Tópicos | Copa de 2018

Enquanto a rodada final das Eliminatórias Sul-Americanas não é disputada - será realizada nesta terça-feira -, um assunto não sai de pauta: o risco da Argentina de Lionel Messi ficar de fora da Copa do Mundo de 2018. O zagueiro Miranda, por exemplo, repetiu o discurso de que o Brasil não se preocupa com a situação de outras equipes, mas também deixou de lado a rivalidade ao reconhecer que o torneio na Rússia perderá o seu peso sem a presença do craque do Barcelona.

"Isso não me preocupa. Nosso foco é a seleção brasileira. Quem vai se classificar não nos diz respeito. Uma Copa sem Argentina, Alemanha, Holanda ou outras seleções perde parte do encanto, mas nosso objetivo é apenas vencer", afirmou o zagueiro da Internazionale, na preparação do Brasil para enfrentar o Chile, nesta terça-feira, no estádio Allianz Parque, em São Paulo.

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Com uma série de tropeços, a Argentina se complicou na luta por uma vaga na Copa, o que vai levá-la a iniciar a rodada final do classificatório da América do Sul na sexta posição, sendo que apenas os quatro primeiros se classificam diretamente e o quinto vai disputar uma repescagem mundial. "O Messi é um dos maiores jogadores que o futebol já teve, mas nós temos que pensar só na gente", disse Gabriel Jesus, repetindo um discurso que vem sendo recorrente entre os jogadores da seleção.

Mais do que isso, o atacante do Manchester City lembrou que a seleção brasileira obteve a sua vaga na Copa do Mundo na 14.ª rodada das Eliminatórias, no final de março, quando bateu o Paraguai por 3 a 0. Desde então, a equipe entrou em campo mais vezes pelo qualificatório da Conmebol, mas não mudou a sua postura.

"Já faz três jogos que a gente está na Copa e não mudou a seriedade e o comportamento da equipe. É em casa, um jogo que fecha as Eliminatórias. Vamos jogar para vencer", disse Gabriel Jesus, garantindo que o Brasil estará focado para encerrar a sua campanha com mais uma vitória.

Lionel Messi não vem decidindo, a Argentina não consegue vencer nas Eliminatórias Sul-Americanas e a angústia com uma possível ausência da seleção na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o que não acontece desde 1970, cresce entre os torcedores e futebolistas argentinos. Repousam nos ombros do craque do Barcelona a esperança de um país, para evitar um vexame esportivo e um prejuízo milionário com a ausência de patrocínios e premiações da Fifa.

Cálculos divulgados pelo jornal Clarín, um dos mais importantes da Argentina, dão conta de que a federação de futebol do país, a AFA, recebeu US$ 25 milhões pelo vice conquistado no Brasil em 2014. Para a Copa da Rússia, a premiação fora aumentada em 22%. Caso fique fora do Mundial, os prejuízos devem superar o montante de US$ 20 milhões, cerca de R$ 65 milhões.

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Após o empate sem gols contra o Peru na rodada passada, a penúltima do torneio qualificatório, os principais jogadores foram blindados, entre eles Messi. Apenas o técnico Jorge Sampaoli encara o fuzilamento de perguntas dos repórteres.

Com 25 pontos conquistados em 17 partidas, a Argentina ocupa a sexta colocação na tabela de classificação. Se permanecer nesta posição após a última rodada estará fora da Copa do Mundo de 2018. A decisão será nesta terça-feira contra o Equador, em Quito. Neste domingo, a seleção viajou para Guayaquil, no litoral equatoriano, onde finaliza a sua preparação para a grande partida.

Diante deste cenário nebuloso e de incerteza, só resta aos argentinos a matemática, pois nem mesmo uma vitória sobre o Equador garante o país diretamente no Mundial da Rússia. Para terminar entre os quatro primeiros colocados das Eliminatórias, a Argentina não depende mais só de si. Teria de vencer o Equador e torcer por um dos seguintes resultados: derrota ou empate do Chile diante do Brasil; empate entre Peru e Colômbia; vitória do Peru sobre a Colômbia por uma diferença de gols inferior que o eventual triunfo argentino.

A Argentina pode ainda terminar as Eliminatórias na quinta colocação, o que a obrigaria a disputar uma a repescagem contra o campeão da Oceania, a Nova Zelândia. Para isso acontecer, basta vencer o Equador, sem se preocupar com outros resultados da rodada. Se não ganhar, volta a depender de rivais.

O time de Messi não vence desde a 13.ª rodada, quando bateu o Chile por 1 a 0. Depois perdeu para a Bolívia por 2 a 0, em La Paz, em resultado que culminou com a demissão do então técnico Edgardo Bauza. Jorge Sampaoli assumiu o posto e a escassez de gols continuou: empate sem gols com o Uruguai, em Montevidéu; empate com a Venezuela por 1 a 1, em Buenos Aires; e outro empate por 0 a 0, desta vez diante do Peru.

A Argentina tem o segundo pior ataque das Eliminatórias. Marcou apenas 16 gols, à frente apenas da Bolívia, com 14. O Brasil, melhor ataque até agora, balançou as redes 38 vezes.

MUDANÇAS - Os números são preocupantes para quem precisa vencer e marcar gols. Jorge Sampaoli testa duas alterações na equipe: o meio-campista Enzo Pérez e o atacante Eduardo Salvio treinaram nas vagas de Banega e Gómez, respectivamente. "No pouco tempo de preparação que temos, buscamos criar relações entre os jogadores. Temos de evitar a anarquia no elenco, buscar mais relacionamento", justificou o treinador.

A possibilidade de ficar fora da Copa do Mundo preocupa até mesmo ex-jogadores da Argentina. Mario Kempes, campeão mundial em 1978, refuta a tese de que os atuais jogadores do elenco não estejam rendendo o esperado por estarem pressionados. Parte dos torcedores e da imprensa argentina acredita que a pressão excessiva sobre Messi e os demais companheiros tem afetado o rendimento da equipe nas Eliminatórias.

"Um Mundial sem a Argentina e sem Messi seria uma catástrofe. Agora dizer que o problema é psicológico? Não entendi. Se eles me dissessem que são caras que não têm experiência e que o chamam pela primeira vez na seleção, posso acreditar que o problema é psicológico e estão assustados. Mas nessa situação, com esses jogadores, não há problema psicológico", desabafou Mario Kempes, em entrevista ao Diário Olé.

Em 2015, quando a seleção brasileira estreou nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, com derrota em Santiago para o Chile, Gabriel Jesus era uma promessa que buscava se firmar no Palmeiras. Desde então, a promessa se confirmou, sendo campeão da Copa do Brasil de 2015 e do Campeonato Brasileiro de 2016 pelo clube paulista, antes de se transferir para o Manchester City. Além disso, assumiu a camisa 9 da seleção brasileira. Agora, ele está de volta ao palco onde se consagrou no futebol nacional, mas com esse novo status.

