Tópicos | desvio de verbas

A cantora Anitta alegou já ter recebido proposta de devsio de verbas para shows pagos por prefeituras. A declaração foi dada em entrevista ao Fantástico, que irá ao ar neste domingo (5). O trecho da conversa foi exibido no Jornal Nacional desse sábado (4).

"Eu já recebi propostas, eu e meu irmão. Você cobra tanto aí eu vou e pego um pedaço. Eu disse não", revelou a cantora. O irmão de Anitta é Renan Machado, seu empresário.

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A grande motivação do início dos pedidos da instauração de uma CPI do Sertanejo foi um comentário feito sobre a cantora pelo também artista Zé Neto, em 12 de maio. Na época, o cantor citou indiretamente Anitta fazendo referência a uma tatuagem íntima feita por ela. "Nós somos artistas que não dependemos da Lei Rouanet. O nosso cachê quem paga é o povo. A gente não precisa fazer tatuagem no toba para mostrar se a gente tá bem ou não", disse.

O comentário de Zé Neto fez com que internautas apontassem que cantores de sertanejo recebem recursos públicos para fazerem shows em prefeituras. Desde então, uma série de investigações foram iniciadas sobre os cursos públicos que os artistas do gênero recebem para realizarem shows.

A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), desencadeou, na manhã desta sexta-feira (10), a “Operação Literatus” que visa apurar suspeitas de crimes contra a administração pública relacionados a contratos de aquisição de livros e kits escolares por órgãos municipais e estaduais em Pernambuco.

Os alvos da ação são empresários e empresas, que não tiveram os nomes divulgados, as secretarias de Educação do Governo do Estado e das prefeituras do Recife, de Jaboatão dos Guararapes, de Paulista e de São Lourenço, além do DETRAN-PE e Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE).

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A investigação teve início após a instauração de inquérito policial, há cerca de um ano e meio, quando a PF tomou conhecimento de irregularidades no processo administrativo. No caso, constatou-se a contratação direta indevida de empresas pernambucanas pelos órgãos públicos e indicativos de desvios dos recursos empregados nessas aquisições.

Segundo comunicado da PF, auditorias preliminares apontaram evidências de fraude em documentação constante nesses processos que foram utilizadas para demonstrar uma suposta vantagem na contração direta das empresas envolvidas. Os empresários utilizaram de uma permissão legal excepcional, a adesão a atas de registro de preço efetuadas por autarquias federais de outros estados, para conseguirem ser fornecedoras desses órgãos pernambucanos. A operação também apura suspeitas de pagamento de vantagens a servidores vinculados aos órgãos dos quais as empresas eram fornecedoras.

Des o início da manhã desta sexta-feira, 19 mandados de busca e apreensão estão sendo realizados nas cidades de Recife (15), Paulista (1), Jaboatão dos Guararapes (1), São Lourenço da Mata (1) e um em Gramado, no estado do Rio Grande do Sul. As empresas envolvidas foram proibidas de firmar novos contratos com a Administração Pública pelo prazo inicial de 120 dias. Segundo a PF, foram apreendidos aproximadamente R$ 100 mil durante a operação.

A investigação apura delitos de contratação direita indevida, desvio de recursos públicos, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas desses crimes podem chegar a 47 anos de prisão.

 

O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), foi preso no fim da noite dessa quinta-feira (19), no Rio Grande do Norte, ao voltar de uma viagem que estava fazendo pela Europa. O pessebista já era aguardado pela Polícia Federal no aeroporto e foi conduzido de lá até a sede da instituição em João Pessoa, capital paraibana, onde chegaram na madrugada desta sexta-feira (20). 

Coutinho teve o mandado de prisão expedido na última terça-feira (17), na 7ª fase da Operação Calvário, que apura desvios de R$ 134,2 milhões de recursos que deveriam ser destinados para as áreas de saúde e educação. 

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O pessebista foi apontado pelo Ministério Público da Paraíba como o líder da organização criminosa. Em sua defesa, Coutinho disse que estava surpreso com a decisão de prendê-lo tomada pela Justiça e considerou a acusação como “genérica”.

Vinte dos 27 vereadores de Uberlândia, em Minas Gerais, foram alvo de mandados de prisão nesta segunda-feira (16). De acordo com o Ministério Público do Estado, eles são suspeitos de desvio de verbas dos gabinetes.

O presidente da Câmara, Hélio Ferraz (PSDB), mais conhecido como Baiano, está entre os presos. O tucano e outros dois vereadores foram alvo de prisão preventiva; já os demais 17, de prisão temporária.

