu uma enquete em que pergunta: "Onde será o próximo jogo da seleção?". Abaixo ele publicou a foto de dois gramados, sendo que o primeiro era apenas um terrão com as linhas brancas e o segundo era uma foto do tradicional estádio de Wembley, de Londres.

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Neymar já havia criticado o campo do Engenhão após o primeiro jogo do Brasil no estádio, a goleada sobre o Peru por 4 a 0, na segunda rodada. "Comemorando o gol de ontem no 'belo' gramado do Engenhão #porfavorarrumaocampo", ironizou Neymar em suas redes sociais um dia depois da vitória.

Na sequência, Tite fez coro com o jogador. "Um campo que não vou chamar de horrível, mas muito ruim para se jogar futebol, prejudica todo o espetáculo. Quem quer criar, não consegue. É inadmissível que duas equipes de alto nível, que jogadores que jogam na Europa, virem jogar num campo nessas condições", criticou o técnico da seleção, após a vitória sobre a Colômbia, na quarta.

Diante da insatisfação de Tite e dos jogadores, a CBF até tentou junto à Conmebol mudar o local da partida de sexta-feira. Mas a entidade que organiza a Copa América não permitiu a alteração.

Se confirmar a boa fase e alcançar a semifinal, a seleção jogará mais uma vez no Engenhão, no dia 5 de julho. A final será disputada no Maracanã, também no Rio, no dia 10 de julho.

Éder Militão dificilmente esquecerá a partida entre Brasil e Equador, no estádio Olímpico Pedro Ludovico, em Goiânia, pela Copa América. No domingo, o zagueiro do Real Madrid marcou o seu primeiro gol com a camisa da seleção brasileira, um momento muito marcante em sua carreira.

"Creio que foi muito importante ter marcado esse gol, mais um sonho de criança conquistado. É uma jogada que a gente treina bastante e eu sabia que alguma hora ia encaixar", comentou.

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Com o gol de Éder Militão, o Brasil foi para o intervalo vencendo o Equador por 1 a 0. Mas o adversário reagiu na segunda etapa e acabou empatando a partida. Ciente das dificuldades dos jogos que se aproximam, o zagueiro pediu mais concentração à seleção para estes confrontos eliminatórios. "Agora é descansar, recuperar bem e entrar concentrado porque em mata-mata não dá para errar", finalizou.

Com o empate, o Brasil terminou a fase de grupos com 10 pontos em quatro jogos. Além do duelo com os equatorianos, a seleção derrotou Colômbia, Venezuela e Peru. Nesta segunda-feira, a delegação brasileira retorna à Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde segue a sua preparação para o confronto das quartas de final, que pode ser contra Chile ou Uruguai.

"Agora é descansar, trabalhar bastante na semana, recuperar bem e estar focado para cada final que vai vir. Porque cada jogo vai ser uma final e a gente tem que entrar com força total para conseguir a vitória", afirmou o meia Lucas Paquetá, que foi titular contra o Equador.

O Brasil entra em campo pelas quartas de final nesta sexta-feira, às 21 horas, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. A seleção conhecerá o seu adversário após a quinta e última rodada do Grupo A da Copa América, que será disputada nesta segunda.

A seleção brasileira entrou em campo só para cumprir tabela na Copa América. Tite aproveitou a classificação antecipada em primeiro lugar no Grupo A para poupar alguns jogadores, entre eles Neymar. O time foi superior ao Equador no primeiro tempo, mas não conseguiu manter o ritmo na etapa final e a partida terminou empatada em 1 a 1, ontem, no estádio Olímpico em Goiânia. Éder Militão, de cabeça, abriu o placar, mas Mena deixou tudo igual.

O resultado interrompeu uma sequência de dez vitórias consecutivas do Brasil e também colocou fim à campanha com 100% de aproveitamento no torneio continental. O Brasil, no entanto, segue invicto na Copa América e mantém o tabu de 17 anos sem perder para o Equador.

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Nas quartas de final da Copa América, o time de Tite enfrentará ou Chile ou Uruguai. A definição sai nesta segunda. Se a Celeste vencer ou empatar com o Paraguai, escapa do confronto com o Brasil. O Equador, com o ponto somado, garantiu a quarta posição na chave com três pontos e também avançou para a próxima fase da competição.

Os comandados de Tite tomaram conta do meio-campo e não deram chance para o adversário no primeiro tempo. Paquetá deu o primeiro chute a gol de fora da área. Galíndez espalmou. Na sequência, o meio-campista deixou Gabigol na boa para marcar. O atacante do Flamengo se desequilibrou e chutou em cima do goleiro.

Paquetá apareceu novamente para bater com perigo da meia-lua. O primeiro gol do Brasil, no entanto, não teve sua participação. Everton Cebolinha cobrou falta do lado direito e Militão subiu alto para mandar para as redes aos 36 minutos.

No segundo tempo, o lateral-esquerdo Renan Lodi deixou o campo lesionado. Tite optou por colocar o lateral-direito Danilo em seu lugar. E foi por ali que o Equador chegou ao empate. Após cobrança de escanteio, houve bate-rebate e Mena apareceu livre para bater cruzado, sem chances para Alisson.

O Equador continuou ditando o ritmo no segundo tempo. O Brasil recuou e passou a ser pressionado. Tite então decidiu mexer na equipe e colocou Casemiro e Vinicius Jr nas vagas de Douglas Luiz e Firmino.

O atacante do Real Madrid quase marcou no primeiro lance em que pegou na bola. Em uma jogada de velocidade, Lucas Paquetá cruzou da esquerda e Vinicius Jr tentou de carrinho, mas mandou para fora.

O Equador buscava mais o ataque. O Brasil seguia desinteressado. Everton Ribeiro e Richarlison também entraram, mas também não fizeram muita diferença. Tite gesticulava na beira do gramado, pedia mais movimentação, mas o time parecia cansado e também desentrosado. No final, restou a bola na área, mas sem oferecer muito perigo ao Equador.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 1 x 1 EQUADOR

GOLS - Militão, aos 36 do 1ºT, e Mena, aos 7 do 2ºT.

BRASIL - Alisson; Emerson, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi (Danilo); Fabinho, Douglas Luiz (Casemiro), Everton (Richarlison) e Lucas Paquetá (Everton Ribeiro; Firmino (Vinicius Jr.) e Gabigol. Técnico: Tite.

EQUADOR - Galíndez; Ángelo Preciado, Arboleda, Hincapié e Palacios (Plata); Moisés Caicedo (Mena), Jhegson Méndez, Franco e Estupiñán; Valencia (Campana) e Ayrton Preciado (Pineida). Técnico: Gustavo Alfaro

ÁRBITRO - Roberto Tobar (CHI).

