Tópicos | desvio de verbas

O caso das Notas Frias, protagonizada pelo deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), volta à tona nesta segunda-feira (16). Isto porque a Corte Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE) resolveu instaurar uma ação penal contra o deputado,a partir da denúncia feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O caso das Notas Frias, trata-se de uma acusação de desvio de verbas pelo deputado, quando era vereador do Recife. Os 15 desembargadores integrantes do órgão colegiado decidiram instaurar o processo por unanimidade. 

Os membros da Corte Especial levaram em consideração os indícios de autoria e materialidade dos delitos capitulados na denúncia oferecida pelo procurador geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros. “Notadamente porque as verbas de gabinete eram para uso e necessidade do então vereador Daniel Pires Coelho, e mais – como a própria defesa afirma – o parlamentar repôs as verbas ilicitamente desviadas, o que sem dúvida, demonstra o seu envolvimento no caso. Nestes termos, a Corte Especial recebe a denúncia formulada, em ordem a instaurar a presente ação penal”, destaca um trecho do acórdão.

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O relator do processo na Corte, desembargador Jorge Américo Pereira de Lira, também argumentou que a apreciação, pelo Poder Judiciário, de questões que já foram objeto de pronunciamento pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE) “é plenamente viável e coaduna-se com a garantia constitucional do devido processo legal, porquanto a via judicial é a única capaz de assegurar ao cidadão todas as garantias necessárias a um pronunciamento imparcial”.

“O fato de o TCE ter aprovado as contas do acusado não inibe a atuação do Poder Judiciário, visto que não se trata de rejulgamento pela Justiça Comum. O Tribunal de Contas é órgão administrativo e não judicante. A decisão que aprecia as contas dos administradores de valores públicos faz coisa julgada administrativa no sentido de exaurir as instâncias administrativas, não sendo mais suscetível de revisão naquele âmbito. Não fica, no entanto, excluída de apreciação pelo Poder Judiciário”, explicou o desembargador Jorge Lira.

 

O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) e a Polícia Civil realizaram, na manhã desta quarta-feira (30), a operação “Tolerância Zero”, cumprindo dez mandados de busca e apreensão , sendo seis em Quixeramobim e quatro em Fortaleza. A operação investiga o desvio de verba pública do município de Quixeramobim, o acúmulo de cargos na prefeitura e da contratação temporária de familiares do atual prefeito, Cirilo Pimenta.

Segundo o MP-CE, Pimenta, o vice-prefeito, Tarso Borges além de outras 24 pessoas haviam sido afastadas de cargos públicos durante a operação “Quixeramobim Limpo II” em março deste ano devido a fraudes em licitações públicas. Também foi feita uma denúncia formal contra o prefeito, que afirmava que este impedia a cobrança de faturas de água empresas de parentes e amigos.

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Além disso, a vereadora Luiza Cristina Pimenta, irmã do prefeito, teria desviado dinheiro público transferindo verbas da prefeitura para uma conta bancária pessoal.

A Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) instituiu uma força-tarefa para apurar irregularidades, que contou com o apoio da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (PROCAP) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (8) 18 pessoas suspeitas de envolvimento pelo desvio de R$ 6,6 milhões de recursos do ensino técnico no Paraná. Foram apreendidos documentos, computadores e três carros de luxo. Em parceria com a Controladoria-Geral da União, a Operação Sinapse investigava o grupo desde março de 2012.

De acordo com a PF, 16 pessoas foram presas em Curitiba e estão detidas na Superintendência Regional do Paraná; uma em Cascavel (PR) e uma em Sorocaba (SP). A previsão é que os dois últimos sejam transferidos ainda hoje para a capital paranaense.

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O grupo é suspeito de desviar R$ 6,6 milhões do setor de ensino a distância do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná. O dinheiro era proveniente do Ministério da Educação, desde 2009. Cerca de 200 policiais federais cumpriram os 18 mandados de prisão, sendo três contra funcionários públicos. Além desses, dez mandados de condução coercitiva e 43 de busca e apreensão foram cumpridos. Dois servidores do instituto serão afastados das funções.

De acordo com as investigações, o grupo atuava por meio de acordos firmados entre o instituto e duas organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, superfaturava projetos para cursos a distância e não prestava serviços previstos em contrato. Eles ainda falsificavam contratos e prestações de contas, além de pagar propina a funcionários do instituto e integrantes das organizações envolvidas. A quadrilha fraudou a aprovação de alguns de seus integrantes em concursos públicos do instituto federal.

A quadrilha irá responder pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes previstos na  Lei de Licitações.

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (18), a Operação Pelargós visando o combate de desvios de recursos públicos conveniados a fim de atender o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar nos anos 2009 e 2010, no município de Ilhéus. O valor total dos contratos ultrapassa a cifra de R$ 2 milhões.

A fraude consistiu, basicamente, no uso de empresas “laranjas” com o objetivo de participar de processos licitatórios de forma fraudulenta, de modo que quem efetivamente prestaria o serviço seria a empresa pertencente ao grupo criminoso. Em contrapartida, pelo menos duas campanhas políticas foram beneficiadas com verbas da quadrilha.

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Além das fraudes no processo de escolha da empresa vencedora, foram comprovadas a participação de um ex-vereador e do ex-prefeito de Ilhéus no período de 2009 a 2012, tendo estes políticos recebido doações de campanha de uma das empresas envolvidas. Os irmãos do ex-vereador, inclusive, já constaram na folha de pagamentos de uma das empresas.

Destaca-se ainda que os ônibus utilizados pela empresa prestadora do serviço de transporte não atendia à legislação de trânsito não possuindo sequer pedido de alvará, principalmente no tocante aos itens de segurança, além do que os motoristas credenciados não tinham o curso específico para o transporte escolar, deixando as crianças transportadas estavam expostas ao perigo de acidentes.

Os investigados estão sendo acusados por diversos tipos de crime, entre eles o de fraude em licitações e formação de quadrilha. As penas somadas podem chegar a 20 anos de prisão.

Pelargós - Significa “cegonha” em grego, ave que, segundo a lenda, transporta com carinho e cuidado as crianças entregando nos lares quando do nascimento, daí a relação com o objeto da investigação, uma vez que as licitações fraudadas versavam sobre transporte escolar.

Da Agência de Notícias da Polícia Federal

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