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O Ministério Público de Minas Gerais informou que até às 10h haviam sido cumpridos 34 dos 40 mandados de prisão. Além das detenções, também foram expedidos 42 mandados de busca e apreensão, inclusive na sede Câmara dos Vereadores.

A operação, que é comandada pelo grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apura o desvio de recursos da verba indenizatória de gabinete através de notas frias de serviços em gráficas. 

Segundo o promotor de Justiça, Daniel Marotta Martinez, "nesses últimos três anos 17,5 milhões de informativos impressos por esses vereadores, que corresponde a 35 informativos por eleitor". "Obviamente esse número é irreal, se fizer pesquisa percebemos que muitas pessoas nas ruas não receberam informativos", argumentou, segundo o site G1.

“De janeiro de 2017 a dezembro de 2019 os vereadores gastaram mais de R$ 4 milhões em serviços de impressões. Constatamos que essas gráficas não tinham capacidade de prestar esse tipo de serviço que estão nas notas. Não se compravam insumos usados. Algumas funcionam sim regularmente, mas não compravam material suficiente dos descritos nas notas fiscais. As notas são rigorosamente do mesmo valor para vereadores diferentes", explicou.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Julio Lossio (PSD) e mais 14 pessoas suspeitas de envolvimento em uma organização criminosa que, por meio de irregularidades em licitações, desviou verbas públicas destinadas ao evento São João do Vale, na cidade sertaneja, em 2012 e 2013. Os autores da ação penal são os procuradores da República Filipe Albernaz Pires, Elton Luiz Moreira e Ticiana Andrea Nogueira.

Lossio é pré-candidato do PSD ao comando da Prefeitura de Petrolina em 2020. De acordo com o MPF, a denúncia é desdobramento da Operação Midsummer, deflagrada em 2014. O prejuízo aos cofres públicos, em valor não atualizado, é de R$ 5,7 milhões. A

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investigação alega que os integrantes do grupo criminoso fraudaram cinco processos licitatórios e dois processos administrativos de inexigibilidade de licitação. Com isso, desviaram para os participantes do esquema, e terceiros, parte dos recursos públicos federais e municipais relativos à execução dos respectivos contratos.

Além de Julio Lossio, que é considerado líder do esquema a partir das provas analisadas pelo MPF, também foram denunciados o então secretário de Finanças da prefeitura, Júlio Lóssio Filho; o então coordenador-geral de Licitações e Convênios do município, Mário Cavalcanti Filho; e Patrício Tadeu Valgueiro, que apesar de não ocupar cargo público à época, atuou no esquema como uma espécie de preposto do ex-prefeito.

Também são acusados os empresários da área de produção de eventos que tomaram parte na articulação da fraude: Marcelo Eduardo Vieira, Emerson Santos Souza e Gutemberg Arlindo Neto (conhecido como Berg). E outras oito pessoas.

As irregularidades praticadas envolveram superfaturamento de preços, restrição à competitividade em licitações, uso de pareceres jurídicos não aprovados ou falsificados, direcionamento de contratações, realização de pagamentos sem licitação e beneficiamento indevido de representantes de empresas intermediárias, entre outras.

*Com informações do site do MPF

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou, nesta sexta-feira (17), a Operação Chofer que investiga desvio de recursos públicos na prefeitura de Cedro, no Sertão do Estado. De acordo com a PF, os indícios foram encontrados a partir de irregularidades em contratações da prefeitura. A apuração aponta que o prefeito de cidade, Antônio Leite (PR) utilizava de laranjas para vencer procedimentos licitatórios e dispensá-los indevidamente e, assim, apropriava-se dos recursos públicos sem a prestação do serviço contratado.

A PF informou que a prefeitura pagou, entre os anos de 2017 e 2018, cerca de R$ 3 milhões em favor da empresa para os mais diversos e variados serviços, como fornecimento de peças e manutenção para a frota de veículos do município à poda de árvores.

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De acordo com a investigação, o sócio desta empresa já foi contratado como motorista de uma a empresa de Antônio Leite e também prestou serviço de eletricista na campanha eleitoral do republicano em 2016. Outra sócia é beneficiária do programa Bolsa Família e do garantia-safra. Além disso, os dois moram em uma residência simples na zona rural e a sede da empresa fica em um prédio comercial do prefeito.

Durante a Operação Chofer, segundo a PF, foram cumpridos cinco medidas cautelares de busca e apreensão. Na casa do prefeito, foram apreendidos aproximadamente R$ 45.000,00 em espécie e R$ 160.000,00 em cheques, além de um veículo Toyota Hilux, uma pistola com registro vencido, celular e mídias.

