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Hoje (26) a jornalista brasileira Ilze Lia Scamparini completa 64 anos de idade. Ela é conhecida por ser correspondente da TV lobo na Itália, Vaticano e região, tendo como base a capital Roma. Filha de imigrantes italianos, Ilze nasceu em São Paulo e se formou em Jornalismo em Campinas, em 1982. Além do português, ela também fala espanhol, inglês e italiano.  

No início da carreira ea foi estagiária no jornal “O Diário do Povo” (SP), de Campinas. Colaborou com os folhetos da Oboré, transcrevendo entrevistas dos trabalhadores do ABC paulista, no período em que surgiram Lula e o Partido dos Trabalhadores. Entrou para a televisão em 1981, trabalhando no programa “TV Mulher”, apresentado por Marília Gabriela. Em 1982, tornou-se repórter da TV Campinas (SP), afiliada da TV Globo. Lá cobriu a longa greve dos petroleiros de Paulínia e documentou as reuniões da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

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Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1984, pra ser repórter da TV Globo RJ e logo se tornou repórter de rede. Gravou reportagens para o Jornal Nacional, Jornal Hoje e Jornal da Globo. Foi para a TV Globo de Brasília (DF) em 1985, onde participou, entre outras, da cobertura presidencial da época e da promulgação da Nova Constituição. 

Atendendo o convite de Alice Maria, então a diretora executiva do telejornalismo da emissora, entrou em 1986 para o time de repórteres exclusivos do programa Globo Repórter, no qual ficaria até 1996. No ano seguinte, fixou-se em Los Angeles, nos Estados Unidos, para atuar como correspondente internacional. Cobriu duas entregas de Oscar e o suicídio em massa da seita religiosa Heaven’s Gate.

Em 1999, transferiu-se para Roma, na Itália, de onde enviou matérias sobre política, cultura e comportamento italiano, além de cobrir o Vaticano. Além disso, destacou-se em outras coberturas internacionais como o ataque terrorista que vitimou centenas de crianças em uma escola na Rússia, em 2004 e as cerimônias que acompanharam os 20 anos da queda do Muro de Berlim, na Alemanha. Ilze foi a primeira repórter da emissora a transmitir imagens do exterior via Internet. 

A correspondente da GloboNews Raquel Krähenbühl garantiu um momento de emoção ao entrar ao vivo, na última quinta (13), no jornal Edição das 16h. Falando diretamente dos Estados Unidos, a repórter pôde tirar sua máscara de proteção contra o coronavírus diante das câmeras pois já está vacinada. No país estrangeiro, aqueles que já receberam as duas doses da vacina contra Covid-19 já podem circular pelas ruas sem o equipamento. 

Ao dar exatamente essa notícia, Raquel tirou sua máscara e mostrou um grande sorriso para a câmera. “Os Estados Unidos começam a voltar à normalidade, Cecilia. E eu vou fazer agora uma coisa ao vivo que a gente está querendo fazer há muito tempo. Pela primeira vez, eu posso tirar a minha máscara para entrar ao vivo direto dos Estados Unidos”, disse a correspondente.

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No estúdio da GloboNews, no Brasil, a apresentadora do jornal, Cecília Flesch, aplaudiu a colega. Raquel complementou sua fala: “É até emocionante. Foi um ano muito difícil, mas graças à vacinação isso é possível".

A rede de TV CNN entrou nesta terça-feira (13) com um processo na Justiça americana contra a Casa Branca depois de o correspondente Jim Acosta ter tido as credenciais revogadas na semana passada.

Acosta, cujo o trabalho era criticado pelo presidente Donald Trump, insistia em questionar o presidente em uma coletiva quando uma funcionária tentou retirar o microfone da mão dele. Horas depois, a secretaria de imprensa revogou a credencial, acusando-o sem provas de agredir a funcionária. Um vídeo alterado chegou a ser divulgado para fazer parecer que Acosta tocava a funcionária.

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"Pedimos à Justiça uma medida cautelar para que Jim tenha suas credenciais de volta", disse em nota o canal. "Buscaremos uma liminar que impeça isso de voltar a ocorrer."

Ainda de acordo com o canal, o veto a Acosta poderia ter ocorrido com qualquer veículo jornalístico. "Se não forem contestadas, as ações da Casa Branca criarão um ambiente perigoso para jornalistas que cobrem representantes eleitos", acrescentou a CNN.

Como foi a discussão

A coletiva durante a qual ocorreu o incidente se deu um dia depois das eleições legislativas de meio de mandato nos EUA. Trump reagiu a uma pergunta da CNN sobre o tema da caravana de migrantes que avança para a fronteira do país, originária da América Central. Quando Acosta perguntou ao presidente se ele havia "demonizado os migrantes" durante a campanha eleitoral, Trump respondeu: "Não, quero que entrem no país. Mas têm de entrar legalmente".

Acosta insistiu: "Estão a centenas de milhas de distância. Isso não é uma invasão", afirmou, usando a palavra com a qual Trump havia definido o fluxo de migrantes. O presidente, então, reagiu de modo contundente. "Honestamente, acho que você deveria me deixar dirigir o país. Você dirige a CNN, e se fizesse isso bem, sua audiência seria mais alta", disse Trump.