CARTÃO AMARELO - Estupiñán.

LOCAL - Estádio Olímpico, em Goiânia(GO).

A pandemia do novo coronavírus começa a dar sinais de trégua no que diz respeito ao número de casos registrados durante a disputa da Copa América, que está sendo realizada no Brasil. A comissão médica da Conmebol divulgou uma tabela comparativa dos testes de covid-19 realizados em três datas do torneio e os números refletem uma clara tendência de queda no número de casos positivos.

Esses dados mostram o aumento da eficiência dos protocolos sanitários aplicados na competição. Ainda em alta no país, a pandemia do novo coronavírus ultrapassou a marca dos 500 mil mortos desde que chegou ao Brasil.

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Segundo dados da entidade que comanda o futebol na América do Sul, em 14 de junho, foram coletadas 3.045 amostras, dos quais 53 deram positivo, um número que representa 1,73% do total.

Cinco dias depois, em 19 de junho, o número de testes realizados subiu para 15.235, com 140 casos positivos, ou seja, 0,9% do total. No dia 21 deste mês, a soma de todos os testes realizados desde o início do evento havia atingido 22.856, dos quais 166 foram positivos, reduzindo a incidência para 0,7%.

O relatório inclui outro elemento relevante. A grande maioria dos casos positivos corresponde ao pessoal de apoio logístico terceirizado no Brasil que ainda não havia sido vacinado, por razões além do controle da Conmebol.

Ainda de acordo com o trabalho da entidade, os jogadores constituem uma minoria absoluta no grupo de positivos detectados nos testes. Além disso, muitos desses atletas já foram liberados para futuros encontros do torneio, após cumprirem a rigorosa quarentena imposta pelo Ministério da Saúde do Brasil.

As estatísticas divulgadas pela Comissão Médica da Conmebol são compiladas em colaboração com autoridades e funcionários do Ministério da Saúde do Brasil.

No início da semana, a Conmebol divulgou um relatório médico com o registro de 140 casos de contaminação pelo novo coronavírus. Neste relatório, tanto a entidade, como o Ministério de Saúde do Brasil informaram que o número de infectados representava 0,9% do total de testes realizados e afirmaram ainda que 99% dos testes mostraram resultados negativos.

Neste estudo, a Conmebol não informou quantos casos são de delegações estrangeiras que integram o torneio. Mas o Estadão apurou que são 17 registros das seleções da Venezuela, Colômbia, Chile e Bolívia.

Em duelo de seleções que ainda não haviam vencido nesta Copa América, o Uruguai fez valer a tradição e seu melhor futebol para superar a Bolívia por 2 a 0, nesta quinta-feira. Liderado por Luis Suárez e Edinson Cavani, o ataque uruguaio sofreu no primeiro tempo, mas deslanchou na etapa final e poderia ter saído da Arena Pantanal, em Cuiabá, com uma goleada.

Sem esconder o desgaste físico, após uma temporada dura na Europa, os dois atacantes foram discretos no primeiro tempo. O Uruguai "precisou" de um gol contra para abrir o placar. O segundo tempo teve roteiro diferente, com chances incríveis desperdiçadas e até lampejos de genialidade de Suárez. Cavani acabou anotando o segundo gol.

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Foi o suficiente para o Uruguai chegar aos quatro pontos, na provisória terceira colocação do Grupo A. O Chile, que enfrenta o Paraguai ainda nesta quinta, pode superar os uruguaios na tabela. Já a Bolívia segue como a única seleção ainda sem pontuar na competição.

O time boliviano foi um dos mais afetados pela covid-19 nesta Copa América. Mas, nesta quinta, voltou a contar com três reforços, recuperados da nova doença. Entre eles estão o meia Henry Vaca e o atacante Marcelo Moreno, que entraram no segundo tempo. O zagueiro Haquín não saiu do banco de reservas.

Como era de se esperar, o Uruguai controlou o jogo e se impôs diante da Bolívia, pior time da competição até agora, no primeiro tempo. Mesmo longe de fazer grande atuação, os uruguaios dominavam a posse de bola, povoavam o meio-campo e praticamente só jogavam no campo de adversário.

Com Arrascaeta sem empolgar, Vecino, De La Cruz e Valverde comandavam a equipe, principalmente o último. Valverde era o motor do time, criando as principais jogadas. O esforço do jogador do Real Madrid, contudo, não era acompanhado por Suárez e Cavani. A dupla demonstrava desgaste físico e falta de ritmo de jogo.

Somente nos minutos finais do primeiro tempo os dois começaram a aparecer melhor em campo, com chances de gol. Antes disso, foram seguidos erros inesperados e oportunidades desperdiçadas que não costumam fazer parte do currículo de ambos. O melhor exemplo disso aconteceu aos 20, quando Cavani se enrolou sozinho com a bola quando tentava driblar o goleiro Lampe.

Se os atacantes não ajudavam, a defesa boliviana resolveu ajudar. Aos 39, em jogada de Valverde e Arrascaeta, Quinteros se antecipou a Cavani, que surgia na segunda trave, e completou rasteiro contra as próprias redes.

O gol parece ter deixado o ataque uruguaio mais solto no segundo tempo. Com a vantagem no placar, Suárez e Cavani chegavam com mais perigo. O primeiro quase fez lindo gol de cobertura, aos 11, ao perceber Lampe adiantado. O goleiro se destacou também em outro lance de Suárez, aos 15, e de Bentancur, aos 20.

Substituto de Arrascaeta, na metade do segundo tempo, Facundo Torres também desperdiçou chances, aos 30 e aos 32. As chances começavam a se acumular, o jogo se tornava mais aberto e a Bolívia tentava se insinuar no ataque, com a entrada de Marcelo Moreno no jogo.

E, quando o jogo se tornava perigoso para os uruguaios, veio o segundo gol. Em rápida jogada pela esquerda, Torres cruzou na área e Cavani completou para as redes, aos 33, selando a vitória.

Na última rodada do grupo, o Uruguai vai enfrentar o Paraguai no Engenhão, enquanto os bolivianos vão duelar com a Argentina, na Arena Pantanal. Os dois jogos serão disputadas às 21 horas da próxima segunda-feira.

FICHA TÉCNICA:

BOLÍVIA 0 x 2 URUGUAI

BOLÍVIA - Lampe; Villarroel (Danny Bejarano), Quinteros, Jusino, Roberto Fernández (Flores); Leonel Justiniano, Ramiro Vaca, Saavedra, Juan Arce (Junior Sánchez); Chura (Henry Vaca) e Rodrigo Ramallo (Marcelo Moreno). Técnico: César Farias.

