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Nessa quinta-feira (28), o grupo Mirror passou por um susto durante uma performance em Hong Kong. Enquanto os integrantes da boyband se apresentavam, um telão acabou sedendo e caiu no meio do palco. Com o impacto, o projetor atingiu um bailarino. Identificado como Mo Lee Kai-yin, o dançarino pode ficar tetraplégico.

Segundo informações da imprensa internacional, o estado de saúde do rapaz de 27 anos é grave; ele continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Um médico ouvido pelo jornal South China Morning Post afirmou que Mo Lee Kai-yin teve a terceira e quarta seção da coluna vertebral deslocadas.

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Um outro profissional de dança também foi atingido. Apesar da gravidade do acidente, Chang Tsz-fung, de 29 anos, não corre perigo de vida. Depois que o telão caiu, o show da turma do Mirror teve que ser interrompido. O empresário dos artistas pediu que o público deixasse com calma o Hong Kong Coliseum, garantindo o reembolso dos ingressos.

Confira ao vídeo do acidente:

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A pista de solteiros está bombando! Madonna terminou o namoro de três anos com o dançarino Ahlamalik Williams. De acordo com o jornal britânico The Sun, os dois se separam de forma amigável no início de 2022, mas a notícia só foi divulgada em abril.

Madonna se enfiou em uma vida social ativa e tem visto muito seus amigos e família depois da separação. Ela tem um cronograma cheio, está trabalhando em seu filme biográfico, músicas novas e cuidando dos filhos. As coisas estavam meio mornas com Ahlamalik há algum tempo. Existe muito amor, mas eles resolveram se separar por enquanto. Eles se dão bem e não há sentimentos ruins, mas eles estão em momentos diferentes da vida. Eles passaram meses juntos durante a turnê e a pandemia, mas agora ele saiu da casa dela. Com ambos trabalhando em coisas diferentes, é difícil manter o romance vivo, disse uma fonte próxima da cantora.

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Madonna e Ahlamalik se conheceram em 2015, mas foram assumir o romance apenas em 2019. Desde o início, a relação dos dois foi marcada por polêmicos por ele ser 35 anos mais jovem que a artista.

Outro casal que também não saiu ileso foi Shailene Woodley e Aaron Rodgers, que terminaram outra vez. A atriz de Divergente e o jogador de futebol americano da NFL tinham colocado um ponto final no noivado em fevereiro de 2022, mas decidiram dar outra chance, no entanto, não deu muito certo.

Shailene tentou dar outra chance e estava passando um tempo com Aaron, mas ela rapidamente viu que tudo seguia do jeito dele e que nada iria mudar. Não havia razão para continuar e ela terminou com isso novamente, disse uma fonte ao E! News.

Yudi Tamashiro abriu sua caixinha de perguntas no Instagram e respondeu dúvidas dos seguidores de maneira bem leve nessa quarta-feira (21). Ao ser questionado sobre se ir para festas é pecado, o apresentador respondeu depender. “Se você ficar indo para casa de swing, aí você está extrapolando”.

Perguntado sobre seu signo, Yudi disse ser de Leão, mas não acredita em horóscopo. “Não acho que tenha credibilidade isso não”.

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Também de forma bem humorada, Yudi foi questionado sobre sua opinião de cristãos que usam cropped. “O que é copred? Cropped?”, se embaralhando respondendo.

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Um tubarão foi flagrando dançando uma espécie de valsa com um mergulhador do aquário de Shopping Neptune, em São Petersburgo, na Rússia. A cena animou os visitantes, que aplaudiram e registraram o show.

Nas imagens, o homem aparece conduzindo o predador pela barbatana direita e dá rodopios. Ao fundo, a vida marinha é reproduzida enquanto os demais peixes, inclusive outro tubarão, nadam calmamente.

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Na última terça-feira (27), morreu no Hospital Getúlio Vargas, na Zona Oeste do Recife, o dançarino Felipe Paes, de 20 anos. Ele estava hospitalizado desde o dia 18 de fevereiro após, segundo relato, ter sido agredido por policiais no Carnaval.

