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Seguindo a onda de vazamentos comprometedores iniciada no último mês de junho pelo site The Intercept, um grupo opositor com um nome fantasia de ‘Pavão Misterioso’ afirma que divulgará mensagens comprometedoras envolvendo membros da esquerda.

O Intercept vazou troca de mensagens que colocam em xeque a credibilidade do trabalho de Sergio Moro enquanto juiz federal. Agora, o ‘Pavão Misterioso’ diz ter informações importantes sobre o jornalista Glenn Greenwald e seu marido, o deputado federal David Miranda (PSOL), a serem tornadas públicas.

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“Foi pânico hj? Deve piorar muito domingo! São mais de 200 prints, Chips e cpfs. Não temam donzelas, vossa hora chegou, vcs são muitos mas não sabem voar!”, escreveu o perfil no Twitter, com o anexo de um print de uma suposta troca de mensagens entre Glenn e David.

Na conversa, uma suposta mensagem atribuída a David Miranda diz, com preocupação, para que Glenn não utilize mais o Telegram e que ele descarte chips e aparelhos. Além do casal, o ‘Pavão Misterioso’ diz ter conteúdos que comprometem também o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) e o ex-parlamentar Jean Wyllys.

O vereador e filho do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro (PSC), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta terça-feira (25) para alfinetar o deputado federal David Miranda (PSOL), que ocupou a cadeira na Câmara deixada por Jean Wyllys (PSOL).

“Suplente do ex-BBB Jean 'Willians', David 'Merenda' ameaça Bolsonaro dizendo que cairá pelas mãos de seus fantoches ativistas. Mais um que se acha super cool”, escreveu o parlamentar.

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Ainda em sua publicação, o filho do presidente disse que existe uma união de pessoas para tornar o governo inviável. “Todos os vagabundos deste país se uniram contra o governo para tentar torná-lo inviável. Forçando a existência da narrativa do governo autoritário como plantam lá fora”, afirmou.

Por fim, o vereador sugeriu que os seus opositores esquecem fatos. “Os bandidos saem limpinhos e o Brasil volta para sua mãos de quem nos saqueou. Se esquecem de muitas coisas!”, falou.

Glenn Greenwald: muita gente sabia pouco - ou praticamente nada - sobre esse nome antes do último dia 9 de junho, data em que foi ao ar o primeiro vazamento de conversas entre o ministro da Justiça Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato, feito pelo site The Intercept.

A repercussão envolvendo o jornalista foi tão grande que muita gente já deve ter, inclusive, aprendido a escrever o nome dele sem pesquisar previamente. Mas quem, de fato, é Glenn Greenwald e por que seu trabalho tem sido alvo de tantos elogios e tantas críticas?

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Greenwald é jornalista, fundador e editor do site The Intercept. Nascido em Nova York, ele tem 52 anos e já mora no Brasil há mais de 10 anos. Em terras canarinhas, construiu sua família e se estabeleceu. O jornalista é casado com o deputado federal David Miranda (PSOL), que ocupou a vaga na Câmara Federal deixada por Jean Wyllys (PSOL).

O casal tem dois filhos adotados e tinha uma vida pessoal quase que anônima antes de todo esse burburinho. A família de Greenwald e Miranda foi alvo de muitos ataques após a divulgação feita pelo The Intercept. O deputado chegou a receber e-mails anônimos com duras ameaças à integridade deles. Já quanto ao jornalista, sugeriram tirar a permissão de morada dele no Brasil.

Porém, o The Intercept não se intimidou e seguiu fazendo vazamentos envolvendo, principalmente, o nome de Sergio Moro. Muito foi questionado sobre a capacidade profissional de Greenwald e sobre a credibilidade do trabalho desenvolvido pelo seu site.

O que pouca gente sabe é que o fundador do The Intercept é vencedor de alguns prêmios, entre eles o Pulitzer - prêmio norte-americano outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical, o mais prestigiado do mundo entre jornalistas. Greenwald ganhou o Pulitzer por reportagens sobre o vazamento da NSA por parte de Edward Snowden. O jornalista considera, agora, que o material que chegou ao veículo é “um dos maiores da história do jornalismo”.