Já na sede da prefeitura e nas empresas foram apreendidos processos licitatórios e outros documentos referente a investigação. Em depoimento na Delegacia de Polícia Federal em Salgueiro, o prefeito negou todas as acusações.

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A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira (10), a Operação Chaminé II para prender envolvidos em um esquema de crimes contra a administração pública na Câmara dos Vereadores de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a nota, a ação de hoje visou cumprir quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão.

Os nomes dos investigados foram divulgados. Os crimes investigados são organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, quando um servidor público se beneficia do cargo.

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Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na sede da União dos Vereadores. A investigação está sendo capitaneada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dacro) sob a presidência do Delegado Diego Pinheiro, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.

A primeira fase da Operação Chaminé foi deflagrada em 10 de agosto deste ano. Na ocasião, um ex-vereador de Paulista e um político que foi candidato a prefeito de Araçoiaba foram presos.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (28), a Operação Solaris para combater supostos desvios de dinheiro público na Secretaria de Saúde da Prefeitura de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. A PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão, sendo dois na sede da prefeitura sertaneja e três no Recife - um deles na Pousada Solar do Lazer LTDA ME, empresa investigada.

Os desvios dos recursos dizem respeito à gestão municipal passada, administrada pelo ex-prefeito Marcones Sá. De acordo com nota divulgada à imprensa, as investigações iniciaram há cinco meses e apontam um esquema de corrupção envolvendo ex-servidores - que não tiveram os nomes divulgados - e a Pousada Solar do Lazer LTDA ME contratada para fornecer hospedagem e alimentação dos pacientes enviados pela prefeitura dentro do Programa Tratamento Fora do Domicílio (TFD), do Ministério da Saúde.

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A empresa, de acordo com o site Tome Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), já recebeu mais de R$ 7,2 milhões através de 171 empenhos emitidos por prefeituras. Além de Salgueiro, também firmaram contrato com a pousada as gestões de Cabrobó, Floresta, São José do Belmonte, Petrolândia, Garanhuns, Lagoa Grande, Tacaratu, Moreilândia, Serrita, Jatobá e Verdejante. A pousada participou de 21 licitações nesses municípios e venceu todas.

A maior licitação vencida é justamente em Salgueiro. Em 2014, o valor do contrato foi de R$ 316.020,00 e, em 2017, o serviço foi fechado em R$ 1.519.200,00.

Em nota, a prefeitura de Salgueiro disse que as investigações estão relacionadas ao TFD referente aos anos de 2012 a 2017. Além disso, informou que por determinação da Polícia Federal e do Ministério Público, o atendimento ao público na Secretaria de Saúde foi suspenso nesta quarta e voltará a funcionar normalmente na quinta-feira (29).

As ações da polícia hoje serviram para arrecadar documentos relativos a contratação e pagamentos prestados ao TFD, além de planilhas de controles de hospedagem e transporte.

Os crimes investigados são de  associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva, cujas penas somadas ultrapassam os 30 anos de reclusão. De acordo com a PF, o valor dos prejuízos aos cofres públicos e os recursos desviados ainda estão sendo levantados.

De volta ao comando da Prefeitura de São Lourenço da Mata, depois de quatro meses afastado, o prefeito Bruno Pereira (PTB) afirmou que já deve fazer mudanças no secretariado municipal nesta quinta-feira (18), mas tem encontrado dificuldades na transição do governo com o vice, Gabriel Neto (sem partido), que esteve à frente da administração municipal durante o período. Os dois são rompidos politicamente.

Pereira foi afastado das funções pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) no dia 26 de setembro, após a deflagração da Operação Tupinambá que investiga desvio de bens e verbas da prefeitura, e retornou ao cargo na última terça-feira (16).

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Segundo o prefeito, durante o período em que esteve ausente da gestão documentos foram perdidos e serviços deixaram de ser prestados. Para Bruno Pereira, a investigação judicial atrasou o planejamento feito por ele para o município.

“Tínhamos muitos convênios e emendas para dar conta. Mas isso atrapalhou totalmente nossos planos. Não sabemos como ficaram os convênios. Alguns foram perdidos e algumas emendas perderam os prazos, o que prejudicou a população. O hospital Petronila Campos é outro exemplo. Estava funcionando, fazendo cirurgia e hoje não faz mais”, afirmou o prefeito, em entrevista coletiva.

Quanto a atuação do vice-prefeito, Bruno foi enfático e disse que o desejo de Gabriel Neto era "ser prefeito no lugar dele". "Ele teve problema comigo. Na verdade é aquele vice querendo assumir no lugar do prefeito”, disparou. “Mas espero que a gente possa se conciliar, que a gente possa se juntar e fazer com que a população de São Lourenço não possa sofrer", acrescentou, amenizando.