A denúncia foi feita por uma amiga de Felipe, a estudante Rafaela Souza, nas redes sociais. Os próprios familiares do jovem não sabiam das agressões, que ele pediu à amiga que fossem mantidas em segredo.

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Rafaela conta que eles estavam no Bloco da Ressaca, em Casa Amarela, Zona Norte da capital. Por volta das 21h30, os dois decidiram ir a um clube no Vasco da Gama, também na Zona Norte.

Enquanto os jovens caminhavam, policiais se aproximaram, andando um pouco mais atrás. Quando Rafaela foi tirar uma foto do amigo, os policiais imaginaram que estavam sendo fotografados.

"Eles começaram a bater nele, sem dó e sem piedade. Mandando eu apagar as fotos... Na hora, paralisei", diz a jovem, destacando que não haviam sido tiradas fotos dos policiais. Ela recorda que cinco policiais, que seriam do Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI), espancaram o dançarino.

Após as agressões, Felipe foi levado pela amiga até a casa dele no bairro da Torre. O avô levou o jovem a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde foi transferido ao Hospital Getúlio Vargas. Ele foi diagnosticado com infecção no estômago.

Rafaela lembra de ter visitado o amigo uma vez e ele estava andando. Em uma segunda visita, ela já o encontrou pior. "Eu não consegui ficar lá, saí e chorei muito, vim para casa chorando muito por ver Felipe, o meu amigo, daquela forma e eu não poderia fazer nada para mudar a situação dele e isso me doía mais e mais". Rafaela continua: “Até quando vamos ter que ver negros sendo mortos por polícias, até quando os negros vão ser vítimas? Negro significa ladrão? É isso que somos pra sociedade? Até quando vamos ser maltratados por justiceiros, por pessoas incapacitadas de ter empatia?".

Apesar de ter tomado coragem para denunciar o fato, a estudante não esconde o medo que sente. Como a família desconhecia a origem da hospitalização, não foi feita qualquer tipo de denúncia. Segundo Rafaela, os parentes acreditavam que Felipe estava naquela situação por ter ingerido uma comida que não lhe fez bem.

O LeiaJá procurou a Polícia Militar em busca de algum posicionamento da corporação. Por email, a PM se limitou a responder que denúncias contra policiais são apuradas pela Corregedoria. 

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Anitta tem um novo integrante em sua equipe. Ele é o bailarino Felipe, um jovem com Síndrome de Down. A novidade foi revelada pela própria cantora que mostrou seu novo dançarino através de stories na sua conta de Instagram, nesta terça (17).

O vídeo feito numa sala de ensaio mostra Felipe animadíssimo com o novo trabalho. A cantora o questiona: "Você está feliz por ser meu bailarino novo?", ao que o rapaz responde: "Ô!"; e ele completa: "E eu vou ficar na frente contigo". Anitta arremata: "Eu amei, então."

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Os fãs rapidamente aprovaram a novidade e os comentários se acumularam nas redes sociais. Babi comentou: "O que é esse novo bailarino da Anitta? Eu tô morta com tanta fofura"; o perfil @etfrzz disse: "Anitta mostrando o quão linda e humana ela é"; e Jhonsons tuitou: "Anitta, rainha do Brasil, se tornou a melhor pessoa".

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A última terça-feira, dia 24, foi de grandes emoções no Dancing With the Stars. Afinal, o programa elegeu o melhor dançarino dessa temporada do programa! A disputa ficou entre Nick Carter, Alex Skarlatos e Bindi Irwin e, se você ainda não assistiu ao episódio final, evite spoilers!

O cantor dos Backstreet Boys, que usou músicas da boyband para realizar suas performances, e Bindi, conquistaram 30 pontos nas duas danças. Já Alex, ganhou apenas 27 pontos. E quem foi o grande vencedor, afinal?