“O jornalista do The Intercept embaralhou muitas cartas do meio político brasileiro. Anteriormente, não havia nunca como colocá-lo numa posição de protagonismo dentro de enredos no país, mesmo ele sendo casado com um parlamentar e atuando com jornalismo político. Mas, agora, é possível enxergar Glenn como uma figura imprescindível para entender os últimos acontecimentos do Brasil porque, de fato, ele é”, explica a cientista política Larissa Leonel.

O Pulitzer foi recebido por Glenn enquanto ele atuava no The Guardian. Assim, ele conseguiu levar a um dos principais jornais do mundo a primeira vitória no prêmio. Com a mesma reportagem, o jornalista se tornou o primeiro estrangeiro a vencer o Prêmio Esso de Excelência em Reportagens Investigativas no Brasil.

Além de jornalista, Greenwald é advogado constitucionalista e autor de quatro livros entre os mais vendidos do New York Times na seção de política e direito. O currículo de Greenwald é, incontestavelmente, volumoso e com premiações importantes. Entretanto, o nome dele deve continuar no foco de polêmicas e questionamentos ainda por um certo tempo.

Os vazamentos feitos pelo The Intercept ainda não acabaram e o site promete trazer ainda mais conteúdos comprometedores ao olho do furacão da política brasileira. Apoiando ou criticando, a atenção dos brasileiros parece estar centrada nas próximas novidades trazidas pelo site.

Durante audiência na audiência a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, o ministro da Justiça Sergio Moro recebeu o apoio do senador Flavio Bolsonaro (PSL), que é filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Desde às 9h desta quarta-feira (19), Moro está no Senado dando esclarecimentos sobre o vazamento de conversas suas com procuradores da Operação Lava Jato, que veio a tona no último dia 9 de junho pelo site The Intercept.

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“Além de todos os absurdos, há um conluio que foi estabelecido contra o presidente da República”, iniciou Flávio Bolsonaro, mostrando-se insatisfeito com as acusações que Sergio Moro vem recebendo nos últimos dias.

O senador ainda leu uma denúncia que coloca em cheque a integridade do jornalista Glenn Greenwald, seu marido David Miranda (PSOL) e o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL). “Glenn e David teriam comprado o mandato de Wyllys por 700 mil dólares, além de uma mesada de 10 mil dólares para o ex-bbb”, leu Flávio.

O filho do presidente questionou ao ministro se a Polícia Federal estaria investigando esse caso, que respondeu assentindo. Por fim, Flávio voltou a dizer que está havendo um conluio. “É convocado por vários senadores desta Casa, assim como por outros parlamentares. É um absurdo”, opinou.

“Agradeço a suas considerações. De fato o senhor foi uma testemunha de que todas as especulações de que eu tinha algo combinado com o presidente são falsas, até porque eu não conhecia Bolsonaro antes das eleições do ano passado”, explicou Moro.

O ministro da Justiça aproveitou para explicar outras polêmicas envolvendo seu nome no governo. “Bolsonaro nunca me prometeu vaga no Supremo, assim como disseram que eu exigi o Coaf, sendo que eu nunca exigi o nada. O Coaf me foi oferecido”, pontuou.

O deputado federal David Miranda (PSOL), que ocupou oficialmente uma cadeira na Câmara Federal após a renúncia do ex-deputado Jean Wyllys (PSOL), concedeu entrevista ao Uol e falou sobre agressões que ele e sua família vêm recebendo nos últimos dias.

Miranda é casado com Glenn Greenwald, que é editor e fundador do site The Intercept, responsável pela divulgação das conversas entre o ex-juiz federal Sérgio Moro com procuradores da Operação Lava Jato. Ambos têm dois filhos adotados.

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"Estão me chamando de 'namorada' dele. Querem me ofender dizendo que sou viado e usaram um vídeo em que apareço dançando funk para denegrir a minha imagem e desqualificar o trabalho do Glenn. Como se ser gay fosse motivo para uma pessoa não ser levada a sério. Chamar de viado, para mim, é elogio", disse Miranda ao Uol.

No próximo domingo (23), o deputado estará no primeiro carro da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que no ano passado reuniu três milhões de pessoas. "Tem que dançar e gritar mesmo. Somos o país que mais mata LGBTs. A parada é a comemoração dos que sobrevivem”, afirmou.