URUGUAI - Muslera; Giménez, Godín, Viña, Nández (Giovanni González); Vecino, Valverde, De La Cruz (Bentancur), Arrascaeta (Facundo Torres); Luis Suárez (Maxi Gómez) e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

GOLS - Quinteros (contra), aos 39 minutos do primeiro tempo. Cavani, aos 33 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Chura, Henry Vaca.

ÁRBITRO - Alexis Herrera (Venezuela).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).

Após chamar de "inadmissível" a qualidade do campo em que a seleção brasileira sofreu para vencer a Colômbia, por 2 a 1, na noite de quarta-feira, pela fase de grupos da Copa América, o técnico Tite foi multado pela Conmebol por ter feito críticas à organização da competição. No dia 12, antes do início das partidas, o treinador da seleção brasileira afirmou que a competição foi organizada de maneira "atabalhoada".

Nesta quinta-feira, a Conmebol divulgou decisão da Comissão Disciplinar que determina o pagamento de 5 mil dólares (cerca de R$ 24,6 mil). Este valor da multa será debitado automaticamente da quantia que a CBF terá a receber pela participação na Copa América. Não cabe recurso.

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Eduardo Gross Brown, presidente da Comissão Disciplinar da Conmebol, disse que "em caso de reiteração de qualquer infração à disciplina esportiva de igual ou similar natureza que ocasionou o presente procedimento será aplicado o disposto no Art. 31 do Código Disciplinar da Conmebol e as consequências que do mesmo possam advir".

Tite ainda foi advertido, assim como Ricardo Gareca, da seleção peruana, José Peseiro, da Venezuela, e Reinaldo Rueda, da Colômbia, por atraso na entrada ou retorno do intervalo para o campo de jogo. Na primeira infração, a Conmebol aplica apenas advertência. Na segunda, está previsto multa de US$ 15 mil.

Apesar das críticas de Neymar e Tite, a seleção brasileira poderá jogar mais duas vezes no Engenhão nesta Copa América. Ao garantir a primeira colocação do Grupo B, ao vencer a Colômbia na noite de quarta-feira, a equipe nacional voltará ao criticado gramado se avançar até a semifinal.

O Brasil já está classificado para as quartas de final, mas ainda vai cumprir tabela na fase de grupos. Sua participação nesta fase será encerrada no domingo, quando enfrentará o Equador no estádio Olímpico de Goiânia. Depois desta partida, todas as partidas que a seleção fizer nesta Copa América será no Rio de Janeiro.

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"Um campo que não vou chamar de horrível, mas muito ruim para se jogar futebol, prejudica todo o espetáculo. Quem quer criar, não consegue. É inadmissível que duas equipes de alto nível, que jogadores que jogam na Europa, virem jogar num campo nessas condições", criticou Tite na quarta.

Mesmo assim, o treinador terá que reencontrar o surrado gramado na sexta-feira da próxima semana, dia 2 de julho, pelas quartas de final. O adversário ainda não foi definido. Mas será o quarto colocado do Grupo A. Uruguai e Paraguai são os mais cotados.

Se confirmar a boa fase e alcançar a semifinal, a embalada seleção brasileira jogará mais uma vez no Engenhão, no dia 5 de julho. Um triunfo levará o time à decisão e também ao Maracanã, palco da final da competição, no dia 10 de julho. Se perder, jogará no Mané Garrincha, em Brasília, na disputa do terceiro lugar.

As reclamações do Brasil quanto ao Engenhão começaram após o primeiro jogo no estádio, a goleada sobre o Peru por 4 a 0, na segunda rodada. "Comemorando o gol de ontem no 'belo' gramado do Engenhão #porfavorarrumaocampo", ironizou Neymar em suas redes sociais um dia depois da vitória.

Antes de Neymar, Lionel Scaloni, técnico da seleção argentina, e o craque Lionel Messi também já haviam reclamado das condições do gramado. Os argentinos empataram com os Chilenos por 1 a 1 no local. O técnico Ricardo Gareca, do Peru, engrossou o coro contra o campo, depois da derrota para o Brasil.

Após demonstrar preocupação com o gramado do Engenhão na véspera do jogo, Tite classificou de "inadmissível" a qualidade do campo em que a seleção brasileira sofreu para vencer a Colômbia, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, pela fase de grupos da Copa América. O treinador fez coro com Neymar, que há havia criticado o gramado, assim como Lionel Messi e o técnico da Argentina, Lionel Scaloni.

"Temos que entender o jogo dentro de um contexto", disse Tite, ao iniciar sua avaliação do jogo. "Um campo que não vou chamar de horrível, mas muito ruim para se jogar futebol, prejudica todo o espetáculo. Quem quer criar, não consegue. É inadmissível que duas equipes de alto nível, que jogadores que jogam na Europa, virem jogar num campo nessas condições."

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Para o treinador, a qualidade do futebol apresentado pelas duas seleções foi afetada diretamente pelo estado do gramado. "As jogadas ficam picotada, a bola fica nervosa. A fluência das jogadas fica toda prejudicada. Em vez de dar um tempo, dá dois, três. Se pegar todo os atletas do Brasil, vão falar quase que a mesma coisa. Temos que dar condições para se ter um grande espetáculo. Ficou muito prejudicado."

Tite minimizou o clima quente que dominou quase toda a partida disputada no Engenhão. Jogadas mais ríspidas, faltas duras, bate-bocas se tornaram frequentes no segundo tempo, principalmente depois que o Brasil empatou o placar aos 32 minutos, com Roberto Firmino. Os colombianos pediram que o lance fosse anulado porque a bola acertou o árbitro argentino Nestor Pitana e voltou ao ataque brasileiro, que aproveitou a desatenção do rival para marcar.

"Prefiro olhar sob o prisma de que não comprou briga com ninguém. Temos adversários do outro lado. A Colômbia, ao longo da história, tem tido qualidade grande, um dos mais difíceis que temos enfrentado. O golaço da Colômbia mostra a qualidade que têm, um voleio que o Bebeto vai olhar e achar parecido", comentou Tite.

Sem citar as faltas duras dos colombianos, o treinador afirmou que a seleção soube jogar sem jogadas desleais. "Não estivemos comprando briga com ninguém, isso é jogo de futebol. Se pegar os 95 minutos e me mostrar uma falta desleal do Brasil... Eu desafio que alguém me mostre uma jogada desleal. Competimos de forma leal para buscar o resultado, botar volume com as adversidades que temos, o campo, entrando os jogadores. Quando comemoramos, comemoramos juntos."

O Brasil teve nesta quarta-feira seu primeiro teste verdadeiro na Copa América. E sofreu bastante. Encarou uma forte marcação da Colômbia, levou um gol logo no início, penou para empatar e só virou aos 54 minutos do segundo tempo. A seleção continua com 100% de aproveitamento no Grupo B, com 9 pontos após 3 partidas.