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Bindi Irwin! Ao lado de seu parceiro, Derek Hough, a australiana foi a vencedora da 21ª temporada de Dancing With the Stars! Em segundo lugar ficou Nick, com Sharna Burgess, e por último, Alex, com Lindsay Arnold. Como desafio final, as duplas tiveram que criar uma única dança que misturava dois ritmos completamente diferentes, segundo informações do TV Guide.

O inquérito que apurou a morte do dançarino Douglas Rafael Pereira Silva, o DG, no morro Pavão-Pavãozinho (Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro) em 22 de abril do ano passado, acusa sete policiais militares de envolvimento no crime. Cinco dos PMs eram novatos na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela.

De acordo com o delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª Delegacia de Polícia (DP), o autor do disparo foi o soldado Walter Saldanha Correia Júnior, que trabalhava havia seis meses na favela. Quatro PM que estavam com ele no momento do tiro que vitimou o dançarino foram indiciados por prevaricação e falso testemunho. Eles tinham um mês de serviço na UPP. Todos mentiram nos depoimentos e combinaram a mesma versão à polícia, apontam as investigações. DG tinha 22 anos. Trabalhava com a apresentadora Regina Casé no programa Esquenta, da Rede Globo.

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O inquérito foi entregue nesta quarta-feira ao Ministério Público Estadual. O delegado sustenta que, no momento em que foi baleado, DG não oferecia perigo aos policiais, apesar de, pouco antes, ter havido uma troca de tiros entre PMs e bandidos da favela. "Eles tiveram o dolo de matar e sabiam que, naquela posição, a vítima não oferecia risco algum", disse Ribeiro, que pediu para o Ministério Público requerer à Justiça a prisão preventiva de Correia Júnior por homicídio doloso qualificado. Outros quatro PMs que participaram da ação não foram indiciados. O inquérito pede sete indiciamentos. Dois policiais que encontraram o corpo do dançarino no dia seguinte ao do assassinato também foram indiciados por prevaricação e falso testemunho.

Segundo as investigações, o tiro que matou DG foi disparado de baixo para cima. Correia Júnior e quatro PMs estavam sob um prédio na favela. No quarto andar, sobre um beiral da janela, o dançarino se protegia do tiroteio. A movimentação de DG teria feito com que parte do beiral desabasse. Os policiais teriam pensado que se tratava de uma bomba. Foi quando, segundo o inquérito, o PM atirou. Nenhum dos policiais indiciados mencionou o disparo em depoimento. O delegado descartou que DG tenha sido torturado ou morto à queima-roupa. Ele disse que, do prédio onde o dançarino estava, teriam fugido três traficantes e que o local era ponto de observação do tráfico.

A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino Douglas Pereira, o DG, disse ter sido ameaçada de morte na tarde desta segunda-feira, 28, quando caminhava na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas. O governo do Estado ofereceu à Fátima a possibilidade de ingressar no programa de proteção à testemunha.

Fátima contou que caminhava na ciclovia, quando percebeu um carro reduzindo a velocidade e se aproximando dela. Um homem branco, com uma tatuagem de dragão no braço, e olhos castanhos claros mostrou uma pistola para ela. "Cala a sua boca ou eu vou calar", teria dito o homem.

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Fátima assistiu a uma missa, em memória do seu filho, e em seguida foi à 13ª DP registrar queixa sobre a ameaça. O advogado Rodrigo Mondego, que acompanha o caso pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, disse que ainda vai conversar com Fátima sobre a oferta do governo do Estado.

A perícia realizada no Morro Pavão-Pavãozinho no dia seguinte à morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, apontou que houve tiroteio recente na favela, informou o delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema). Os peritos encontraram marcas de tiros nas paredes dos dois lados de uma quadra esportiva, próximo ao local em que o dançarino participava de um churrasco. Moradores acusam os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora de terem feito os disparos. Para o delegado, a perícia é indício de que houve confronto com traficantes.

O delegado enviou 50 cápsulas de projéteis da PM para análise no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, para serem comparadas com uma cápsula deflagrada e a ponta de uma bala recolhida nas proximidades do local em que DG foi encontrado morto. Ambas são de calibre ponto 40, de uso exclusivo das polícias, mas a munição também é utilizada por criminosos.