A Polícia Federal foi acionada para investigar um e-mail que o deputado federal David Miranda (PSOL) recebeu com uma série de ameaças à sua vida. Miranda é casado com Glenn Greenwald, que é editor e fundador do site The Intercept, responsável pela divulgação da troca de mensagens entre Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.

No e-mail constam mensagens de baixo calão e várias ameaças à integridade do casal. “Bichas pedófilas desgraçadas, um atirador de elite vai explodir a cabeça da mãe do deputado”, diz um trecho do texto enviado a Miranda.

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A vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018, foi mencionada pelos ameaçadores. “Veja que não deixamos nenhuma evidência forense sobre a galinha preta desossada da Marielle Franco”, escreveu.

“Enviem 10 mil dólares em bitcoins para esta carteira. Vocês possuem até o final do mês de junho para o pagamento”, finalizou o comunicado. Através do Twitter, Miranda se posicionou e disse que vai seguir lutando.

“Esse é só um dos emails que recebi. Não mostramos todo o conteúdo porque é uma das piores coisas que alguém pode ler... Uma pessoa que escreve um email desse é doente, está à solta por aí. Já abri um inquérito na Polícia Federal em março. Até agora nada. Sigo lutando”, afirmou.

Glenn Greenwald também falou sobre o assunto e lembrou do ex-deputado federal Jean Wyllys que abandonou o cargo por medo de ameaças. “Para quem é ainda cínico ou tem dúvidas sobre o porquê do Wyllys deixou o país: esses e-mails são mais repugnantes e horríveis do que você pode imaginar. Informações muito detalhadas e privadas, ameaças gráficas e grotescas. O ódio é distorcido além do que é humano”, pontuou.

A deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal, Erika Kokay, expressou sua opinião a respeito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua prisão em Curitiba nesta terça-feira (11).

Através de seu perfil oficial no Twitter, Kokay disse que “você não precisa gostar do Lula e do PT para admitir que Lula é inocente e um preso político. Libertar Lula não é uma bandeira da esquerda, é uma bandeira do Estado Democrático de Direito”.

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A parlamentar ainda disse se solidarizar pelo editor do The Intercept, Glenn Greenwald, e seu esposo, o deputado federal David Miranda (PSOL). “Toda minha solidariedade ao Glenn Greenwald e ao David Miranda pelos ataques homofóbicos que estão sofrendo desde a divulgação do The Intercept. Enquanto os cães bolsonaristas ladram, a caravana da Justiça e da Verdade passa”, disparou.

Ainda em suas publicações, Kokay aproveitou para criticar o ministro da Justiça Sergio Moro. “Sempre denunciamos que Moro não tinha isenção para julgar Lula. O ex-juiz fez política com a toga. O Código de Processo Penal é claro: juiz não pode aconselhar qualquer das partes. Se o fizer é considerado suspeito e suspeição pode levar, sim, a anulação do processo”, finalizou.

O editor fundador do The Intercept Brasil - site que publicou nesse domingo (9) a troca de mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro com promotores da Operação Lava Jato -, Glenn Greenwald, falou nesta segunda-feira (10) sobre os ataques que vem recebendo.

Através de seu perfil oficial no Twitter, o jornalista disse que nada vai mudar. “Você pode me atacar o quanto quiser com pequenos insultos. Pode atacar o The Intercept. Você pode insultar David Miranda. Nada vai mudar o que Sergio Moro, Deltan Dallagnol e a Lava Jato fizeram. Essa evidência de irregularidades em massa nunca desaparecerá. É só começa”, disse. Greenwald é marido do deputado David Miranda (PSOL), com quem tem dois filhos adotados.

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Parlamentares da situação decorreram uma série de críticas ao vazamento feito pelo site administrado por Greenwald e mostraram apoio ao trabalho desempenhado pelo ministro Sergio Moro.

“Mesmo os fãs da Lava Jato vêem e entendem o quão sujos e errados foram as ações de Sergio Moro: atualmente - incrivelmente - o Ministro da Justiça”, acrescentou Greenwald.

O deputado federal pelo PSOL, David Miranda, utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta quarta-feira (29) para endossar o seu incentivo aos atos desta quinta-feira (30) em prol da educação.