Serviços e demissões

Após ser afastado do cargo, alguns contratos de serviços como o da coleta de lixo e de transporte escolar firmados por Bruno foram alvos de medidas cautelares por parte do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Gabriel Neto precisou admitir outras empresas a partir de licitações emergenciais. Sobre esses serviços, o prefeito garantiu a continuidade. “Nossa preocupação é que nenhum serviço seja interrompido. A população não pode sofrer mais do que sofreu”, salientou.

Já com relação ao quadro de pessoal, admitido pelo vice, Bruno Pereira disse que pretende demitir cargo de confiança e comissionados, além disso ponderou que deve fazer um concurso para a Secretaria de Educação - a cidade tem em andamento uma seleção simplificada para a área. “O que não for de serviço essencial, sim, para ver a saúde financeira. Não sei como estamos enquadrados nos 54% da Lei de Reponsabilidade Fiscal. O que não for indispensável, não for prioridade, vamos enxugar a máquina”, disse.

Investigação

Apesar de ter retomado o cargo, Bruno Pereira segue sendo investigado pelo suposto desvio de bens e rendas públicas na gestão. “Estamos fazendo nossa defesa. Temos um prazo para esclarecer tudo. Mas não pratiquei nenhum ato ilícito no meu mandato. Estamos querendo esclarecer isso o mais rápido possível para que a população não sofra mais com essa instabilidade”, destacou.

Na época em que foi afastado, o petebista disse ter sido vítima de um golpe dado pela oposição. "Estou tranquilo e certo de que todos os fatos serão esclarecidos. Estamos aqui para mostrar que estamos 100% confiantes na justiça. Não vou aceitar nenhum tipo de golpe. A denúncia foi feita por um vereador e vamos provar que é inverídica", declarou o prefeito em coletiva na ocasião.

Além de Bruno Pereira, a investigação também trouxe indícios de envolvimento dos secretários de Saúde, Breno Celson Nogueira da Silva, e Finanças, Jucineide Pereira de Melo; membros da Comissão Permanente de Licitação José Carlos de Araújo, Roseane Ramos Gonçalves Andrade e Severina Josefa Paulo da Silva Ramos. Todos também afastados da gestão em setembro.

O ex-prefeito de Lagoa dos Gatos, Reinaldo Santos Barros (PTB), é alvo de duas denúncias feitas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por desvios de verbas públicas durante o exercício do seu mandato, no ano de 2011. Caso a Justiça acolha a denúncia e Barros seja condenado, ele terá que devolver aos cofres do município um total de R$ 633.462,16.

O valor, de acordo com o MPPE, é "referente à apropriação indébita de valores referentes à suposta compra de combustíveis e concessão de diárias não comprovadas, em conluio com o ex-controlador de Contas Flaviano Pereira da Silva, em ambos os casos, e mais outras duas pessoas, incluindo seu filho Reinaldo Júnior, na segunda denúncia".

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De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor de Justiça de Lagoa dos Gatos, Marcelo Tebet Halfeld, Reinaldo Santos Barros e Flaviano Pereira da Silva se utilizaram de seus cargos para apropriação de R$ 571.052,16 simulando o abastecimento de veículos.

Baseado no relatório do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), construído pela conselheira Teresa Duere, o ex-prefeito valeu-se de “ausência dolosa de controle de combustível”, contando com a omissão do ex-controlador – que nada fez para “estancar a sangria”, mesmo tendo a responsabilidade de “fiscalizar e proteger o patrimônio público”.

Já a segunda denúncia feita pelo promotor trata de irregularidades na concessão de diárias, ocorridas em 2011, e envolve quatro pessoas – além do ex-prefeito e do ex-controlador, ainda foram denunciados o filho do primeiro, o ex-secretário de Governo Reinaldo Santos Barros Júnior, e a ex-tesoureira Rozamar Maria da Luz. "O ex-prefeito não comprovou o equivalente a R$ 27.880,00 em diárias, enquanto seu filho se beneficiou de R$ 33.530,00 em expediente igual. Rozamar e Flaviano teriam sido coniventes com os desvios cometidos em benefício de pai e filho", declara o MPPE. 

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco conseguiu, na Justiça Federal, o bloqueio dos bens do ex-prefeito de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), João Lemos (PCdoB). O comunista, que governou a cidade de 2005 a 2012, é réu em uma ação de improbidade administrativa. Ele é acusado de irregularidades na aplicação de recursos federais provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Foram bloqueados aproximadamente R$ 850 mil. 