A dois dias de entrar em campo pelo último jogo do Brasil nas Eliminatórias, diante do Chile, nesta terça-feira, Gabriel Jesus destacou o peso de voltar a atuar no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Além disso, garantiu que as cenas da sua despedida, em 27 de novembro de 2016, quando o Palmeiras venceu a Chapecoense por 1 a 0, garantindo o título brasileiro, serão rememorados.

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"É muito especial. Foi pouco tempo, mas pareceu muito por tudo que vivi aqui no Palmeiras, com muitas felicidades e também as tristezas que vieram como aprendizado. Aprendi muito aqui. Sempre falo do meu carinho, tenho gratidão por tudo que o Palmeiras me proporcionou. Quando eu pisar lá, vou lembrar daquele dia", disse.

Por isso, Gabriel Jesus sabe que terá muito apoio da torcida na sua volta ao estádio do Palmeiras, onde marcou 11 gols em 34 jogos. "Eu sempre tive a felicidade de ter o carinho da torcida do Palmeiras, e isso nunca mudou. Sempre que encontro torcedores eles me tratam com carinho, fico feliz com isso", comentou.

Gabriel Jesus começou bem a temporada 2017/2018 pelo Manchester City, com cinco gols marcados em nove partidas, e também é titular da seleção do técnico Tite. Parece, portanto, viver um dos grandes momentos da sua carreira, como ele mesmo reconheceu em entrevista coletiva neste domingo, na Academia de Futebol, o CT do Palmeiras, onde o Brasil se prepara para encarar o Chile, o que representou a ele um outro retorno, ao palco onde treinava pelo clube paulista.

"Acredito que seja um dos melhores momentos. Estou muito feliz, mas sei que tenho que continuar trabalhando, correndo, fazendo com que eu consiga ser convocado, jogar bem pelo Manchester City. Vou lutar e continuar fazendo o que sempre fiz", afirmou.

Depois da volta ao estádio do Palmeiras, Gabriel Jesus espera seguir atuando em alto nível para realizar outro sonho da sua ainda precoce carreira, que é jogar uma Copa do Mundo, o que parece estar perto de acontecer diante do seu status de titular com Tite. E ele não esconde que já está ansioso para receber essa chance.

"Para falar a verdade, eu sonho com Copa do Mundo desde que eu coloquei na cabeça que queria ser jogador de futebol. É o sonho de todo jogador, e esse é meu sonho, um dos maiores. Vou lutar sempre com lealdade para estar dentro do grupo. Vou fazer por merecer pensando quando estiver com a seleção", comentou.

Onze anos depois de ter disputado sua última Copa do Mundo, em 2006 na Alemanha, quando foi eliminada ainda na primeira fase, a Polônia pode celebrar neste domingo o seu retorno ao maior torneio do futebol. Com 22 pontos e líder do Grupo E das Eliminatórias Europeias, a seleção polonesa pode até empatar o jogo às 13 horas (de Brasília) contra Montenegro, em casa, que estará garantida na Rússia em 2018.

Matematicamente, a Dinamarca, com 19 pontos, ainda pode alcançar a Polônia, mas os dinamarqueses sabem que deverão encarar a repescagem para sonhar com a Copa do Mundo.

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Entre os torcedores poloneses, a maior sensação é mesmo o atacante Robert Lewandowski, que joga no Bayern de Munique. Na última quinta-feira, ele marcou três gols na vitória da seleção sobre a Armênia por 6 a 1 e alcançou os 50 gols pela equipe nacional.

Assim, Lewandowski quebrou o recorde de Wlodzmierz Lubanski, que tinha 48 gols pela Polônia e que jogou ao lado do craque Grzegorz Lato, líder da Polônia nos anos 70, quando a seleção foi campeã olímpica em 1972, terceira lugar na Copa do Mundo de 1974, com direito a uma vitória para cima do Brasil, e ficou com a prata nos Jogos Olímpicos em 1976, perdendo a final para a Alemanha Oriental.

Nos outros dois grupos com jogos neste domingo, o destaque será os confrontos entre Eslovênia x Escócia e entre Eslováquia x Malta, que vão decidir a seleção que irá para a repescagem pelo Grupo F - a Inglaterra está confirmada no Mundial do ano que vem e joga fora de casa contra a Lituânia.

Com 17 pontos, os escoceses jogam por um empate fora de casa contra os eslovenos, que estão com 14 e precisam vencer por uma boa margem de gols e torcer para que Malta tire pontos dos eslovacos - algo bastante improvável, já que em nove jogos a seleção maltesa conquistou apenas 1 ponto.

Por sua vez, a Eslováquia, que deverá golear Malta, torce para a Eslovênia ao menos empatar com a Escócia. Assim, as duas seleções terminariam o grupo com 18 pontos, mas com os eslovacos com uma vitória a mais do que os escoceses - 6 a 5.

Pelo Grupo C, a já classificada Alemanha finaliza a sua participação contra o Azerbaijão. A Irlanda do Norte, que vai para a repescagem, pega a Noruega.

A seleção da Alemanha massacrou neste domingo o Azerbaijão por 5 a 1 e garantiu 100% de aproveitamento nas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo da Rússia. Mas a histórica campanha parece não ter entusiasmado tanto o técnico Joachim Löw para o Mundial de 2018.

Mesmo depois da Alemanha vencer as suas 10 partidas, marcar 43 gols e sofrer apenas quatro, Joachim Löw minimizou o feito da atual campeã mundial e assegurou: o time ainda precisa melhorar para a Copa do Mundo da Rússia.

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"Claro, foi bom, uma top performance. Mas os adversários na Copa do Mundo serão totalmente de outro calibre. Portanto, não podemos nos deixar levar, ainda há muito trabalho a fazer. Eu quero conquistar algo grande neste verão. Será difícil ganhar a segunda Copa do Mundo consecutiva", apontou o treinador.

Joachim Löw avaliou também a goleada sobre o Azerbaijão. E reconheceu que o time praticamente reserva sentiu as mudanças no primeiro tempo, que terminou empatado por 1 a 1. "Foi um início difícil. Não tínhamos jogado com esse time antes e isto ficou aparente", contou. "Mas o segundo tempo foi melhor e o adversário também começou a cansar. Mas essa campanha não deve ser vista como referência", reforçou.

A seleção alemã terminou como líder do Grupo C com 30 pontos. Em seguida, bem mais atrás, ficou a Irlanda do Norte com 19. Já a República Checa ficou em terceiro com 15 pontos, dois na frente da Noruega.