 “As universidades públicas federais brasileiras, por meio dos pilares de ensino, pesquisa e extensão, constituem hoje o maior sistema de formação de recursos humanos, produção de conhecimento e desenvolvimento tecnológico”, disse o parlamentar.

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 David ainda alfinetou mais ainda o ministro da Educação, Abraham Weaintraub: “Balbúrdia é tirar dinheiro da educação”, escreveu. No Recife, os atos desta quinta se concentrarão na Rua da Aurora, a partir das 15h.

 “Nós somos o primeiro país da História com um plano de desenvolvimento que inclui cortar verba de universidades, bolsas de pesquisa, perseguir professores, e chamar alunos de idiotas. Alunos não querem esmola, querem estrutura para mudar nosso país. Amanhã nas ruas!”, convidou David.

O deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), de 34 anos, foi eleito pela revista Time na edição desta sexta-feira como um dos dez líderes da próxima geração.

Originário da favela do Jacarezinho, casado com o jornalista americano Glenn Greenwald, Miranda, conhecido pelo ativismo LGBT, diz que fala "pelos que antes não tinham voz" em vídeo publicado no site da revista Time, onde estão resenhados os dez jovens que integram a lista bianual.

A chegada à Presidência do ultradereitista Jair Bolsonaro, em janeiro, conhecido pelos comentários racistas e homofóbicos, e a violência recorde contra homossexuais no Brasil tornam seu trabalho ainda mais relevante.

"Um homem negro, gay, favelado, cria do Jacarezinho, na capa de uma das revistas mais respeitadas do mundo como a Próxima Geração de Líderes. Vocês têm noção do quanto isso representa para mim? Só tenho a agradecer. Sigamos fortes e lutando", afirmou ele no Twitter.

"Quero ser uma ferramenta da democracia", disse Miranda à Time. As pessoas que antes não tinham voz, "agora têm, através de mim".

Seu primeiro projeto de lei defende a educação obrigatória de temas LGBTQ para políticos e professores. Também planeja enfrentar o tema da violência policial e proteção salarial dos mais pobres.

Miranda, que foi engraxate e faxineiro na adolescência, é um dos poucos negros no Congresso Nacional, embora mais da metade da população se declare negra ou parda.

Ele conheceu Greenwald, de 52 anos, na praia de Ipanema, no Rio. Ao lado do jornalista, trabalhou com o ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA), o americano Edward Snowden, para publicar provas dos programas de vigilância dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

Greenwald o ajudou a concluir seus estudos e entrar na política. Em 2016, foi eleito vereador pelo PSOL, onde trabalhou lado a lado com Marielle Franco, também negra e homossexual, assassinada aos 38 anos, em março de 2018, um crime atribuído a milicianos.

Miranda era suplente do deputado do PSOL Jean Wyllys, que decidiu deixar o país em janeiro passado após receber ameaças de morte. Com sua partida, Miranda assumiu o cargo em Brasília, embora ele próprio diga ter recebido centenas de ameaças de morte, que o levaram a contratar seguranças para proteger sua família.

Entre os outros líderes escolhidos pela revista estão a ambientalista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que começou uma paralisação escolar em defesa do clima, e a atriz negra e bissexual Tessa Thompson, de 35, que defende que Hollywood seja mais inclusiva com as mulheres cineastas.

A lista completa está disponível em http://time.com/collection/next-generation-leaders/2019/

O governo do Reino Unido defendeu a detenção do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, por nove horas no aeroporto de Heathrow, em Londres. Segundo o Ministério do Interior britânico, as autoridades "têm o dever de proteger o público e a segurança nacional" do país.

O Ministério disse também que a polícia está certa em parar pessoas suspeitas de possuir "informações de grande importância roubadas que ajudariam terrorismo".

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Miranda foi detido e mantido incomunicável pelas autoridades britânicas neste domingo, com base na lei de combate ao terrorismo do país europeu. O companheiro do brasileiro, Glenn Greenwald, é um dos jornalistas para os quais o ex-agente dos EUA Edward Snowden revelou documentos secretos sobre espionagem cibernética praticada pelos Estados Unidos, incluindo a governos de países parceiros. Fonte: Associated Press.