Segundo a investigação, o então prefeito de Camaragibe teria desviado em 2009 cerca de R$ 240 mil, em valores atualizados até novembro de 2015, que deveriam ter sido destinados à implantação de 15 coletivos juvenis no âmbito do Programa Nacional de Inclusão de Jovens - Projovem Adolescente. A irregularidade também foi identificada em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

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A responsável pelo caso no MPF-PE é a procuradora da República Sílvia Regina Pontes Lopes. Diante "dos fortes indícios de desvio de recursos federais", a Justiça acatou os argumentos da procuradora da República e determinou o bloqueio dos bens de João Lemos. De acordo com o MPF, os R$ 850 mil é o valor correspondente ao suposto prejuízo a ser ressarcido aos cofres públicos mais multa no valor de duas vezes o dano causado, montante que deverá ser pago em caso de condenação. 

No ano passado, Lemos chegou a se candidatar novamente ao comando da prefeitura de Camaragibe, mas teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com base na Lei de Ficha Limpa. Na ocasião ele foi substituído pelo filho, Vinicius Lemos (PCdoB), na chapa comunista.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nesta sexta-feira (17), uma operação para identificar e prender pessoas suspeitas de integrarem uma associação criminosa com atuação na prefeitura de Panelas, no Agreste. De acordo com informações divulgadas pela polícia, esta é a 3° Operação de Repressão Qualificada, denominada Profissão Perigo, voltada para investigar esquemas de desvio de verbas nas administrações municipais.  

Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da Vara Única da Comarca na cidade.

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A investigação teve origem com a denúncia de desvio de verbas publicas feita pela Prefeitura de Panelas e foi efetuada pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos - DECASP, sob o comando da delegada Patrícia Domingos. Na execução do trabalho operacional, participaram 50 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. 

O prefeito da Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Paulo Batista (PTB) é apontado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) como o responsável por liderar um esquema de corrupção e desvio de verba instalado na administração da cidade. A suspeita foi apresentada pelo órgão, nesta quinta-feira (6), durante uma coletiva para detalhar a Operação Itakatu, deflagrada em conjunto com a Polícia Civil para investigar fraudes em licitações na coleta de lixo no município. 

Familiares do petebista, empresários e laranjas também fazem parte da organização criminosa que atuava desde o primeiro dia útil do mandato dele, 2 de janeiro de 2013, até agora. Os contratos firmados com as quatro empresas envolvidas – AP Construções LTDA, a HA Cunha, a OGA Construtora Imobiliária e a V2 Ambiental – eram superfaturados e tinham “ligação direta” com a família do prefeito.

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"Não existe possibilidade de este esquema ter sido instalado sem o conhecimento do prefeito. A chefia dele é um indício firme que fatalmente será comprovado durante as investigações", ressaltou o promotor de justiça e membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Frederico Magalhães. O montante desviado, segundo o identificado até o momento pela investigação, corresponde a R$ 11 milhões.

De acordo com o promotor, as fraudes eram operadas pela "dispensa emergencial da licitação que justificaria a não concorrência para contratar diretamente estas empresas, dispensa de licitação e a partir de empréstimos de comodatos realizados pelo prefeito". 

A denúncia que subsidiou o início das investigações partiu do Ministério Público de Contas (MPCO), vinculado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).  No início do ano, a Câmara de Vereadores de Itamaracá também pontuou as irregularidades e chegou a cassar o mandato de Paulo Tavares, mas a Justiça devolveu e anulou o processo legislativo. 

“Em maio deste ano, encaminhamos um relatório para o Ministério Público e agora deflagraram a operação. São situações de claros conflitos de interesses. O envolvimento da família do prefeito que não estava apenas no aluguel de veículos de grande porte [caminhões e tratores], de muitos veículos, para a utilização da prefeitura, mas o irmão do prefeito era o secretário de infraestrutura, pasta responsável pelos contratos, montados no primeiro dia da gestão sem que fosse feita a concorrência. É um episódio totalmente inusitado”, observou o procurador-geral do MPCO, Cristiano Pimentel. 

Durante a Operação Itakatu, foram executados mandados de busca e apreensão além de conduções coercitivas, entre elas a do prefeito. Nos locais foram apreendidas planilhas, equipamentos eletrônicos e outras documentações. Agora o Gaeco vai analisar todo o material recolhido e o depoimento das 10 pessoas ouvidas nessa quarta (5). São investigados crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, fraude em licitação e falsidade ideológica.

As empresas envolvidas

O MPPE apontou as empresas AP Construções LTDA, a HA Cunha, a OGA Construtora Imobiliária e a V2 Ambiental como envolvidas na organização criminosa. Entre as quatro, a única que realmente existia para a coleta de lixo é a V2. Entretanto, Frederico Magalhães detalhou o que chamou a atenção dos investigadores. “Em pouco mais de quatro anos a empresa passou de um funcionário para ter uma estrutura gigantesca”, frisou.

