Tópicos | balbúrdia

O deputado federal pelo PSOL, David Miranda, utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta quarta-feira (29) para endossar o seu incentivo aos atos desta quinta-feira (30) em prol da educação.

 “As universidades públicas federais brasileiras, por meio dos pilares de ensino, pesquisa e extensão, constituem hoje o maior sistema de formação de recursos humanos, produção de conhecimento e desenvolvimento tecnológico”, disse o parlamentar.

##RECOMENDA##

 David ainda alfinetou mais ainda o ministro da Educação, Abraham Weaintraub: “Balbúrdia é tirar dinheiro da educação”, escreveu. No Recife, os atos desta quinta se concentrarão na Rua da Aurora, a partir das 15h.

 “Nós somos o primeiro país da História com um plano de desenvolvimento que inclui cortar verba de universidades, bolsas de pesquisa, perseguir professores, e chamar alunos de idiotas. Alunos não querem esmola, querem estrutura para mudar nosso país. Amanhã nas ruas!”, convidou David.

O ministro da Educação Abraham Weintraub ressuscitou a balbúrdia, a palavra. O termo que já saiu da boca de personagens shakespearianos e outros clássicos, e andava meio esquecido no meio de tanta "confusão", "alvoroço", "escarcéu" e "zoeira", ganhou força ao ser usado como uma das justificativas para o corte de recursos das federais. "Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas", disse o ministro em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no dia 30. Declaração essa que, claro, causou "alarido".

Tão logo a "balbúrdia" foi ganhando o noticiário, os alunos das universidades federais trataram de reinterpretá-la. Assim, instituições como a UnB (Universidade de Brasília), a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), a UFPR (Universidade Federal do Paraná), a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e muitas outras criaram perfis no Instagram batizados de "balbúrdia" (e mais a sigla da instituição, como @balburdiaufrj ou @balburdiaufpe).

##RECOMENDA##

Os universitários estão usando esses perfis para divulgar a produção científica das próprias universidades e as ações que aproximam o mundo acadêmico da população. "Quando a sociedade concorda com o ministro, quando ele diz que nas universidades o que se faz é balbúrdia, é porque as pessoas não sabem o que acontece dentro da instituição. Então, resolvemos divulgar e dar publicidade a tudo de bom e importante que acontece aqui dentro", disse Ítalo Monteiro, aluno do curso de Odontologia da UFPE.

Além do perfil no Instagram, os alunos promoveram (no sábado), uma ação no centro do Recife. O corpo a corpo foi tratado como o "Dia Nacional da Balbúrdia" e teve como ideia central mostrar para a população o resultado de pesquisas científicas que são produzidas dentro do ambiente acadêmico. Ação parecida aconteceu em Brasília, na UnB. Em Minas, estudantes da UFMG estão programando uma "feira da balbúrdia" que deve funcionar como uma feira de ciência e envolver toda a comunidade acadêmica. Na UECE (Universidade Estadual do Ceará), os alunos também estão se organizando.

Apesar do teor político, a "balbúrdia" será o tema de diversos encontros e festas universitárias nos próximos meses. Em 1.º de junho, já está programada para a Arena Futebol Clube, em Brasília, uma Festa da Balbúrdia - com entrada gratuita para alunos da UnB. A descrição da festa é a seguinte: "É chegada a hora de mostrar o tamanho da balbúrdia que a gente consegue fazer. Se é balbúrdia que eles querem, é balbúrdia que eles vão ter".

A palavra do ano? Em língua inglesa, a escolha de palavra do ano virou evento. Em 2018, o dicionário Oxford elegeu a palavra Toxic (Tóxico) como a mais importante do período. Há três anos, o Brasil também tem escolhido suas "palavras do ano". Em pesquisas realizadas pela CAUSE e Ideia Big Data, as palavras eleitas até agora foram: indignação (2016); corrupção (2017) e mudança (2018). "Ainda é muito cedo. Ainda assim, o contexto em que ela foi usada, e o fato de ter sido usada por um ministro de Estado, pode influenciar o uso, o significado ou o desuso de um termo como balbúrdia", disse o cientista político e idealizador da Palavra do Ano, Leandro Machado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dezenas de estudantes e pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) se concentraram neste sábado (11) em diversos pontos do Recife para protestar contra o corte de verbas nas universidades federais. Na ação, os alunos apresentaram trabalhos em pontos da cidade com o intuito de conscientizar a população sobre a produção científica acadêmica.

Segundo o estudante de odontologia Italo Ferreira, a perda para a população será imensurável. "Queremos conscientizar a população sobre as pesquisas que beneficiam a sociedade numa maneira geral, seja humana, animal, social", explicou.