O Brasil manifesta "grave preocupação" com o caso do brasileiro David Miranda, retido no Aeroporto de Heathrow, em Londres. O posicionamento foi manifestado de forma oficial por meio de uma nota do Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgada nesta segunda-feira, 19.

"O governo brasileiro manifesta grave preocupação com o episódio ocorrido no dia de hoje em Londres, onde cidadão brasileiro foi retido e mantido incomunicável no aeroporto de Heathrow por período de 9 horas, em ação baseada na legislação britânica de combate ao terrorismo", cita o texto. Mas as críticas vão além. "Trata-se de medida injustificável por envolver indivíduo contra quem não pesam quaisquer acusações que possam legitimar o uso de referida legislação. O Governo brasileiro espera que incidentes como o registrado hoje com o cidadão brasileiro não se repitam", destaca a nota.

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Miranda foi interrogado e ficou detido por nove horas no aeroporto de Heathrow, em Londres, quando fazia uma conexão entre Berlim e o Rio de Janeiro. Após ser liberado pelos policiais da Scotland Yard, o brasileiro, de 28 anos, embarcou em outro voo na noite de domingo, 18, e desembarcou na manhã desta segunda-feira no Aeroporto Internacional do Galeão - Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Miranda é companheiro do repórter do jornal inglês The Guardian Glenn Greenwald, que divulgou informações sobre o esquema de espionagem do governo norte-americano.

O parlamentar britânico Keith Vaz deve pedir explicações para a polícia do país pela retenção do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, por nove horas no aeroporto de Heathrow, em Londres. Miranda foi detido e mantido incomunicável pelas autoridades britânicas neste domingo, com base na lei de combate ao terrorismo do país europeu.

Keith Vaz disse que quer saber a razão pela qual a polícia abordou Miranda. Segundo o parlamentar, é preciso esclarecer os fatos rapidamente. "Agora você tem uma queixa de Greenwald e do governo brasileiro. Eles realmente disseram que estão preocupados com o uso da legislação de combate ao terrorismo para algo que não parece estar relacionado com o terrorismo."

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Glenn Greenwald é um dos jornalistas para os quais o ex-agente dos EUA Edward Snowden revelou documentos secretos sobre espionagem cibernética praticada pelos Estados Unidos, incluindo a governos de países parceiros.

O celular, o laptop e os cartões de memória do brasileiro foram confiscado, segundo Greenwald. Miranda foi detido durante uma viagem ao Brasil depois de visitar a Alemanha, onde ele se encontrou com Laura Poitras, um cineasta norte-americana que já havia trabalhado com Greenwald na reportagem sobre a Agência de Segurança Nacional, dos EUA. O jornal The Guardian informou que pagou pelos voos de Miranda, mas não deu mais detalhes sobre a sua participação.

Vaz afirmou que era "extraordinário" o fato de a polícia ter conhecimento de que Miranda era o parceiro de Greenwald, e que as autoridades tinham como alvo parceiros de pessoas envolvidas no caso de Edward Snowden.

"Tendo em mente que deter alguém nestas circunstâncias é uma nova utilização da legislação de combate ao terrorismo, eu certamente estou interessado em saber, por isso vou escrever para a polícia para pedir justificativas pelo uso desta legislação. Eles podem ter uma explicação perfeitamente razoável", disse Vaz.

O parlamentar do Partido Trabalhista Tom Watson questionou se os ministros do Ministério do Interior tinha sido avisados sobre o caso e descreveu a prisão como algo "vergonhoso para o governo". Segundo Watson, há o perigo de que este tipo de serviço de inteligência viole seus limites. "Eles estão claramente tentando intimidar Glenn Greenwald. E isso é um ataque ao jornalismo", disse à BBC.

O governo brasileiro classificou a retenção como "medida injustificável".

"Trata-se de medida injustificável por envolver indivíduo contra quem não pesam quaisquer acusações que possam legitimar o uso de referida legislação [de combate ao terrorismo]", divulgou por meio de nota o Itamaraty. O órgão informou, ainda, que o governo manifesta "grave preocupação" e espera "que incidentes como o registrado hoje com o cidadão brasileiro não se repitam".

Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

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