Os planos da seleção brasileira se complicaram logo com 9 minutos de jogo. Foi quando a Colômbia saiu na frente no placar, com um gol de rara beleza. Cuadrado cruzou na direita e Luis Díaz, atrás da marcação, acertou um belíssimo voleio, sem chances para Weverton, que nesta quarta foi titular dentro do rodízio no instituído por Tite nesta Copa América.

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O gol permitiu à Colômbia maior conforto dentro de sua proposta de jogo. O técnico Reinaldo Rueda montou duas linhas de quatro e passou a se defender bem atrás. Dava campo para o Brasil até a intermediária, mas dali em diante era muito difícil passar.

Neymar era marcado por até três adversários, o que dificultava suas arrancadas. As tabelas também eram desmanchadas. O jogo pelas beiradas não saía, porque os laterais colombianos jogavam bem atrás e os laterais brasileiros não tinham espaço para avançar.

Na frente, Richarlyson e Gabriel Jesus movimentavam-se menos do que o necessário neste tipo de jogo. E Everton Ribeiro, quando fechava pelo meio, não conseguia ser produtivo.

O Brasil ficava mais tempo com a bola, mas nada criava de efetivo. Tanto que não teve nenhuma chance clara de gol na etapa. Richarlison foi quem mais se aproximou, mas numa ocasião cruzou na mão do goleiro Ospina, na outra pegou de ombro uma bola que lhe dada de cabeça por Neymar e na terceira teve o chute travado.

A dificuldade de impor seu jogo teve outra consequência para a seleção: o nervosismo. Tite, então, mudou no intervalo. Colocou Firmino no lugar de Everton Ribeiro. Com isso, o jogador do Liverpool se aproximou mais de Neymar pelo meio e Gabriel Jesus, na direita, e Richarlison, na esquerda, passaram a ficar bem abertos.

O Brasil ficou um pouco mais incisivo, mas a Colômbia se manteve bastante fechada, pois, em vantagem no marcador, preferiu tentar segurá-la do que buscar uma ampliação do resultado e correr riscos.

A seleção passou a "martelar", teve duas boas chegadas com Neymar, um chute de Danilo para fora e algumas investidas pelos lados em que os cruzamentos na área paravam nos cortes dos zagueiros colombianos. Mas o time não conseguia jogar em velocidade, porque o posicionamento colombiano impedia.

Tite mudou de novo, na tentativa de deixar o time mais ofensivo. Trocou um lateral mais marcador, Alex Sandro, por um que joga mais avançado, Renan Lodi. Rueda respondeu fechando ainda mais a Colômbia, com a colocação de um volante, Cuellar, no lugar de um atacante, Borre.

Ainda assim, a seleção quase empata aos 20. Neymar chegou a passar por Ospina, mas o chute parou na trave. O principal jogador do Brasil, nessa altura, jogava bem avançado, na tentativa de ao menos empatar. E o empate acabou saindo quando Tite já havia feito mais duas alterações, colocando Gabriel Barbosa e Cebolinha para dar mais força e fôlego ao time.

O gol foi em jogada da dupla que havia entrado antes. Rena Lodi cruzou, Firmino cabeceou e contou com a falha de Ospina. Como no início do lance a bola havia tocado em Nestor Pitana, o árbitro esperou o VAR checar o lance para confirmar o gol, o que motivou bastante reclamação dos colombianos, depois de sete minutos.

Depois disso, o jogo teve muita catimba, muita reclamação, e pouco de bola rolando. Mas ainda deu tempo de o Brasil virar. Aos 54 minutos, Neymar cobrou escanteio e Casemiro aproveitou o vacilo da defesa para marcar de cabeça.

No domingo, a seleção encerra sua participação na primeira fase, enfrentando o Equador.

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 2 x 1 COLÔMBIA

BRASIL - Weverton; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Renan Lodi); Casemiro, Fred (Lucas Paqueta) e Everton Ribeiro; Gabriel Jesus (Gabriel Barbosa), Richarlison (Everton Cebolinha) e Neymar. Técnico: Tite.

COLÔMBIA - Ospina; Munõz, Davinson Sánchez, Mina e Tesillo; Uribe, Barrios, e Cuadrado; Luis Díaz (Murillo), Borré (Cuellar) e Borja (Zapata). Técnico: Reinaldo Rueda.

GOLS - Luis Díaz, aos 9 minutos do primeiro tempo. Firmino, aos 32, e Casemiro, aos 54 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Alex Sandro, Everton Ribeiro, Cuadrado, Marquinhos.

ÁRBITRO - Nestor Pitana (ARG).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).

O Equador caminha para ser a grande decepção da Copa América no Brasil. Depois de abrir 2 a 0 diante do Peru, no Estádio Olímpico de Goiânia, o terceiro colocado das Eliminatórias Sul-Americanas voltou desligado do intervalo, cedeu o empate e pode ser eliminado na primeira fase após um frustrante 2 a 2.

Restando uma rodada para o fim, o Equador soma os mesmos dois pontos que a Venezuela e hoje se garantiria no saldo de gols. Tem um negativo diante de menos três dos venezuelanos. O problema são os adversários da última jornada. Enquanto encara o embalado Brasil, a Venezuela desafia os peruanos, que vão necessitar somente de um empate.

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Para não ficar pelo caminho numa disputa com quatro classificados às quartas de final de um grupo de cinco integrantes, teria de surpreender a seleção de Tite e ainda torcer pelo Peru. Recentemente, os equatorianos levaram 2 a 0 dos brasileiros, vale ressaltar.

Equador e Peru entraram em campo de olho nas quartas de final da Copa América. Vitória garantia os peruanos e até um empate não era considerado ruim. Já os equatorianos necessitavam de pontos para deixar a lanterna e queriam vencer para não chegar no fim de semana com obrigação de ganhar do Brasil, já garantido.

Mais "pressionando" por não repetir nos estádios brasileiros a mesma boa campanha das Eliminatórias, onde se encontra no terceiro lugar, o Equador foi quem tomou as ações do jogo no primeiro tempo. Sempre com Franco, do Atlético-MG, levando perigo.

A bola sempre parecia encontrar os pés do meia-atacante. Ele ditava o ritmo. Enquanto sua seleção acelerava as jogadas, o Peru atuava em ritmo sonolento, com o técnico Ricardo Gareca obrigado a tirar a máscara de proteção a todo momento para pedir calma e mais disposição à equipe.

De nada adiantou as broncas e recomendações do treinador. Era jogo de um time só. De tanto insistir, o Equador abriu o placar com gol contra de Tapia. Não desviasse contra as próprias redes e Franco abriria o marcador.