Foi sofrido, mas a Costa Rica se garantiu neste sábado (7) na Copa do Mundo da Rússia. A equipe jogava no estádio Nacional, na capital San José, em duelo pelas Eliminatórias da Concacaf (Américas do Norte e Central e Caribe) do Mundial de 2018, e precisava apenas de um empate contra Honduras. E, depois de sair perdendo, empatou por 1 a 1 aos 49 minutos do segundo tempo, assegurou a classificação e fez a festa de sua torcida.

A seleção costa-riquenha, assim, garantiu a vice-liderança com 16 pontos e não pode mais ser alcançada por Panamá, o quarto colocado com 10, os mesmos de Honduras. Já os Estados Unidos estão em terceiro com 12. O México, com 21, já está classificado.

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A partida deste sábado, aliás, ocorreria inicialmente na última sexta-feira, mas foi adiada devido aos estragos causados pela tormenta Nate. O governo da Costa Rica decretou estado de emergência no país, na última quinta, após as fortes chuvas e inundações da tempestade tropical terem deixado dois mortos e mais de 5 mil pessoas desabrigadas.

Ainda assim, a confiança de que a Costa Rica obteria a sua quinta classificação a uma Copa do Mundo era grande. Mas a seleção fez um jogo apático e procurou mais segurar o resultado. E, aos 21 minutos do segundo tempo, o atacante Eddie Hernandez fez o gol de Honduras que adiava a classificação do time mandante.

Mas, já aos 49 minutos, quando a tensão tomava conta do estádio Nacional, em San José, o zagueiro Kendall Waston aproveitou cruzamento, marcou de cabeça e garantiu o 13.º classificado à Copa do Mundo.

Na última rodada, que será disputada nesta terça-feira, a seleção hondurenha recebe o já classificado México, enquanto que os Estados Unidos desafiam o lanterna Trinidad & Tobago, fora de casa. Já a Costa Rica encerra a competição contra o Panamá. Na Concacaf, os três primeiros colocados do hexagonal final avançam direto à Copa. O quarto jogará uma repescagem em novembro contra o vencedor do duelo asiático ente Austrália e Síria.

Este sábado, aliás, teve outro classificado à Copa do Mundo da Rússia. Foi a Nigéria, que venceu a Zâmbia por 1 a 0. A seleção africana, assim, juntou-se a Brasil, classificado na America do Sul; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha e Inglaterra, na Europa; e o próprio México. País-sede, a Rússia também está garantida no Mundial.

Como já era esperado desde o início das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia, a definição do Grupo B ficou para a 10.ª e última rodada. Suíça e Portugal fizeram as suas partes, venceram neste sábado pela nona rodada e agora farão a "decisão" para definir a vaga direta ao Mundial nesta terça-feira, no estádio da Luz, em Lisboa. Os suíços golearam em casa a Hungria por 5 a 2 e os portugueses derrotaram Andorra como visitantes por 2 a 0.

Com a goleada sobre os húngaros, a Suíça segue com 100% de aproveitamento nas Eliminatórias Europeias - somente a Alemanha, já garantida na Copa, tem campanha parecida. Com 27 pontos, os suíços têm três de diferença para Portugal. Nesta terça-feira, às 15h45 (de Brasília), jogarão pelo empate para irem diretamente para mais uma Copa do Mundo. O segundo colocado terá de disputar a repescagem em novembro.

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Na cidade da Basileia, a Suíça não teve trabalho algum para passar pela Hungria. Em um intervalo de dois minutos, aos 18 e aos 20 do primeiro tempo, já fez dois gols - com Granit Xhaka e Fabian Frei - e só controlou o jogo. E foi ao intervalo com 3 a 0 graças ao gol de Steven Zuber, aos 43.

Na segunda etapa, o mesmo Steven Zuber marcou o quarto gol aos quatro minutos. Richard Guzmics diminuiu para a Hungria aos 13, mas nada que assustasse a Suíça, que continuava tranquila em campo. O lateral-direito Stephan Lichtsteiner fez o quinto aos 38 e os húngaros ainda fizeram o segundo com Roland Ugrai, aos 44 minutos.

Em Andorra, Portugal jogou o suficiente para derrotar a seleção local. E fez isso quando o astro do time, o atacante Cristiano Ronaldo, entrou em campo no segundo tempo. No gramado sintético do estádio Nacional, em Valetta, os portugueses sofreram um pouco e contaram com o craque do Real Madrid para abrirem o placar aos 18 minutos. Depois, quase no fim, aos 41, o centroavante André Silva, do Milan, marcou o segundo.

A Nigéria se tornou neste sábado (7) a primeira seleção da África classificada à Copa do Mundo de 2018. Jogando no Godswill Akpabio International Stadium, na cidade de Uyo, a seleção aproveitou o apoio de sua torcida para derrotar a Zâmbia por 1 a 0, pelas Eliminatórias Africanas do Mundial da Rússia.

Faltando uma rodada para o término da disputa, a Nigéria chegou aos 13 pontos e não pode mais ser ultrapassada pela própria Zâmbia, que soma sete e está em segundo do Grupo B. Como apenas os líderes de cada chave vão ao Mundial, os nigerianos garantiram a sua presença na Rússia.

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Esta será a sexta participação da Nigéria em uma Copa do Mundo. E, também, foi a sua sexta classificação nos últimos sete Mundiais - ficou de fora apenas em 2006, na Alemanha.

O triunfo deste sábado ainda coroou a excelente campanha nigeriana nas Eliminatórias. A seleção venceu quatro partidas na chave e empatou apenas uma, contra Camarões, fora de casa. Marcou, ainda, 11 gols e sofreu apenas três.

Mas, apesar do favoritismo, a equipe sentiu a pressão e teve dificuldades contra a Zâmbia. O gol da classificação saiu apenas aos 29 minutos do segundo tempo, marcado pelo atacante Alex Iwobi, jovem de 21 anos que pertence ao Arsenal.

Também neste sábado, jogando em casa, a tradicional seleção de Camarões até venceu a Argélia por 2 a 0, com gols de Clinton Njie e Franck Pangop Tchidjui. Mas, com apenas seis pontos, está em terceiro da chave e não tem mais chances de disputar a Copa da Rússia.

A Espanha fez sua parte, bateu com facilidade a Albânia nesta sexta-feira (6) e ainda foi ajudada pela Itália para garantir vaga na Copa do Mundo do ano que vem, na Rússia. Em Alicante, a equipe espanhola venceu por 3 a 0 pela penúltima rodada das Eliminatórias Europeias e pôde comemorar ainda o surpreendente empate por 1 a 1 dos italianos com a Macedônia, em Turim.

Os resultados desta sexta mantiveram a Espanha na ponta do Grupo G, agora com 25 pontos, contra 20 da Itália. Com isso, os espanhóis se garantiram como campeões da chave e carimbaram passaporte para a Rússia, enquanto os italianos terão que disputar a repescagem.