"Já chega. Abaixe o microfone", afirmou o republicano, irritado com Acosta. O jornalista da CNN se recusou a entregar o microfone e se sentar, e continuou fazendo perguntas. "A CNN deveria se envergonhar de ter você trabalhando para eles, você é grosseiro e uma pessoa horrível", disse o presidente.

Antes da pergunta seguinte, o jornalista da NBC Peter Alexander defendeu Acosta dizendo que era um "repórter diligente", o que despertou a ira de Trump. "Tampouco sou seu fã. Para ser honesto, você não é o melhor", disse o presidente a Alexander.

Trump voltou a se dirigir a Acosta. "Quando você informa notícias falsas, o que a CNN faz muito, você é inimigo do povo", afirmou. Durante a entrevista, o magnata também silenciou outra jornalista da CNN, April Ryan, quando ela tentava lhe fazer uma pergunta sem microfone.

A revista alemã Der Spiegel anunciou nesta quinta-feira (17) que seu correspondente foi forçado a deixar a Turquia depois de as autoridades não renovarem seu credenciamento, e denunciou uma decisão que vai "de encontro à liberdade de imprensa".

"Essa conduta sobre nosso correspondente (...) é, em nossa opinião, intolerável e viola a liberdade de imprensa", denunciou Spiegel em seu site. De acordo com a revista alemã, apesar de "meses de esforços", o jornalista Hasnain Kazim não conseguiu obter o credenciamento e, portanto, sua autorização de residência.

"Em muitos artigos, ele ressaltou os abusos e erros do governo, de forma equilibrada, mas crítica, assim como todo bom jornalista", escreveu a revista. "A conduta das autoridades turcas só nos leva a uma conclusão: que o nosso correspondente é indesejável por causa de seu trabalho" no país, continua a publicação.

De acordo com fontes diplomáticas na Turquia, o escritório do primeiro-ministro Ahmet Davutoglu se recusou a renovar o cartão de imprensa de oito dos vinte jornalistas credenciados.

As autoridades turcas são acusadas de uma deriva autoritária e, especialmente, de amordaçar a imprensa crítica, como o grande jornal de oposição Zaman, colocado sob tutela no início de março.

A correspondente do Estado em Washington, Cláudia Trevisan, foi detida na Universidade de Yale, uma das mais respeitadas dos Estados Unidos, ao aguardar a saída do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, de uma conferência no local. A jornalista foi algemada e por quase cinco horas mantida incomunicável dentro de um carro policial e em uma cela do Departamento de Polícia da universidade. Sua liberação ocorreu apenas depois de sua autuação por "transgressão criminosa".

O caso foi acompanhado pelo Itamaraty, em Brasília, e especialmente pela embaixada brasileira em Washington e pelo consulado em Hartford, Connecticut, que colocou à disposição da jornalista seu apoio jurídico. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, estava em Nova York e foi informado por assessores sobre o incidente. Claudia, pouco antes de ser presa, conseguiu informar um diplomata da embaixada brasileira por telefone.

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Claudia Trevisan é correspondente do Estado em Washington desde o final de agosto. Nos últimos cinco anos, atuou em Pequim, na China, onde foi também diretora da Associação de Correspondentes Estrangeiros. Por outros meios de comunicação brasileiros, havia trabalhado como correspondente em Buenos Aires e em Pequim.

"Eu não invadi nenhum lugar", declarou ela, ao mostrar-se indignada pela acusação policial e por sua prisão."Passei cinco anos na China, viajei pela Coreia do Norte e por Miamar e não me aconteceu nada remotamente parecido com o que passei na Universidade de Yale", completou, ainda abalada.

A jornalista havia sido destacada para cobrir a visita do ministro Joaquim Barbosa à Universidade de Yale, onde participaria do Seminário Constitucionalismo Global 2013. O evento era fechado à imprensa, mas, por dever de ofício, ela esperaria pelo ministro do lado de fora do auditório. Claudia foi detida após pedir informação a um policial. O processo de prisão teve uma sequência não usual nos EUA.

O Estado manifestou hoje sua indignação à Escola de Direito da Universidade de Yale pela prisão arbitrária. Solicitou também respostas a cinco perguntas pontuais sobre o episódio e seu acesso às imagens de câmeras de segurança do prédio de Woolsey Hall, para comprovar o fato de Claudia ter obedecido as instruções do policial. A resposta dessa instituição está sendo aguardada.

 

A jornalista Helen Thomas, que cobria a Casa Branca desde o governo do presidente norte-americano de John F. Kennedy ao de Barack Obama, morreu neste sábado (20) aos 92 anos. Thomas "morreu no sábado de manhã no apartamento onde morava, em Washington, depois de uma longa doença. Ela completaria 93 anos no mês que vem," informou o Gridiron Club, uma instituição de jornalistas de Washington.

Helen Thomas era uma formidável inquisidora, de língua afiada, de cada um dos presidentes que ela cobriu. Ela teve o privilégio único de ter uma cadeira na primeira fila, com o seu nome, na sala de imprensa da Casa Branca.