Já a HA Cunha, responsável pela atual coleta do lixo em Itamaracá, “alterou a razão social para incluir coleta de lixo dois dias antes de fechar contrato” com a prefeitura. As outras, de acordo com os órgãos, funcionavam em locais inadequados.

“Não eram empresas especializadas em coleta de lixo. Foram constituídas para o benefício da prefeitura. Eram, na verdade, empresas 'de faz tudo' na cidade, que acabaram entrando no serviço de recolhimento de resíduos”, declarou Pimentel. "Muitas delas não tinham condição nenhuma de operar. Elas foram criadas, exclusivamente, para desviar dinheiro público", acrescentou Magalhães. 

Fiscalização na transição do governo

O prefeito Paulo Batista tentou a reeleição no último domingo (2), mas não foi eleito. Ele recebeu 43,22% dos votos válidos e perdeu a corrida para Tato (PSB) que conquistou 50%. O MPCO vai fiscalizar a transição da gestão para o próximo Chefe do Executivo Municipal. 

“Nós lançamos um manual de transição e vamos fiscalizar ativamente este processo para que o povo não seja prejudicado. Temos preocupação de como esta cidade será entregue ao próximo gestor em janeiro”, ponderou Cristiano Pimentel. 

Outro lado

O advogado da V2, Gustavo Aguiar, acompanhou a coletiva, negou todas as acusações e disse que está cooperando com as investigações. “A empresa trabalha corretamente, é prospera, integra e tem todos os seus contratos públicos bem assessorados. Somos a única empresa que está cooperando com o Ministério Público”, declarou. Segundo ele, a Prefeitura de Itamaracá tem uma divida com a V2 Ambiental. “Existe notificação na justiça de cobrança deste valor”, acrescentou.

O Portal LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura, mão não conquistou êxito. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Civil deflagraram uma operação, na manhã desta quarta-feira (5), para desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações e desviar verbas da Prefeitura de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O prefeito Paulo Batista (PTB) é alvo de um dos 13 mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão domiciliar que estão sendo cumpridos pela ação, intitulada de “Operação Itakatu”.

A operação é resultado de uma investigação feita pelo MPPE e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e está sendo conduzida pelo promotor Frederico Magalhães. Um total de 12 servidores e dois promotores do MPPE, além de contar com o apoio operacional de 62 policiais civis, entre delegados, comissários, agentes e escrivães estão envolvidos com a ação.

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Paulo Batista e os outros conduzidos coercitivamente estão sendo encaminhados para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) no bairro de Afogados. Os detalhes da Itakatu serão divulgados durante uma coletiva nesta quinta-feira (6). 

Procurada pelo Portal LeiaJá a assessoria da prefeitura de Itamaracá disse que se posicionaria ainda na manhã desta quarta sobre o assunto. Batista disputou a reeleição no último domingo (2), no entanto, ele recebeu 43,22% dos votos válidos e perdeu a corrida para Tato (PSB) que conquistou 50%. 

O ex-prefeito de Sirinhaém, na Zona da Mata de Pernambuco, Fernando Urquiza (PTB) foi condenado por improbidade administrativa. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por irregularidades na gestão de recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A Justiça Federal acatou a denúncia e concedeu a condenação ao petebista. A responsável pelo caso é a procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes.

De acordo com a ação de improbidade ajuizada pelo MPF, os recursos haviam sido repassados pelo FNDE para a execução do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos (PEJA), em 2006, durante a gestão de Fernando Urquiza. 

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Segundo um relatório da Controladoria Geral da União (CGU), no entanto, foi constatado que a prefeitura deixou de aplicar financeiramente os recursos repassados pela União, realizou débitos na conta do PEJA sem a documentação comprobatória e efetuou despesas que não eram relacionadas ao programa, dentre outras irregularidades. O prejuízo causado aos cofres públicos foi de quase R$ 34 mil.

A Justiça Federal condenou Fernando Urquiza ao ressarcimento do prejuízo causado ao erário, em valores atualizados, bem como ao pagamento de multa de R$ 4 mil. O ex-prefeito também teve seus direitos políticos suspensos por cinco anos, além de ter sido proibido de contratar com o poder público por cinco anos. Após o trânsito em julgado da sentença, quando não couber mais recurso, o ex-gestor também poderá perder eventual função pública.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou desvios de recursos Prefeitura de Afrânio, no Sertão, em convênios celebrados com o Governo na Federal durante o ano de 2012, quando a gestão era administrada pelo ex-prefeito Carlos Cavalcanti (PSD). A constatação aconteceu após uma auditoria especial realizada nas contas da prefeitura. O relator do processo foi o auditor substituto Adriano Cisneiros.