No último minuto antes do intervalo, falta em Franco. O cruzamento encontrou Preciado, que aproveitou a furada bisonha do defensor e ampliou, deixando o Equador com ótima vantagem no placar.

A bronca de Gareca não valeu em campo, mas no vestiário deu muito certo. No retorno para a segunda etapa, sua equipe voltou acesa. Destaque para Lapadula, que diminuiu com passe de Cueva e depois serviu Carrillo para empatar. Arboleda escorregou no lance do segundo gol, no qual acabou driblado.

O jogo ficou quente. Num mesmo lance o Equador reclamou um pênalti e o Peru pediu expulsão de um oponente após entrada dura. Nem um, nem outro.

Somente após sofrer o empate que o Equador despertou na segunda etapa. Mais na base da garra que da qualidade. Com um amontoado de jogadores na frente, foram chuveirinhos e chutes de todo lado. Sem precisão ou eficácia. Pouco ameaçou e ainda escapou da derrota, no fim, graças a bela defesa de seu goleiro.

FICHA TÉCNICA:

EQUADOR 2 x 2 PERU

EQUADOR - Hernan Galindez; Angelo Preciado, Robert Arboleda, Piero Hincapié, Pervis Estupiñán; Franco Palma (Jordy Caicedo), Sebastián Méndez (Cristhian Noboa), Moisés Caicedo, Ayrton Preciado (Fidel Martínez); Damián Díaz (Ángel Mena), Leonardo Campana (Michael Estrada). Técnico: Gustavo Alfaro.

PERU - Pedro Gallese; Aldo Corzo, Christian Ramos, Alexander Callens, Miguel Trauco; André Carrillo, Renato Tapia, Sergio Peña (Wilder Cartagena), Yoshimar Yotún (Luis Ibérico), Christian Cueva (Miguel Araujo); Gianluca Lapadula (Santiago Ormeño). Técnico: Ricardo Gareca.

GOLS - Renato Tapia (contra), aos 23, Ayrton Preciado, aos 48 minutos do primeiro tempo. Gianluca Lapadula, aos 4, e André Carrillo, aos 9 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Piero Hincapié e Christian Ramos.

ÁRBITRO - Jesús Gil Manzano (Espanha).

RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.

LOCAL - Estádio Olímpico, em Goiânia (GO).

Motivo de dor de cabeça na Copa América de 2019, os gramados continuam a preocupar a seleção brasileira. O técnico Tite admitiu que o piso do Engenhão, no Rio de Janeiro, é um dos desafios para o jogo diante da Colômbia, nesta quarta-feira, às 21h. Uma vitória garante a classificação do Brasil como primeiro colocado do Grupo A.

Mesmo faltando duas rodadas para o fim da fase de grupos, a seleção já está classificada para as quartas de final. Líder do grupo com seis pontos em dois jogos, com sete gols marcados e nenhum sofrido, o Brasil garante a primeira colocação do grupo em caso de vitória. Tite afirma que é importante avançar em primeiro lugar para evitar grandes deslocamentos.

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O jogo diante dos colombianos promete ser o mais difícil da fase de grupos. "Se a gente voltar, dos amistosos que a gente fez a jogos das Eliminatórias, eles sempre tiveram o mais alto nível de exigência. Passei isso aos atletas e estou falando não como supervalorização, mas reconhecimento das dificuldades", elogiou Tite.

O treinador não confirmou a escalação, mas adiantou que vai fazer mais mudanças. Até o momento, 21 dos 24 convocados para o torneio já foram utilizados. "Nós seguimos nossa mesma forma, estabelecida como ideia na competição. Vamos ter algumas mudanças, mas, teoricamente, não vão modificar a engrenagem da equipe", disse Tite.

Uma das alterações confirmadas é a entrada de Weverton para completar o rodízio dos goleiros. "A gente sabe como o Tite é detalhista, para analisar todas as características. Se ele me deu essa oportunidade é porque ele confia no meu trabalho. Preciso fazer o meu melhor, estou feliz com a oportunidade e poder jogar neste momento", afirmou o atleta, confirmando a mudança.

Além de mudar o goleiro, Tite deve promover outras trocas em relação à goleada por 4 a 0 sobre o Peru, na última quinta. Reserva nas últimas quatro partidas, o meia Everton Ribeiro pode voltar a ter chance como titular. É possível também que Marquinhos e Casemiro, titulares absolutos e poupados na última rodada, também retornem à equipe.

O treinador reforçou que está preocupado com a qualidade do piso do Engenhão. "O estado do gramado não é bom. Em função de ser recente a retirada é humanamente impossível (que fique bom)", afirmou o treinador em entrevista coletiva na Granja Comary, em Teresópolis.

Na vitória contra o Peru por 4 a 0, o Brasil deixou o mesmo estádio bastante insatisfeito com a qualidade do piso. Houve reclamação pública com postagens em redes sociais como a de Neymar, que pediu para que o gramado fosse arrumado.

As reclamações atualizam o problema enfrentado dois anos atrás. Naquela ocasião, os estádios criticados faziam parte da elite, entre eles, a Arena Grêmio, em Porto Alegre, Fonte Nova, em Salvador, e Maracanã, no Rio de Janeiro. Mesmo assim, o argentino Lionel Messi, o uruguaio Luis Suárez e o colombiano James Rodríguez reclamaram publicamente.

Neste ano, a situação é ainda mais delicada. Com a definição do Brasil como sede faltando pouco mais de uma semana para o início do torneio, os estádios escolhidos não são os principais do País. São arenas que, em sua maioria, não vinham sendo utilizadas pelos clubes das séries A e B. No caso da Arena Pantanal, o Cuiabá já teve dois jogos do Brasileirão adiados.

A qualidade do gramado é fundamental para o estilo de jogo da seleção, baseado na técnica, nos toques rápidos e na velocidade. Isso aumenta a vantagem em relação às outras equipes. Tite também mostrou preocupação com a condição física dos atletas. Ele até citou um lance na vitória sobre a Venezuela, no Mané Garrincha, em Brasília. "Eu reclamei de uma falta cometida pelo lateral da Venezuela no Neymar. Depois, eu fui ver que o pé de apoio escorregou e, por isso, ele fez a falta. Ter melhores condições de gramado traz espetáculo e dá mais saúde e segurança aos atletas", explicou o treinador.

FICHA TÉCNICA

BRASIL X COLÔMBIA

BRASIL - Weverton; Danilo, Marquinhos, Eder Militão e Alex Sandro; Casemiro, Douglas Luiz, Everton Ribeiro e Neymar; Roberto Firmino e Gabriel Jesus. Técnico: Tite

COLÔMBIA - Ospina; Muñoz (Medina), Mina, Sánchez e Tesillo; Barrios, Uribe, Cuadrado, Cardona, e Díaz; Borja (Zapata). Técnico: Reinaldo Rueda

ÁRBITRO - Nestor Pitana (Argentina)

HORÁRIO - 21 horas

LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro.