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Sua morte desencadeou uma enxurrada de homenagens, incluindo a de Obama. "Helen foi uma verdadeira pioneira, abrindo as portas e derrubando as barreiras para as próximas gerações de mulheres jornalistas", disse ele em um comunicado.

"O que fez de Helen a 'decana do Corpo de Jornalistas da Casa Branca' não era apenas sua longa carreira, mas sua firme crença que nossa democracia funciona melhor quando fazemos perguntas difíceis aos líderes e pedimos explicações". Thomas começou a cobrir a Casa Branca para a United Press International no começo dos anos 60, uma das poucas mulheres na imprensa de Washington, dominada pelos homens.

Filha de imigrantes libaneses, ela tinha um interesse especial em Oriente Médio e era grande defensora dos direitos da Palestina.

O americano Jose Pimentel, de 27 anos, foi preso no último final de semana, em Nova York, acusado de conspiração por comprar material para construir uma bomba caseira com propósitos terroristas. Americano, filho de dominicanos e convertido ao islamismo, ele morava com seus tios no quinto andar de um prédio antigo na rua 137 do bairro de Hamilton Heights, perto do Harlem, lado oeste de Manhattan. Eu moro no terceiro andar do mesmo prédio.

Ele foi preso na noite de sábado, depôs neste domingo no Tribunal Criminal em Manhattan, e deve depor novamente no próximo dia 25. Se condenado, pode pegar de 15 anos de detenção ou prisão perpétua. Pimentel queria testar seu artefato em caixas de correio e depois tentar matar funcionários do governo americano.

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De acordo com a polícia, ele também usava o nome de Muhummad Yusuf, mantinha um blog, o trueislam1.com, e que pensava em mudar o nome para Osama Hussein, em homenagem aos seus heróis já mortos, o terrorista Osama bin-Laden e o ditador iraquiano Saddam Hussein.

É "um simpatizante do Al-Qaeda", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Pimentel, por sua vez, disse à polícia que é um "lobo solitário", não filiado a nenhuma facção terrorista. E era isso mesmo que Pimentel parecia: um lobo solitário.

Pimentel passava horas a fio parado, em pé, fumando cigarro de vez em quando, na frente do prédio. Era de poucas palavras, mas sempre educado, mais educado inclusive que a maioria. Sempre dizia bom dia, sempre se apressava a abrir a porta do edifício quando eu chegava com sacolas do supermercado e a segurava até que eu entrasse.

Ele tinha uma barba curta e sempre usava o cabelo preso com bandana. Geralmente uma bandana azul. Creio que uma vez o vi usando um turbante, mas não era seu costume. Recentemente, Pimentel cortou o cabelo e deixou de lado o lenço.

A atitude de Pimentel tinha um quê de suspeita, chegamos a comentar isso algumas vezes em família, mas nada que chegasse perto de imaginar que ele tinha ideias terroristas. Foi uma grande surpresa para mim e todos os vizinhos que moram há algum tempo aqui e o conheciam ainda que de vista. O zelador do prédio, Alex Gonzales, disse que estava tão perplexo quanto todos os demais moradores.

Pimentel parecia ser pacífico demais. Mas achava estranho alguém tão jovem e forte - ao redor de 1,85m e acima do peso - não trabalhar, ficar tanto tempo no mesmo canto na lateral da porta de entrada do edifício ou sentado na escada, apenas observando as pessoas que entravam e saíam. Era raro haver um dia em que ele não estivesse na rua. Aos vizinhos, sempre dizia que estava desempregado. E com mais de 14 milhões de desempregados nos Estados Unidos, não era difícil acreditar que fosse um deles.

A polícia o observava desde 2009 e o vigiava quando, em outubro, ele teria começado a construção da bomba, indo a lojas como a Home Depot, varejista de material de construção, no Bronx, e uma loja de 99-cent, segundo relatos da polícia. Teria comprado relógio, luvas, luzes de Natal, canos de PVC, tudo para ser usado para fazer o artefato. A polícia tinha um informante, que gravou várias conversas com Pimentel. No último dia 16, ele teria contado a esse informante que pretendia pedir a um vizinho uma furadeira para fazer furos nos canos de PVC.

Obviamente eu não era esse tal vizinho, porque não tínhamos proximidade para que me pedisse algo emprestado. Uma vez, na porta do prédio, ele fez perguntas a alguém da minha família sobre para onde estávamos indo, se as crianças iriam junto, se o apartamento ficaria vazio. Perguntas nada anormais para uma conversa de vizinhos, mas agora, de lembrar, tornam-se também suspeitas.

Foi nessa ocasião também que ele contou que tinha morado praticamente a vida toda na vizinhança, morando nesse mesmo prédio - ele na verdade morou um tempo fora da cidade de Nova York quando foi casado e retornou em janeiro de 2010. Comentou ainda que o bairro já foi muito perigoso, nos anos 80 e 90, que não se podia andar à noite nas ruas, mas que o Harlem e arredores tinham mudado muito e era mais seguro viver aqui hoje em dia. Eu, na verdade, diria que nem tanto.

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