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Albânia, Israel, Macedônia e Liechtenstein não têm mais chances de classificação. Por isso, os confrontos Albânia x Itália, Macedônia x Liechtenstein e Israel x Espanha, segunda-feira que vem, pela última rodada, servirão apenas para cumprir tabela.

Campeã em 2010 e decepção em 2014, quando caiu na primeira fase, a Espanha vai à 15.ª Copa do Mundo de sua história. A última vez que ficaram de fora foi em 1974, na Alemanha. Além dos espanhóis, já estão classificados para a Copa: Rússia, Brasil, Irã, Japão, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Bélgica, Inglaterra, Alemanha e México.

Para selar o triunfo e ficar em situação tranquila, a Espanha tratou de ir para cima nesta sexta e definiu o triunfo ainda no primeiro tempo. Aos 12 minutos, quase saiu o primeiro, quando Isco cruzou da direita e Rodrigo cabeceou na pequena área, rente à trave.

A dupla funcionou de novo três minutos depois e, desta vez, saiu o primeiro. Isco deu ótima enfiada para Rodrigo, que matou no peito e bateu cruzado para marcar belo gol. Oito minutos depois, Koke encontrou bom passe na área para Isco, que dominou tirando da marcação e finalizou para a rede.

Os gols tranquilizaram a Espanha e permitiram à Albânia surpreender. Aos 24, Llullaku finalizou de cabeça no travessão. Mas foi só um susto, porque os donos da casa definiriam o triunfo apenas dois minutos depois. Odriozola foi acionado pela direita e cruzou para a área. Thiago Alcântara veio em velocidade e pulou alto para vencer a defesa e marcar.

O terceiro gol permitiu aos espanhóis administrarem o duelo, só que mesmo sem forçar, a equipe chegou com perigo em algumas oportunidades antes do intervalo. No segundo tempo, o cenário seguiu o mesmo e o goleiro Berisha apareceu para salvar a Albânia nas finalizações de Koke e Rodrigo.

A Albânia respondeu e assustou com Sadiku, que ganhou pelo alto aos 23 minutos e acertou a trave. Mas os últimos minutos serviram apenas para a Espanha confirmar a vitória. Em ritmo de treino, a seleção ainda perdeu boas chances com Isco, que acertou o travessão, e Saúl Ñíguez, que jogou rente à trave.

ITÁLIA - Realidade bem diferente viveu a Itália nesta sexta. Mesmo atuando diante de seu torcedor em Turim, a seleção decepcionou, ficou no empate por 1 a 1 diante da frágil Macedônia e terá que se contentar com a vaga na repescagem para tentar garantir-se na Copa da Rússia.

Em mais uma péssima exibição, pelo menos a terceira seguida da equipe, os italianos sofreram demais no primeiro tempo. Se criaram a primeira chance com Insigne, que parou no goleiro Dimitrievski, viram os macedônios responderem aos 16 com Pandev, que também exigiu boa defesa de Buffon.

Somente na reta final da primeira etapa, a seleção cresceu. Depois de perder boa chance com Insigne de novo, abriu o placar aos 39 minutos. Após bate-rebate, o próprio jogador do Napoli arrumou tudo com belo toque na esquerda para Immobile. O atacante encontrou no meio Chiellini, que só teve o trabalho de tocar para o gol vazio.

A Itália se acomodou com a vantagem e tentou administrar na etapa final. A Macedônia, então, cresceu e foi para cima. Aos 26 minutos, Nestorovski aproveitou cruzamento e cabeceou firme, mas em cima de Buffon. Aos 31, porém, o goleiro nada pôde fazer, quando Trajkovski recebeu de Pandev após bela troca de passes e bateu cruzado para empatar.

A seleção brasileira sofreu uma baixa para o seu último compromisso nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, diante do Chile, na próxima terça-feira (10), em São Paulo. Nesta sexta, a CBF comunicou o corte do zagueiro Thiago Silva, do Paris Saint-Germain, que se lesionou na última quinta, durante o empate por 0 a 0 com a Bolívia, em La Paz. Para a sua vaga, o técnico Tite convocou Rodrigo Caio, do São Paulo.

Thiago Silva, que havia recebido uma oportunidade entre os titulares da seleção no duelo com a Bolívia, se lesionou ainda no primeiro tempo do confronto, sendo substituído por Marquinhos com cerca de 30 minutos de jogo. E o jogador do PSG é o favorito para formar a dupla de zaga com Miranda no duelo com o Chile, ainda mais que eles vinham atuando juntos nos compromissos anteriores do Brasil.

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Nesta sexta, após a chegada da seleção a São Paulo, Thiago Silva foi submetido a exames médicos que detectaram uma lesão muscular na coxa direita. O problema o impede de enfrentar o Chile e levou a comissão técnica a optar pelo seu corte.

Para o compromisso da próxima terça, no Allianz Parque, Tite convocou Rodrigo Caio. O são-paulino era presença constante em convocações recentes da seleção, mas acabou ficando fora da lista para os compromissos contra Bolívia e Chile, com o treinador optando por dar uma chance a Jemerson, do Monaco.

Agora, porém, Tite volta a chamar Rodrigo Caio. Curiosamente, o zagueiro treinou na manhã desta sexta-feira no CT do São Paulo, na Barra Funda. O local é o mesmo palco da atividade da seleção nesta tarde, em trabalho que conta com a presença do zagueiro e será o primeiro da equipe na preparação para o confronto com o Chile.

A seleção brasileira não passou de um empate sem gols diante da Bolívia nesta quinta-feira, em La Paz, pela penúltima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia. Por mais que já esteja classificado para a competição do ano que vem, o País tomou conta do duelo e só não conseguiu a vitória porque o goleiro Carlos Lampe realizou grandes defesas.

Em boa parte delas, Lampe duelou com Neymar, que abusou das chances desperdiçadas e não esteve em seus melhores dias. Momentos depois do apito final, porém, o atacante disse ter sentido os efeitos dos 3,6 mil metros de altitude de La Paz e criticou as condições nas quais o confronto foi realizado.

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Em sua página no Instagram, Neymar postou uma foto de alguns jogadores da seleção brasileira fazendo uso de galões de oxigênio. "Desumano jogar nessas condições. Campo, altitude, bola... Tudo ruim", escreveu o jogador.

Apesar do desabafo, Neymar também celebrou a atuação e o volume de jogo da seleção, que de fato criou diversas oportunidades e só falhou em convertê-las. "Saímos felizes pelo desempenho da equipe, mesmo com essas condições", considerou.

O resultado levou o Brasil a 38 pontos, na liderança das Eliminatórias e a dez do segundo colocado Uruguai. Na terça-feira que vem, a seleção encerra sua participação no Allianz Parque diante do Chile, que ainda luta pela vaga no Mundial da Rússia.