 

O delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema), que investiga a morte do dançarino Douglas Rafael Pereira, o DG, e de Edilson da Silva dos Santos, disse na tarde desta sexta-feira (25) que a posição em que DG foi encontrado na manhã de terça-feira (22) corresponde a foto divulgada na edição desta sexta do jornal "Extra". Na imagem o dançarino está de costas e é possível observar claramente em suas costas um orifício causado por objeto pérfuro-contundente. No entanto, Ribeiro minimizou o resultado do laudo de perícia de local que apontou que os ferimentos na vítima eram compatíveis com aqueles causados por uma queda.

"O perito não deve ter tido condições de afirmar, no momento, que aquele orifício era de projétil de arma de fogo. O objetivo da perícia de local não é exclusivamente apontar a causa da morte. Isso cabe ao laudo de necropsia feito no Instituto Médico Legal (IML). A perícia de local (feita por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli) deve apontar a dinâmica do que houve no local do crime".

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A primeira foto do corpo de Douglas que o mostra agachado em posição de defesa foi divulgada na quarta-feira, 23, por parentes da vítima. Até então, imaginava-se que DG havia sido encontrado naquela posição.

O delegado reiterou que as lesões encontradas no corpo não são compatíveis com tortura e agressões, como acusa a mãe de DG, a auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, de 56 anos. Perguntado então sobre o motivo de a mulher fazer essas acusações contra policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho, o Ribeiro respondeu: "A mãe da vítima fala o que bem entender. Eu falo com base naquilo que eu apurar".

Nesta sexta, foi ouvido na 13ª DP mais um dos dez PMs que teriam participado do suposto confronto com traficantes do Pavão-Pavãozinho na madrugada de terça, poucas horas antes de o corpo de DG ter sido encontrado no pátio de uma creche no alto da favela. Ribeiro, no entanto, não divulgou a versão do policial.

O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, esteve no início da tarde na 13ª DP, onde reuniu-se com Gilberto Ribeiro. Barbosa disse que a especializada está apenas auxiliando a 13ª DP na condução do inquérito.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que as investigações sobre a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, serão feitas com rigor e transparência pela Polícia Civil. No entanto, é preciso esperar os resultados dos laudos e os depoimentos dos dez policiais envolvidos no caso. As investigações são conduzidas pelo delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª Delegacia de Polícia (Copacabana).

"Não vamos prejulgar, vamos dar a chance aos policiais de se defenderem, darem seus depoimentos. Não iremos acobertar nenhuma irregularidade", disse. Repetindo as palavras do secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, Pezão acrescentou que "se tivermos que cortar na própria carne, cortaremos. A família pode confiar no nosso empenho em chegar aos envolvidos".

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O governador lamentou a morte de DG e disse estar solidário com a família do dançarino. "É lamentável. Eu me solidarizo com a mãe do Douglas, com a família dele. Para nós que somos pais, é inimaginável perder um filho. É um sofrimento, uma angústia para todos. Reafirmo que a família pode confiar no nosso empenho".

As declarações foram dadas na sede da Fecomércio, no bairro do Flamengo, zona sul do Rio, na manhã desta sexta-feira, 25. Mais cedo, a mãe de Douglas, Maria de Fátima Silva, de 56 anos, recusou o convite para se encontrar com Pezão no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras, zona sul.

"Eu não vou ao Palácio (Guanabara). O governador está querendo se projetar em cima da imagem do meu filho. Mas eu não vou deixar nenhum político fazer isso. Existem outros crimes iguais ao do meu filho que não foram solucionados".

Despedida - Douglas foi enterrado na tarde desta quinta-feira (24), no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul, sob aplausos, fogos e gritos de "fora UPP" e "polícia assassina". Moradores do morro Pavão-Pavãozinho, onde ele morou na infância, fizeram uma passeata do cemitério até o morro que terminou em conflito com policiais militares.