De acordo com o relator, foi identificado desvio de recursos de convênios para a conta destinada à arrecadação tributária no valor de R$ 1.830.000,00; não execução de obras de melhoria sanitária, fruto de convênio celebrado com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa); execução parcial de uma quadra escolar e de uma creche no povoado de Extrema; prestação de contas parcial de um convênio celebrado com a Secretaria das Cidades do Estado de Pernambuco e transferência de valores da conta do salário-educação para outras mantidas pela prefeitura.

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A denúncia das irregularidades foi feita ao TCE pela atual prefeita do município, Lúcia Miranda (PSB), alegando que os recursos de vários convênios foram repassados irregularmente para as contas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Como a maioria dos convênios foi celebrada com órgãos do governo federal, o TCE decidiu enviar cópias do processo para o Tribunal de Contas da União (TCU) e para o Ministério Público. A medida foi adotada para a apuração de responsabilidades  e dar conhecimento dos fatos à Secretaria das Cidades e à Controladoria Geral do Estado. O voto do relator foi aprovado por unanimidade.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE) obteve decisão liminar da Justiça Federal que determina o bloqueio de bens da ex-prefeita de Pombos, Cleide Jane Sudário Oliveira, e a ex-secretária de Assistência Social do município, Cláudia Rejane Sudário Ribeiro Leite. Elas foram processadas por fraudes envolvendo recursos federais provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A autora da ação de improbidade administrativa é a procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes.

Entre 2009 e 2012, as acusadas desviaram, em benefício próprio e para terceiros, recursos que deveriam ser destinados ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). O esquema se dava mediante a apropriação de parcelas do salário de funcionários do programa.

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Merendeiras, monitores e oficineiros, entre outros funcionários do Peti, tinham de entregar entre R$ 200 e R$ 300 todo mês, o que representava cerca da metade dos salários que alguns recebiam. Eram ainda impedidos de ter acesso aos próprios contracheques, bem como ameaçados de suspensão e afastamento das atividades caso questionassem o valor recebido. A parte dos salários retida era repassada a outros funcionários que não constavam na folha de pagamento ou destinada à própria ex-secretária de Assistência Social.

De acordo com as apurações, Cláudia Ribeiro Leite estava à frente da fraude e tinha apoio da irmã, a ex-prefeita do município. Fiscalização da Controladoria-Geral da União também constatou o esquema irregular. Em valores atualizados até agosto de 2014, o montante desviado chega a quase R$ 173 mil.

Caso a Justiça acate os argumentos do MPF e condene as rés, as punições possíveis são perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até oito anos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público por até cinco anos, além do ressarcimento integral do dano.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) condenou a ex-secretária de Finanças da Prefeitura de Vitória de Santo Antão, Rosemery Camêlo, a ressarcir aos cofres públicos mais de R$ 1,123 milhão. O valor é correspondente a um desvio de verbas realizado entre 2009 e 2010, quando a secretária transferiu dinheiros de empréstimos consignados da prefeitura para uma conta pessoal. No período a gestão já era comandada pelo prefeito Elias Lira (PSD) que atualmente cumpre o quarto mandato. 

De acordo com o relator do caso, João Campos, a condenação teve como base auditorias internas realizadas pela gestão municipal que constataram os desfalques. As irregularidades foram identificadas pela CESPAM, empresa que prestava serviços para a contabilidade municipal. No primeiro momento, por cuidar da contabilidade local, o grupo foi colocado como um dos responsáveis pelos desvios, no entanto no decorrer das auditorias e da ação o TCE julgou que a responsabilidade era exclusiva da ex-secretária. 

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O processo foi julgado no TCE durante uma auditoria especial realizada no último dia 11. Na defesa durante, Rosemery alegou que o prefeito estava ciente de todas as movimentações econômicas da prefeitura e apontou outra servidora como responsável pelo "processamento da despesa", Severina Soares, popularmente conhecida como Raminha. Já Lira defendeu-se afirmando que assim que tomou conhecimento das irregularidades ele acionou o controle interno e fez uma sindicância para apurar os fatos. A CESPAM, por sua vez, afirmou ter sido ela quem alertou a gestão sobre os desvios, "para que o prejuízo não se estendesse".