Um jogo bom, digno de elogio e que só faltou o gol. O técnico Tite, da seleção brasileira, avaliou desta forma a partida da equipe nesta quinta-feira contra a Bolívia, em La Paz, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Apesar do tropeço, o treinador disse ter gostado bastante do futebol apresentado e se disse surpreso pela qualidade da atuação, mesmo com a dificuldade da altitude.

Nos 3,6 mil metros acima do nível do mar de La Paz, a seleção criou mais chances de gol e só não saiu vitoriosa porque esbarrou na boa atuação do goleiro Lampe. "O desempenho foi acima do que eu esperava. Fiquei surpreso. Tive chance de jogar aqui com o Grêmio e o Corinthians. A gente sabe o quanto gera de dificuldade. O Miranda sintetizou tudo quando entrou no vestiário e me disse: 'Tem dia que a bola não entra'", disse Tite.

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O treinador afirmou que a equipe cumpriu à risca a determinação dele na estratégia de controlar mais a posse de bola e não acelerar tanto o jogo, para evitar o cansaço no ar rarefeito. "Eu gostei da equipe. Ela foi vertical, agressiva. Teve jogos que produzimos menos e fomos mais efetivos. Mas tenho que ressaltar a grande atuação. A logística nossa foi perfeita. Estou feliz pelo desempenho, mas chateado pelo resultado", comentou.

O Brasil foi para La Paz apenas na hora do almoço. A concentração foi em Santa Cruz de La Sierra, a uma altitude de apenas 416 metros acima do nível do mar. A delegação chegou à capital boliviana apenas três horas antes do início do jogo para minimizar os efeitos da altitude. A rouparia, inclusive, veio antes para facilitar a preparação do vestiário, onde 11 cilindros de oxigênio estavam à disposição dos jogadores.

Tite afirmou que o grande responsável pelo empate sem gols foi o goleiro boliviano Carlos Lampe, procurado pelo técnico ao fim do jogo para receber os cumprimentos pela defesa. "Méritos ao Lampe. Teve um momento do segundo tempo em que eu virei para a arquibancada para aplaudi-lo, mesmo muito bravo, porque queria que as chances fossem efetivadas", disse o treinador brasileiro.

A delegação do Brasil deixa a Bolívia na noite desta quinta-feira e vai para São Paulo em voo fretado. Nesta sexta, a equipe treina à tarde no CT do São Paulo e folga no sábado. Domingo, o treinamento será no CT do Palmeiras e na segunda no estádio Allianz Parque, local da partida de terça contra o Chile, pela última rodada das Eliminatórias.

A seleção brasileira conheceu nesta quinta-feira (5) um outro obstáculo boliviano além da altitude de La Paz. O goleiro Carlos Lampe foi mais poderoso do que os 3,6 mil metros da capital da Bolívia ao segurar o ataque brasileiro, principalmente Neymar, e garantir o empate em 0 a 0 no estádio Hernando Siles, pela 17.ª e penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia.

Foram seis confrontos diretos entre Lampe e Neymar, todos com supremacia do boliviano. Festejado pela torcida, o goleiro fez pelo menos 10 defesas importantes. Se a altitude foi minimizada com a logística da seleção de viajar para La Paz horas antes do jogo e pareceu não incomodar, faltou capricho nas finalizações para voltar da cidade com uma vitória pela primeira vez em 20 anos.

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O segundo empate seguido do Brasil nas Eliminatórias não atrapalha em nada a condição tranquila na tabela de classificação. A única frustração é ver escapar a chance de obter a melhor campanha da história da competição, obtida pela Argentina para o Mundial de 2002. A seleção precisava vencer os dois últimos confrontos para quebrar a marca.

O temor com a altitude modificou o estilo de jogar do Brasil. O futebol de toques rápidos no ataque deu lugar à tranquilidade para tocar a bola e deixar o jogo mais lento. A equipe nitidamente queria poupar oxigênio, não se desgastar com o gramado seco e irregular. A postura foi mantida nos 20 minutos iniciais, até a equipe se sentir mais confiante e com espaços para atacar a Bolívia.

Quando o Brasil se soltou, as chances vieram a partir dos 23 minutos, momento da primeira finalização com Neymar. O chute iniciou o show de defesas de Lampe. Aplaudido pela torcida, o boliviano ainda defenderia duas finalizações. Uma frente a frente com o próprio Neymar e outra de Gabriel Jesus. O desperdício de chances brasileiras chegaria ao cúmulo no fim do primeiro tempo. Neymar passou pelo goleiro e chutou duas vezes. Em ambas o zagueiro Valverde tirou de cima da linha.

A Bolívia respondeu no fim do primeiro tempo. Bejarano chutou de fora da área e acertou o travessão. O susto foi um recado prévio para o temido segundo tempo. O Brasil estaria mais cansado, mesmo após a sessão de oxigênio no vestiário. Ainda assim, continuou no comando da partida, com mais posse de bola e ataques perigosos. No primeiro chute a gol, só para variar, Lampe defendeu tentativa de Paulinho.

Tranquilo em campo e sem sentir pressão, o Brasil administrou o ritmo de jogo no segundo tempo sem ser ameaçado na defesa. A Bolívia era fraca demais para levar perigo e se perdia sozinha nos lances ofensivos. Nem mesmo o estádio lotado chegou a exercer tamanha pressão, pois muitos torcedores estavam mais ansiosos para aplaudir Neymar do que contar com alguma vitória. Mas palmas de verdade, só para Lampe, autor de novas defesas.

Os testes promovidos pelo técnico Tite na escalação tiveram poucas oportunidades para mostrar serviço. O zagueiro Thiago Silva se machucou e saiu ainda no primeiro tempo e o lateral-esquerdo Alex Sandro pouco apareceu no ataque.

FICHA TÉCNICA

BOLÍVIA 0 x 0 BRASIL

BOLÍVIA - Lampe; Gutiérrez, Valverde e Ráldes; Bejarano, Justiniano (Castro), Machado, Arce (Salcedo) e Morales; Marcelo Moreno e Fierro (Álvarez). Técnico: Mauricio Soria.

BRASIL - Alisson; Daniel Alves, Miranda, Thiago Silva (Marquinhos) e Alex Sandro; Casemiro; Philippe Coutinho (Willian), Paulinho (Fernandinho), Renato Augusto e Neymar; Gabriel Jesus. Técnico: Tite.

CARTÃO AMARELO - Valverde (Bolívia).

ÁRBITRO - Fernando Rapallini (Fifa/Argentina).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Hernando Siles, em La Paz (Bolívia).

A Inglaterra está na Copa do Mundo pela 15.ª vez em sua história. Nesta quinta-feira (5), a seleção não brilhou diante de seu torcedor que lotou o estádio Wembley, mas marcou nos acréscimos para vencer a Eslovênia por 1 a 0, graças ao artilheiro Harry Kane. O resultado foi suficiente para carimbar o passaporte para o Mundial da Rússia no ano que vem.