A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima Silva, mãe do dançarino Douglas Rafael Pereira, o DG, disse nesta sexta-feira, 25, que recebeu nesta manhã ligações de assessores do governo do Estado para se encontrar com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) no Palácio Guanabara, mas recusou o convite.

"Eu não vou ao Palácio (Guanabara). O governador está querendo se projetar em cima da imagem do meu filho. Mas eu não vou deixar nenhum político fazer isso. Existem outros crimes iguais ao do meu filho que não foram solucionados, como o da servente Cláudia (que teve o corpo arrastado por uma viatura da Polícia Militar), o do Amarildo, e o do filho da Ciça Guimarães e da engenheira Patrícia Amieiro", afirmou.

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Maria de Fátima disse ainda que vai se encontrar com representantes da ONG Anistia Internacional, em São Paulo, a fim de pedir ajuda para que a morte de DG não fique impune. "Também vou pedir auxílio para que o projeto das UPPs seja reformulado, para uma polícia transparente e também para a implantação de uma ouvidoria digna nas comunidades. Está virando 'Mortal Kombat' nas comunidades pacificadas. A população está sendo encarada como inimiga (da polícia)", completou.

A Anistia Internacional, entidade mundial de defesa dos direitos humanos, cobrou nesta quinta-feira, 24, que as mortes de Douglas Rafael da Silva Pereira e Edilson Silva dos Santos, ocorridas na última terça-feira em Copacabana, na zona sul do Rio, sejam investigadas e os autores, responsabilizados.

"Infelizmente, o índice de homicídios de jovens em territórios de favelas e periferias é alarmante. A polícia brasileira está entre aquelas que mais matam no mundo, segundo dados da ONU. Entre os jovens, a proporção de mortes é duas vezes maior se comparada com a idade adulta. E entre os jovens brasileiros que morrem, 78% são negros", alerta nota divulgada pela entidade.

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"A Anistia Internacional Brasil pede não apenas que as mortes sejam devidamente investigadas, esclarecidas e responsabilizadas, mas que seja reconhecida a necessidade urgente de mudanças estruturais na organização das polícias, que incluam a sua desmilitarização, o aumento da transparência e a implementação de um controle externo efetivo das atividades policiais", conclui o texto.

O tiro que atingiu e matou o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, foi disparado de propósito em sua direção, concluiu a Polícia Civil. O delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª Delegacia de Polícia (DP), descartou ontem que o rapaz tenha sido atingido por bala perdida. "Se você quer chegar à conclusão de que uma bala perdida atingiu Douglas, que estava passando lá atrás, é impossível. Tirar essa conclusão é viagem", disse o responsável pela investigação das mortes de DG e de Edilson da Silva dos Santos, de 27 anos.

O corpo do dançarino foi encontrado na manhã de terça-feira no pátio de uma creche no morro Pavão-Pavãozinho (Copacabana, zona sul do Rio), junto a um muro com 10 metros de altura. Ele foi enterrado ontem à tarde. Após o sepultamento, protesto realizado por moradores da favela e black blocs causou tumulto nas ruas de Copacabana.

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Já prestaram depoimento à Polícia Civil oito dos dez PMs que participaram de um suposto confronto com traficantes horas antes de o corpo de DG ter sido descoberto. Segundo Ribeiro, todos negaram ter atirado no dançarino. Contudo, disseram que viram um vulto pulando o muro traseiro da creche. O delegado afirmou que não há contradições nos depoimentos dos PMs. As armas que utilizaram foram apreendidas e enviadas à perícia balística.

A princípio não é possível confirmar que DG foi torturado ou espancado, disse o delegado. "Não podemos sustentar que houve tortura, mas vamos nos aprofundar. A priori, não há indicação de espancamento." Também já foram interrogados um irmão de criação de Edilson Santos, um adolescente que o socorreu e PMs que o levaram ao Hospital Miguel Couto, onde já chegou morto. Santos foi baleado na cabeça durante o protesto de moradores do Pavão-Pavãozinho, na noite de terça, que terminou em tiroteio e confusão na favela e no bairro. Investigadores da Corregedoria da PM e da 13ª realizaram ontem perícia complementar na creche Lar de Pierina, onde DG morreu.