O volante Arturo Vidal se desculpou pela quebra de protocolos contra a covid-19 por parte dos jogadores da seleção do Chile antes da partida contra o Uruguai, na segunda-feira, em Cuiabá, pela terceira rodada do Grupo A da Copa América. No último domingo, um cabeleireiro furou a "bolha" da competição para atender os chilenos no hotel na capital do Mato Grosso.

Após o empate por 1 a 1 contra o Uruguai, na Arena Pantanal, o volante da Internazionale admitiu o erro e se desculpou por receber visita de uma pessoa não autorizada na concentração chilena. No entanto, ele minimizou a gravidade do atendimento aos jogadores em meio à pandemia do novo coronavírus.

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"No Chile, já estamos acostumados. Sempre procuram coisas onde não há. Sabemos que cometemos um erro com o (caso do) cabeleireiro. Não quisemos fazer com maldade. Não há o que fazer e não voltaremos a errar assim", afirmou Vidal, em entrevista para a imprensa chilena.

Após a nota da Associação Profissional de Futebol do Chile (ANPF, na sigla em espanhol), revelando a quebra da "bolha" da Copa América, a imprensa do país chegou a especular que os jogadores teriam recebido mulheres ao invés do cabeleireiro. Vidal negou os boatos e garantiu que o técnico Martín Lasarte não deixaria o cargo, como também foi apontado.

"Nunca houve um problema com o técnico. É incrível o que se fala. Estamos muito unidos, demonstramos hoje (segunda-feira), que lutamos até o final com um jogador a menos (o volante Pulgar se machucou e não pôde ser substituído)", disse o volante.

Depois da visita não autorizada na delegação chilena, o Uruguai chegou a pedir que a Conmebol suspendesse os quatro jogadores atendidos (Gary Medel, Eduardo Vargas, Pablo Aránguiz e Vidal) antes do jogo de segunda-feira. A solicitação foi negada pela entidade, que deve multar os atletas.

Na noite de domingo, o capitão e goleiro chileno Claudio Bravo já havia admitido o erro em entrevista coletiva. "Assumimos nosso erro com total personalidade. Acredito que estamos numa situação em que a pandemia é muito forte. Se falhamos estamos alimentamos coisas erradas. O mais importante é assumir os erros. Somos responsáveis nesse sentido. Assumimos que erramos por termos permitido a entrada de uma pessoa, mesmo tendo avisado", comentou.

A seleção do Uruguai fez o primeiro gol e conquistou seu primeiro ponto, mas ainda não venceu na Copa América, após empatar, por 1 a 1, com o Chile, nesta segunda-feira, em Cuiabá, pela terceira rodada do Grupo A. Com este resultado, os chilenos somam cinco pontos e voltam a atuar quinta-feira, em Brasília, diante do Paraguai. Já os uruguaios jogam no mesmo dia, de novo em Cuiabá, diante da Bolívia.

Em menos de dez minutos de partida, o Uruguai conseguiu criar três boas oportunidades para abrir o placar, todas articuladas pelo meia Arrascaeta. Em duas delas, o goleiro Bravo realizou belas defesas. Apesar do domínio uruguaio, foi o Chile que abriu o placar, aos 26 minutos.

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Em rápida tabela, Vargas tocou para Brereton, que devolveu para o atacante. O jogador do Atlético Mineiro invadiu a área e emendou uma bomba, sem defesa para o goleiro Muslera. Foi o 14º gol do atleta, que se aproxima dos lendários Noberto Mendéz, da Argentina, e Zizinho, do Brasil, autores de 17 gols na competição sul-americana.

Mesmo à frente no placar, o Chile permaneceu recuado, sofrendo uma pressão menor por parte do Uruguai, ressentido por ter sofrido o gol. Cavani, nos acréscimos, finalizou pela primeira vez com perigo, mas errou o alvo.

A etapa final foi muito mais interessante. O Uruguai se lançou ao ataque, mas mostrou problemas na recomposição do setor defensivo. Já o Chile ficou sem Vargas, machucado, e não teve habilidade para aproveitar os contra-ataques. Brereton e Arriagada falharam.

Mas contou com o oportunismo de Suárez para acabar com jejum de quatro jogos sem marcar. O atacante do Atlético de Madrid venceu a disputa com Vidal e empatou a partida, aos 21 minutos. O experiente chileno acabou deixando o gramado contundido.

A vitória esteve mais perto do Uruguai, após oportunidades desperdiçadas por Cavani e Suárez, mas o empate foi o resultado mais justo.

FICHA TÉCNICA:

URUGUAI 1 X 1 CHILE

URUGUAI - Muslera; Giovanni González (Cáceres), Giménez, Godín e Viña (Jonathan Rodríguez); Vecino (Torreira), Valverde, Arrascaeta (Facundo Torres) e De La Cruz (Nández); Luis Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

CHILE - Bravo; Isla, Sierralta, Medel e Maripán (Roco), Mena; Vidal (Alarcón), Pulgar e Charles Aránguiz; Vargas (Meneses) e Brereton (Arriagada). Técnico: Martín Lasarte.

GOLS - Vargas, aos 26 minutos do primeiro tempo. Suárez, aos 21 do segundo.

ÁRBITRO - Rapha Claus (BRA).

CARTÕES AMARELOS - Valverde e Sierralta.

LOCAL - Cuiabá.

A Conmebol publicou nesta segunda-feira um novo relatório para atualizar o número de casos de covid-19 relacionados à Copa América. De acordo com a comissão médica da entidade o Ministério da Saúde, mais de 99% dos 15.235 testes de detecção do coronavírus realizados desde o início do torneio até o momento foram negativos e 140 testes foram positivos, um número que representa 0,9% do total.

A maioria dos afetados é formada por trabalhadores, membros de delegações e pessoal terceirizado. O último relatório, divulgado na quinta-feira passada, informava que havia 66 casos de covid-19 entre os envolvidos na competição disputada no Brasil.

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Segundo a Conmebol e o Ministério da Saúde, a incidência do coronavírus diminuiu. "É um sinal claro de que as medidas preventivas e os protocolos de saúde estão funcionando conforme o esperado", diz nota da entidade que comanda o futebol sul-americano.