A Inglaterra garantiu a ponta do Grupo F, com 23 pontos, a seis da segunda colocada Escócia, que fez sua parte, derrotou a Eslováquia em casa, por 1 a 0, e hoje estaria na repescagem. Eslovacos, com 15 pontos, e eslovenos, com 14, ainda sonham com a segunda colocação. Já Malta e Lituânia, que ficaram no 1 a 1 nesta quinta, estão eliminadas.

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Com Inglaterra confirmada na Copa e Malta e Lituânia eliminadas, três equipes brigam pela vaga do Grupo F na repescagem na última rodada, neste domingo. A Escócia visita a Eslovênia e precisa vencer para garantir a segunda posição. Os eslovenos, por sua vez, dependem de um triunfo e um tropeço da Eslováquia, que recebe Malta precisando vencer e de um tropeço escocês.

Alheia a tudo isso, a Inglaterra celebrou a classificação mesmo que de forma melancólica, com um futebol pobre e chegando até a ser vaiada pela torcida. Este será o 15.º Mundial da história da seleção, sendo o sexto consecutivo. A última vez que os ingleses ficaram de fora da Copa foi em 1994, nos Estados Unidos.

Diante de sua torcida e em busca da confirmação da vaga nesta quinta, a Inglaterra tentou ganhar o campo de ataque no início, mas tudo que conseguiu foi manter a posse de bola. Sem grande criatividade, chegou pela primeira vez somente aos 25 minutos, com Henderson, que bateu cruzado da esquerda e parou em grande defesa de Oblak.

O cenário do primeiro tempo estava desenhado e a Eslovênia conseguia controlar o ímpeto inglês, apesar de quase não ter a bola em seu pé. Aos 40, Spora quase pôs tudo a perder ao desviar um cruzamento rente a seu próprio gol. Nos acréscimos, Rashford ainda assustou em cobrança de falta de longe, que parou em outra ótima defesa de Oblak.

Mas foi muito pouco e, por isso, a Inglaterra voltou com postura bem diferente para a etapa final. Mais incisiva e ofensiva, a equipe foi para cima e chegou com perigo aos 17 minutos. Em rápido contra-ataque, Rashford ficou de frente para o goleiro e tentou marcar de cavadinha, mas a bola saiu fraca e permitiu que a defesa afastasse.

A blitz inglesa seguiu com outras duas ótimas oportunidades em sequência. Aos 19, Bertrand fez bela jogada pela esquerda e cruzou, a zaga tirou e Sterling chegou batendo de primeira. Bostjan Cesar se lançou na bola e desviou para afastar. Mais três minutos, e Kane aproveitou bate-rebate dentro da área para finalizar de primeira com muito perigo.

O primeiro gol inglês parecia questão de tempo, mas logo o jogo voltou a ter o desenho da primeira etapa. Os donos da casa tinham a posse, tocavam, mas não incomodavam o adversário. Aos poucos, a Eslovênia ganhou corpo e também se lançou ao ataque, ainda que também não assustasse o gol de Joe Hart.

A ousadia eslovena nos últimos minutos, porém, custou caro para os visitantes. Sob vaias, a Inglaterra aproveitou os espaços no contra-ataque e chegou ao gol da vitória aos 46 minutos. Walker recebeu pela direita com liberdade e cruzou no pé de Harry Kane, que desviou para bater Oblak e garantir o triunfo.

Com uma exibição de Robert Lewandowski, autor de três gols, a seleção da Polônia goleou a Armênia, fora de casa, nesta quinta-feira 95), e ficou perto da vaga na Copa do Mundo de 2018. Os visitantes aplicaram 6 a 1 na equipe armênia e garantiram ao menos a vaga na repescagem do Grupo E das Eliminatórias Europeias do Mundial da Rússia.

Em primeiro lugar na chave, os poloneses chegaram aos 22 pontos, faltando agora somente um jogo para encerrar sua participação na disputa. Montenegro e Dinamarca, que ainda se enfrentarão nesta quinta, vêm logo em seguida, ambos com 16 pontos. Um dos dois times ainda pode superar a Polônia no grupo. Mas se empatarem nesta quinta garantirão automaticamente a classificação polonesa.

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O time polonês encontrou pouca resistência da Armênia para buscar a vitória e se colocar em situação tranquila na chave. A goleada foi aberta logo aos dois minutos, em cruzamento rasteiro da direita para conclusão de Kamil Grosicki. Aos 18, Lewandowski marcou seu primeiro, em cobrança de falta.

Sete minutos depois, o atacante do Bayern de Munique voltou à carga ao marcar em lance de tiro indireto dentro da área, depois que o goleiro armênio fez defesa com a mão após recuo da defesa. A Armênia fez seu gol de honra aos 39 minutos de jogo, em cabeçada de Hovhannes Hambardzumyan.

No segundo tempo, aos 13, os visitantes ampliaram a vantagem em finalização de Jakub Blaszczykowski, de fora da área, contando com ajuda do goleiro Grigor Meliksetyan, que aceitou o chute despretensioso. Aos 19, Lewandowski anotou mais um, completando cruzamento rasteiro da esquerda. Nos instantes finais do jogo, Rafal Wolski selou a goleada aos 44 minutos, ao encher o pé, quase da pequena área.

Em outro jogo já finalizado nesta rodada de quinta, a República Checa cumpriu tabela com o Azerbaijão, pelo Grupo C. As duas seleções entraram em campo já sem chances de classificação à Copa. Mas o checos levaram a melhor e venceram por 2 a 1, na casa do adversário. Jan Kopic e Antonin Barak marcaram os gols dos visitantes.

Em terceiro lugar, a seleção checa chegou aos 12 pontos, enquanto o Azerbaijão estacionou nos 10. Os dois primeiros colocados são Alemanha, com 24 pontos, e Irlanda do Norte, com 19.

Uma guerra. É assim que a Argentina encara a partida desta quinta-feira contra o Peru. A ameaça de não ir à Copa do Mundo de 2018, na Rússia, levou os argentinos a colocar o fair-play em segundo plano. Da escolha do local da partida, o caldeirão do estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, à pressão declarada sobre os rivais, tudo está sendo preparado para que a seleção de Lionel Messi faça o que tem de fazer: vencer. Do contrário, o risco de um vexame histórico permanecerá vivo.

Em quinto lugar com 24 pontos (fica atrás do Peru no número de vitórias, 6 a 7), a Argentina tem de vencer para chegar ao último jogo - contra o Equador, em Quito, na próxima terça-feira -, brigando pela vaga. Um empate nesta quinta não significará eliminação, mas a possibilidade não chegar nem à repescagem aumentará bastante. Derrota será tragédia.