O perfil das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro no microblog Twitter foi invadido por hackers na manhã desta quinta-feira (24). A imagem principal da página (um painel onde se lê "Eu apoio a paz", com as letras U, P e P em destaque) foi trocada por uma imagem do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, encontrado morto na última terça-feira.

O hacker postou uma foto da mãe de DG e duas frases: "Não vai passar em branco" e "UPP continua matando até quando?".

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Segundo a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, o administrador da rede social foi avisado minutos depois e "em menos de duas horas o perfil oficial das UPPs foi restabelecido na rede social".

Manifestantes e policiais entraram em confronto, por volta das 16h30 desta quinta-feira (24), durante uma passeata em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Um adolescente foi detido acusado de lançar pedras contra policiais. O grupo de manifestantes havia saído do cemitério São João Batista, em Botafogo, na mesma região, onde acompanharam o enterro do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos.

Os manifestantes seguiam pela avenida Nossa Senhora de Copacabana e a confusão começou na esquina com a rua Sá Ferreira. Foram lançadas bombas e a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo.

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Houve correria e os manifestantes se dispersaram. Depois de aproximadamente 15 minutos, os ativistas se reuniram novamente e seguiram rumo ao morro do Cantagalo, onde o corpo do dançarino foi encontrado, na última terça-feira.

Cerca de 500 pessoas acompanharam o enterro do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Ele foi sepultado sob aplausos, queima de fogos de artifício e gritos de "Justiça", "Polícia assassina" e "Fora UPP".

Grávida de oito meses, Jaqueline Cristina Fernandes, uma das irmãs mais velhas de DG, desmaiou e foi socorrida em um corredor do cemitério. O irmão mais novo do dançarino, Leonardo Pereira, de 19 anos, também estava muito abalado e foi retirado de perto do túmulo pelo pai, o pintor Paulo César Calazans Pereira, de 50 anos. "Você tem noção da dor que eu estou sentindo aqui dentro? É um buraco enorme. Eles humilharam o meu irmão", disse Leonardo, chorando.

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Alexandre Vieira, tio materno do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, disse que ainda não conseguiu assimilar a perda do sobrinho. "As pessoas têm falado muitas coisas, são muitas informações ao mesmo tempo, então ainda não consegui assimilar que não vamos mais conviver com o Douglas". Apesar de morarem em cidades diferentes (Alexandre em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Douglas em Copacabana, no Rio) eles se falavam constantemente. "Fica uma lacuna, um vazio, que aos poucos será amenizado com a saudade. Agora, só podemos agradecer por ter tido a oportunidade de conviver 26 anos com a alegria do Douglas".

Irmã.

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Grávida de oito meses, Jaqueline Cristina Fernandes, uma das irmãs mais velhas de DG, sofreu com pressão alta ao saber da morte do irmão. Moradora de Raiz da Serra, na Paraíba, ele viajou até o Rio de Janeiro, mesmo contrariando indicações médicas, para se despedir do irmão. A outra irmã do dançarino, que mora na Espanha, não conseguiu passagem a tempo de chegar para o velório e o enterro.

Sem vínculo sanguíneo com Edilson da Silva dos Santos, de 27 anos, a mãe de criação dele, Simone Hilário, de 43 anos, não conseguiu liberar o corpo do rapaz no Instituto Médico Legal (IML) para ser enterrado. Mesmo apresentando todos os documentos do rapaz, ele só será liberado na sexta-feira, 25, passadas 72 horas para que um parente biológico reclame o cadáver. Santos foi atingido por um tiro na cabeça na noite de terça-feira, 22, durante protesto contra a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos.

Simone conheceu Santos, que tinha problemas mentais, quando ele tinha 18 anos e dormia em uma Kombi na rua Saint Romain, na entrada da favela. Mãe de sete filhos biológicos, ela alimentava o rapaz e permitia que ele tomasse banho na casa dela.