##RECOMENDA##

Italo também salientou a perda que diversas crianças recifenses podem ter caso o corte de verbas afetar o departamento de odontologia. "Fazemos um tratamento com cerca de 500 crianças por semestre que têm língua presa, inclusive também fazemos a cirurgia. Se o departamento parar, não vamos ter como continuar os tratamentos", disse o discente.

O estudante de graduação em medicina veterinária Rodrigo Pontes e a pós-doutoranda Francini Klaumann atuam no Laboratório de Diagnóstico Animal da UFRPE, diagnosticando doenças de animais de grande porte pertencentes a pequenos proprietários. "Caso o departamento pare, não vamos ter como ajudar esses produtores, que muitas vezes têm os animais como única fonte de sustento", explica.

Estudantes das Universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizarão "balbúrdia" neste sábado (11), em vários pontos do Recife. A ação faz parte de um protesto realizado em todo o Brasil, que integra o Dia Nacional da Balbúrdia Universitária. O encontro tem o objetivo de mostrar à comunidade externa a contribuição acadêmica para a sociedade, em queixa à fala do ministro da Educação Abraham Weintraub, que declarou corte de verbas para universidade promotoras de "bagunça" nos campi.

Entretanto, durante o protesto, os estudante irão apresentar seus trabalhos acadêmicos de pesquisa, projetos e extensões para a população. "Temos conosco uma equipe muito plural em defesa da educação. Conhecemos pessoas que realizam pesquisa sobreo zika vírus, que fazem atendimento à população. Queremos que a comunidade externa perceba que os cortes são maléficos para a população", afirma o criador do perfil Balbúrdia UFPE, Italo Ferreira. 

##RECOMENDA##

Os atos serão realizados pelos estudantes da UFPE na praça do Derby e no Terminal Integrado do Recife (metrô), área central da cidade, em Jaboatão Velho e no município de Vitória de Santo Antão. Já os estudantes da UFRPE farão a colaboração com o ato na Praça do Derby, Praça da Independência e Parque 13 de Maio, na capital pernambucana. Além disso, haverá mobilização no Parque da Jaqueira, na Zona Norte do da cidade.

Atos semelhantes foram realizados durante esta semana. Nesta terça-feira (7), estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) realizaram caminhada com faixas e cartazes. Alunos da Universidade Federal da Sergipe (UFS) também promoveram mobilização em prol da instituição. Já na segunda-feira (6), dicentes e docentes realizaram um abraço simbólico na Universidade de Brasília (UnB).

Recuar na decisão de que universidades promotoras de “balbúrdia” dentro dos campi teriam verbas cortadas não foi suficiente para apagar o impacto na academia causado pelo ministro da Educação Abraham Weintraub. Após a declaração, surgiram diversas páginas em redes sociais promovendo e divulgando alunos realizando e apresentando trabalhos, pesquisas e extensões acadêmicas, como parte das “bagunças” causadas pelos estudantes.

Em Pernambuco, as universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) já ganharam perfis no Instagram com o objetivo de promover positivamente a imagem das instituições e dos estudantes. Segundo um dos criadores do Balbúrdia UFPE, o estudante de odontologia Italo Ferreira, o maior objetivo é conscientizar a população externa. “Queremos que a população em geral saiba que nós não fazemos balbúrdia e que os cortes serão maléficos para todo mundo”, explica o discente.

##RECOMENDA##

Italo salienta, ainda, que a ideia de criar a página veio juntamente com um amigo. “Vimos que a própria comunidade acadêmica defende os cortes com o argumento de que a universidade não produz nada benéfico para o Estado ou para o país, então criamos o Balbúrdia UFPE com o objetivo de mostrar a ‘balbúrdia’ feita pelos estudantes, indo a congresso e ganhando prêmios”, disse. O perfil já acumula quase 8 mil seguidores em alguns dias de criação.

O estudante de odontologia também demonstrou preocupação com os cortes. “Eu trabalho na clínica de odontologia na UFPE e somos, juntamente com o CISAM [Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros], os únicos lugares do Estado onde atendemos e realizamos cirurgia em bebês com fibromialgia [língua presa], e os cortes acabariam com o atendimento de 600 crianças no segundo semestre”, lamenta o Italo.

Já a estudante de história da UFRPE, Raissa Efrem, é a criadora do Balbúrdia UFRPE. Com o mesmo objetivo, o perfil busca mostrar os trabalhos acadêmicos que contribuem para a sociedade realizados por estudantes da Rural. “O ministro disse que ia cortar verbas de faculdades que não tivessem bom desempenho, entretanto não houve qualquer tipo de análise desse desempenho porque o corte já foi implementado em menos de um mês. Então a ideia da rede social foi de poder mostrar essa performance que o ministro disse que iria cobrar e não cobrou”, reclama.