Ao proferir a sentença, João Campos votou por condenar Rosemery e inocentou Elias Lira e a CESPAM. O julgamento ainda cabe recurso. Passando o prazo para recorrer, de acordo com o auditor do TCE, Gustavo Candelo, a responsabilidade de cobrança é da prefeitura que já está a par do resultado do processo. Como a auditoria especial aconteceu no dia 11, Rosemery tem até a próxima quarta-feira (26) para efetuar o pagamente, caso contrário à gestão poderá inscrever a ex-secretária na lista de Dívida Ativa municipal. “Sem o pagamento ela pode responder a outro processo jurídico”, esclareceu Candelo.

Procurados pela reportagem do Portal LeiaJá, a ex-secretária não foi localizada e nenhum dos telefones da prefeitura atenderam as ligações feitas pela nossa reportagem. Já a CESPAM afirmou que permanece prestando serviços para a gestão de Elias Lira, no entanto não quis se pronunciar sobre o caso. "Esses processos vocês devem perguntar a prefeitura", respondeu-nos uma das contadoras da empresa que optou por não se identificar. 

A Polícia Federal (PF) iniciou hoje (20) a Operação Plateias, que objetiva desarticular uma organização criminosa formada por lobistas e agentes públicos, acusados de desvio de dinheiro público e direcionamento de licitações no estado de Rondônia. O governador Confúcio Moura foi levado à sede da PF, em Porto Velho, para prestar depoimento.

O mandado de condução coerciva contra Moura é um dos 163 que a PF está cumprindo, um deles  na Espanha. Nesse caso, a pessoa não é presa, mas obrigada a prestar depoimento. Conforme a PF, quatro mandados de prisão temporária foram expedidos e, até agora, três deles cumpridos. Outros 23 mandados de busca também estão sendo executados.

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Envolvendo aproximadamente 300 policiais, a operação, além de Rondônia, ocorre no Distrito Federal e nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, de Goiás, São Paulo, Sergipe e da Bahia .

Dados da PF indicam que as empresas interessadas nas licitações do governo de Rondônia precisavam doar, formal ou informalmente, para campanhas eleitorais. A licitação era direcionada para ser vencida pelas empresas que faziam parte do esquema. Em alguns casos, havia, inclusive, dispensa de concorrência pública.

“Os desvios são de milhões de reais. As licitações indicadas como fraudadas superam R$ 290 milhões. Os depoimentos e as colhidas de provas são para que possamos apresentar, em breve, a responsabilidade criminal de cada um”, informou o delegado Arcelino Vieira Damasceno, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado no estado.

Conforme a polícia, o prejuízo aos cofres públicos de Rondônia ultrapassa R$ 57 milhões. As investigações também apontaram pagamentos indevidos a agentes públicos e a criação de um “fundo de propina”, que chegava a movimentar R$ 2 milhões por mês.

Segundo o procurador Héverton Alves de Aguiar, do Ministério Público de Rondônia, as investigações começaram em 2012, após a conclusão de uma outra em 2011. “Quando detectamos um segundo núcleo atuando em Rondônia, fizemos o desmembramento, foi instaurado o inquérito policial e reiniciamos o processo até a deflagração da operação”, salientou.

De acordo com a PF, em oito secretarias estaduais foram registradas irregularidades em contratos para construção de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), fornecimento de alimentação a hospitais e presídios, compra de medicamentos, aluguel de viaturas, serviço de vigilância armada em escolas e hospitais e contratação de empresa de publicidade, entre outros.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, fraudes à licitações, concussão e corrupção ativa e passiva. A operação teve apoio do Ministério Público Federal, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e da Controladoria-Geral da União.

Por meio de nota, o governo de Rondônia revelou que Confúcio Moura "colocou-se à disposição da Polícia Federal para prestar estas e outras informações necessárias ao bom andamento das investigações". Salientou que o governador "não compactua com ações criminosas" e que "apoia integralmente qualquer iniciativa que tenha por fim combater eventuais crimes ao Erário público". O documento informou, ainda, que governo "mantém sua rotina de trabalho".

Foi preso nesta sexta-feira (19), um ex-prefeito de São José da Cora Grande, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Quirino Fábio de Carvalho, de 54 anos, foi detido por agentes da Polícia Federal, na casa onde mora com a família. O político foi condenado a seis anos de prisão, em regime semiaberto, por desvio de recursos públicos. 

Quirino foi Prefeito do município entre os anos de 1997 e 2004, e foi investigado por um convênio que firmou com o Ministério da Cultura, no valor de 40 mil reais, para a aquisição de livros para a biblioteca da cidade. As investigações mostraram que o material não foi comprado. 

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O ex-prefeito prestou depoimento na Polícia Federal, no Recife, e foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal para realização de exame de corpo de delito. Em seguida, foi levado para a Penitenciária Agro-Industrial São João, na Ilha de Itamaracá. 

 

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