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Depois de ser preso em flagrante por roubar alumínio de uma cabine da PM, Santos ficou três anos internado no Hospital Penitenciário Heitor Carrilho, um manicômio judiciário, no Estácio, zona norte do Rio. Nos fins de semana ele era levado pelos agentes do hospital para a casa da família de Simone que estava construindo um quartinho para ele nos fundos do terreno. "Ele gostava muito de jogar vídeo game e ficar na internet", contou a mãe de criação.

Vizinha e amiga da família, Luciana Firmino Santos, de 38 anos, disse que o rapaz era "uma pessoa muito boa". "Ele era meu amigo, um menino muito educado, alegre, não era nada violento".

Segundo Simone, na noite de terça-feira, o filho de criação saiu de casa ao saber da morte de DG e foi atingido na cabeça. Ela, que também considerava o dançarino como um filho, afirma que perdeu os dois filhos de criação vítimas da violência policial no morro do Pavão-Pavãozinho, em 24 horas.

O laudo do exame de delito de necropsia do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 26 anos, constatou que um objeto "compatível com projétil de arma de fogo" entrou e saiu do corpo do rapaz, que teve o pulmão perfurado. Ele foi encontrado em uma creche no alto do morro Pavão-Pavãozinho na tarde dessa terça-feira, 22. Na véspera, houve tiroteio na comunidade. O documento foi divulgado pelo Jornal Hoje, da TV Globo.

De acordo com o laudo, havia "uma ferida com orla de escoriação e zona de enxugo, compatível com ferimento de entrada de projétil de arma de fogo" e "uma ferida com bordos irregulares e evertidos, compatível com ferimento de saída de projétil de arma de fogo" no corpo. DG teria sido atingido nas costas, na região lombar, e o tiro saiu pelo ombro do rapaz.

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O disparo, feito de baixo para cima, pode ter sido deflagrado quando o dançarino tentava pular uma laje durante o confronto entre policiais da Unidade de Polícia Pacificadora e traficantes. Após uma queda de cerca de 10 metros, ele ainda teria tentado se levantar, mas não resistiu aos ferimentos.

Tortura

Após depor por cerca de duas horas, a auxiliar de enfermagem Maria de Fátima da Silva, de 56 anos, mãe do dançarino, disse que o protesto que terminou em confusão nessa terça-feira, 22, no morro Pavão-Pavãozinho e nas ruas do bairro de Copacabana, na zona sul do Rio, ocorreu porque os moradores da comunidade quiseram evitar que o corpo de Douglas fosse retirado do local e a cena do crime, desfeita.

Ela disse que moradores da favela teriam visto e filmado os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) torturando seu filho. "Peço aos moradores que tomem coragem e compareçam à delegacia para falarem o que sabem. Peço que tenham a mesma coragem que tiveram quando não deixaram os policiais esconderem o corpo e transformarem meu filho em mais um Amarildo".

Maria de Fátima disse ainda que havia duas cápsulas junto com os documentos do filho na delegacia. Ela questionou o motivo e recebeu a justificativa de que as cápsulas estavam perto do corpo do jovem. A mãe de Douglas foi ouvida nesta quarta-feira, 23, pelo delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema) e também por um oficial da Corregedoria da Polícia Militar.

Por determinação do coordenador das UPPs, coronel Frederico Caldas, a PM também instaurou procedimento apuratório. Mais cedo, Caldas afirmou que ainda não é possível estabelecer qualquer ligação entre o tiroteio ocorrido entre os PMs da UPP e os traficantes na madrugada de terça e o posterior encontro do cadáver de DG, ocorrido por volta das 10h do mesmo dia.

"Os relatos dos policiais (que participaram do tiroteio) não indicam qualquer perseguição ou abordagem no local da troca de tiros. Eles foram até lá checar uma informação passada pelo Disque-Denúncia de que haveria marginais, mas foram recebidos com muitos tiros e decidiram recuar. Eles sequer conseguiram chegar ao local indicado na indicado na denúncia". Segundo Caldas, pelo menos oito policiais estavam na guarnição que participou do confronto.

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