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Para evitar que Messi, Di María e cia. assistam ao Mundial pela TV, e principalmente que o futebol argentino, que já não anda bem das pernas, mergulhe em crise sem precedentes, a alternativa única na partida programada para 20h30 (de Brasília) é a vitória. E para conseguí-la, parece valer tudo.

O esquema de guerra começou pela troca do estádio Monumental de Nuñez, onde a equipe havia mandado todos os seus jogos em casa, pela La Bombonera, com a indisfarçável intenção de aumentar a pressão sobre o adversário. O Peru resistiu, lembrou à Conmebol o caso em que os jogadores do River Plate foram alvo de spray pimenta atirado pela torcida do Boca Juniors em uma partida pela Copa Libertadores em 2015. Mas a influência argentina na entidade sul-americana falou mais alto.

Pior: pela "lembrança" os peruanos foram ameaçados pela "La Doce", a barra brava do Boca Juniors, que prometeu "pressão extra" - sem detalhar - sobre os rivais, pelo "desaforo". E, segundo o jornal Tiempo Argentino, a "La Doce" recebeu 4 mil ingressos para o jogo, doados pela AFA (Associação do Futebol Argentino). Mais: torcedores prometeram emboscar o técnico do Peru, Ricardo Gareca, que por sinal é argentino.

Precavido, o Peru decidiu ficar pouco tempo em Buenos Aires. Chegou nesta quarta-feira, foi do aeroporto ao hotel por uma rota alternativa e volta para casa logo após o jogo. Além disso, levou na bagagem a própria água para evitar que os jogadores bebam "água batizada", como o brasileiro Branco diz ter feito na Copa do Mundo de 1990, na Itália.

EM CAMPO - Em meio à toda pressão, a Argentina também se preparou para ganhar na bola. O técnico Jorge Sampaoli não revelou o time, mas mantém astros como Messi, Biglia, Mascherano e Di María, mas pode surpreender no ataque, trocando Icardi por Benedetto, artilheiro do Boca Juniors e que conhece bem a La Bombonera. Dybala, que disse ser difícil jogar com Messi, foi barrado.

Jorge Sampaoli pediu o apoio incondicional dos torcedores. "Agora devem jogar os 40 milhões de argentinos. Vamos precisar de todos porque são momentos difíceis e determinantes", clamou. No Peru, Ricardo Gareca garante que sabe como surpreender a Argentina: com um futebol ofensivo.

Diante de uma das piores defesas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, o atacante Neymar terá nesta quinta-feira a chance de se aproximar de mais uma marca pessoal. Com 52 gols em jogos oficiais pelo Brasil, o jogador do Paris Saint-Germain está a três de alcançar Romário, terceiro maior artilheiro da história da seleção.

A lista é encabeçada por Pelé, que marcou 77 vezes, e tem Ronaldo em segundo lugar, com 62. Os três principais artilheiros foram campeões mundiais pelo Brasil. Neymar terá a chance de entrar nesse grupo no próximo ano.

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O atacante do Paris Saint-Germain já enfrentou a Bolívia em três oportunidades e tem bons números. Ele marcou três gols e deu duas assistências. Nenhuma destas partidas, contudo, foi na altitude de La Paz - na mais recente, em outubro do ano passado, o jogador foi caçado no gramado da Arena das Dunas, em Natal, mas deixou o dele na goleada do Brasil por 5 a 0.

Mesmo assim, Neymar já atuou na capital boliviana. E sofreu bastante. Em 2012, quando ainda estava no Santos, o jogador esteve em La Paz para a partida do clube paulista diante do Bolívar, pela Copa Libertadores. Lá, foi alvo de jogadas duras e até mesmo de arremesso de frutas e objetos por parte da torcida.

Na ocasião, o Santos perdeu a partida por 2 a 1 e o atacante, que passou em branco, saiu reclamando das condições. Duas semanas depois, o Santos venceria o mesmo adversário, no estádio da Vila Belmiro, em Santos, por 8 a 0. Neymar fez dois gols.

Esta semana, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), o jogador se mostrou bem à vontade nos treinos. Brincou com os colegas de equipe, deu dribles, recebeu faltas e marcou gols. Pareceu estar bem disposto para jogar em La Paz e também para alcançar os números de Romário.

Nada pareceu incomodá-lo, nem mesmo a rusga que teve em campo no Paris Saint-Germain com o uruguaio Cavani. Rusga que está totalmente superada, na avaliação de Tite. "Acompanhei tudo através da imprensa, não busquei nenhuma informação. Mas pra mim foi emblemático. Vibrei quando meteram uma bola para o Neymar e, de letra, ele deixou o Cavani na cara do gol", lembrou o técnico. "Vibrei quando o Neymar marcou de pênalti e apontou para o Cavani. Não é a situação egoísta de ‘eu sou o cara’. Isso é senso de equipe, é a grandeza".

Na Granja Comary, o treinador disse que não chegou a tocar nesse assunto com o atacante. Pela faceirice do jogador, nem foi preciso.

O Uruguai pode garantir nesta quinta-feira, por antecipação, a sua classificação à Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Para isso, basta vencer a Venezuela. A partida vai ser realizada em San Cristóbal, mas isso pode fazer pouca diferença. Isso porque os venezuelanos estão na lanterna das Eliminatórias Sul-Americanas, com apenas oito pontos.

Já os uruguaios são os vice-líderes, com 27 pontos e oito vitórias, e asseguram um lugar no Mundial se vencerem graças ao confronto direto entre Argentina e Peru. Se o Uruguai atingir 30 pontos, não poderá ser mais alcançado por uma das equipes que se enfrentam em Buenos Aires - ou até pelas duas.

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A aparente facilidade, no entanto, não reduz a precaução do técnico Óscar Tabárez. Ele entende que a Venezuela é um adversário perigoso e se baseia na derrota do ano passado por 1 a 0, na Copa América Centenário realizada nos Estados Unidos.

"Aquele encontro mostrou que eles farão um jogo difícil, temos muita clareza do que isso significa", disse Óscar Tabárez, que terá Cavani e Suárez no ataque. "O objetivo é ganhar e vamos tentar, com mentalidade, atitude, ter um bom desempenho para conseguir o que queremos".

A Colômbia, terceira com 26 pontos, também tem possibilidades matemáticas de se garantir nesta quinta-feira. Mas, para isso, não depende unicamente de sua próprias forças. Vai precisar de uma combinação de resultados. Terá de vencer em casa o Paraguai, que tem 21 pontos - o jogo será às 20h30 (de Brasília), em Barranquilla - e torcer para que o Chile tropece diante do Equador.

Falcao García, artilheiro colombiano, entende que o time tem de fazer a sua parte e esquecer o jogo em Santiago. Mas pediu à torcida que tenha paciência, pois, do contrário, pode atrapalhar os jogadores. "Talvez o público deseje que a partida seja definida rapidamente, mas temos que ter tranquilidade. Somos cientes de que o jogo dura 90 minutos, tomara que possamos marcar rápido, mas, se não, teremos que ter paciência", disse.