De acordo com Jorge Pagura, apenas um caso precisou de hospitalização por precaução, mas já teve alta. O membro da comissão técnica da Venezuela não necessitou de cuidados de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Após o número grande de contaminações da equipe da Venezuela, está tudo sob controle em relação aos novos casos", diz o especialista. "Nós estamos trabalhando numa América do Sul com um índice muito alto de transmissibilidade. O número de casos na Copa América é alto porque ele é alto em toda a América do Sul", afirma Pagura.

A pandemia continua fora de controle no País. Com lentidão na vacinação, baixa adesão às medidas de isolamento social e sem políticas nacionais de testagem em massa, o Brasil atingiu no último sábado a marca de 500 mil mortes pela covid-19.

Até o momento, as seleções da Venezuela, Colômbia, Chile e Bolívia já registraram casos de membros de suas delegações infectados. O Peru teve um diagnóstico detectado antes de a equipe chegar ao Brasil.

A federação chilena de futebol reconheceu que houve uma quebra do protocolo sanitário de prevenção à covid-19 com a presença não autorizada de um cabeleireiro em Cuiabá (MT), onde a seleção do Chile está concentrado para a disputa da Copa América. A seleção brasileira também recebeu a visita de um cabeleireiro na Granja Comary, em Teresópolis, na semana passada, mas a CBF não confirma oficialmente. A entidade informou que não vai se pronunciar.

"A Federação e a comissão técnica reconhecem o rompimento da bolha sanitária da delegação com a entrada não autorizada de um cabeleireiro que, apesar de ter um teste PCR negativo, não deveria ter entrado em contato com os jogadores", informou a federação chilena em um comunicado publicado nas redes sociais.

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O caso chileno foi encaminhado ao Comitê de Disciplina da Conmebol por infração ao protocolo, que é parte integrante do Regulamento de Competições. Deve haver punições. "Por garantia, toda a delegação chilena fez testes de antígeno hoje (segunda-feira), além do teste PCR de ontem (domingo) e estão todos negativos. Aqui a tolerância é zero e o controle, máximo", afirmou Jorge Pagura, chefe da comissão médica da CBF.

O especialista afirmou que ainda não foi informado sobre o episódio do Brasil, mas diz que a "regra é para todos".

A entidade chilena indicou que "os envolvidos serão sancionados financeiramente". O meia Arturo Vidal, o atacante Eduardo Vargas e o zagueiro Gary Medel publicaram fotos em suas redes sociais com um cabeleireiro, provavelmente nos quartos do hotel. As imagens foram publicadas antes do jogo contra a Bolívia, na sexta-feira.

Na noite de domingo, o capitão e goleiro chileno Claudio Bravo admitiu o erro da delegação em entrevista coletiva. "Assumimos nosso erro com total personalidade. Acredito que estamos numa situação em que a pandemia é muito forte. Se falhamos estamos alimentamos coisas erradas. O mais importante é assumir os erros. Somos responsáveis nesse sentido. Assumimos que erramos por termos permitido a entrada de uma pessoa, mesmo tendo avisado", disse Bravo.

Um cabeleireiro também esteve na concentração da seleção brasileira antes da partida contra o Peru, na sexta-feira, na Granja Comary, em Teresópolis. Ele pintou e cortou o cabelo dos jogadores. O profissional fez um teste rápido para detecção de covid-19, que deu negativo. A CBF ainda não se pronunciou sobre o episódio. Os últimos testes da seleção continuam resultados negativos.

Subiu para 82 o números de casos de covid-19 entre pessoas envolvidas na realização da Copa América. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira, dia 18. O número representa um aumento de 17 testes positivos em relação ao número divulgado pela Conmebol na véspera.

Do total de contaminados, 37 são de jogadores e membros das delegações e outros 45 de prestadores de serviços contratados para o evento. Segundo a pasta, os casos abrangem as quatro sedes do torneio: Brasília, Rio de Janeiro, Cuiabá e Goiânia.

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Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, foram realizados 6.926 testes de RT-PCR entre os atletas, membros das delegações e prestadores de serviços. O índice de positividade de casos por covid-19 geral foi de 1,2%.

Apesar de garantir que se esforça para evitar a disseminação do coronavírus, a Conmebol tem sido alvo de questionamentos pela insistência na realização do torneio. O atacante Marcelo Moreno, um dos infectados na delegação boliviana, fez duras críticas à entidade por realizar a Copa América em meio à pandemia do coronavírus. Ele mencionou o crescimento de casos relacionados à organização do torneio.

A Copa América 2020 - adiada em um ano por conta da pandemia - seria realizada na Colômbia e na Argentina. Após os países declinarem de sediar o torneio por conta de protestos contra o governo e o aumento no número de casos de covid, respectivamente, o Brasil se tornou uma opção para a disputa da competição.

Nesta sexta-feira, o País registrou 2.449 mortes em 24 horas e se aproxima de 500 mil óbitos.

A postagem que fez nas redes sociais custou caro ao atacante Marcelo Moreno. A Comissão Disciplinar da Conmebol divulgou nesta sexta-feira que o jogador da seleção da Bolívia foi multado em US$ 20 mil (cerca de R$ 101 mil) e suspenso por uma partida por causa das críticas que fez sobre a realização da Copa América.

A publicação foi feita na terça-feira e causou incômodo na Conmebol, que decidiu abrir o expediente disciplinar para ouvir o jogador. No dia seguinte, Moreno pediu desculpas da postagem. Em comunicado divulgado pela Federação Boliviana de Futebol, o jogador afirmou que não foi ele que escreveu as mensagens publicadas em sua conta no Instagram.

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Diante de uma notícia sobre o aumento de casos de covid-19 na Copa América, o jogador criticou a Conmebol no seu perfil, que tem verificador de conta. "Obrigado a vocês da Conmebol por isso. A culpa é totalmente de vocês. Se morre uma pessoa, o que vocês vão fazer? O que importa é somente o dinheiro, a vida do jogador não vale nada?", questionou Moreno, ao publicar notícia sobre os 52 casos de covid-19 confirmados no torneio.

Apesar da suspensão, o atacante não teria condições de atuar pela Bolívia na Copa América. No mesmo comunicado que pediu desculpas à Conmebol, Moreno informou que testou positivo para covid-19. "A doença não me permite ter certeza do tempo de retorno", afirmou.

As declarações do atacante na terça haviam causado incômodo na Conmebol, que decidiu abrir o expediente disciplinar para ouvir o jogador.

Lionel Messi e Luis Suárez são grandes amigos. A relação entre os dois jogadores é tão forte que se estende às famílias. Mas em um confronto Argentina x Uruguai, como o desta sexta-feira (18), às 21h, em Brasília, pela Copa América, ambos deixarão a amizade de lado em defesa de seus países.

O argentino dá o tom da relação entre ambos. "Os dois melhores churrascos que já comi foram na casa do Suárez e o outro na casa do Agüero (seu outro grande amigo do futebol)", disse certa vez.