LeiaJá também

--> Com bloqueio, UFPI não chega ao fim do ano, diz reitor

--> Reitores se reúnem nesta quarta contra cortes de verbas

A Universidade Federal Fluminense (UFF), umas das instituições de ensino ameaçadas de perder verba do Ministério da Educação (MEC) por “balbúrdia”, emitiu um posicionamento sobre o caso nesta terça-feira (30). Apesar de ainda não ser comunicada oficialmente da decisão, a UFF informou que já constatou o bloqueio de 30% dos recursos disponíveis.

De acordo com a Universidade, a verba serve para atividades como bolsas e auxílios a estudantes, energia, água, luz, obras de manutenção, pagamento de serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outras. “Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade.

##RECOMENDA##

A UFF é hoje uma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país, prezando pela excelência em todas as áreas do conhecimento”, informou a instituição de ensino. Veja a nota na íntegra:

As Instituições Federais de Ensino Superior receberam pela imprensa a informação de que haveria novo bloqueio de verbas do orçamento discricionário de 2019. Os contingenciamentos não foram uniformes e três universidades sofreram mais: Universidade Federal Fluminense, Universidade de Brasília e Universidade Federal da Bahia. A UFF ainda não foi comunicada oficialmente da decisão do Ministério da Educação, mas foi constatado o bloqueio de 30% dos recursos disponíveis para manutenção das atividades, como bolsas e auxílios a estudantes, energia, água, luz, obras de manutenção, pagamento de serviços terceirizados de limpeza, segurança, entre outros. Se confirmada, esta medida produzirá consequências graves para o pleno funcionamento da Universidade.

A UFF é hoje uma das maiores, mais diversificadas e pujantes universidades do país, prezando pela excelência em todas as áreas do conhecimento. A qualidade da UFF é atestada pela pontuação máxima (5) no conceito institucional de avaliação do MEC e temos o maior número de alunos matriculados na graduação entre todas as universidades federais. Além disso, a UFF é a 16ª colocada no ranking RUF, entre quase 200 universidades.

Nossa universidade exerce com responsabilidade a proteção do patrimônio público e das pessoas, defendendo com firmeza o princípio constitucional da livre manifestação do pensamento, com tolerância e respeito à diversidade e à pluralidade.

Faremos todo o esforço institucional ao nosso alcance para demonstrar ao Ministério da Educação a necessidade de reversão dos cortes anunciados.

Pelo Twitter, a Universidade de Brasília (UnB), outra instituição alvo da decisão federal, reforçou sua qualidade educativa. “Estamos passando por aqui pra lembrar que: A UnB é a oitava melhor universidade do Brasil. Ranking elaborado pelo Times Higher Education (THE) coloca instituição entre as mil principais do mundo e como a quinta entre as federais brasileiras”.

Já a Universidade Federal da Bahia (UFBA) não publicou um posicionamento até o fechamento desta matéria. A instituição também pode sofrer cortes financeiros.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que três universidades brasileiras terão verbas reduzidas porque estão "fazendo balbúrdia" em vez de "melhorar o desempenho acadêmico". A declaração foi dada em entrevista ao jornal Estado de São Paulo e, segundo o representante da pasta, a Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UnB) serão as primeiras a sentir a mudança.

Segundo o jornal, as três instituições de ensino terão 30% das dotações orçamentárias anuais bloqueadas pelo Governo Federal por ter promovido “festas inadequadas ao ambiente universitário, manifestações partidárias e eventos políticos em suas instalações”. A UnB confirmou o bloqueio de 30%, mas a UFBA e a UFF não se pronunciaram.

##RECOMENDA##

Para o ministro, a presença de “sem-terra e gente pelada” dentro das instituições são consideradas como balbúrdia. A realização de festas nos campi também terá atenção redobrada e, se algum aluno se machucar, a verba também deverá ser cortada. Essa foi a forma encontrada pelo ministro para definir as instituições de ensino que sofreriam corte de verbas, já que quase 25% de todo o dinheiro para despesas relativas à educação deve ser cortado pela Lei Orçamentária.

A Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, também está sob avaliação. Além da “balbúrdia”, o ministro disse que as instituições de ensino que não forem bem em rankings (não listados por ele) também sofrerão cortes. a UnB e a UFBA, porém, tiveram as suas melhores avaliações no ranking da Times Higher Education, conceituada lista que mede qualidade do ensino superior mundial.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando