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Na manhã desta sexta-feira (16), o Estado de Pernambuco assinou o acordo de reparação à família de Edvaldo da Silva Alves, baleado durante protesto em Itambé, na Mata Norte, no dia 17 de março e falecido em 11 de abril. Os valores não serão divulgados.

De acordo com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o acordo prevê indenização por danos morais e pagamento de pensão aos pais do jovem por danos materiais. O documento foi assinado no Tabelionato Figueiredo, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, pelo procurador-geral do Estado, César Caúla, pelo advogado da família, Ronaldo Jordão, e pelo irmão da vítima, José Roberto da Silva Santos. As assinaturas dos pais e da irmã serão colhidas posteriormente em Itambé.

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O procurador destacou que o acordo é inédito em Pernambuco. “Essa foi uma decisão importante porque o usual é que o Estado aguarde uma determinação judicial para pagar indenizações. Foi a crença na possibilidade de mantermos um diálogo produtivo e ponderado com a família para encontrarmos juntos uma solução juridicamente segura que nos permitiu resolver imediatamente uma questão que, se fosse levada ao Judiciário, certamente não seria solucionada antes de uma década”, analisou Caúla.

Ainda segundo o procurador, a força dos elementos colhidos mostrou que não era necessário esperar o encerramento dos processos nos âmbitos disciplinar ou penal para resolver a questão porque a responsabilidade do Estado já se encontrava suficientemente determinada. 

Além do pagamento de reparação à família, o acordo também prevê a realização de um investimento social na cidade de R$ 200 mil, através de ações sociais a partir de sugestões que serão apresentadas pela família de Edvaldo e analisadas tecnicamente pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Itambé. 

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Após o indiciamento dos policiais envolvidos na morte do estudante Edvaldo da Silva Alves, em Itambé, na Mata Norte de Pernambuco, nesta sexta-feira (02), por homicídio culposo – sem intenção de matar –, a Polícia Militar se pronunciou sobre o caso. Em nota, não é excluída a possibilidade de punição deles, porém, somente depois de “respeitadas as etapas do procedimento”.

O documento explica que “No âmbito militar, no que se refere ao Caso Itambé, que culminou com a morte de um manifestante atingido por elastômero, o capitão Cazé responde ao Conselho de Justificação e o soldado Ivaldo ao Processo de Licenciamento”. Além disso, o texto adianta que ambos estão “afastados da atividade-fim enquanto respondem aos processos administrativos”. Apesar disso, a PM ainda espera a conclusão do processo para aplicar outras penalidades. “Em ambos os casos, a punição pode chegar, após respeitadas todas as etapas do procedimento legal, à expulsão da corporação”. 

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A nota ainda diz que “A Polícia Militar esclarece que o capitão Ramon Tadeu Silva Cazé tem capacitação no curso ‘Uso Progressivo da Força’. Já o soldado Ivaldo Batista de Souza Júnior tem na sua formação, quando no ingresso nas fileiras da Corporação, as disciplinas ‘Direitos Humanos’, ‘Prevenção, Mediação e Resolução de Conflitos’, ‘Aspectos Jurídicos da Abordagem Policial’ e ‘Uso Progressivo da Força’ ". "Essas e outras capacitações, com destaque para ‘Direitos Humanos’, um pilar da formação militar, visam a preservação da vida e do bem-estar das pessoas, com a garantia da ordem e da tranquilidade”, complementa a nota da PM.

O texto descreve que “A PMPE lembra ainda que é acionada para inúmeras intervenções como protestos e bloqueios de via, chegando a atender até dez casos em um só dia no Recife e Região Metropolitana, com sucesso absoluto dos procedimentos”. Porém, em relação à  morte do estudante, a nota descreve o incidente como “caso lamentável” e “fato isolado, longe de representar a técnica e o preparo da tropa, assim como o serviço prestado pela corporação à sociedade”.

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Os policiais militares investigados pela morte do estudante Edvaldo da Silva Alves, em Itambé, Mata Norte de Pernambuco, foram indiciados por homicídio nesta sexta-feira (2). Eles vão responder, entretanto, por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

O capitão Ramon Tadeu Silva Cazé, que deu a ordem para que o disparo fosse feito, ainda responderá por abuso de autoridade, por ter dado um tapa no jovem após ele já estar baleado. O que levou o delegado Pablo de Carvalho a decidir pelo homicídio culposo foi o fato de que o soldado Ivaldo Batista de Souza Júnior nunca havia utilizado uma de bala de borracha.

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“Eles nunca realizaram disparo de elastômero [bala de borracha]. Foi o primeiro disparo que o soldado fez na vida de elastômero, então ele era imperito. Ele estava numa situação técnica da polícia, de gerenciamento de crise, e não fez o uso correto daquela munição”, explica o delegado. A imperícia é uma das modalidades que caracteriza o homicídio culposo.

Os policiais militares encontram-se afastados. Em seus depoimentos, eles alegaram que não tinham intenção de matar e que a multidão estava muito exaltada, sendo o tiro uma estratégia para afastar a manifestação. A Polícia Civil destacou que tiros de elastômero devem ser dados a uma distância de 20 a 30 metros do alvo, mas no caso de Itambé o disparo foi à queima roupa.

O inquérito foi enviado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que pode decretar a prisão dos acusados. Além disso, eles são investigados disciplinarmente por uma investigação da própria Polícias Militar e um processo da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS).

Ao longo das investigações, parentes e advogado da vítima alegaram ter sido ameaçados. Segundo a Polícia Civil, as ameaças são investigadas pelo MPPE em processo paralelo ao caso.

Edvaldo da Silva Alves foi atingido por um tiro de bala de borracha no dia 17 de março durante um protesto na cidade de Itambé contra a violência na área. Ele chegou a ser arrastado e agredido pelos policiais. Edvaldo faleceu no dia 11 de abril após infecção generalizada.

A família do estudante tem discutido um acordo de indenização com a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco. O valor já estaria acertado. No dia 13 de maio, os familiares realizaram uma manifestação na cidade cobrando celeridade das investigações.

Confira novamente o vídeo da ação dos policiais em Itambé:

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A família de Edvaldo da Silva Alves, morto após ser baleado por um policial militar em ato que pedia mais segurança na cidade de Itambé, organiza uma manifestação para o próximo sábado (13). Os parentes pedem justiça e cobram a prisão dos policiais envolvidos no ocorrido.

A manifestação está marcada para as 13h na Praça Municipal, no centro da cidade. De lá, os participantes devem sair em caminhada para local ainda não confirmado.

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“Até hoje não houve prisão dos policiais e a situação na cidade continua a mesma”, critica o advogado da família, Ronaldo Jordão. 

O advogado já se reuniu com a Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Ainda nesta segunda-feira (8), Jordão se encontra com a família de Edvaldo para discutir valores de indenização. 

O caso – No dia 17 de março, Edvaldo da Silva Alves, de 23 anos, foi atingido por um tiro de bala de borracha dado a queima roupa por um policial militar durante um protesto em Itambé que cobrava mais segurança na cidade. Ele chegou a ser arrastado pelos policiais até a viatura que o encaminhou a um hospital.

Edvaldo acabou falecendo no dia 11 de abril. Os policiais envolvidos foram afastados de suas funções. 

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A Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) emitiu uma nota dizendo que já iniciou o diálogo com um representante dos parentes de Edvaldo da Silva Alves para a reparação da família. O jovem morreu no dia 11 de abril em decorrência de um tiro de bala de borracha disparado por um policial, no dia 17 de março, durante um protesto por segurança em Itambé, na Zona da Mata de Pernambuco. 

Ainda de acordo com o a PGE-PE, nesta segunda-feira (17), o procurador-geral do Estado de Pernambuco, César Caúla, e o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, receberam o advogado Ronaldo Jordão, que representa a família e que já disse ter sido alertado por anônimo a abandonar o caso.

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CNDH - Na última semana, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) emitiu uma nota pública com relação ao caso.  O conselho disse repudiar veementemente a ação policial, considerado que o ocorrido atinge a Carta Magna Brasileira e a própria democracia. 

“Diante do exposto’, diz a nota, ‘o CNDH requer do governo do Estado de Pernambuco – que somente no dia 08, quase 20 dias após o ocorrido, autorizou realização da investigação do Capitão PM envolvido no fato – e das demais autoridades competentes, a devida apuração do caso, com responsabilização dos envolvidos”. 

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Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Miguel Arraes desde o dia 17 de março, o jovem Edvaldo da Silva Alves, de 19 anos, voltou a respirar com a ajuda de aparelhos e está sedado. Ele foi baleado à queima-roupa pela Polícia Militar durante uma manifestação contra a violência no município de Itambé, na Mata Norte de Pernambuco. Há dois dias, o jovem tinha apresentado melhora e estava acordado.

De acordo com o último boletim médico, estão sendo tratadas infecções associadas à gravidade do quadro. Baleado com munição de borracha, Edvaldo perdeu muito sangue ao ser atingido na virilha e teve a veia femoral rompida.

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O momento em que o jovem leva o tiro durante a manifestação foi gravado em vídeo e ganhou repercussão nas redes sociais e imprensa. Durante o ato, é possível ouvir um dos policiais militares (PMs) ordenando que um colega atire no jovem. Edvaldo ainda é arrastado até a viatura e agredido na cabeça.

Dias depois do episódio, a família da vítima denunciou que testemunhas e o irmão de Edvaldo, José Roberto da Silva, foram intimidados por policiais militares. 

A Secretaria de Defesa Social informou que os PMs envolvidos no caso estão afastados do policiamento ostensivo e foram transferidos para a área administrativa. Um inquérito policial e um processo administrativo foram abertos para apurar o episódio. A Polícia Civil também investiga as ameaças.

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