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Suárez também elogia o amigo, mas faz questão de separar a amizade do futebol. "A relação com o Leo é de amizade. (Mas) Obviamente não há nada em campo, como já aconteceu no Campeonato Espanhol", disse Suárez antes de uma nova edição da "batalha do Rio da Prata", como é chamado o clássico entre Argentina e Uruguai.

A ligação entre Messi e Suárez foi fortalecida ao longo das seis temporadas que jogaram juntos no Barcelona, até que, inesperadamente, o uruguaio foi dispensado do clube em agosto do ano passado. No Atlético de Madrid, ele calou os críticos e foi campeão do Campeonato Espanhol este ano.

"Com certeza será minha última Copa América", avisou o uruguaio de 34 anos. Messi, que tem a mesma idade, ainda não anunciou a sua decisão, mas é bem possível que esta também seja sua última participação no torneio.

Ambos são os maiores artilheiros da história de suas seleções: Messi com 74 gols e Suárez com 63. O uruguaio já teve o prazer de vencer uma Copa América, justamente na Argentina, em 2011, quando eliminou os donos da casa nas quartas de final. Já Messi nunca conquistou um título com a sua seleção.

Uma vitória nesta sexta-feira contra o Uruguai seria fundamental para elevar o moral dos argentinos na caminhada em busca do título, depois dos vices em 2007, contra o Brasil, e diante do Chile, em 2015 e 2016.

A seleção do Chile terá mudanças no seu uniforme para a partida contra a Bolívia, nesta sexta-feira (18), pela Copa América. Mas não se trata da estreia de uma nova camisa. A equipe vai entrar em campo com o símbolo da Nike escondido de seu uniforme.

A decisão por não exibir o logotipo da marca se deve ao fato da federação chilena, a Associação de Futebol Profissional (ANFP, na sigla em espanhol), ter entrado em litígio com a gigante americana de material esportivo.

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A entidade alega o não pagamento de valores que chegam a US$ 4,2 milhões (cerca de R$ 21 milhões na cotação atual), referentes à temporada 2019-2020.

A Nike entrou com uma ação para rescindir o contrato entre as partes, alegando o não cumprimento de itens previstos no acordo. O caso será levado para o Tribunal Arbitral da Câmara de Comércio Internacional.

O Chile enfrenta a Bolívia, pela segunda rodada do Grupo A, nesta sexta-feira, às 18 horas (de Brasília), na Arena Pantanal, em Cuiabá.

A seleção brasileira venceu a segunda partida na Copa América. Fez 4 a 0 no Peru, na noite desta quinta-feira, no estádio Nilton Santos, o Engenhão, e chegou a seis pontos na liderança do Grupo B. A equipe, agora, só volta a atuar quarta-feira (30), quando enfrenta a Colômbia, segunda colocada da chave com 4 pontos, no mesmo local.

O péssimo gramado do Engenhão - a Copa América foi organizada às pressas e aceitou jogar nos lugares que colocaram à disposição - com certeza contribuiu para o futebol pouco inspirado da seleção. Não faltou empenho nem disciplina tática. Mas jogadas de qualidade técnica e mesmo de trocas de passe foram raras. E teve momentos na parte final do primeiro tempo que o Peru até esteve melhor em campo.

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Tite prosseguiu com seus testes. Ederson entrou no gol, Fabinho do meio de campo e Everton Cebolinha no ataque. Thiago Silva voltou à zaga. O treinador também e experimentou nova alternativa de o time atuar.

Com Cebolinha bem aberto, o lateral esquerdo Alex Sandro teve liberdade para penetrar pelo meio. Foi assim que saiu o gol do Brasil, aos 11 minutos. Alex Sandro lançou Cebolinha e foi para a área marcar com a perna direita após Gabriel Jesus escorar para o meio cruzamento do ex-gremista.

Essa foi a primeira conclusão certa da seleção - Fred havia tentando m minuto antes, mas o chute saiu torto. A seleção ainda teria oportunidades claras com Fabinho, aos 24 minutos, e com o próprio Alex Sandro, já no fim da etapa.

Ao se defender, a seleção formava duas linhas de quatro. Com isso, o Peru, apesar de ter mais posse de bola na etapa, não chegava com perigo. Na única vez, aos 38 minutos, Danilo evitou gol de Cueva, em bola que havia passado por Ederson.

O problema era ao atacar. Neymar tinha liberdade de movimentação, mas, como ele jogava bem adiantado e o time estava com dois volantes, a equipe ficava espaçada e tinha dificuldade na construção. E Gabigol ficou isolado.

Para corrigir o problema, Tite colocou Everton Ribeiro no lugar de Gabigol. Ele entrou pela direita e Gabriel Jesus a revezar com Neymar pelo meio do ataque. E Richarlison assumiu o lugar de Cebolinha na esquerda.

O time ficou mais compacto e passou a se impor. Aos 14 minutos, Neymar caiu numa disputa com Tapia. O árbitro Patricio Losteau deu o pênalti, mas, chamado pelo VAR, após rever as imagens várias vezes, mudou a decisão.

Não teve problema para Neymar. Aos 22 minutos, ele recebeu na entrada da área, aproveitou o espaço dado pelo marcador e chutou rasteiro, cruzado, para fazer 2 a 0. Foi o 68.º dele pela seleção. É o segundo maior artilheiro. Pelé tem 77 em jogos oficiais.

Naquela altura, o Brasil era praticamente absoluto em campo. Teve chance de ampliar com Richarlison, o próprio Neymar e Firmino até aumentar aos 43 minutos com Everton Ribeiro, chegar à goleada com Richarlison, aos 46, ambos os gols em boas tramas do ataque, e consolidar sua liderança tranquila no Grupo B.

FICHA TÉCNICA

BRASIL - Ederson; Danilo (Emerson), Eder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro (Renan Lodi); Fabinho, Fred e Neymar; Gabriel Jesus (Firmino), Gabigol (Everton Ribeiro) e Everton Cebolinha (Richarlison). Técnico: Tite.

PERU - Gallese; Corzo, Christian Ramos, Abram e Marcos López; Tapia, Yotún (Arias), Carrillo, Cueva (Távara) e Penã (Iberico); Lapadula (Valera). Técnico: Ricardo Gareca.

GOLS - Alex Sandro, aos 11 min do 1º tempo. Neymar, aos 22, Everton Ribeiro, aos 43, e Richarlison, aos 46 min do 2º tempo.

ÁRBITRO - Patricio Losteau (ARG).

CARTÕES AMARELOS - Christian Ramos, Yotún, Gabriel Jesus, Távara.

LOCAL - Estádio Nilton Santos, no Rio.

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