Se vencer nesta quinta-feira, a Colômbia no mínimo já garantirá o quinto posto, que dá direito a disputar a repescagem contra o representante da Oceania (a Nova Zelândia).

O Chile, bicampeão da Copa América, está desesperado. Em sexto com 23 pontos, só manterá as chances de ir à Rússia se vencer o Equador. Um empate já poderá acabar com o sonho.

O técnico argentino Juan Antonio Pizzi tenta minimizar a pressão. "Eu fui criado neste ambiente, inclusive mais hostil. No futebol argentino, é mais hostil que aqui. Conheço as pressões. Dirigi e joguei nas maiores equipes do mundo. Sei da repercussão sobre tudo o que fazemos e isso não me surpreende", desabafou.

O Brasil já classificado para a Copa do Mundo de 2018, invicto nas Eliminatórias Sul-Americanas sob o comando do técnico Tite e com a liderança assegurada terá pela frente nesta quinta-feira, às 17 horas (de Brasília), no estádio Hernando Siles, em La Paz, o desafio mais temido. A Bolívia não assusta pela qualidade técnica, mas sim pela altitude. A condição adversa faz do país vizinho a nação sul-americana onde a seleção está há mais tempo sem vencer uma partida do torneio classificatório: já são 32 anos.

Como o Brasil só ganhou duas vezes na história na capital boliviana, a busca pelo feito tão raro vira um motivador para uma equipe que tem dominado com folga as Eliminatórias. A última vitória brasileira sobre a Bolívia fora de casa pela competição foi em 1985, em jogo disputado longe da altitude, em Santa Cruz de la Sierra. Em toda a história, apenas em 1981 a seleção ganhou em La Paz.

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"Já estive duas vezes lá e temos uma estratégia. A posse de bola é uma marca da equipe. Mas tenho outras estratégias táticas que vou segurar um pouco e não contar", comentou Tite, ao admitir a dificuldade de jogar na capital boliviana.

O temor com possíveis sintomas como cansaço, falta de ar e náuseas preocupa a seleção brasileira. Esses problemas atingiram equipes anteriores que viajaram à cidade e ajudaram na formação do longo jejum de vitórias na altitude. Foi lá, por exemplo, que em 1993 o Brasil teve a primeira derrota da história nas Eliminatórias ao perder por 2 a 0.

Para acabar com essa escrita, Tite aposta em uma mescla da formação ideal descoberta durante os últimos jogos com testes pontuais. O zagueiro Thiago Silva ganha nova chance, Alex Sandro herda a vaga na lateral esquerda após as lesões de Marcelo e Filipe Luís e, por fim, Philippe Coutinho volta ao lado direito do ataque, como substituto de Willian.

"Vai ser um jogo muito difícil, de muito trabalho, de muita entrega dos jogadores e de muita pressão da torcida. Mas temos que pensar no nosso jogo. Viemos jogando bem, mostrando que somos uma equipe sólida, e consequentemente fazer um bom jogo", disse o volante Casemiro, nomeado capitão.

Formada basicamente por quem atua no campeonato local, a Bolívia só pontuou nestas Eliminatórias quando foi mandante. A equipe tem como um dos desfalques o técnico Mauricio Soria. Punido por confusões no jogo contra o Chile, ele terá de dirigir o time das tribunas.

A seleção de Tite busca igualar a melhor campanha da história do torneio, obtida pela Argentina, para a Copa do Mundo de 2002. Se vencer as duas últimas partidas, o Brasil superará a rival por ter melhor saldo de gols. (com Marcio Dolzan, de Teresópolis (RJ))

A seleção brasileira aprendeu na prática e com derrotas doloridas como se deve fazer para se chegar em La Paz e enfrentar a Bolívia. Até a comissão técnica de Tite elaborar a logística para o jogo desta quinta-feira, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, muitos jogadores tiveram de passar mal ou apostar em canja de galinha e sorvete como soluções para minimizar os efeitos da altitude de 3,6 mil metros acima do nível do mar.

As passagens brasileiras pela capital mais alta do mundo tiveram peripécias impensáveis para os dias atuais. Na primeira das sete visitas, em 1979, o Brasil enfrentou a Bolívia pela Copa América com uma programação bem estranha em comparação à atual. A delegação viajou no dia do jogo pela manhã e entrou em campo à noite.

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"Muitos jogadores se sentiram mal. Eu não estava bem em campo, estava com dor de cabeça, com dificuldade para respirar. O Zico não conseguiu jogar. Ele sequer foi ao estádio e ficou sob cuidado médico", relembrou o ex-zagueiro Oscar Bernardi. A derrota por 2 a 1 logo na estreia em La Paz causou um trauma.

A agenda mais comum das equipes hoje em dia é desembarcar em La Paz cerca de duas horas antes do começo do jogo, pois, segundo os fisiologistas, os efeitos da altitude só começam a aparecer seis horas depois da chegada à cidade.

O susto em 1979 causou uma mudança radical dois anos depois, pelas Eliminatórias. O técnico Telê Santana levou a equipe para se preparar durante duas semanas na altitude de Quito, a 2,8 mil metros. "Fizemos uma ambientação, com amistosos e treinos para não sentir a altitude. Isso nos ajudou a ganhar", afirmou Oscar. O Brasil venceu por 2 a 1.

Desde então, o calendário apertado da seleção obrigou a adotar a logística atual, com hospedagem em Santa Cruz de la Sierra, a 416 metros de altitude, e viagem somente no dia do jogo. A programação foi inaugurada em 1993, no dia da derrota por 2 a 0, a primeira do Brasil na história das Eliminatórias.

Antes da partida, a comissão técnica se preocupou minuciosamente com a alimentação. Canja de galinha de prato principal, sorvete e biscoitos de sobremesa, mais muita ingestão de líquido estavam no cardápio do elenco como formas de ajudar na altitude. Apesar do resultado ruim, a programação de viagem para a Bolívia foi repetida todas as vezes depois.

A última vitória brasileira em La Paz foi em 1997, na final da Copa América. Mesmo o autor do último gol dos 3 a 1 na decisão, o meia Zé Roberto, diz não ter boas lembranças da Bolívia. "Em 2001 eu perdi a minha vaga na Copa do ano seguinte em um jogo lá. O time foi mal, perdemos por 3 a 1 e depois daquilo nunca mais fui chamado pelo Felipão", afirmou o jogador do Palmeiras.

Depois do sucesso em 1997 e do fracasso em 2001, a seleção voltou duas vezes para La Paz pelas Eliminatórias. Em 2005, empatou por 1 a 1 e em 2009 perdeu por 2 a 1.

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